Colocado por: luisvv
Claro que podem. E é por isso é que me diverte ouvir/ler os papagaios que gostam de andar por aí a falar dos empregados explorados e mais isto e mais aquilo...
Se as empresas tiverem "lucros excessivos" (conceito que aliás desconheço), como podem sobreviver? Partindo do princípio que não se trata de empresas monopolistas,o que impede os "explorados" de mudarem para empresas que paguem melhor?. O que impede as empresas que pagam melhor de ir buscar profissionais competentes aos miseráveis exploradores, pagando-lhes melhor?
Por outro lado, se a empresa A tem um lucro "excessivo" (acima da média da concorrência?), como consegue manter-se no mercado? Admitindo que tenha funcionários mais mal pagos, e gestores mais bem pagos, é de supor que terá piores funcionários e melhores gestores, certo?
Não, de facto não tinha noção de que as remunerações dos gestores constituissem o problema da nossa competitividade. Você é capaz de ter descoberto qualquer coisa...
Claro que há sempre a alternativa, mais batida e mais chata: os preços de serviços e fornecimentos são mais carosporque a nossa produtividade é inferior à dos outros países.Por outras palavras, recebemos "pouco" se comparado com países ricos, mas o trabalho que produzimos vale ainda menos.
Ai sim? Mas as empresas não precisam de funcionários?
Os alemães e os americanos produzem mais que os portugueses, e é exactamente por isso que recebem melhor.
A obrigação de qualquer empresa é vender. Cabe a cada um definir a estratégia utilizada, sob pena de falir se for a errada. E daí ?
Óptimo: quem toma boas decisões é premiado, quem toma más decisões é castigado. Exactamente como eu disse: Cada um sabe de si, e vende o que quer e/ou consegue, aos preços que quer e/ou consegue.
Os alemães e os americanos produzem mais que os portugueses, e é exactamente por isso que recebem melhor.
Claro que depois é fácil falar dos "gestores". Com tanto mau gestor nas empresas e tantos bons gestores de fora, a opinar,... nada mais fácil : é abrir uma empresa e provar que são bons patrões, pagar bons ordenados, acima da média e iguais para todos (inclusive o vosso). Força!! Não custa nada ...
Lucros excessivos não existem para si(desconhece esse conceito)basta olhar para o Mexia ou para o Zein,ou para o Belmiro...que lhe parece?Não os conhece?
Não me diga agora que os tipos das caixas registadoras do continentes têm ordenados condignos.que os tipos que andam de um lado e para outros a arranjar telefones,e os tipos que se penduram nos postes ganham bem...digo ganham bem não é ganhar a tempo e a horas percebe?
As grandes empresas são sempre monopolistas mesmo sem o quererem sabe porquê?Por uma razão simples...a crise instalou-se(menos para uns)logo o desemprego é altíssimo,e esta disparidade faz com que haja pouco por onde escolher,e quem lucra com isto são os Mexias,Colhones,Belmiros,Zeins,etc...estes são os tais que nada lhes impede de buscar tipos em qualquer lado e pagar-lhes melhor,o que regra geral não acontece,pois os nossos empresários são muito agarrados ao dinheiro,não são como os Alemães.
COs nossos trabalhadores estão de malas feitas para o estrangeiro,por este andar,verá o resultado,olhe que a Alemanha,a França,o Luxemburgo não dizem que os portugueses são maus trabalhadores,aliás têm-os aproveitado muito melhor que em Portugal.
Os Alemães e os Americanos trabalham mais(nas terras deles)mas recebem muito mais,basta observar a disparidade de ordenado mínimo.
já agora porque não repara no trabalho que o emigrante português faz no estrangeiro?Quer comparar?Até trabalham lá fora muito mais e melhor que os Alemães ou outros quaisquer,sabe porquê?(porque ganham mais)sabe porquê?Porque os empresários Alemães não olham tanto para o seu umbigo como os portugueses,daí a disparidade dos números sobre a percentagem de ordenados dos gestores nacionais/estrangeiros...
Tem dúvidas que os milhões que o Mexia ganha em prémios na crise que temos,a ser distribuida pelos empregados,os ordenados seriam melhores?Sabe que cerca de 3 ou 4 milhões quantos ordenados seriam melhorados?Estamos a falar apenas de um gestor,percebe?
Essa de amandar para aqui que os portugueses são imcompetentes a trabalhar só pega dos tais papagaios para os labregos...Pois a França,a Alemanha,o luxemburgo,a Espanha,o iraque,o Brasil,Israel,Angola,etc...etc...têm uma opinião absolutamente diferente.E todos eles têm beneficiado,ou não falte por aqui cada vez mais quadros e que se tenha que importar cada vez mais mão de obra,porque cada vez mais os tais(imcompetentes)vão lá para fora pelos lindos olhos dos gestores portugueses...
As empresas precisam de funcionários por cá,mas os que têm tratam-nos muito mal.As empresas têm sido pouco premiadas pelo facto de não darem o verdadeiro valor a quem trabalha com as mãos...dão mais valor a quem trabalha em secretarias engravatados,esse sim é um dos resultados de insucesso das empresas portuguesas,depois tentam amandar areia para os olhos de labregos a dizer que eles é que são imcompetentes e trabalham pouco...onde é que eu já ouvi dizer isto?Ehehehe
Colocado por: luisvv Eu não disse que eram maus ou bons trabalhadores, apenas que produzem pouco, comparando com os alemães, franceses, etc..
Os alemães e os americanos produzem mais que os portugueses, e é exactamente por isso que recebem melhor.
E eu, que não percebo nada disso, faço então o seguinte raciocínio:
- Os trabalhadores portugueses que trabalham em Portugal têm baixa produtividade.
- Os trabalhadores portugueses que trabalham na Alemanha (por exemplo) têm boa produtividade.
- Onde está a diferença? Nos gestores. Conclusão possível? Os gestores portugueses são péssimos.
Se não temos o direito de criticar o salário dos gestores de empresas privadas, o mesmo não se passa com os gestores das empresas de capitais públicos onde, no fundo, somos accionistas, não é verdade? E, sejamos sérios, não é nada de extraordinário conseguir bons resultados quando se gere uma empresa detentora de um monopólio, não acha?
E não me importo nada de fundar e gerir uma empresa. Prometo ser tão "liberal" como os banqueiros ou os accionistas dos bancos desde que, para além de me garantirem lugar num sector fechado à livre concorrência e de acesso limitado, me garantam assistência financeira do Estado - ou seja, de todos os portugueses - se por acaso a empresa enfrentar dificuldades, como foi o caso recente da banca. Já agora aproveito para manifestar a minha disponibilidade para usufruir de outras benesses normalmente reservadas aos "tubarões" da indústria e das finanças e a outros "liberais": integrar as comitivas do 1º ministro ou de Sua Excelência o Presidente da República e usufruir dos contactos privilegiados por estes proporcionados nas suas viagens "de estado". Se, para além disso, me for garantida a primazia no acesso aos incentivos, quer do Estado Português, quer da União Europeia, então seria ouro sobre azul.
Dificuldade de governar
Lá está: pro-du-ti-vi-da-de. É irrelevante dizer que trabalha muito e que o trabalho é muito duro - o importante é saber quanto custou o seu trabalho à empresa, e qual o valor do que você produziu. O resto é bla bla bla.
O meu trabalho pode ser durissimo, importantissimo, de 23 horas por dia, e não gerar mais valia directa para a empresa... ou posso até nem produzir nada de concreto. Mas se é a função para a qual fui contratado pelo PATRAO, e se a estou a exercer bem, ou acima do que era expectavel, é apenas normal que a remuneração seja, justa.
E aí é que está o cerne da questão... para o Patrão, mais 500€ menos 500€ numa empresa que facture 1 milhão, não é nada de especial...
mas se esse Patrão for o tipico portugues, vai analisar esses 500€ como, dinheiro que podia estar a ir para a carteira dele diretamente e nao para a do funcionário, ou seja, e numa perspectiva que a empresa tem lucro, se ele trabalha por 400€ por mês, e faz o trabalho, porque é que eu hei-de pagar 1000€ só para ele ser mais feliz? Se ele quer ganhar mais, que abra uma empresa, e "desemerde-se" porque isto é meu, e eu faço o que quero, e vai daí, o funcionário, que tem medo de estar um mes ou dois sem receber, porque depois passa fome, aceita os 400€ porque é melhor isso que nada.
Numa empresa que não está a gerar mais valia, temos o meu caso especifico. Entrei há 3 anos quase, multipliquei o meu trabalho em 5x em relação ao que fazia inicialmente (aquilo para que fui contratado), assumi sem ordens ou pedidos da direcção muitas outras responsabilidades de colegas de trabalho que não as queriam/faziam/assumiam, vesti a camisola, e procurei desenvolver mais valia, e consegui desenvolver... mas a empresa não dá o lucro que devia, logo não posso ser aumentado. É justo? não...
Mas vou fazer o que? Onde vivo, não ha trabalhos a pontapé, as empresas têm quase todas excedente de funcionarios, não há grande desenvolvimento, não posso sair... tenho que "mamar" o ordenadeco que me dão, suportar o aumento de 50€ em 3 anos...
e mesmo assim ganhar menos que a maioria dos outros funcionários. O que vai acontecer ? Assim que tiver uma proposta aceitável, saio desta empresa, e de boa consciencia (e do patrão que confirmou que eu era um pilar da empresa) digo, adeus, perderam um excelente funcionario para ficar com outros que educadamente vou dizer, não são grande coisa.
Claro. Evidentemente, só há uma empresa onde esse pobrezinho pode trabalhar. E o desgraçado faz um trabalho insubstituível pelos 400 euros. E os patrões são de uma casta diferente, só pode...
Eh pá, que estranho.. não me diga que a remuneração do trabalho tende a variar com a escassez ou excedente de mão-de-obra? É que é precisamente isso que eu tenho dito...
E de caminho, pode agradecer a quem obriga o patrão a manter os tais outros (quase que aposto: efectivos, mais anos de casa, indemnizações complicadas etc).
Noutra perspectiva, se a empresa é mal gerida, só tem a ganhar em sair.
Um silogismo engraçado, mas não mais que isso. Os mesmos trabalhadores produzem mais em contextos diferentes ? Sim, so what? Esquecemos o enquadramento legal e fiscal, por exemplo?
Extraordinário como insiste em colar o rótulo de "liberal" a tudo quanto não lhe agrada. Porque não o substitui antes por "socialista", só para variar um bocadinho? Até tinha a vantagem de ser mais correcto..
Colocado por: gonzalesUma coisa, é ter valor para empresa, outra é gerar Valor directo, que foi ao que me referi. Como deve calcular, e vou tentar levar essa pergunta de animo leve, sei qual a diferença sim.
Mas você tem duvidas que isso é verdade a 200% (com excepção do insubstituivel, porque isso ninguem o é) e acontece em centenas para não dizer milhares de casos!?!?
Numa empresa, onde a maioria dos funcionários é mal pago, e onde um patrão acredita que, mais vale pagar pouco desde que o trabalho apareça feito... do que pagar bem, e ter pessoas qualificadas dedicadas etc.... Nem é a questão de obrigações legais (maioria nem tá efectiva), é mais uma questão sim, de gestão amadora, com consciencia que é amadora.
Se isso o incomoda posso usar outro rótulo, não vejo grande diferença - já tive oportunidade de manifestar a minha opinião: são vinagres da mesma pipa. Os visados é que parecem não gostariam de ser apelidados de socialistas já que vários deles se proclamam defensores do liberalismo. Claro que isso só acontece porque não frequentam o fórum da casa, e por isso desconhecem a verdadeira noção de liberalismo. Deve ser isso.
PS: é verdade que não me agrada o "liberalismo",mas seria talvez tempo de o luísvv se aperceber que isso não faz de mim um socialista
nem mesmo um comunista, ou um fascista. Em contrapartida noto como o luísvv de imediato apelida de socialista qualquer ideia que não lhe agrade. Uma atitude muito estalinista, não acha :-)
Colocado por: gonzalesA solução é sair, quando ha oportunidades para tal