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  1.  # 81

    Das duas uma:
    - eu não consigo exprimir as minhas ideias
    - ouluísvvnão leu com atenção
    Não atribuo os todos os defeitos do estado à teses liberais nem considero este um estado que se possa a classificar como liberal. O que digo - e penso - é que este estado partilha de algumas características de um presumível estado liberal, como sejam a primazia dos factores económicos e a tendência (ainda que não assumida) a desvalorizar aspectos como a solidariedade e a entreajuda.

    Mas porquê identificar "liberal" com "primazia de factores económicos" ? O pensamento liberal coloca a ênfase na liberdade e na ausência de coacção (ou na sua contenção em limites estritos), que tem como contrapartida a responsabilidade, e que serve de guia em toda a acção humana.A questão económica é mera consequência desse princípio.

    Também não espero um estado perfeito, é lógico que sendo constituído por pessoas venha a sofrer dos defeitos que aquelas pertencem. Porém o facto de não sermos perfeitos não devia, na minha opinião, obstar a que almejássemos a perfeição.


    Por mais bondosas que sejam as intenções, chega sempre o momento em que a utopia se mostra distópica.
  2.  # 82

    Aparecem, existem e têm sucesso...mas são poucos...a generalidade tem outro tipo de cultura...mais virada para esquemas de sucata, viaturas topo de gama, golds para tudo, investimento e modernização no saco (bem fechado)...e muitas mais...enfim, nada que o Luis ou qq outra pessoa não tenha conhecimento...


    Oh pá, como eu gosto disto.
    Então diga lá: e como é que são tão poucos? Não é suposto que as práticas de sucesso se reproduzam?
  3.  # 83

    O resultado do que diz é precisamente o eclipse financeiro,desrregulando o emprego,justiça,economia e obviamente fazer pagar mais quem não é culpado,e que ainda por cima leva roda de imcompetente,precisa de cursos tirados à moina etc.como querem os tipos que têm culpa no cartório fazer ver ou entender.


    Oh Jorge, ainda não me respondeu aquela perguntita lá de cima:

    Deixe-me só perguntar-lhe: já que é tão fácil, tenho a certeza de que o jorge rocha paga aos seus funcionários o equivalente a, digamos, o ordenado de um alemão com a mesma função ? Estou certo? Não me diga que não, porque eu ia ficar muito desiludido....


    Entretanto, só para a conversa não ficar em atraso, e já que manifestou concordância com o J cardoso, é capaz de explicar se Portugal é um "estado mais liberal " que a Alemanha? E se sim, em quê, exactamente?
  4.  # 84

    Colocado por: luisvv

    Oh Jorge, ainda não me respondeu aquela perguntita lá de cima:



    Entretanto, só para a conversa não ficar em atraso, e já que manifestou concordância com o J cardoso, é capaz de explicar se Portugal é um "estado mais liberal " que a Alemanha? E se sim, em quê, exactamente?


    Só lhe respondo quando eu souber mexer nisto...colocar em azul o que se pretende responder,e verde o que se responde.
  5.  # 85

    Oh pá, como eu gosto disto.
    Então diga lá: e como é que são tão poucos? Não é suposto que as práticas de sucesso se reproduzam?

    Ai...então o Luisvv ainda não percebeu?...tem de estudar um pouco mais...é que uma coisa é o sucesso empresarial, outra bem diferente é o sucesso pessoal, aquele porque muitos patrões(nem merecem ser chamados de empresários) lutam no dia a dia...e garanto-lhe que esta espécie está bem reproduzida...

    Abraço, Pedro
  6.  # 86

    Resumindo uma série de intervenções dispersas de membros como o jorge rocha, o pedro fernandes e o giba:

    1) Os salários são genericamente injustos. Os administradores ganham demais, os empregados ganham de menos.
    2) É preciso mudar esta situação.

    Vamos esquecer, para já, os pormenores (injusto porquê? quem decide o que é justo? qual a proporção adequada? )
    Falta saber como.

    Comecemos pelo Jorge Rocha: sugere que se diminua os salários da administração e se reparta pelos funcionários. É legítimo admitir que o Jorge não vê especial complexidade na administração de uma empresa e que portanto não há motivo para salários elevados.
    Gostava no entanto de saber, em concreto: como faz na sua empresa para fixar os ordenados ? Qual a proporção entre o seu e o dos funcionários? Qual a sua disponibilidade para aceitar a intervenção de terceiros (eu, por exemplo) na definição dos salários que o jorge deve pagar ? Admitindo que o jorge valoriza mais o trabalho manual, importa-se de nos dizer quanto paga aos seus administrativos ?
  7.  # 87

    Mas de qualquer maneira cá para mim o liberalismo é liberdade do capitalismo poder ser exercido consuante cada estado,e consuante cada credo não religioso(digo eu)o que nada tem a ver com a forma como é exercido em cada país...essa questão pode ser comparada com uma pergunta do mesmo teor...a ditadura de Salazar é mais ditaturial que a de Pinochet?Se sim em que sentido?
  8.  # 88

    Colocado por: Jorge RochaMas de qualquer maneira cá para mim o liberalismo é liberdade do capitalismo poder ser exercido consuante cada estado,e consuante cada credo não religioso(digo eu)o que nada tem a ver com a forma como é exercido em cada país...essa questão pode ser comparada com uma pergunta do mesmo teor...a ditadura de Salazar é mais ditaturial que a de Pinochet?Se sim em que sentido?


    E não deixam de ser as duas(ditaduras)
  9.  # 89

    Colocado por: luisvvResumindo uma série de intervenções dispersas de membros como o jorge rocha, o pedro fernandes e o giba:

    1) Os salários são genericamente injustos. Os administradores ganham demais, os empregados ganham de menos.
    2) É preciso mudar esta situação.

    Vamos esquecer, para já, os pormenores (injusto porquê? quem decide o que é justo? qual a proporção adequada? )
    Falta saber como.

    Comecemos pelo Jorge Rocha: sugere que se diminua os salários da administração e se reparta pelos funcionários. É legítimo admitir que o Jorge não vê especial complexidade na administração de uma empresa e que portanto não há motivo para salários elevados.
    Gostava no entanto de saber, em concreto: como faz na sua empresa para fixar os ordenados ? Qual a proporção entre o seu e o dos funcionários? Qual a sua disponibilidade para aceitar a intervenção de terceiros (eu, por exemplo) na definição dos salários que o jorge deve pagar ? Admitindo que o jorge valoriza mais o trabalho manual, importa-se de nos dizer quanto paga aos seus administrativos ?


    Não se importa de perguntar pergunta a pergunta para eu lhe poder responder?Não gosto de misturar alhos com bugalhos.
  10.  # 90

    E como será cá em Portugal ? (com tanto bla bla bla e com tal conhecimento das más práticas dos "patrões", das injustiça~s e da forma para corrigi-las, hão-de ser aos milhões)

    http://economico.sapo.pt/noticias/so-14-dos-trabalhadores-gostaria-de-ser-chefe_97480.html
  11.  # 91

    Colocado por: Jorge Rocha

    Não se importa de perguntar pergunta a pergunta para eu lhe poder responder?Não gosto de misturar alhos com bugalhos.


    Na minha empresa os ordenados são iguais.
    A proporção é a mesma.
    Não aceito a intervenção de ninguém porque estaria logo desproporcionado
    Os meus administrativos sou eu
    Os ordenados na minha empresa são iguais...isso choca-o?
  12.  # 92

    Colocado por: luisvvE como será cá em Portugal ? (com tanto bla bla bla e com tal conhecimento das más práticas dos "patrões", das injustiça~s e da forma para corrigi-las, hão-de ser aos milhões)


    A noticia não se refere a patrões, mas sim a gestores e chefes...portanto empregados de patrões...e não é bla bla bla...é a realidade...

    Abraço, Pedro
  13.  # 93

    Boas

    O pensamento liberal coloca a ênfase na liberdade e na ausência de coacção (ou na sua contenção em limites estritos), que tem como contrapartida a responsabilidade, e que serve de guia em toda a acção humana.

    E eu acredito que o digam. Só que, por acaso, até tive oportunidade de conhecer e conversar com cidadãos dos ex-países do chamado "bloco de leste", a par de de 3 norte-coreanos e meia dúzia de norte vietnamitas há uns bons pares de anos, e não posso evitar de estabelecer um paralelismo esta frase de luísvv sobre o liberalismo e o que ouvia da boca deles (versão adaptada do Manifesto do Partido Comunista dos profetas Marx e Engels). Ambos os discursos com uma certa pompa, alguma circunstância e tom semi-profético, mas o arrepio que sinto é exactamente o mesmo. Provavelmente o mesmo arrepio que sentiram muitos chilenos quando viram chegar o liberalismo pela mão dos Chicago Boys do amigo Friedman (Pai), ou a população polaca perante a "libertação" levada a cabo pelos soviéticos. Presumo que o erro deles - incluindo os chilenos - foi o de não se aperceberem ... como é que diz o luís? ... da amplitude dos limites em que era contida a coacção. Deve ser isso. Fossem eles portugueses e se calhar simplificavam dizendo que isso são tretas, mas é apenas a minha opinião.

    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
    • Giba
    • 23 agosto 2010

     # 94

    Caro Luis vv gostaria de esclarecer antes de mais, que reconheço em si um elevado grau de instrução e conhecimento. Quando apresento uma opinião sobre determinado assunto, essa por sua vez não passa de um comentário recheado de intenções e projecções.

    Neste sentido e em resposta a sua citação acima transcrita, quero esclarece-lo sobre o meu ponto de vista, não pretendo de forma alguma calcinar o seu. Quando refiro-me a grandes grupos económicos, não estou de forma alguma a referir somente os grupos associados as cadeias de hipermercados. Mas para facilitar o raciocínio vamos nos centrar apenas nas grandes superfícies comerciais.

    Do meu ponto de vista, os grandes centros comerciais ancorados aos hipermercados e demais lojas de marcas de prestígio e renome, não aumentam o poder de compra como você faz entender, antes pelo contrário fomentam o desperdício e não incrementam a poupança.

    Do meu ponto de vista mais uma vez, as grandes catedrais do consumo não oferecem valor acrescentado para a economia no seu todo.

    Analise a questão pelo seguinte plano: Imagine que a localidade onde eu, você ou seja de quem for possua um comércio local activo, apetecível e com boa rotatividade de encomendas. Proporcionara a zona envolvente postos de trabalhos locais, trará riqueza em vários domínios, inclusive para o poder local. Sem esquecer naturalmente que se sua habitação estiver localizada em uma zona tipo dormitório, sem uma oferta de emprego e comércio local, obterá um valor largamente inferior a um imóvel que possua estes requisitos todos.

    Simultaneamente agregado a envolvente comércio local bem estruturado, existirá inevitavelmente um maior investimento nas componentes: transportes, saúde, educação, serviços, lazer, restauração…

    Voltando aos grandes grupos, que conseguem monopolizar, pergunte para um fornecedor de um hipermercado, qual seria sua preferência de distribuição, se existisse hipótese de fabricar e escoar seus produtos, sem ter que passar pelo hiper-distribuidor. Provavelmente você iria ficar chocado com a resposta.

    Até o Sr. Belmiro de Azevedo, homem de muita visão, provavelmente concordaria comigo. Já ouvi ele dizer, ser mais salutar a uma economia mil pequenos fortes do que apenas dez grandes fortes.

    Atenção estou a cingir-me a apenas este sector para facilitar nosso raciocínio, poderá até parecer um bocado de lirismo da minha parte imaginar que o modelo deveria funcionar de outra maneira. Afirmo categoricamente que trata-se de lirismo apenas nas cabeças daqueles que não param para pensar, preferem ir na onda e gastarem e ficarem mais pobres em todos os aspectos.

    Não querendo ser contraditório, também não pretendo afirmar não ser importante existir as tais grandes superfícies “centros comerciais”, no entanto e em minha opinião elas deveriam estar localizadas em zonas tipo “deserto” e nunca no melhor terreno e na melhor localização. Como é que ele$ con$eguem tudo i$$o?

    Dão mais poder de compra!? Pura ilusão.

    Giba.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Fernandes
    • Neon
    • 24 agosto 2010

     # 95

    Colocado por: luisvv(só não me desmancho a rir porque tenho alguma dificuldade em perceber se o neon acha que essa será a margem de lucro do revendedor ... )


    Por favor poupe-me o seu sarcasmo.

    É claro que como teórico que já demonstrou ser, vai evocar que o revendedor teve que pagar deslocações, publicidade, salários, impostos, amortizações de equipamentos, juros, segurança, artigos roubados, alugueres de espaços, bla bla bla....e no final, vai-se a ver e o pobre coitado ainda acabou por perder dinheiro, e os malandros são os empregados, os consumidores, and so on...

    Meu caro, o seu problema e tal como já referi em outras alturas é que você não é capaz de descer ai do seu pedestal, e perceber a realidade das coisas. Homem olhe à sua volta, areje a cabeça, não se limite a debitar o conteúdo das sebentas.

    Você sabe tão bem quanto eu, ou até melhor, que as estatísticas e as percentagens demonstram aquilo que nos interessa
    O Sr. na comparação produtividade vs remunerações compara a percentagem da produtividade portuguesa com a média europeia... onde pretende chegar?
    Presumo que se formos comparar essas suas percentagens com um trabalhador chinês, então ele deve auferir de salários excelentes.
    Poderei deduzir que as grandes empresas andam num corre corre para se instalarem na china e antigos paises do leste, porque os trabalhadores são muito produtivos, ou será porque (como você diz) a lei da oferta e da procura prevaleçe? O impacto reduzido dos salários praticados em certas partes do mundo ainda compensa o aumento de certas despesas certo?
    Poderá ser muito bonito nas sebentas... a mim mete-me nojo, eu chamo-lhe uma escravatura legalizada.

    Custa-lhe admitir que no exemplo que eu dei, o revendedor ganha muito dinheiro?
    Mais uma vez você sabe melhor do que eu que a diferença de 4x mais, não tem justificação. Ou será que só tem habilidade para ser malicioso e para distorcer as coisas?
    Então mas, todos os artigos não estão sujeitos a custos (salários, impostos, bla bla bla bla) que serão suportados pelo consumidor?
    Pagamos assim tanto mais em tudo? será mesmo essa a justificação? Ou será que sendo um artigo de luxo o revendedor pode ferrar o dente à vontade que o cliente paga?
    Já sei, já sei, claro que não, o revendedor esta a fazer o papel dele... como é que você diz se puder ganhar 100 em vez de ganhar 10 não é condenável, as tais leis de mercado assim o determinam.
    Pois eu não tenho nada contra, e alias se quem tem dinheiro pode e quer pagar pois então que pague. Agora o funcionário do revendedor poderia ser agraciado com um melhor salário?
    O Sr. vai dizer que não, e as justificações serão que se ele está mal que se mude, ou que arrisque e inicie ele a actividade.
    A mim mais uma vez enoja-me o sentido de avareza e de egoismo.

    Mas ainda lhe digo mais
    Lembra-se da Enron, os tais "the smartest guys in the room" você que defende a tal liberalização, acha aquilo bem? defende aquilo que se fez? Eu não

    Concorda que um fulano, só porque tem dinheiro para investir em acções e que ganha dinheiro com isso (já sei que vai dizer que também perde) seja menos tributado nas tais % que você tanto gosta (e só a partir deste ano) que um fulano que tem que dar o corpinho ao manifesto? Eu não, e acho uma indecência.

    A trapalhada do negócio do Manuel Fino com a Caixa e as acções da Cimpor. Deixe-me adivinhar...deve ter vibrado com toda aquela esperteza e ginástica financeira, que aquela escumalha nos proporcionou. Pois eu senti-me revoltado ainda mais com a maneira airosa com que toda a gente sai do problema.

    O investimento do estado para salvar 2 ou 3 bancos... ja sei já sei o corralito ...ainda devíamos agradecer ao criador não é? Quero que se #$%#" o corralito...quem andou a especular ainda se vai sair a rir disto tudo.

    Bernard Madoff, um grande homem não?... Outro bom exemplo que o mercado não precisa nadinha de ser regulado


    Ouça lá...ninguém aqui é inocente, nem defende que os patrões ou gestores tenham que liderar empresas não viáveis, ou suportar prejuízos.
    Agora isso não significa aceitar que as leis de mercado são um mal menor.
    Como já alguém aqui salientou, tem de haver humanidade e bom trato...Não compreender que o maior activo de uma empresa são os seus funcionários e colaboradores, é sinal de uma grande deficiência de formação e incapacidade de liderança.

    Houve Sr.s empresários que pagaram caro, certas atitudes que tomaram. Embora eu não as defenda e não concorde com elas...também podemos sempre alegar que face a uma escravização proporcionada pelas leis de mercado, a cabeça de alguns seres humanos tem a faculdade de tão depressa estar bem como estar mal. E quando está mal....bom....temos exemplos disso por cá

    Passe bem
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    • Giba
    • 24 agosto 2010

     # 96

    Bom dia!

    Neon !!!! Li tim tim por tim tim duas vezes. Suas palavras denotam arrojo no carácter e firmeza nas intenções. Ninguém! Preste bem atenção; ninguém poderá contra argumentar sobre a sua posição. Se alguém pretender correr este risco, arriscar-se-á em fazer figura triste sem necessidade. Portanto lá vai um 19,99 valores para esta magnífica abordagem.

    Giba
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Neon
  14.  # 97

    A noticia não se refere a patrões, mas sim a gestores e chefes...portanto empregados de patrões...e não é bla bla bla...é a realidade...<


    " É que a estabilidade no posto de trabalho e a preferência por tarefas simples levou a grande maioria dos inquiridos a não mostrar interesse por cargos de chefia na sua empresa"

    "Os níveis de ‘stress' e a complexidade de funções inerentes ao cargo levam, no entanto, apenas 14% dos inquiridos a admitir que gostaria de ser chefe."

    ....
  15.  # 98

    Colocado por: luisvv

    " É que a estabilidade no posto de trabalho e a preferência por tarefas simples levou a grande maioria dos inquiridos a não mostrar interesse por cargos de chefia na sua empresa"

    "Os níveis de ‘stress' e a complexidade de funções inerentes ao cargo levam, no entanto, apenas 14% dos inquiridos a admitir que gostaria de ser chefe."

    ....


    Já lá dizia o Salazar:

    Sssse ssssoubésssisss como cusssta mandar, quererieissss obedeccccer toda a vida!
    • luisvv
    • 24 agosto 2010 editado

     # 99

    Colocado por: Neon
    Por favor poupe-me o seu sarcasmo.
    É claro que como teórico que já demonstrou ser, vai evocar que o revendedor teve que pagar deslocações, publicidade, salários, impostos, amortizações de equipamentos, juros, segurança, artigos roubados, alugueres de espaços, bla bla bla....e no final, vai-se a ver e o pobre coitado ainda acabou por perder dinheiro, e os malandros são os empregados, os consumidores, and so on...

    Teórico, e prático. Mas se quer poupar-se ao sarcasmo, diga-nos, por favor, qual é a margem de lucro líquida de um revendedor? Dito de outra forma, se quiser: Do total da facturação de uma empresa, quanto é o lucro ?


    Meu caro, o seu problema e tal como já referi em outras alturas é que você não é capaz de descer ai do seu pedestal, e perceber a realidade das coisas. Homem olhe à sua volta, areje a cabeça, não se limite a debitar o conteúdo das sebentas.

    Já o seu problema, como de muitos outros que por aí andam, é ser incapaz de levar o raciocínio até ao fim. Sabe dizer "Ah e tal, o revendor compra a 25 e vende a 100", mas quando chega à parte dos custos, é uma chatice, isso é para os "contabilistas" ou os gajos com "pensamento economicista" ou para o pessoal das sebentas...

    Você sabe tão bem quanto eu, ou até melhor, que as estatísticas e as percentagens demonstram aquilo que nos interessa O Sr. na comparação produtividade vs remunerações compara a percentagem da produtividade portuguesa com a média europeia... onde pretende chegar?


    Parece que só escrevi isso umas 5 vezes, mas posso repetir: a produtividade limita os salários. No caso português, corrigindo os efeitos das diferenças de poder de compra, a produtividade continua a ser 2/3 da média europeia. Logo, não pode esperar salários superiores a essa proporção - sob pena de não haver como os pagar.

    Presumo que se formos comparar essas suas percentagens com um trabalhador chinês, então ele deve auferir de salários excelentes.

    Não são "as minhas percentagens". Não são meros números. Não são bla bla bla - traduzem factos, dados concretos.

    Poderei deduzir que as grandes empresas andam num corre corre para se instalarem na china e antigos paises do leste, porque os trabalhadores são muito produtivos, ou será porque (como você diz) a lei da oferta e da procura prevaleçe? O impacto reduzido dos salários praticados em certas partes do mundo ainda compensa o aumento de certas despesas certo?

    As empresas instalam-se onde tiverem melhores condições - e evidentemente, avaliam todos os factores que consideram relevantes. Tal como o Neon faz, certamente, quando toma uma decisão importante. Tenho (quase) a certeza de que o Neon calculou os custos de transporte para o trabalho, por exemplo.

    Poderá ser muito bonito nas sebentas... a mim mete-me nojo, eu chamo-lhe uma escravatura legalizada.

    A mim não me mete nojo nenhum. Já o pessoal da Autoeuropa, por exemplo, é capaz de achar óptimo. Ao contrário, os alemães que prefeririam que a VW abrisse mais uma fábrica em Dresden, por exemplo, são capazes de concordar consigo.
    Os chineses, cujo nível de vida (sendo baixo) melhora por via da instalação de empresas estrangeiras, esses então devem estar ainda mais gratos.
    Claro que há sempre a opção neon : proibir o investimento estrangeiro ou estabelecer ordenados mínimos semelhantes aos alemães.
    (porque será que ninguém o tenta fazer? Afinal, não deve custar nada, pelo contrário...)

    Custa-lhe admitir que no exemplo que eu dei, o revendedor ganha muito dinheiro?
    Mais uma vez você sabe melhor do que eu que a diferença de 4x mais, não tem justificação.
    Ou será que só tem habilidade para ser malicioso e para distorcer as coisas?

    Quanto é o "muito dinheiro" ??? Margem de 300% sobre o preço de venda é muito?? Depende. Qual o volume de vendas? Uma perfumaria tem que estar bem localizada - as rendas em zonas nobres das cidades são caras. Em proporção, tem mais mão-de-obra que lojas de outros ramos - é um negócio com componente significativa de atendimento. A mão-de-obra também se paga. Numa actividade como a perfumaria, com milhares de referências, os custos de stock também são significativos.
    Se vender pouca quantidade, ganhar 300% sobre pouco é ...pouco.

    Então mas, todos os artigos não estão sujeitos a custos (salários, impostos, bla bla bla bla) que serão suportados pelo consumidor? Pagamos assim tanto mais em tudo?

    Huuumm... deixe cá ver .... espere, será que tem a ver com quantidade de artigos vendidos?? Terá (é só uma hipótese, atenção !! ) alguma relação com o facto de um supermercado vender milhares de artigos de um qualquer produto, , enquanto uma perfumaria venderá algumas unidades?

    será mesmo essa a justificação? Ou será que sendo um artigo de luxo o revendedor pode ferrar o dente à vontade que o cliente paga?


    Claro. Só um pequenino pormenor perturba esse seu raciocínio brilhante: não sendo um monopólio, um negócio que ofereça margens de lucro significativas atrai necessariamente novos agentes, o que tende a limitar os preços e margens. Dito de outra forma: se a perfumaria fosse um negócio tão lucrativo, o Belmiro de Azevedo não tinha um Continente, tinha uma Perfumes e Cª. Como compreende, se em vez de ganhar 25, pudesse ganhar 100..

    Já sei, já sei, claro que não, o revendedor esta a fazer o papel dele... como é que você diz se puder ganhar 100 em vez de ganhar 10 não é condenável, as tais leis de mercado assim o determinam.


    Pois eu não tenho nada contra, e alias se quem tem dinheiro pode e quer pagar pois então que pague. Agora o funcionário do revendedor poderia ser agraciado com um melhor salário? O Sr. vai dizer que não, e as justificações serão que se ele está mal que se mude, ou que arrisque e inicie ele a actividade. A mim mais uma vez enoja-me o sentido de avareza e de egoismo.

    Está a partir do pressuposto errado de que a empresa tem um lucro impossível. As suas hipóteses ignoram existência de concorrência - neon presume que é possível uma empresa concorrer com margens dessa ordem de grandeza.

    Mas ainda lhe digo mais Lembra-se da Enron, os tais "the smartest guys in the room" você que defende a tal liberalização, acha aquilo bem? defende aquilo que se fez? Eu não

    **** e calças ?

    Concorda que um fulano, só porque tem dinheiro para investir em acções e que ganha dinheiro com isso (já sei que vai dizer que também perde) seja menos tributado nas tais % que você tanto gosta (e só a partir deste ano) que um fulano que tem que dar o corpinho ao manifesto? Eu não, e acho uma indecência.

    Eu não sei como você sabe as % de que eu tanto gosto. Mas, para não o desapontar, sugiro que espere uns 2 anitos para ver o resultado da famosa tributação de mais-valias.

    A trapalhada do negócio do Manuel Fino com a Caixa e as acções da Cimpor. Deixe-me adivinhar...deve ter vibrado com toda aquela esperteza e ginástica financeira, que aquela escumalha nos proporcionou. Pois eu senti-me revoltado ainda mais com a maneira airosa com que toda a gente sai do problema.

    A trapalhada do Manuel Fino e a CGD... óptimo exemplo de um banco privado a fazer malandrices, certo? De facto, a privatização da CGD foi um escândalo !!

    O investimento do estado para salvar 2 ou 3 bancos... ja sei já sei o corralito ...ainda devíamos agradecer ao criador não é? Quero que se #$%#" o corralito...quem andou a especular ainda se vai sair a rir disto tudo.

    Ah ah ah... não quererá dizer "para salvar o dinheiro das misericórdias, das autarquias e de outras entidades" ?

    Bernard Madoff, um grande homem não?... Outro bom exemplo que o mercado não precisa nadinha de ser regulado

    Tenho outro cromo para a troca: Chavez, Hugo, a prova de que o mercado precisa de ser reguladinho, tim-tim-por-tim-tim.

    Claro que o mercado precisa de ser regulado. Todos sabemos que o mercado financeiro é desregulado. Em Portugal, por exemplo, são só uns milhares de páginas de legislação, o que é isso para nós, ahn?

    Ouça lá...ninguém aqui é inocente, nem defende que os patrões ou gestores tenham que liderar empresas não viáveis, ou suportar prejuízos.Agora isso não significa aceitar que as leis de mercado são um mal menor.

    Se substituir "leis de mercado" por "lei da gravidade" e fará exactamente o mesmo sentido.
    Veja se percebe isto: Nem as ditaduras mais ferozes conseguiram suprimir a lei da oferta e da procura. Porquê ? Porque aquilo que você acha "injusto" é a forma de os indivíduos transmitirem entre si informação, não centralizada e não captável por qualquer sistema burocrático pensado para o "bem comum".
    Todas as tentativas de contrariar estes equilíbrios resultam em mais desequilíbrios - o que acontece sistematicamente em casos de estabelecimento administrativo de preços máximos, por exemplo...

    Como já alguém aqui salientou, tem de haver humanidade e bom trato...Não compreender que o maior activo de uma empresa são os seus funcionários e colaboradores, é sinal de uma grande deficiência de formação e incapacidade de liderança.

    Mas que raio de País, onde todos os líderes estão confortavelmente instalados por conta de outrem ou do Estado. Logo por azar, não sobra nenhum para administrar empresas....

    Houve Sr.s empresários que pagaram caro, certas atitudes que tomaram. Embora eu não as defenda e não concorde com elas...também podemos sempre alegar que face a uma escravização proporcionada pelas leis de mercado, a cabeça de alguns seres humanos tem a faculdade de tão depressa estar bem como estar mal. E quando está mal....bom....temos exemplos disso por cá


    Sim, e daí ?? Todos os dias há gente que comete erros e toma decisões erradas. Todos os dias há gente que comete crimes, e pratica ilegalidades. E daí???
  16.  # 100

    Já lá dizia o Salazar: Sssse ssssoubésssisss como cusssta mandar, quererieissss obedeccccer toda a vida!


    Cada um tem a sua opinião, e a opinião de 86% é essa. Nada que não se intua no dia-a-dia.
 
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