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      FD
    • 3 agosto 2007 editado

     # 1

    Lisboa e Porto vão cobrar IMI a dobrar
    Os 400 mil prédios devolutos vão ser penalizados já a partir de Setembro. Joana Petiz

    Um castigo pesado para quem não cumpre. A partir do próximo mês, os proprietários de prédios devolutos em Lisboa e no Porto vão ser obrigados a pagar o dobro do valor do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Recuperar a vida dos grandes centros urbanos é a aposta dos presidentes dos municípios de Lisboa e Porto – aqueles onde se encontra mais de 90% do património devoluto do país. A nível nacional, segundo o IHRU, “são 400 mil os fogos devolutos existentes, acrescidos por outros 500 mil que estão sobrelotados e não têm as desejáveis condições de habitabilidade”, lamentou Nuno Vasconcelos, presidente do IHRU.

    E se os incentivos à reabilitação nos centros históricos – também previstos no Novo Regime do Arrendamento Urbano – não chegam para fazer mexer os proprietários, a penalização fiscal decerto conseguirá resultados. Pelo menos é essa a crença de Eduardo Cabrita, secretário de Estado da Administração Local.

    “Rui Rio e o novo presidente de Lisboa, António Costa, já me revelaram o seu empenho em recuperar os maiores centros urbanos do país”, disse ao Diário Económico, realçando a necessidade absoluta de voltar a alargar a oferta de arrendamento do mercado. “Nos últimos anos, os prédios degradaram-se sem que nada se fizesse, as cidades de Lisboa e Porto perderam imensos habitantes... é preciso criar condições para contrariar esta realidade”, disse o secretário de Estado da Administração Local. E avançou que Lisboa precisa de recuperar o ritmo, perdido com a crise na câmara e a antecipação de eleições.

    Em entrevista ao Diário Económico, António Costa também criticou os atrasos e declarou a sua vontade de “pôr a cidade a funcionar”. “A Câmara de Lisboa é das que mais poderá beneficiar da nova lei do arrendamento, e é dos municípios que está mais atrasado na entrada em vigor da lei, fruto do péssimo relacionamento da comissão de avaliação municipal”, defendeu. E apresentou como solução a penalização para prédios devolutos: “Assim estimulamos a colocação dos fogos devolutos no mercado, contribuindo para reduzir os custos da habitação, ou aumentamos a receita, por via da penalização fiscal.”, concluiu.

    Para obter resultados, o “Governo devia mudar a lei”
    No primeiro ano de aplicação do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), os números oficiais indicam a actualização de 75 das 390 mil rendas antigas. “Muito pouco, para não dizer irrelevante”, dizem proprietários e inquilinos. “Um tremendo fracasso”, defende a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte, que esta quarta-feira desafiou o Governo a introduzir alterações profundas na lei, uma vez que a reforma falhara os seus dois grandes objectivos: dinamizar a reabilitação urbana e revitalizar o mercado do arrendamento. O presidente da AICCOPN, Reis Campos aponta a reduzida taxa de rendimento (de 4%), o faseamento excessivo da actualização das rendas e a manutenção de condicionantes às acções de despejo como “grandes motivos para o verdadeiro fracasso que se revelou NRAU” e sugere que o Governo introduza alterações na lei que realmente “incentivem a recuperação”.

    http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/economia/pt/desarrollo/1023291.html

    Concordo com a medida, basta circular por Lisboa para ver que temos uma cidade semi-abandonada em muitos sítios. Talvez assim se refreie um pouco a especulação.
  1.  # 2

    Recuperei este post para falarmos desta petição à assembleia da república, para o IMI ser 0,2% em todo o país!
    Como medida imediata parece-me bem, mas depois tem que se diferenciar. Não é justo a quinta da Marinha pagar o mesmo. Se calhar, agora, até nem paga.
  2.  # 3

    Colocado por: pedromdfRecuperei este post para falarmos desta petição à assembleia da república, para o IMI ser 0,2% em todo o país!
    Como medida imediata parece-me bem, mas depois tem que se diferenciar. Não é justo a quinta da Marinha pagar o mesmo. Se calhar, agora, até nem paga.


    então se lhe parece-me bem, mas depois tem que se diferenciar não iria ficar como está agora?


    um IMI único para todo o território não faz sentido, tal como não faz agora um IMI único para todo o concelho. As câmaras deveriam ter a liberdade de diferenciar o IMI dentro do seu território como medida para repovoar os centros históricos. Depois é injusto que dentro do mesmo concelho o IMI seja o mesmo num sitio com saneamento básico, transportes públicos, escolas, fármacias, tal como numa povoação isolada sem nada disto.
  3.  # 4

    Não se percebe muito bem a sua opinião.
  4.  # 5

    Colocado por: pauloagsantosum IMI único para todo o território não faz sentido

    Pois não, por isso é que existem os coeficientes de localização. Sabe o que são?

    Colocado por: pedromdfNão é justo a quinta da Marinha pagar o mesmo.

    Porquê? se as avaliações estiverem correctas uma casa na quinta da marinha paga muito mais em valor absoluto.
  5.  # 6

    Sr. Picareta o que está em causa é uma petição que quer todo o país com igual IMI 0,2%.
  6.  # 7

    Colocado por: pedromdfSr. Picareta o que está em causa é uma petição que quer todo o país com igual IMI 0,2%.

    Sim, e parece-me justo que seja igual em todo o lado. Já o valor das casas deve ser em função da sua localização.
    • mog
    • 8 janeiro 2015

     # 8

    Colocado por: Picareta
    Sim, e parece-me justo que seja igual em todo o lado. Já o valor das casas deve ser em função da sua localização.


    Percebo o ponto de vista. Contudo, também me parece justo que os municípios tenham alguma margem para decidir sobre política fiscal em função das necessidades/projectos que têm para o seu território. Não me choca, portanto, que o IMI seja diferente de concelho para concelho, tal como acontece com todas as taxas, taxinhas e taxetas, que as câmaras cobram. Compete-nos a nós, munícipes, nomeadamente em sede de eleições, avaliar essa política, tal como o fazemos nas legislativas quando toca a impostos nacionais. Só lamento que a política fiscal esteja normalmente ausente do debate político local.
 
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