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      FD
    • 16 agosto 2007 editado

     # 1

    Relembro que o arquitecto Ribeiro Telles já há muito diz que Lisboa precisa de agricultura. E talvez levado pelas ideias deste, se bem que um é monárquico e o outro esquerdista, o actual vereador Sá Fernandes incluía na sua proposta de candidatura à Câmara Municipal de Lisboa, e cito: "hortas deverão suceder-se, em articulação com o espaço edificado, constituindo, sempre que possível, corredores que deverão prolongar-se para os restantes concelhos, através de ligações com idênticas ocorrências naturais e áreas de agricultura tradicional a proteger e classificar".

    Agora surge esta notícia de algo parecido a realizar no norte de Portugal. Eu acho, no mínimo, uma ideia curiosa. Confesso que no ínicio quando ouvi o Sá Fernandes a falar em hortas não deixei de soltar um "humpf". Mas lendo e informando-me (como acontece sempre) um pouco mais, a ideia faz algum sentido, se bem que, na minha opinião é utópica.
    Nunca nesta vida e não sei se na próxima deixaremos a nossa azáfama diária para plantar uma alfacezita para o almoço de dali a uns tempos. Vivemos tempos imediatos.

    Mas seria concerteza curioso ver ali o abandonado Campo Grande cheio de hortas...
    Não sei como é Oliveira do Douro, mas penso que será um cenário bastante diferente de Lisboa, pelo que a praticabilidade desta ideia deverá ser bastante diferente.

    Os habitantes de Oliveira do Douro têm agora a possibilidade de vivenciar a experiência de cultivar uma horta, graças a uma parceria da junta de freguesia e o Parque Biológico de Gaia. Promover hábitos saudáveis e a qualidade de vida é o objectivo principal do projecto.
    Diana Campos Ferreira

    «Gaba-te cesta... que vais à horta» é o nome da Horta Comunitária e Biológica que a Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, em parceria com o Parque Biológico de Gaia criou. Este projecto, pensado pelo presidente da junta de freguesia, Eduardo Vítor Rodrigues, tem como intuito disponibilizar aos habitantes da freguesia a possibilidade de vivenciar a experiência de cultivar uma horta. “Com esta iniciativa os habitantes da freguesia podem adquirir e pôr em uso práticas agrícolas, produzindo alimentos pelas suas próprias mãos e para o auto-consumo”, explicou Margarida Rocha, assessora técnica do projecto. Promover hábitos saudáveis e a qualidade de vida da população, bem como, sensibilizar a comunidade para a importância da conservação e defesa do património ambiental são factores que também não ficam de fora dos objectivos deste projecto.
    Dário Silva, vice-presidente da junta de freguesia falou com o JANEIRO e explicou que esta iniciativa é inovadora no concelho, mas que está inserida em temáticas relacionadas com o ambiente e questões energéticas, “factor que nos tem motivado e incentivado para outros projectos desta natureza”.
    O vice-presidente salientou ainda o facto de este projecto pretender também promover a aproximação de diferentes gerações e facultar um ambiente propício à socialização dos habitantes de Oliveira do Douro, factor ao qual a junta atribui um significativo grau de importância. Para que esse objectivo se possa concretizar, uma das condições da candidatura dos participantes é que se apresentem na companhia de um parceiro que, de acordo com as regras, deverá ser um jovem, até aos 12 anos, o que acaba então por proporcionar o convívio e envolvimento desejados.

    Direitos e deveres
    Os utilizadores que se inscrevam atempadamente podem usufruir de um talhão de terreno cultivável da Horta Comunitária e Biológica, a título gratuito, inserido num espaço vedado e devidamente preparado com um ponto de água e electricidade para utilização comum.
    Para um melhor proveito do espaço, a junta pede a todos os candidatos que participem numa acção de formação em agricultura biológica com um mínimo de 15 horas. Para além disso é tido como dever de cada um usufruir e tratar da boa conservação e manutenção do compostor comum, usando para o cultivo apenas meios biológicos, defender o asseio, a segurança e o bom uso da área da horta, comprometendo-se o candidato a utilizar os produtos da horta apenas para consumo próprio, não podendo comercializar nenhum produto ali cultivado.

    A saber...
    Inscrições abertas
    Apesar de a data para o começo no activo do projecto ainda não estar decidida, Margarida Rocha explicou-nos que, embora o espaço para o efeito ainda não estar devidamente preparado, já está delineado e localiza-se nas proximidades da sede da junta.
    De acordo com a mesma, desde que abriram as inscrições já tiveram alguma adesão, mas esperam ter ainda mais nos próximos tempos, até o prazo de candidaturas encerrar. Entretanto, as candidaturas continuam abertas a todos os habitantes do concelho. O formulário de candidatura pode ser levantado na secretaria da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro ou solicitado através do e-mail [email protected].
    Primeiro de Janeiro
  1.  # 2

    Olá FD, lamento informar que o Gonçalo Ribeiro Telles não tem nada a ver com a Monarquia, mas é um dos membros fundadores do Movimento Partido da Terra, se é isso que quis dizer (que por sinal costuma alinhar com a direita).

    Vivam as hortas comunitárias que se multiplicam por esse país fora!
  2.  # 3

    Boas

    ...lamento informar que o Gonçalo Ribeiro Telles não tem nada a ver com a Monarquia

    Foi fundador do Partido Popular Monárquico!

    cumps
    José Cardoso
  3.  # 4

    Gonçalo Ribeiro Telles foi fundador do Partido Popular Monárquico (pós 1974) e foi o seu primeiro "rei".

    Isso das hortas urbanas é uma xachada. Fornecer pequenos lotes de terreno para usar com água canalizada e electricidade (mesmo a A PAGAR) seria imediatamente ocupado por barracas onde a polícia preferiria não entrar.

    Noutros casos seria rapidamente deixado tudo ao abandono. Os muito poucos que continuassem seria sistematicamente roubados.

    José Simões
  4.  # 5

    Colocado por: jsimGonçalo Ribeiro Telles foi fundador do Partido Popular Monárquico (pós 1974) e foi o seu primeiro "rei".

    Isso das hortas urbanas é uma xachada. Fornecer pequenos lotes de terreno para usar com água canalizada e electricidade (mesmo a A PAGAR) seria imediatamente ocupado por barracas onde a polícia preferiria não entrar.

    Noutros casos seria rapidamente deixado tudo ao abandono. Os muito poucos que continuassem seria sistematicamente roubados.

    José Simões


    Sim?

    http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=1118673

    Não me parece que o Ingote seja a fina flor dos bairros de Coimbra.
  5.  # 6

    No Grande Porto parece que já existem desde 2003:


    http://www.hortadaformiga.com/conteudos.cfm?ss=7
  6.  # 7

  7.  # 8

  8.  # 9

    Boas!
    Estas iniciativas têm-se vindo a multiplicar nos últimos anos e são de louvar!
    Além de relembrarem práticas de vida saudável, têm ainda funções didático-pedagógicas e até mesmo lúdicas.
    Estudos revelam que as pessoas que habitam as cidades são consideravelmente mais infelizes do que as que habitam os meios rurais o que se deve, em grande parte, à falta de ligação com ambientes naturais.
    Por outro lado e em tempos de crise, quem tiver um quintalzito onde cultivar alguns alimentos dificilmente morrerá de fome... já os que habitam as cidades, na necessidade não poderão "comer tijolos"...

    Cumps
 
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