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    • jsim
    • 17 junho 2010 editado

     # 1

    Estou perto de comprar um andar em Lisboa, na zona de Telheiras para habitar.

    É possível que vá dar uma entrada obscenamente elevada, posso ir até 50%, em troca de uma preço relativamente mais baixo (não tenho muita capacidade de endividamento devido à minha idade avançada, portanto tenho mesmo que entrar com algum, seja no sinal, seja no pagamento final).

    Do ponto de vista jurídico estou relativamente seguro. Sei que caso o contratado não seja cumprido tenho a reaver o sinal mais outro tanto.

    Mas também sei que a justiça em portugal é cara e lenta.

    Alguém tem uma ideia de qual é o meu risco? O assunto está a ser tratado através de uma mediadora "oficial".

    Agradeço qualquer ideia.

    José Simões
    •  
      MRui
    • 17 junho 2010

     # 2

    Colocado por: jsimAlguém tem uma ideia de qual é o meu risco?

    O risco é o do costume: levar uma banhada. Existe algum problema de avançarem logo para a escritura sem terem de fazer o CPCV?
    • jsim
    • 17 junho 2010

     # 3

    Colocado por: MRui
    O risco é o do costume: levar uma banhada. Existe algum problema de avançarem logo para a escritura sem terem de fazer o CPCV?


    Penso que não. Tenho de pedir emprestado a algum banco ou similar os outros 50%

    José Simões
  1.  # 4

    Juridicamente pode estar, de facto, protegido.

    No entanto, caso haja incumprimento por parte do promitente vendedor, certamente que irá passar uns longos anos na barra do tribunal para conseguir resolver a situação.

    Quando vendi a minha casa, o comprador pagou a pronto. Deu-me um sinal de 30%, cerca de 50 mil euros. Não fiz nenhum desconto no preço do meu apartamento por causa desse sinal "generoso". Alias, nunca percebi muito bem essa lógica. Os restantes 70% foram pagos na escritura, um mês depois do sinal ter-me sido entregue.

    Julgo que, se está com algum receio, dê um sinal "normal", de 5%. Diminui o risco consideravelmente. A não ser que o vendedor esteja mesmo a fim de lhe conceder um desconto que compense entregar um sinal "obsceno".
    •  
      FD
    • 18 junho 2010

     # 5

    Hoje em dia fazem-se escrituras quase de um dia para o outro. Não faz sentido dar grandes quantias de sinal.
    Antigamente, quando uma escritura demorava meses a ser marcada e realizada, talvez fizesse algum sentido.
    O sinal também servia para "guardar" a casa não fosse aparecer um maluco a oferecer mais do aquilo que nós oferecemos.
    Mas, como hoje em dia é difícil vender, esse problema quase que não se coloca.
    A única situação em que faz algum sentido o sinal é em imóveis em construção, para que o construtor não tenha que recorrer a empréstimos bancários. Para casas prontas, apenas tem que pagar o juro ao banco.
    Ora, se se recebe a totalidade do valor da casa num mês ou dois e se os juros forem de débito mensal, ainda menos sentido faz.

    Se o vendedor fizer um desconto significativo por causa de um sinal elevado, há aí qualquer coisa esquisita.
    Como disse, em 2 a 3 semanas vende-se uma casa. É por causa desse tempo de espera que o vendedor vai dar assim um desconto de mão beijada?
    É uma questão de se perguntar: que outra vantagem é que existe para sinal elevado = desconto?

    O sinal é apenas uma garantia de reserva. Quaisquer 1.000€ ou 2.000€ podem reservar uma casa.
    Eu nunca daria mais do que 2.500€ de sinal. O que não falta aqui no fórum são testemunhos de pessoas que deram sinais, grandes ou pequenos, e que depois tiveram problemas...
    Aliás, eu próprio testemunhei um caso assim e até hoje não há nem nunca haverá dinheiro devolvido - a empresa fechou/faliu.
 
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