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  1.  # 1

    Olá a todos

    Vim parar a este fórum há algum tempo numa qualquer "googlação" e nunca mais vos larguei, vocês são fantásticos. Obrigada por existirem.
    Tenho aprendido por aqui imenso, já que a minha área profissional é mais bits e bytes.

    Hoje recorro ao vosso conhecimento, experiência e, mais que comprovada, disponibilidade para "aturarem" os leigos como eu.

    A questão é a seguinte: o meu marido é 1 de 3 herdeiros de uma daquelas seculares moradias do Bairro da Serafina (Lisboa). Herdou a herança do pai (ok, eu sei que isto não se diz assim), entretanto falecido. A casa está habitada por uma tia velhota com 83 anos (1 dos herdeiros) a quem nós andamos há bastante tempo a convencer a ir para um lar e está literalmente podre (a casa, claro, que a tia está um cadito melhor). O outro herdeiro é um irmão dela, que nem se preocupa em saber se a irmã já morreu à fome, se a casa lhe caiu em cima, enfim..., adiante.
    Há cerca de um ano e pouco a Câmara de Lisboa notificou para fazer obras no muro e na casa propriamente dita. Ora o muro, nós lá fizemos umas obritas, gastamos lá 1800 €. À tia nem cobramos (coitada tem 200 ou 250 de reforma), e o tio finge não perceber. A Câmara voltou lá e, claro as obras no interior? e na fachada da casa?
    Bem, o meu marido lá fez uma exposição à Câmara a sensibilizar para a situação da tia, que não tem rendimentos, que está velhota, que a casa certamente será para vender, blá blá...
    A Camara respondeu que sim, que a Sr.ª Arquitecta Helena Roseta tinha ficado mt sensibilizada, mas que independentemente do destino a dar à casa, faça lá as obritas e tem 60 dias para as começar.
    Ora, fazer obras naquilo é deitar dinheiro à rua, porque a casa está literalmente a cair. Já para não falar no facto de que se nós fizermos as obras, dividimos por 3, uma não tem dinheiro e outro ... pois, é melhor esquecer (se fosse para vender, aparecia logo). Mas esse é outro assunto! Nós não estamos interessados em ficar com a casa para nós, embora seja uma optima área e far-se-ia ali uma boa casa, achamos nós, mas temos a nossa vida noutro lado e assim queremos continuar.
    Enfim, todo este paleio para pedir a vossa opinião. O que fazer? Há alguma forma de protelar por mais um tempo? Qual? É que 60 dias é já ali e nem sabemos como começar! E se não fizermos as obras? A Câmara fica com a casa? E que faz com a tia? É que ainda que consigamos convencer a tia a ir para um lar, a ideia já era essa mesmo sem a pressão da Câmara, a intenção seria posteriormente vender, tal como está, mas pelos vistos não temos tempo.
    Obrigada pelo tempo que vos tomei e todas as vossas sugestões serão muito muito apreciadas, acreditem.
    •  
      FD
    • 24 junho 2010 editado

     # 2

    Se fosse eu, tentaria reunir os 3 herdeiros num dia, com alguém a mediar (um advogado) e tentaria chegar a acordo para uma das seguintes soluções:
    - comprar as outras quotas, fazer as obras mínimas e olhar para a casa como um investimento
    - vender a sua quota
    - vender a casa como está, com usufruto da tia que lá vive até ao final da vida (ou seja, a casa é vendida mas essa tia pode lá ficar sem custos até falecer)
    - vender a casa como está, ficando lá a tia e pagando uma renda pequena (com o dinheiro que receber da venda)
    - vender a casa e a tia sai
    - repartir os custos das obras pelos 3 herdeiros

    Como é lógico, a sua tia estará sempre em desvantagem porque terá que ceder parte do bolo a que tem direito para poder permanecer na casa.
    Por exemplo, se a casa vale 100, cada um recebe 33. A sua tia, para lá ficar, em princípio teria que prescindir desses 33 a favor do comprador, seja ele herdeiro ou externo.

    Se não se chegar a acordo é que as coisas ficam mais complicadas.
    Quanto à câmara, os seus direitos e deveres, aconselho-a a ler o Decreto-Lei n.º 307/2009 que regula o Regime Jurídico de Reabilitação Urbana.

    Nomeadamente esta passagem:

    Artigo 55.º
    Obrigação de reabilitar e obras coercivas
    1 — A entidade gestora pode impor ao proprietário de um edifício ou fracção a obrigação de o reabilitar, determinando a realização e o prazo para a conclusão das obras ou trabalhos necessários à restituição das suas características de desempenho e segurança funcional, estrutural e construtiva, de acordo com critérios de necessidade, adequação e proporcionalidade.
    2 — Quando o proprietário, incumprindo a obrigação de reabilitar, não iniciar as operações urbanísticas compreendidas na acção de reabilitação que foi determinada, ou não as concluir dentro dos prazos que para o efeito sejam fixados, pode a entidade gestora tomar posse administrativa dos edifícios ou fracções para dar execução imediata às obras determinadas, aplicando -se o disposto nos artigos 107.º e 108.º do regime jurídico da urbanização e edificação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro.
    3 — No âmbito de operações de reabilitação urbana sistemática, a entidade gestora pode, em alternativa à aplicação do regime de obras coercivas previsto no número anterior e na estrita medida em que tal seja necessário, adequado e proporcional, atendendo aos interesses públicos e privados em presença, recorrer aos regimes de expropriação ou de venda forçada previstos nos artigos 61.º e 62.º

    (...)

    Artigo 61.º
    Expropriação
    1 — Na estrita medida em que tal seja necessário, adequado e proporcional, atendendo aos interesses públicos e privados em presença, os terrenos, os edifícios e as fracções que sejam necessários à execução da operação de reabilitação urbana podem ser expropriados, devendo a declaração de utilidade pública prevista no artigo 32.º ser concretizada em acto administrativo que individualize os bens a expropriar.
    2 — A entidade gestora pode ainda promover a expropriação por utilidade pública de edifícios e de fracções se os respectivos proprietários não cumprirem a obrigação de promover a sua reabilitação, na sequência de notificação emitida nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 55.º, ou responderem à notificação alegando que não podem ou não querem realizar as obras e trabalhos ordenados.
    3 — A expropriação por utilidade pública inerente à execução da operação de reabilitação urbana rege -se pelo disposto no Código das Expropriações, com as seguintes especificidades:
    a) A competência para a emissão da resolução de expropriar é da entidade gestora;
    b) A competência para a emissão do acto administrativo que individualize os bens a expropriar é da câmara municipal ou do órgão executivo da entidade gestora, consoante tenha havido ou não delegação do poder de expropriação;
    c) As expropriações abrangidas pelo presente artigo possuem carácter urgente.
    4 — No caso de a expropriação se destinar a permitir a reabilitação de imóveis para a sua colocação no mercado, os expropriados têm direito de preferência sobre a alienação dos mesmos, mesmo que não haja perfeita identidade entre o imóvel expropriado e o imóvel colocado no mercado.
    5 — No caso da existência de mais que um expropriado a querer exercer a preferência, abre -se licitação entre eles, revertendo a diferença entre o preço inicial e o preço final para os expropriados, na proporção das respectivas indemnizações.

    Artigo 62.º
    Venda forçada
    1 — Se os proprietários não cumprirem a obrigação de reabilitar nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 55.º, ou responderem à respectiva notificação alegando que não podem ou não querem realizar as obras e trabalhos indicados, a entidade gestora pode, em alternativa à expropriação a que se alude no n.º 2 do artigo anterior, proceder à venda do edifício ou fracção em causa em hasta pública a quem oferecer melhor preço e se dispuser a cumprir a obrigação de reabilitação no prazo inicialmente estabelecido para o efeito, contado da data da arrematação.
    2 — Caso haja que proceder à venda forçada de imóveis constituídos em propriedade horizontal, apenas podem ser objecto de venda forçada as fracções autónomas, ou partes passíveis de ser constituídas em fracções autónomas, necessárias à realização da obrigação de reabilitar, financiando -se as obras do imóvel com a venda forçada destas e mantendo o proprietário o direito de propriedade das demais.
    3 — A entidade gestora e o município dispõem de direito de preferência na alienação do imóvel em hasta pública.
    4 — Para efeitos do disposto no n.º 1, a entidade gestora emite uma resolução de promoção de venda forçada, a qual deve ser fundamentada e notificada nos termos previstos no Código das Expropriações para a resolução de expropriar e requerimento da declaração de utilidade pública, com as devidas adaptações, devendo sempre indicar o valor base do edifício ou fracção resultante de avaliação promovida, nos termos ali previstos.
    5 — Ao proprietário assiste o direito de alienar o edifício ou fracção em causa a terceiro no prazo previsto no n.º 5 do artigo 11.º do Código das Expropriações, bem como o de dizer o que se lhe oferecer sobre a proposta de valor base apresentada, no mesmo prazo, podendo apresentar contraproposta fundamentada em relatório elaborado por perito da sua escolha.
    6 — Para efeitos do exercício do direito de alienação do bem, nos termos do número anterior:
    a) O proprietário informa a entidade gestora da intenção de alienação e, antes de esta ocorrer, da identidade do possível adquirente;
    b) A entidade gestora deve, no prazo de cinco dias contados a partir da recepção da informação prevista na parte final da alínea anterior, notificar o possível adquirente da obrigação de reabilitação do edifício ou fracção e do regime aplicável nos termos do presente decreto -lei;
    c) A alienação do bem só pode ocorrer após o possível adquirente ter sido notificado nos termos da alínea anterior.
    7 — A entidade gestora pode decidir iniciar o procedimento de venda em hasta pública, quando:
    a) Se verifiquem as circunstâncias previstas no n.º 6 do artigo 11.º do Código das Expropriações; ou
    b) Aceite, total ou parcialmente, a contraproposta referida no n.º 5, revendo o valor mínimo de arrematação do bem.
    8 — A decisão de início do procedimento de venda em hasta pública é:
    a) Notificada ao interessado, nos termos previstos no Código das Expropriações para a notificação da declaração de utilidade pública, com as devidas adaptações;
    b) Publicitada, nos termos previstos no Decreto -Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto, para a venda de imóveis do Estado e dos institutos públicos em hasta pública, com as devidas adaptações.
    9 — A venda em hasta pública referida no n.º 7 segue o procedimento previsto nos artigos 88.º e seguintes do Decreto -Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto, com as devidas adaptações.
    10 — A aquisição do bem em hasta pública, ao abrigo do disposto no presente artigo:
    a) É titulada pelo auto de arrematação, que constitui título bastante para a inscrição da aquisição em favor do adjudicatário no registo predial;
    b) Obriga à inscrição, no registo predial, de um ónus de não alienação e oneração, que apenas pode ser cancelado através da exibição de certidão passada pela entidade gestora que ateste a conclusão das obras
    11 — Se o arrematante ou o adquirente, nos termos do n.º 5, não começar a reabilitação do edifício ou fracção no prazo de seis meses contado da arrematação ou da aquisição, ou, começando -a, não a concluir no prazo estabelecido:
    a) A entidade gestora deve proceder à expropriação do edifício ou fracção ou retomar o procedimento de venda forçada, dando -se conhecimento da decisão ao primitivo proprietário;
    b) O arrematante ou o adquirente, nos termos do n.º 5, inadimplente não tem direito a receber um valor que exceda o montante que haja dispendido na aquisição do edifício ou fracção em causa, revertendo o excesso desse valor para o primitivo proprietário.
    12 — Se, em qualquer das vendas em hasta pública, não comparecer licitante que arremate, a entidade gestora paga o preço em que o bem foi avaliado e reabilita -o por sua conta, no prazo inicialmente estabelecido para o efeito, contado da data da realização da hasta pública, sob pena de reversão para o primitivo proprietário, aplicando -se, com as devidas adaptações, o Código das Expropriações.

    Artigo 63.º
    Determinação do montante pecuniário a entregar ao proprietário em caso de venda forçada
    1 — Nos casos em que o proprietário esteja de acordo com o valor proposto pela entidade gestora ou tenha apresentado contraproposta de valor inferior ao da arrematação, a entidade gestora entrega -lhe o produto da hasta pública, terminado o respectivo procedimento.
    2 — Caso o proprietário tenha apresentado contraproposta nos termos previstos no n.º 5 do artigo anterior com um valor superior ao resultante da venda em hasta pública, a entidade gestora promove uma tentativa de acordo sobre o montante pecuniário a entregar, nos termos previstos no Código das Expropriações para a expropriação amigável, com as necessárias adaptações, sem prejuízo de lhe ser imediatamente entregue o produto da hasta pública.
    3 — Na falta de acordo, nos termos do número anterior, é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no Código das Expropriações para a expropriação litigiosa, designadamente sobre a arbitragem, a designação de árbitros, a arguição de irregularidades e o recurso da decisão arbitral.
    4 — Os prazos reportados no Código das Expropriações à declaração de utilidade pública consideram -se reportados à decisão de iniciar o procedimento de hasta pública, previsto no n.º 7 do artigo anterior.
    5 — O proprietário beneficia, relativamente ao valor do bem sujeito a venda forçada, de todas as garantias conferidas ao expropriado, pelo Código das Expropriações, relativamente à justa indemnização, designadamente quanto às formas de pagamento, pagamento dos respectivos juros e atribuição desse valor aos interessados, com as necessárias adaptações.
    6 — Nos casos em que o valor do bem fixado nos termos do n.º 2 ou do n.º 3 é superior ao valor da arrematação, a entidade gestora é responsável pelo pagamento da diferença, devendo prestar as garantias previstas no Código das Expropriações, com as necessárias adaptações.
    7 — O início das obras de reabilitação do bem não pode ocorrer antes da realização da vistoria ad perpetuam rei memoriam, nos termos previstos no Código das Expropriações, com as necessárias adaptações.

    Artigo 107.º
    Posse administrativa e execução coerciva
    1 - Sem prejuízo da responsabilidade criminal, em caso de incumprimento de qualquer das medidas de tutela da legalidade urbanística previstas nos artigos anteriores, o presidente da câmara pode determinar a posse administrativa do imóvel onde está a ser realizada a obra por forma a permitir a execução coerciva de tais medidas.
    2 - O acto administrativo que tiver determinado a posse administrativa é notificado ao dono da obra e aos demais titulares de direitos reais sobre o imóvel por carta registada com aviso de recepção.
    3 - A posse administrativa é realizada pelos funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras, mediante a elaboração de um auto onde, para além de se identificar o acto referido no número anterior, é especificado o estado em que se encontra o terreno, a obra e as demais construções existentes no local, bem como os equipamentos que ali se encontrarem.
    4 - Tratando-se da execução coerciva de uma ordem de embargo, os funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras procedem à selagem do estaleiro da obra e dos respectivos equipamentos.
    5 - Em casos devidamente justificados, o presidente da câmara pode autorizar a transferência ou a retirada dos equipamentos do local de realização da obra, por sua iniciativa ou a requerimento do dono da obra ou do seu empreiteiro.
    6 - O dono da obra ou o seu empreiteiro devem ser notificados sempre que os equipamentos sejam depositados noutro local.
    7 - A posse administrativa do terreno e dos equipamentos mantém-se pelo período necessário à execução coerciva da respectiva medida de tutela da legalidade urbanística, caducando no termo do prazo fixado para a mesma.
    8 - Tratando-se de execução coerciva de uma ordem de demolição ou de trabalhos de correcção ou alteração de obras, estas devem ser executadas no mesmo prazo que havia sido concedido para o efeito ao seu destinatário, contando-se aquele prazo a partir da data de início da posse administrativa.
    9 – (Revogado.)

    Artigo 108.º
    Despesas realizadas com a execução coerciva
    1 - As quantias relativas às despesas realizadas nos termos do artigo anterior, incluindo quaisquer indemnizações ou sanções pecuniárias que a administração tenha de suportar para o efeito, são de conta do infractor.
    2 - Quando aquelas quantias não forem pagas voluntariamente no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, são cobradas judicialmente em processo de execução fiscal, servindo de título executivo certidão, passada pelos serviços competentes, comprovativa das despesas efectuadas, podendo ainda a câmara aceitar, para extinção da dívida, dação em cumprimento ou em função do cumprimento nos termos da lei.
    3 - O crédito referido no n.º 1 goza de privilégio imobiliário sobre o lote ou terrenos onde se situa a edificação, graduado a seguir aos créditos referidos na alínea b) do artigo 748.º do Código Civil.

    http://dre.pt/pdf1sdip/2010/03/06200/0098501025.pdf

    Vou especular mas, a Câmara parece querer começar a por isto em prática. Se calhar vamos começar a ver muitos pedidos de ajuda em relação a isto...
  2.  # 3

    O risco de protelar é, essencialmente, a Câmara tomar posse administrativa do imóvel, fazer as obras e cobrar aos proprietários - o que pode ser uma fortuna...
  3.  # 4

    Peço desde já desculpa por aproveitar este tópico, para esclarecer uma dúvida, mas uma vez que se falou nisto e neste caso é uma moradia, o que aconteceria se isto se passasse num prédio onde cerca 40% dos moradores querem as obras e os outros... nem por isso (não comparecem a reunião alguma)?

    Será que a câmara aí tomará posse administrativa do edifício, executando as obras de conservação necessárias expropriando esses inquilinos que inviabilizam as ditas obras, uma vez que os outros pagarão a parte que lhes compete?
    Se sim como fazer isso e a quem recorrer?

    Mais uma vez peço desculpa pelo aproveitamento do tópico.

    Cumps
    •  
      FD
    • 24 junho 2010

     # 5

    Colocado por: Barba Negrao que aconteceria se isto se passasse num prédio onde cerca 40% dos moradores querem as obras e os outros... nem por isso (não comparecem a reunião alguma)?

    Mas, a câmara municipal é que notificou para se fazer as obras? Ou são os condóminos que querem fazer as obras porque são necessárias?
  4.  # 6

    Colocado por: Barba Negrao que aconteceria se isto se passasse num prédio onde cerca 40% dos moradores querem as obras e os outros... nem por isso (não comparecem a reunião alguma)?


    Comecemos por aqui: ninguém é obrigado a ir a uma Assembleia - e a ausência não impede que cumpram o que os restantes estipularem.
    Posto isto, há que fazer um diagnóstico, obter orçamentos, discuti-los em Assembleia, e estabelecer formas e prazos de pagamento, e penalizações para os atrasos.
    Em caso de atraso significativo, cobrar por via judicial. E esperar.

    Será que a câmara aí tomará posse administrativa do edifício, executando as obras de conservação necessárias expropriando esses inquilinos que inviabilizam as ditas obras, uma vez que os outros pagarão a parte que lhes compete?Se sim como fazer isso e a quem recorrer?


    Em casos limite, apenas, a CM toma posse administrativa (mas não "expropria").
  5.  # 7

    Obrigada pelas vossas opiniões.

    A nossa questão nem é o entendimento quanto à venda. O tio, por ele, já era ontem. Nós também vendemos e a tia também já está convencida, ou conformada.
    A questão é como se vende uma coisa daquelas num prazo curtissimo? 2 meses para começar as obras? É de loucos! É suposto toda a gente ter dinheiro para isso? Certamente se houvesse dinheiro a casa não estaria assim! E gastar uma fortuna numa casa podre, endividarmo-nos todos, quando deitar aquilo abaixo e fazer uma maior, porque há terreno, seria mais sensato?
    O nosso problema é mesmo o tempo, que é curto.
    Vender, era já!
 
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