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    • lobito
    • 7 agosto 2010 editado

     # 41

    Ou como diria o meu marido em conversas destas: "Tenho um pais excelente para lhe propor, onde o Estado praticamente não existe: porque é que não considera a hipotese de se mudar para a Somalia?"
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 7 agosto 2010

     # 42

    Colocado por: lobitoSomalia


    Mais liberal não existe... ;)
  1.  # 43

    Acho que vou usar a resposta que o luisvv deu à mesmíssima questão que lhe coloquei:
    O mérito do meu pensamento é irrelevante

    Essa minha resposta tem um único objectivo: salientar que não estava a discutir pormenores do funcionamento de sociedades liberais, mas apenas a recordar à lobito que não estamos numa dessas sociedades.


    Enganado estava eu ao pensar que um liberal admitiria, no mínimo, que pode haver mais que uma interpretação do liberalismo. Parece afinal que não é assim, noto com curiosidade que nem um liberal como oluísvvresiste à tentação de estabelecer uma linha "ortodoxa" para a definição de liberalismo. E a mim, que na verdade não sei muito bem o que é o liberalismo (nem outros "ismos") mas até gosto de história, vem-me à cabeça que os teóricos do comunismo - fossem os da via Estalinista, os adeptos de Mao, Enver Hocha ou Tito - procediam da mesma forma.

    Havendo diversas correntes de pensamento que se reclamam liberais, é um abuso/desonestidade intelectual (escolha o que preferir) chamar liberalismo à social-democracia. O seu espanto talvez venha da insistente repetição da palavra "liberalismo" (com as deliciosas variantes ultra e neo e por vezes mesmo ultraneo) como etiqueta que se cola a tudo o que não seja "socialismo".

    Ainda assim, a ver se chego onde queria, vamos então admitir que a definição vigente de liberalismo é aquela que nos é anunciada porS. luísvv. E onde quero eu chegar? Aqui:Simplificando, e descontando alguma falha própria de quem apenas conhece superficialmente o assunto, tenho a ideia que à medida que nos vamos deslocando da esquerda para a direita no espectro político, passamos da defesa da omnipresença do estado para uma situação de ...? É aqui que não consigo chegar, e por isso lhe coloquei a questão: onde estápara si, como liberal, o limite? Em que áreas deve o Estado deixar de intervir? Em última análise, deve a forma organizada de estado deixar de existir?



    Como já referi, há diversas correntes de pensamento liberal - desde os liberais "clássicos" até aos anarco-capitalistas com divergências significativas, mas com um património básico comum: a ideia de direito natural, a defesa da vida, da liberdade e da propriedade privada. De uma forma geral, com excepção dos anarco-capitalistas (de que Rothbard é o maior expoente) que consideram o Estado uma violação dos direitos dos cidadãos a existência do Estado é tolerada/aceite como um mal necessário, que deve ser confinado a funções mínimas: segurança, defesa e justiça.

    Em que corrente me incluo? Digamos que não nego a existência do Estado, embora limitado na sua acção por uma sociedade forte. Há no entanto problemas conceptuais na hipótese de existência do "minimal state" - nomeadamente a noção de que, detendo o monopólio da coerção numa determinada zona geográfica e sendo árbitro de todas as disputas em que entra, o Estado tenderá a expandir-se à custa da liberdade dos seus cidadãos.
    É portanto um dilema a resolver..
    • luisvv
    • 8 agosto 2010 editado

     # 44

    Alguns pensadores, com especial destaque para Ayn Rand, procuraram resolver esse dilema com a ideia de um Estado financiado voluntariamente e aceite por todos os indivíduos - o que é no minimo altamente improvável, e na verdade não seria bem um Estado.
  2.  # 45

    Chamar pensadora a ayn rand... ;-)
  3.  # 46

    Colocado por: lobitoOu como diria o meu marido em conversas destas: "Tenho um pais excelente para lhe propor, onde o Estado praticamente não existe: porque é que não considera a hipotese de se mudar para a Somalia?"


    Pois, a tal história da prima do mestre de obras... no entanto, a ideia de alguém ter que se mudar para não se submeter a uma ditadura da maioria é, do ponto de vista anarco-capitalista p.ex, uma violação dos direitos dos indivíduos. Afinal, o Estado é uma mera construção de indivíduos, auto-legitimada, e que reclama para si o monopólio da coerção, impondo-o mesmo a quem não reconheça a sua legitimidade.
  4.  # 47

    Colocado por: lobitoChamar pensadora a ayn rand... ;-)


    Só porque não concordamos, deixa de ser pensadora? Shame on you ... Like it or not, o objectivismo é uma corrente de pensamento.

    P.S - Eu não gosto, e não concordo com boa parte das conclusões.
  5.  # 48

    Oh, que não seja por isso! Longe de mim a ideia do "quem não esta bem mude-se" com que também não concordo. Deixe-me então pôr as coisas de outra maneira, menos retorica; para o Luis e outros que "querem ver um Estado tão pequeno que se possa afogar na banheira", a Somalia deve ser o exemplo a seguir, a sociedade em que as nossas devem pôr os olhos se querem mudar para melhor. Isto é muito bonito falar de cor e em teoria, mas quando existem exemplos concretos de sociedades que põem em pratica os principios que xonsideramos correctos (seja o Estado-previdência, o anarco-capitalismo ou o que quer que seja), parece-me logico estuda-las e erigi-las em modelos na nossa acção politica. No caso do Luis, sugeri a Somalia porque parece-me que se adequa às suas ideias e valores.

    Quanto à Ayn Rand, foi uma farpazinha barata porque acho um pouco excessivo chamar pensador a qualquer pessoa que junte duas ou três ideias "mal cozidas", partindo de estranhos pressupostos. Mas seja...
  6.  # 49

    Colocado por: lobitoDeixe-me então pôr as coisas de outra maneira, menos retorica; para o Luis (..) a Somalia deve ser o exemplo a seguir, a sociedade em que as nossas devem pôr os olhos se querem mudar para melhor. Isto é muito bonito falar de cor e em teoria, mas quando existem exemplos concretos de sociedades que põem em pratica os principios que xonsideramos correctos (..), parece-me logico estuda-las e erigi-las em modelos na nossa acção politica. No caso do Luis, sugeri a Somalia porque parece-me que se adequa às suas ideias e valores.


    O raciocínio parece-me bastante desonesto, tanto quanto seria sugerir que a presença do Estado que a Lobito sugere tenha como referência a velha URSS, por exemplo.
    Como a lobito certamente sabe, do ponto de vista liberal a justificação para a existência do Estado (e que foi aliás a razão histórica que levou ao seu surgimento) é o fornecimento de determinados bens básicos - a segurança e justiça. Embora com fundamentos diferentes, exceptuando a corrente an-cap, todas as correntes liberais acordam nessa questão, considerando o Estado um Mal necessário.
    Parece-me portanto intelectualmente desonesto querer sugerir que um Estado que implodiu e que não fornece os bens essenciais a uma sociedade livre possa ser o "exemplo prático de uma sociedade liberal". A não ser que queira sugerir que a Somália era uma sociedade liberal, e que daí advieram os seus problemas.

    Quanto à Ayn Rand, foi uma farpazinha barata porque acho um pouco excessivo chamar pensador a qualquer pessoa que junte duas ou três ideias "mal cozidas", partindo de estranhos pressupostos. Mas seja...


    Como disse, também me parece que a ideia do Estado voluntário é uma má solução para um problema real.
  7.  # 50

    E na onda "Jornalismo opinativo", no Jornal de Notícias:

    Duas horas e meia de pernas para o ar
    Matosinhos Camião capota no nó de Sendim. Condutor escapa por milagre
    00h56m
    JOSÉ MIGUEL GASPAR
    Duplo milagre: o condutor esteve duas horas e meia encarcerado na cabina do camião que virou, mas saiu quase incólume; tombou na encosta, mas por uma nesga caía em cima dos carros da A4. Veja o vídeo.

    Como ficou, todo estampado de costas, o atrelado tombado de lado na encosta, carga espalhada e os 12 rodados indignamente virados ao ar, o grande Scania R440, um muito possante semi-reboque, vermelho vivo, novo, parecia um Transformer que correu horrivelmente mal. Bastava ver-lhe a cara que é a sua cabina - pareceu ter levado um soco do céu: testa de vidro partida, grelha metida pelas fuças adentro, todo amarrotado como papel, um sem-número de fios e mecânicas vísceras, a escorrer, à mostra de todos. Metia dó, como um escaravelho que capota e não se pode levantar. Mas, mais do que isso, metia medo.
    • eu
    • 14 setembro 2010

     # 51

    LOL... esse "jornalista" é um poeta.
  8.  # 52

    E se mete números com mais de 2 zeros, ou com casas decimais, está tudo estragado:

    http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1673795

    "2. Subir o IVA Se seguir a recomendação da OCDE e aumentar o IVA 23%, o Governo arrecadará mais cerca de 800 milhões de euros em 2011, apurou o DN junto de vários fiscalistas. Neste caso, a subida seria uma forma de compensar a descida das contribuições para a Segurança Social. Para o consumidor, o impacto seria variável: pagaria mais 239 euros por um automóvel Renault Clio que hoje custa 14 450 euros; mais 0,3 cêntimos por um champô de dois euros e 0,006 cêntimos pela bica diária.

    Umas contas muito rápidas, permitem-nos perceber que para tal escriba, um champô de 2 euros passaria a custar 2,003€
    e uma bica 0,6006€ . Assim, até nem custava nada, só os trocos é que seriam uma chatice...
  9.  # 53

    E a falta de cuidado:

    http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1673524&seccao=CPLP -
    Titulo da notícia: "Dilma reduz vantagem para 46%"
    Corpo da notícia: "Dilma Rousseff, candidata do Partido dos Trabalhadores às presidenciais de domingo, recuou três pontos nas intenções de voto, para 46%, o que aumenta as probabilidades de uma segunda volta a 31 de Outubro. José Serra, candidato do Partido da Social- -Democracia Brasileira e ex- -governador de São Paulo, mantém-se nos 28%.
  10.  # 54

    Colocado por: luisvvaumentar o IVA 23%

    Passaria para 25,83% (21%X1,23).
  11.  # 55

    E como uma liçãozinha de matemática nunca fez mal a ninguém:


    "O juiz decidiu trabalhar menos duas horas por dia, menos 44 horas por semana, menos quatro dias e meio por mês. Em suma, menos 46 dias de trabalho por ano."

    http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/juiz-tribunal-juiz-alenquer-alenquer-justica-tvi24/1207833-5281.html
  12.  # 56

    Colocado por: luisvvE como uma liçãozinha de matemática nunca fez mal a ninguém:


    "O juiz decidiu trabalhar menos duas horas por dia, menos 44 horas por semana, menos quatro dias e meio por mês. Em suma, menos 46 dias de trabalho por ano."

    http://www.tvi24.iol.pt/portal-iol/juiz-tribunal-juiz-alenquer-alenquer-justica-tvi24/1207833-5281.html


    Ricas contas................
  13.  # 57

    Do DN de ontem:
    Jorge Lacão assegurou que o Ministério das Finanças já transmitiu onde vão concretizar-se os cortes de 500 milhões de euros acertados com o PSD, mas deixou claro "que é o ministro das Finanças que o deve comunicar". Sabe--se que, além de cortes na despesa, Teixeira dos Santos vai avançar com receitas não fiscais provenientes de concessões.
  14.  # 58

    Repare-se por exemplo na seguinte estrutura de um curso de Jornalismo (tirado ao calhas da internet)

    http://sigarra.up.pt/flup/planos_estudos_geral.formview?P_pe=443&p_ano_lectivo=2005

    Onde estão cadeiras básicas, como:
    Introdução à Matemática: "Aprender a somar e subtrair, para não fazer figura de urso"
    Matemática Avançada: "Percentagens e Fracções, esses grandes mistérios"
    Introdução à Estatística: "Media vs Mediana: Existem diferenças?"
    Economia Avançada: "Taxa de Juros e Spread: O milagre" ou "Receita vs Despesa: Finalmente a diferença explicada"
    Geografia (Anual): "Capitais e Cores das Bandeiras"

    Fora de brincadeiras, os jornalistas não têm na sua formação praticamente nada que os ajude a interpretar minimamente os factos que lhes chegam.
    Será isto minimamente "normal"?
  15.  # 59

    Esta irrita-me profundamente:

    Tal como o DN avançou a 11 de Setembro, as rendas vão praticamente estagnar pelo segundo ano consecutivo. Isto porque o coeficiente de 1,003 a multiplicar pelo valor da renda implica um aumento de 3 cêntimos ou de 4,5 cêntimos por cada dez euros de renda.
    "Se tivermos em conta a renda média em Portugal, que é de 60 euros, tal significa um aumento de apenas 18 cêntimos", explicou o dirigente da ANP. E há casos em que as rendas são de dez euros. Num e noutro caso, a actualização agora fixada não compensa sequer que o senhorio proceda ao aumento, pois nos termos da lei tal requer o envio de uma carta registada com aviso de recepção cujo custo é superior ao ganho resultante do aumento.
    Essa é, aliás, a razão que leva a ANP a ter emitido uma recomendação aos seus associados no sentido de nem sequer comunicarem o aumento de rendas aos inquilinos no próximo ano, "até como forma de protesto contra esta situação aberrante".


    Ora bem: o que me irrita aqui é a desonestidade e flagrante falsidade do argumento. Tratando-se de um responsável (?) de uma associação representativa de proprietários, o mínimo que se exige é que conheça a lei. Ora, estabelecendo a lei que a renda resultante do aumento será arredondada para a unidade de euro superior, não percebo como se pode falar de aumentos de 3 ou 4 cêntimos.
    Claro que também seria esperar de mais que um jornalista se desse ao trabalho de averiguar, mas é suposto os jornais terem fact-checkers..
  16.  # 60

    E esta?

    http://aeiou.expresso.pt/sarkozy-chama-pedofilos-a-jornalistas=f617154

    Pelo título, parece coisa chata...
    Vai-se a ver e ...



    Enervado com as perguntas insistentes sobre o "escândalo de Carachi" (ver relacionado no final do texto), o chefe do Estado francês, Nicolas Sarkozy perdeu completamente as estribeiras.
    Depois de ter dito que as acusações contra ele não têm fundamento, Sarkozy virou-se para um jornalista e disse-lhe: "E você? Não tenho nada contra si, mas parece-me que você é um pedófilo... Quem mo disse? Estou convencido disso. Pode justificar-se?".
 
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