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  1.  # 1

    Até quando, Catilina, continuarás a falar de acidentes como o da A25 como um acto da Natureza (a culpa foi do nevoeiro, das chuvas de Verão, não se podia fazer nada para evitar o acidente, etc), com a sempiterna acusação às autoridades (desmantelaram a Brigada de Trânsito, deviam fechar a estrada quando há nevoeiro...), passando em silêncio a maneira como se conduz em Portugal: sem atender às distâncias de segurança, sem tomar em consideração as condições meteorológicas, o piso, a densidade do tráfego. É tão mas tão vulgar ser empurrado por um carro em cima de nós para a faixa da direita quando se está a fazer uma ultrapassagem, ou ter de travar porque um carro que nos ultrapassa volta a entrar na faixa da direita cedo demais, que obviamente o grosso dos condutores está convencido de que isso é uma condução normal.

    Como é que isso se resolve, com um chui em cada quilómetro de estrada?
    • Giba
    • 24 agosto 2010

     # 2

    Lobito penso que os agentes da autoridade (neste caso em concreto do transito) não possuem competências e muito menos deveriam ser responsabilizados pelas tragédias que se vêem nas estradas. As “culpas” começam na educação e na formação de cada indivíduo. Assisto muitos relatos sobre a sinuosidade de alguns segmentos de estradas, é lógico que “os” responsáveis pelo projecto deveriam ter capacidade de enxergar o óbvio, mas ao mesmo tempo compatibiliza-los nunca trará de volta as vidas que já se foram.

    A culpa é sempre humana, poderá não ser da vida que já não existe, mas não existem muitas hipóteses para colocar as responsabilidades somente na mecânica, na atmosfera, ou sei mais lá em quê.

    Todas as pessoas deveriam aprender que uma viatura automóvel é uma arma. O gatilho não se encontra na zona dos dedos das mãos, antes pelo contrário esta junto a sola do sapato.

    Eu quando olho para o meu automóvel, até parece que visualizo uma fera, possui muita potência, mas por muita segurança que ele me possa oferecer, acredito sempre mais na minha intuição (poderá um dia falhar) se eu não tiver juízo e não praticar uma condução sempre defensiva (velocidade moderada, atenção total na estrada e nas outras viaturas, nunca conduzir em situação de stress…)

    Ninguém encontra-se livre de findar uma vida na estrada, mas se não existir uma causa, não existirá um efeito, portanto todo o condutor deveria antes de ingressar em uma escola de condução, ser rastreado na componente comportamental. Provavelmente 50% dos actuais condutores seriam acérrimos adeptos dos transportes públicos.

    Giba
 
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