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    por Karla Moiteiro a Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010 às 16:29

    "...nem sempre o que parece é. Exemplificando melhor: pode parecer a um particular que entregar a várias mediadoras o imóvel que quer vender é a opção certa. Pode parecer mas não é. O meu conhecimento do sector diz-me que um tal cliente apenas consegue que a casa dele vá engrossar umas quantas bases de dados de imóveis que aguardam novos donos.



    Os grandes promotores imobiliários, que precisam de vender não um mas dezenas ou centenas de imóveis, há muito que contratam mediadoras em regime de exclusividade, com fixação de prazos e objectivos e com uma negociação em torno das obrigações publicitárias que a colocação dos produtos no mercado cada vez mais exige.



    Mesmo assim é difícil garantir a tal nesga de Sol, o tal espaço pequeno do universo do conhecimento e da comunicação, para mostrar o que se tem para vender. Mas só assim, e pelo esforço contratual e dedicado do mediador (condicionado a uma exclusividade com prazos) haverá um mínimo de garantia de sucesso para o objectivo em vista.



    Sem medo das palavras, direi que a exclusividade é hoje uma das questões centrais para o mercado e que o regime contrário, tradicionalmente visto como o mais favorável para o consumidor, é um doce engano que apenas faz perder tempo a quem, muitas vezes, sabe que já não tem mais tempo a perder. E, nestes casos, tempo é dinheiro.



    Como mediador e, principalmente, como presidente da associação de mediadores imobiliários também tenho a obrigação de tornar pública esta minha reflexão que interessa, de igual modo, a mediadores, promotores e consumidores. É que a tradição, neste campo como noutros, já não é o que era..." .



    José Eduardo Macedo

    APEMIP

    Fonte
 
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