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  1.  # 41

    Não percebo como é que numa questão de fé, algumas pessoas insistem em aplicar o método científico para provar ou não a existência de Deus. São campos diferentes, a fé não precisa de nenhum aval da ciência, até porque nesse momento deixaria de ser chamada como tal. Já a ciência precisa dum momento inicial de fé: tenho de ter fé, de acreditar que posso por exemplo, viajar à Lua, para começar a estudar e a investigar, cientificamente, de que forma lá chegar.
  2.  # 42

    Colocado por: ItsmeBecas escreveu:


    E, acha uma certa piada, aos argumentos dos que não acreditam, porquê? Decerto também achará a mesma piada aos argumentos dos que acreditam...

    Mais uma vez constacto que esteé um assunto que muitos acham tabu...e "quase se ofendem" quando tocamos em assuntos de religião.
    Partem logo para coisas do tipo "quem é o burro, tu ou eu..." mostrando com isso que não lidam bem com o tema.
    Não sei porque não o discutir, e também não vejo outra forma de o fazer, que não seja colocando argumentos.
    Conhece outra forma?

    Também nunca entendi porque é que as pessoas que "acreditam" podem propagandear a sua fé por todo o lado, (missões, pregações, reuniões...) e as que duvidam destas "verdades", têm o dever de ficar caladinhas.
    Parece que existe o receio de "escandalizar as criancinhas..." ou que Deus se zangue com os incréus e venha por aí fora por ordem na bandalheira..

    Quanto ao interesse em abordar este tipo de temas, a parte chata é que ninguém vai conseguir provar rigorosamente nada. O que não quer dizer que não tenhamos o dever de discutir o tema, que é, do ponto de vista social, um dos que mais implicações tem.

    Os aspectos religiosos, são de tal forma importantes para a humanidade em geral, que corremos o risco de entrar em guerras por causa das convicções nesta área. Não só no passado foi assim, receio que no futuro também...

    Na verdade, acho um bom exercício mental pensar nestas coisas, que não deveriam ser arrumadas no armário e escondidas de ninguém: são aspectos vitais, porque comandam a vida das pessoas e, muita coisa neste mundo ocorre, como consequência da atitude das pessoas face à religião.


    Importa-se de ler correctamente? Eu não escrevi que achava piada aos argumentos dos não crentes, esses eu leio e registo, alguns são interessantes e inteligengtes, outros do mais puro e básico jacobinismo, outros insultuosos para com os crentes de qualquer religião.
    Tabu em relação a quê ou a quem? Não será em relação à refutação das religiões, com certeza. É que em tópicos como este assumir-se como crente é sujeitar-se a ser tratado quase (em alguns casos tire-se o quase) como imbecil, ignorante ou atrasado. Aliás, a agressividade da sua resposta mostra isso mesmo...
  3.  # 43

    Boas

    Só posso dar a minha opinião:

    A área da sexualidade? pode ser regulada pelo estado?

    Na minha opinião, não. Entendo que qualquer um, seja qual for a sua sexualidade (pondo de parte as práticas enquadradas como crime), deve ter exactamente os mesmos direitos e os mesmos deveres que os outros. Mais uma vez, é do foro íntimo e só diz respeito a cada um; para além de não ter o mínimo interesse, acho que não tenho o direito de opinar sobre o que se passa na cama do vizinho.

    Ou uma resposta mais pratica o Estado pode multar-me por não usar cinto de segurança? Não é uma opção minha usar ou nao?


    Acho que deve poder. O estado é chamado a acudir em caso de acidente, pelo que acho que tem o direito de legislar no sentido de impor medidas de segurança.

    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MartaD
    • Itsme
    • 29 setembro 2010 editado

     # 44

    Becas escreveu:
    Acho uma certa piada à insistência com o que os não crentes procuram argumentos para "provar" a inexistência de Deus...


    Becas escreveu a seguir:
    Importa-se de ler correctamente? Eu não escrevi que achava piada aos argumentos dos não crentes, esses eu leio e registo, alguns são interessantes e inteligengtes, outros do mais puro e básico jacobinismo, outros insultuosos para com os crentes de qualquer religião.


    Acha então piada à insistência de uns (os ateus) e não acha à insistência dos outros, (os não ateus) que a meu ver não é nada menor... todos podem apregoar a religião com bastante insistência, e por vezes não se ficam pela "insistência" passam à "prepotência": missonários católicos, testemunhas de Jeová, Islamitas, and so on...

    Mas fala de Tolerância? Acredito que já tenha enfrentado o problema. É realmente aborrecido. Mas deixe que lhe diga: Os ateus são, de uma maneira geral, muito mais tolerantes que os crentes... Sempre o foram ao longo da história, acredite!


    É que em tópicos como este assumir-se como crente é sujeitar-se a ser tratado quase (em alguns casos tire-se o quase) como imbecil, ignorante ou atrasado. Aliás, a agressividade da sua resposta mostra isso mesmo...

    Se a Becas já foi agredida nas suas ideias, não foi aqui, por mim, nem por mais ninguém que eu visse... Onde é que viu pessoas a chamarem-lhe os "mimos" a que se refere?
    Foi a Becas e não eu quem entrou com estas afirmações à priori:

    Sim, sou crente, e depois? Sou mais burra por isso? Paciência, estou bem acompanhada LOL!


    Veja se relê o que escreveu, e o que os outros escreveram, porque se alguem dirigiu esses mimos "foi a Becas a si mesma". Não temos culpa das suas afirmações...

    Becas:
    não vos devia ser um assunto ab-so-lu-ta-men-te irrelevante

    [...] argumentos dos não crentes, esses eu leio e registo, alguns são interessantes e inteligengtes, outros do mais puro e básico jacobinismo, outros insultuosos para com os crentes de qualquer religião.

    Bom, para si é interessante mas para os outros é irrelevante?
    Confesso que não vejo onde quer chegar.
  4.  # 45

    Sobre Deus, História, Raízes, Fé, Povo..

    Sou Católica não praticante. Não praticante por algumas das razões que se sabe, que são faladas aqui e que foram faladas na discussão sobre a casa pia (a pontual intolerância da igreja, do aproveitamento de alguns grupos para se fazerem passar por religião, etc.). Sou Católica por educação, embora em minha casa e na minha família alargada nunca deixámos de viver a nossa vida, nem fomos regidos por fervorismos nem inflexibilidades. Somos serenos, e discretos.
    Para mim é muito simples: Eu acredito em Deus e Deus para mim é o que fazemos de bom, e o que há de bom e apaziguador, e Deus não é o que se faz de mal, nem o que há de mau. O que há de mau é acção do homem que não interpreta ou não leva a cabo o que Deus lhe transmitiu, umas vezes o homem não pode cumprir porque os tempos actuais obrigam a outro tipo de formas de estar e de agir, outras vezes porque o homem não quer.
    Onde está Deus e quem é ? Deus está nas qualidades de todos nós. E Deus não está nas nossas más acções.
    A recompensa de Deus é sentirmo-nos bem e em paz quando fazemos o bem, o castigo que Deus nos dá é sentirmo-nos mal após agirmos erradamente, Deus é também a nossa consciência.

    Acredito e respeito a história de um povo e de um país. Acho que a tradição é das melhores coisas que possamos ter. Adoro tradição e cultura, respeito-as igualmente com muito fascínio, e sinto-me bem em tê-las.
    Para mim, Deus faz parte de tudo isto, faz de um povo o que ele é, com o seu deus.

    Acredito em Deus nestes termos, como prova mais concreta de que Deus existe, para além de estar no bem, é o facto inegável de que temos alma.
    (Por outro lado, sinto-me quase herege em falar nestes termos porque Ele sabe que eu erro e falho. Estou em grande falta, portanto não pensem que sou uma crente exemplar, porque se quisesse fazer passar essa imagem estaria a mentir a todos e pior a Deus, não sou nada disso, e dizê-lo é pecado, e certamente eu teria o castigo merecido – como disse acima, acredito em castigos, por isso acho estranho ver como vocês falam de Deus, ou deus dos outros, dessa forma leve como se fala de uma audiência de tv. Como já disse, o castigo é sentirmo-nos mal connosco próprios, e com a nossa consciência porque sabemos que estamos a errar. Não se sentem mal em dizê-lo?)

    E também não acho bem as pessoas andaram para aí “desgovernadas”, sem história, sem raízes, sem crenças, sem fé, que as guiem e as enquadrem dentro de determinado contexto, sem Deus, sem Pátria e sem Família (a frase é minha, não lhe dêem conotações).
  5.  # 46

    Já a ciência precisa dum momento inicial de fé: tenho de ter fé, de acreditar que posso por exemplo, viajar à Lua, para começar a estudar e a investigar, cientificamente, de que forma lá chegar.


    a ciência precisa dum momento inicial de dúvida: tenho de ter fé, de acreditar questionar se que posso por exemplo, viajar à Lua, para começar a estudar e a investigar, cientificamente, de que forma lá chegar.
  6.  # 47

    Ou uma resposta mais pratica o Estado pode multar-me por não usar cinto de segurança? Não é uma opção minha usar ou nao?
    Acho que deve poder. O estado é chamado a acudir em caso de acidente, pelo que acho que tem o direito de legislar no sentido de impor medidas de segurança.


    Raciocínio perigoso:
    O Estado é chamado a acudir em caso de qualquer problema de saúde, logo tem o direito de legislar no sentido de impor medidas de cariz higieno-alimentar (ex: proibir o consumo de alimentos nocivos; proibir o consumo de tabaco e alcool; impor uma dieta saudável, etc)

    O Estado é chamado a pagar os custos de saúde e educação dos nossos filhos, logo deve ter o direito de legislar sobre a reprodução (quem sabe, estabelecendo limites mínimos e máximos ao nº de filhos por pessoa / ou forçando a prática do acto sexual com fins não reprodutivos, p.ex).

    O Estado é chamado a pagar as nossas reformas, por isso deve ter o direito de legislar .... (vale a pena continuar? )
  7.  # 48

    Itsme
    Tenha juízo...não tenho jeito nenhum para vítima...nem para saco de pancada!
    Até um dia destes...
    • Itsme
    • 29 setembro 2010 editado

     # 49

    Bolas Becas,
    Acho que devia ficar...

    Não era saco de pancada... Por mim não era, acredite!
    Julga que temos certezas absolutas? Pelo que me toca, tenho argumentos.... Certezas tenho menos...
    E, acredite se quizer: muitos de nós, que pensando nestes assuntos acabámos na lista dos "incréus" também temos as nossas "angustias existênciais" relacionadas com este tema.
    Não é fácil aceitar que não temos um paraíso à nossa espera no fim da vida, e olhe que ela é bem curta ;-)
  8.  # 50

    Eu não vou a lado nenhum...só mesmo trabalhar!!!
    Depois regresso!
  9.  # 51

    Colocado por: ItsmeTambém nunca entendi porque é que as pessoas que "acreditam" podem propagandear a sua fé por todo o lado, (missões, pregações, reuniões...) e as que duvidam destas "verdades", têm o dever de ficar caladinhas.
    Parece que existe o receio de "escandalizar as criancinhas..." ou que Deus se zangue com os incréus e venha por aí fora por ordem na bandalheira..


    Nunca vi isto acontecer,
    pelo contrário já aqui disponibilizei um link onde vê um (famoso) ateu ser convidado por um painel de padres e jovens católicos e como essa conferência outras houve...

    Colocado por: ItsmeNa verdade, acho um bom exercício mental pensar nestas coisas, que não deveriam ser arrumadas no armário e escondidas de ninguém: são aspectos vitais, porque comandam a vida das pessoas e, muita coisa neste mundo ocorre, como consequência da atitude das pessoas face à religião.


    Concordo em absoluto!,
    fico "lixado" cada vez que oiço coisas do tipo: "... sou ateu, porque a igreja é má e os padres só pensam no dinheiro das missas e andam para aí a fazer filhos às escondidas..."
    Ser ateu convicto (como aqueles que fizeram campanha no Reino Unido), tem de ter assente o princípio da "Noite eterna" de Sócrates (o filósofo :)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: JdSoMo
  10.  # 52

    Boas

    O Estado é chamado a pagar as nossas reformas, por isso deve ter o direito de legislar .... (vale a pena continuar? )

    Não, já me convenceu. Vamos acabar com essas medidas de segurança impostas pelo estado. Fora com as protecções laterais das auto estradas. Para quê a sinalização? Semáforos? Acabemos com eles. E quem julga o estado que é para não me deixar transportar os 8 filhos no meu Mini?

    cumps
    José Cardoso
    • Itsme
    • 29 setembro 2010 editado

     # 53

    Colocado por moraisdd:
    fico "lixado" cada vez que oiço coisas do tipo: "... sou ateu, porque a igreja é má e os padres só pensam no dinheiro das missas e andam para aí a fazer filhos às escondidas..."


    Também fico lixada com esses argumentos. Corto-os imediatamente!

    O mistério que envolve estes assuntos, não permite que muitos de nós cheguemos a ter certezas.
    Um ateu, simplesmente, não vê motivo para acreditar num criador.
    Contudo, um ateu sério nunca recorrerá a esse tipo de argumentos.
    Tratar o tema (que é filosófico) com respeito e raciocínio logico, é o mínimo que se pode pedir.
    Argumentos desse tipo, só os usará um pacóvio que não enxergue nada de nada...
  11.  # 54

  12.  # 55

    Colocado por: j cardosoBoas

    Só posso dar a minha opinião:


    Na minha opinião, não. Entendo que qualquer um, seja qual for a sua sexualidade (pondo de parte as práticas enquadradas como crime), deve ter exactamente os mesmos direitos e os mesmos deveres que os outros. Mais uma vez, é do foro íntimo e só diz respeito a cada um; para além de não ter o mínimo interesse, acho que não tenho o direito de opinar sobre o que se passa na cama do vizinho.

    cumps
    José Cardoso


    NEste caso porque é que se regula a Educação Sexual nas Escolas? Será igual a colocar lá o crucifixo? (atenção que esta ultima frase é uma pergunta e não uma afirmação)
  13.  # 56

    Colocado por: luisvv

    Raciocínio perigoso:
    O Estado é chamado a acudir em caso de qualquer problema de saúde, logo tem o direito de legislar no sentido de impor medidas de cariz higieno-alimentar (ex: proibir o consumo de alimentos nocivos; proibir o consumo de tabaco e alcool; impor uma dieta saudável, etc)

    O Estado é chamado a pagar os custos de saúde e educação dos nossos filhos, logo deve ter o direito de legislar sobre a reprodução (quem sabe, estabelecendo limites mínimos e máximos ao nº de filhos por pessoa / ou forçando a prática do acto sexual com fins não reprodutivos, p.ex).

    O Estado é chamado a pagar as nossas reformas, por isso deve ter o direito de legislar .... (vale a pena continuar? )


    Desculpe, mas sim! vale a pena continuar! Porque o Estado acode mas cobre! Educa mas cobra! e qto a pagar reformas... axo q deixa um pouco a desejar.

    Além disso O Estado apoia as religiões, o que torna este argumento falacioso, pois dessa forma o Estado deve legislar então sobre as religiões. E lá se vai o Estado laico!
  14.  # 57

    O Estado não precisaria de chegar ao ponto de legislar mas pode fomentar as boas práticas, investir de forma a que se encaminhe os assuntos no “bom sentido”.
  15.  # 58

    Colocado por: CMartinO Estado não precisaria de chegar ao ponto de legislar mas pode fomentar as boas práticas, investir de forma a que se encaminhe os assuntos no “bom sentido”.


    Mas essa actividade podia ser entendida do mesmo modo que alguns entendem as transmissoes de cerimonias pelo canal público! (referência ao comentário #15)
  16.  # 59

    Todos nós somos ateus relativamente à maioria dos deuses jamais inventados pelos humanos. Alguns de nós vão simplesmente um deus mais longe.
  17.  # 60

    Poderiam encarar dessa forma, sim, mas isso não teria grande peso (os que encaravam dessa forma). Acho que é benéfico o Estado informar as pessoas, numa espécie de programa, de projectos de mais valia, de forma a se chegar a bom porto com a adopção do mesmo por parte de todos.
    Ou seja, seria um incentivo. Imagine que o Estado quer lançar um programa, nós que nem sabemos nem sonhamos quais as vantagens que podem advir desse programa, a não ser que por nossa iniciativa própria vamos informar-nos, acho que seria mais vantajoso o Estado disponibilizar facilmente essa informação, para interessar as pessoas pelo seu objectivo.
 
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