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    • LuB
    • 30 setembro 2010 editado

     # 101

    Exacto. Escolhi desconsiderar uma norma que viola a minha liberdade individual...


    Certo: Está no seu direito, correr os riscos, e pagar as multas.

    E os filhotes? Coloca-lhe, ou não, o famigerado cinto? É que aí a sua liberdade individual vai colidir com os direitos deles... Ou não?
  1.  # 102

    Colocado por: LuB

    Certo: Está no seu direito, correr os riscos, e pagar as multas.

    E os filhotes? Coloca-lhe, ou não, o famigerado cinto? É que aí a sua liberdade individual vai colidir com os direitos deles... Ou não?


    Ò LuB... a liberdade individual tem muito que se lhe diga... é que eu, ao contrário do Luisvv, sinto que a minha vida não me pertence só a mim...por isso ponho o cinto, faço uma alimentação tão saudável quanto possível, não fumo, não tenho sexo promíscuo, etc, etc...
  2.  # 103

    Eu concordo com o Luisvv,

    Ponho o cinto e não fumo e até me alimento bem e etc. Mas não julgo conveniente o legislador meter-se nessas matérias... Uma coisa é a obrigação que pode existir para um qualquer produtor, de afixar nos produtos a quantidade de grodura que o produto tem, por exemplo, por uma questão de informação para o consumidor. Mas, uma vez que este conheça que o produto é altamente gorduroso, não deverá ser proibido de o comer só porque lhe poderá fazer mal à saude. Julgo que é aqui que começa a liberdade individual de cada um.

    Naturalmente que isto, o meu raciocínio e opinião, só valerá para a liberdade individual de cada um que seja própria, ou seja, não aplicável aos menores dos quais uma pessoa possa ser tutor ou que estejam à sua responsabilidade. Claro está!

    O que julgo que é que não se justifica existir obrigações dentro de matérias que pertencem à exclusiva esfera privada de cada um... O que poderão e deverão existir, no meu entender é: Obrigações no que se refere à disponibilização obrigatória de cintos nos carros; obrigações no que se refere à realização de campanhas publicitárias que visem alertar ou sensibilizar a população para a utilização do cinto ou para os maleficios do tabaco ou a promover a utilização do preservativo, e coisas semelhantes; e obrigações de informação para que a escolha seja consciente e obrigações no que se refere a menores a cargo.

    Mas na minha saúde... ainda mando eu, na medida em que esta não prejudique mais ninguém...
    • LuB
    • 30 setembro 2010 editado

     # 104

    Ó Becas, Luisvv é um "case study..."
    Até sabe umas coisas, raciocina bem e rapidinho, mas é tão liberal e teimoso, que por vezes apetece mesmo é chamar-lhe "libertino"... ;)))
  3.  # 105

    Boas

    Uma questão que me coloca algumas dúvidas e que gostaria de deixar à consideração dos crentes:
    Admitindo - o mais provável, neste país - que sejam católicos, qual seria a vossa religião se tivessem nascido na Índia ou na Arábia Saudita? Não acham que aquilo que passa por ser uma opção pessoal é claramente influenciada pela sociedade em que nascem?
    Como conciliar esse facto com a afirmação de fé na religião que professam?

    cumps
    José Cardoso
  4.  # 106

    Colocado por: luisvvExacto. Escolhi desconsiderar uma norma que viola a minha liberdade individual, sem qualquer justificação.


    Não é uma opção assim tão isolada. Qualquer regra viola a sua liberdade individual. Não há regras que o façam sem justificação, pode é dizer que não concorda com elas. Se tiver um acidente e ficar magoado somos todos nós que pagamos a factura. :) Se de facto a opção de não usar cinto não tivesse qualquer impacto no resto da sociedade eu concordaria consigo.
  5.  # 107

    Colocado por: j cardosoComo conciliar esse facto com a afirmação de fé na religião que professam?


    Mas está a pedir a pessoas religiosas que tentem racionalizar o porquê de serem religiosas? Boa sorte...
  6.  # 108

    Boas

    Não, apenas me parece que a religião que cada um professa não é apenas uma opção pessoal (haverá excepções).

    cumps
    José Cardoso
    • LuB
    • 30 setembro 2010 editado

     # 109

    Admitindo - o mais provável, neste país - que sejam católicos, qual seria a vossa religião se tivessem nascido na Índia ou na Arábia Saudita? Não acham que aquilo que passa por ser uma opção pessoal é claramente influenciada pela sociedade em que nascem?

    Mas isso é claro como a água.
    Com tantas religiões, (os católicos não são de forma alguma os mais numerosos...) e tanta gente convencida de que é dona da verdade, e que os outros são hereges, porque havíamos de ser nós a ter tido acesso à verdade? Tudo indica que as religiões são semelhantes, na sua credibilidade. Copiam-se umas às outras frequentemente, mesmo em algumas versões fantasiosas de factos que relatam, e nos quais se apoiam.
    É, em parte por isso, que é hoje muito difícil seguir uma qq religião, mantendo a fé...
  7.  # 110

    Boas

    Copiam-se umas às outras frequentemente

    Ando a ler sobre o Zoroastrismo e é impossível não reparar nas semelhanças que alguns dos seus mitos têm com algumas passagens do Velho Testamento. Também os antigos egípcios têm mitos muito semelhantes com o Antigo Testamento - a história de Abel e Caim perece-me decalcada e adaptada da história de Isis e Osiris. Tendo em consideração que os judeus viveram (200 anos?) no Egipto, parece provável que tenham adoptado e adaptado alguns mitos.

    cumps
    José Cardoso
  8.  # 111

    Colocado por: j cardosoBoas

    Uma questão que me coloca algumas dúvidas e que gostaria de deixar à consideração dos crentes:
    Admitindo - o mais provável, neste país - que sejam católicos, qual seria a vossa religião se tivessem nascido na Índia ou na Arábia Saudita? Não acham que aquilo que passa por ser uma opção pessoal é claramente influenciada pela sociedade em que nascem?
    Como conciliar esse facto com a afirmação de fé na religião que professam?

    cumps
    José Cardoso


    Claro que o facto de se professar uma determinada religião tem a ver com a sociedade em que se nasce, sobretudo no que diz respeito às crenças do meio familiar (que em princípio, se forem crentes, educarão as crianças dentro dessas crenças). A minha família é católica, eu sou católica e as minhas filhas andam na catequese.
    A opção pessoal existe quando somos adultos (ou jovens) e se mantêm (ou não) as crenças recebidas na família. Vocês (ateus, agnósticos, o que quiserem) seguiram um caminho; eu segui outro. Se o determinismo fosse absoluto, não existiam nem conversões nem "abandonos". Eu sou crente; as minhas filhas serão ou não.
  9.  # 112

    Certo: Está no seu direito, correr os riscos, e pagar as multas.


    Pagar as multas seria admitir legitimidade à norma, não acha?

    E os filhotes? Coloca-lhe, ou não, o famigerado cinto? É que aí a sua liberdade individual vai colidir com os direitos deles... Ou não?


    As minhas filhas viajam sempre com dispositivos de retenção. Em caso de dúvida, é olhar para a cábula: "nenhum homem deve poder agredir direito igual de outrem, e isso é tudo o que a lei o deve impedir de fazer".
  10.  # 113

    Quando se anda fora de estrada o cinto é desaconselhável. A minha mulher ficou com uma luxação no ombro por que eu me esqueci de lhe dizer para o tirar.
  11.  # 114

    Ò LuB... a liberdade individual tem muito que se lhe diga... é que eu, ao contrário do Luisvv, sinto que a minha vida não me pertence só a mim...por isso ponho o cinto, faço uma alimentação tão saudável quanto possível, não fumo, não tenho sexo promíscuo, etc, etc...


    E faz a becas muito bem. No entanto, deve fazê-lo por sua iniciativa e vontade, e não por ser coagida por uma entidade "superior".

    Ó Becas, Luisvv é um "case study..." Até sabe umas coisas, raciocina bem e rapidinho, mas é tão liberal e teimoso, que por vezes apetece mesmo é chamar-lhe "libertino"... ;)))


    Com franqueza, não percebo a dúvida. O uso do cinto pode ser uma maravilha, mas nem por isso vejo qualquer legitimidade para que me seja imposto. Da mesma forma, não espero impor a ninguém os meus comportamentos e estilo de vida.
    • LuB
    • 30 setembro 2010 editado

     # 115

    A minha mulher ficou com uma luxação no ombro por que eu me esqueci de lhe dizer para o tirar.

    E, ela teve de o tirar de repente?
    Espantou-se com qualquer coisa?
    lololo
  12.  # 116

    Não é uma opção assim tão isolada. Qualquer regra viola a sua liberdade individual.

    Não. A minha liberdade tem um limite natural: a violação da liberdade de terceiros.

    Não há regras que o façam sem justificação, pode é dizer que não concorda com elas.



    Se tiver um acidente e ficar magoado somos todos nós que pagamos a factura. :) Se de facto a opção de não usar cinto não tivesse qualquer impacto no resto da sociedade eu concordaria consigo.


    Ora, aqui temos que perguntar: refere-se ao impacto nos custos do SNS? Nesse caso, proponho-lhe: para além da carta de condução, vou começar a andar com cópia de apólice do meu seguro de saúde. Já posso andar sem cinto?

    Se, por outro lado, se refere a outro tipo de impactos na sociedade, vamos entrar por um caminho muito divertido: tudo, mas tudo, o que você faz tem algum tipo de impacto na sociedade. O que me leva a insistir nas questões que coloquei num post lá para trás: vamos proibir o sexo promíscuo e desprotegido ? vamos estabelecer uma dieta saudável obrigatória, com multas para os desvios? e que tal multar os obesos ?
  13.  # 117

    Colocado por: LuB
    Teve de o tirar de repente?
    Espantou-se com qualquer coisa?
    LOLOLO


    Basicamente, quando se sai do asfalto, é aconselhável não usar cinto de segurança.
    • LuB
    • 30 setembro 2010

     # 118

    Pagar as multas seria admitir legitimidade à norma, não acha?


    E terá de pagar... Ou espera fugir sempre!
    Fugir à polícia, não é legítimo, (acho que não faz parte das liberdades e garantias individuais, de nenhuma constutuição...)
    • LuB
    • 30 setembro 2010 editado

     # 119

    As minhas filhas viajam sempre com dispositivos de retenção
    .

    Faz bem... É um direito delas e, portanto um dever seu, enquanto pai e tutor.
    Por outro lado é um dever dos pais, proteger os filhos menores, de situações perigosas, mesmo as que não estão expressamente contempladas na lei.

    Então e não será também um dever dos pais evitar que os seus filhos fiquem órfãos? Ou com um pai estropiadinho......
    Ao desrespeitar a lei, que o obriga a por o cinto de segurança não está, certamente, a olhar para a sua cábula:

    Em caso de dúvida, é olhar para a cábula: "nenhum homem deve poder agredir direito igual de outrem, e isso é tudo o que a lei o deve impedir de fazer.".


    Ahhh - Agora é que agarrei o Luisvv ;)))
  14.  # 120

    Ahahahah, acho que não percebe a diferença entre o que o Luís acha legitimo ser imposto e o que não tem legitimidade para ser imposto. Nesse caso, ele pode até concordar em meter o cinto, não reconhece é legitimidade para que alguem lhe imponha isso...

    Eu encontro um paralelo: Utilização de capacetes nas motas. Porque é que a lei se dá ao trabalho de obrigar a esta utilização? Pelo SNS não será pois é pior o consumo do tabaco e ninguém o proibe... certo? Aliás, eu diria que a utilização do capacete até piora os custos no SNS pois possibilita que as pessoas sobrevivam ao acidente! certo!? Ou seja. na maior parte dos embates de mota, sem capacete e seria morte certa e rápida (sem custos para o SNS).

    Alguém explica a ratio?
 
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