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  1.  # 1

    Caros,

    Acabo de redigir uma carta a terminar o contrato com o projectista da minha obra, (e ainda nem tinha projectos na mão), perdi dinheiro e perto de um ano à espera (já tenho o projecto de arquitectura há 14 meses)...

    Não vou cometer o mesmo erro (não,... não foram os €€€) na escolha da próxima equipa de projectistas.

    Mas quero fazer-vos uma pergunta: Percebo que o habitual (e sei que não é o mais correcto) é que o engenheiro que executa os projectos seja o fiscal que acompanha a construção da minha moradia, mas pergunto-me se não será mais prudente pensar já numa equipe/empresa de fiscalização que não tenha relação com os projectistas.

    Perde-se conhecimento dos projectos, e das minhas recomendações/"imaginações", mas ganha-se independencia para criticar e melhorar os projectos em obra.

    Como é que (aqueles que contruiram ou estão a construir) fizeram quanto à questão da fiscalização?
    E os profissionais (desde os "aprendizes" aos grandes carolas) o que pensam que é melhor?
  2.  # 2

    O fiscalizador deve ser SEMPRE independente da equipa projectista, para evitar promiscuidades.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tiago_Pires
  3.  # 3

    Sem querer parecer suspeito o melhor é mesmo a equipe de fiscalização/coordenação de segurança não ter qualquer tipo de relação com a equipe de projecto.
    Por um lado ganha independência, mas acima de tudo ganha mais um técnico a quem recorrer para tentar solucionar eventuais problemas que possam surgir.
    Na contratação desta equipe não esqueça de esclareçer antes qual a periodicidade das vistorias e como é que é apresentado o resultado das mesma ao DO
    O ideal é que a periodicidade seja de pelo menos 1 visita semanal, sendo que existem periodos da obra em que este numero pode ser reduzido.
    De cada visita deveria ser feito um relatorio escrito e fotografico a ser enviado ao DO ao DT e ao empreiteiro.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tiago_Pires
  4.  # 4

    O ideal é o fiscal fazer também a coordenação de segurança, dois encargos da responsabilidade do dono de obra, e que não tenham nada a ver com os projectistas.
  5.  # 5

    Parece-me que o que é fundamental é o "fiscal" (creio que se referem ao engenheiro de obra) ser independente do construtor/empreiteiro. Afinal de contas, é a obra que está ser fiscalizada e não o projecto. Pressupõe-se que há acordo do proprietário quanto ao projecto; é a sua execução que se pretende fiscalizar (estou enganada?). Segundo sei, os construtores/empreiteiros têm o hábito de propor um engenheiro do seu conhecimento, mas essa opção é contraproducente.
  6.  # 6

    Colocado por: zedasilvaDe cada visita deveria ser feito um relatorio escrito e fotografico a ser enviado ao DO ao DT e ao empreiteiro.

    Iste é realmente feito, ou é puramente teorico? Faz parte do seu contrato, ou é um "extra"?



    Colocado por: CristinaSMé fundamental é o "fiscal" (creio que se referem ao engenheiro de obra) ser independente do construtor/empreiteiro

    Bem,... nunca entenderia uma fiscalização que não fosse independente do contrutor. O que queria saber é se devemos levar a independência a outro nível, a um tecnico independente do projecto!
  7.  # 7

    O relatorio a enviar ao DO dt e empreiteiro não deveria ser um extra...
    A independência do fiscal em relação ao projecto tem outra vantagem, como este não conheçe o projecto obriga-se a estuda-lo para poder perceber a obra. Este estudo permite detectar falhas que por vezes aos projectistas passam despercebidas. Por outro lado como é um técnico habituado a lidar com muitos projectos. muitas técnicas e soluções por vezes pode ter um sentido critico que pode trazer vantagens.
    Mas não se esqueçam de uma coisa o fiscal deve ser alguem capaz de dialogar quer com o DO, quer com os projectistas quer com o empreiteiro. Uma obra leva-se a bom porto com dialogo e colaboração de todos.
    O facto de assumir a fiscalização e a CS é umas das forma de o DO poder poupar umas massas garantido mesmo assim o cumprimento das suas obrigações.
  8.  # 8

    Boas

    - Sou de opinião que a solução ideal é aquela em que não há relação de espécie alguma entre projectistas, empreiteiro e fiscalização; assim se podem evitar eventuais conflitos de interesses.
    Mas - bem prega Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que ele faz - manda a verdade dizer que eu próprio faço fiscalização de obras em que fui autor de algumas especialidades. Claro que faço questão de cumprir a fiscalização da melhor forma que sei, mas a única garantia que o cliente tem é a minha palavra.

    - O zedasilva já disse tudo, o relatório periódico é o meio através do qual a fiscalização dá conhecimento ao dono da obra sobre a evolução quantitativa e qualitativa da obra (o que não dispensa o contacto pessoal que complementa a informação do relatório).

    cumps
    José Cardoso
  9.  # 9

    Não sei se é o mais correcto mas eu (dono da obra) sou o fiscal da mesma. O meu arquitecto é o coordenador de segurança.
  10.  # 10

    Antes demais, obrigado pelas respostas e peço desculpa por ter abandonado o tópico estes dias, sabe-se lá porquê ainda ando zonzo!...

    Colocado por: j cardosomas a única garantia que o cliente tem é a minha palavra.

    Isto para mim é fundamental! em qualquer dos casos a única garantia do cliente leigo é o profissionalismo do projectista... mas em caso de independência entre projectos e fiscalização, garanto que ninguém encobre erros.

    Se o j cardoso (que não é o Cavaco, que: "...não erra e raramente tem duvidas...") encontrar um erro nos seus projectos o que faz?

    É que não tenho duvidas que o meu anterior projectista (agora dispensado), esconderia o erro e confrontado até me convenceria que "assim é que está bem!..."
  11.  # 11

    Boas

    Se o j cardoso ... encontrar um erro nos seus projectos o que faz?


    Por acaso até tenho a mania que não me engano, mas é só mania. Não que aconteça muitas vezes, mas que já aconteceu, já. O último que me lembro foi em 2010 e foi um erro de palmatória: uma viga demasiado alta que se tornava visível (10 cm) no tecto da sala. Não houve outro remédio senão substituir por uma viga metálica. Como só reparei durante a montagem da laje não houve outro remédio senão retirar as vigotas, retirar a armadura da viga - estava pronta a ser betonada -, montar uma viga metálica e refazer o trabalho (e o mais difícil: informar o cliente e pedir desculpa). Entre viga metálica, serralheiro e interrupção dos trabalhos ficou-me a brincadeira em mais de 2000 €. Mas o pior não foi isso, o pior foi ter sido o encarregado a ter dado pelo erro antes de mim. Quando ele me disse e vi que tinha razão apeteceu-me esconder-me num buraco.

    PS: até o pessoal aqui do fórum apanhou por tabela, durante uns dias andei intratável

    cumps
    José Cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: moraisdd
  12.  # 12

    He he
    Já tive uma situação idêntica! O problema é que como conhecia o projectista e estava habituado a que não cometesse erros desses tb eu facilitei na análise do projecto.
    Quando se estava a montar a cofragem eu do alto da minha importância lá fui resmungado:
    Para que raio é isso?
    Para a viga. Dizia o encarregado
    Não pode ser. Você tá a ler o projecto de pernas para o ar só pode ser.
    Lá liguei ao projectista que apareceu de imediato na obra. Felizmente foi possível continuar com outros trabalhos enquanto o projectista refez a estrutura naquela zona.
  13.  # 13

    Colocado por: zedasilvaO relatorio a enviar ao DO dt e empreiteiro não deveria ser um extra...

    pergunto eu: O relatorio ao DO

    não deveria e NÃO é um extra?

    ou

    não deveria MAS é um extra?
  14.  # 14

    Boa

    Acho que não está escrito em lado nenhum, mas é essencial e por isso acho que deve ser desde logo referido no contrato - mesmo que verbal.

    cumps
    José Cardoso
  15.  # 15

    O relatório ao DO serve igualmente para o Fiscal se precaver de "mal entendidos"
    Quando as coisas correm mal há sempre alguém que diz que o fiscal viu e não disse nada.
    Então se for em matérias referentes à segurança isso é o pão nosso de cada dia.
    Por outro lado quem é o técnico que se lembra passado 1 ou 2 anos de todas as ocorrências que aconteceram numa determinada obra?
 
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