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  1.  # 1

    zedasilva dado estar afecto a obras ditas "grandes", e nestas não há dúvidas... DO não faz CS nem Fiscalização (é tudo entregue fora). Inclusivamente a CS~, sempre que possível, não é entregue à empresa responsável pela fiscalização.
    Nas obras ditas "pequenas", caso o DO tenha essas valências e disponibilidade para "tratar de tudo", apesar de não aconselhar, pode efectivamente exercer essas funções e, consequentemente, acumular as responsabilidades dos 3 "actores".
  2.  # 2

    A minha interpretação é que o CS apenas não pode fazer parte do quadro da entidade executante. Mas sendo a entidade exeutante igualmente o DO neste caso nem sei até que ponto isso é assim tão linear.
    Pois o mal desta área é que os srs. inspectores aplicam nas ditas obras pequenas a mesma metodologia das obras grandes. Quanto a mim deveria haver o bom senso para fazes a necessárias adaptações.
  3.  # 3

    Essa é efectivamente uma situação muito delicada. Na minha opinião se o CS não pode fazer parte do quadro da EE, logo nem que o DO seja simultaneamente EE, o CS tem q ser externo.
  4.  # 4

    pelo que sei a lei (dl 273/2003) foi baseada nas normas europeias, que por sua vez foi muito desenvolvida pelos franceses. em França existe muito o sistema de obras chave-na-mão (projecto e execução pela mesma entidade), mas quando foi traduzida para o português ficou o dono obra como responsável e não a tal entidade.
    mas até acho correcto o dono de obra ser o responsável.
    um bom advogado livra o dono de obra da responsabilidade de um acidente mais rápido do que o diabo esfrega um olho.
    Acho que se esqueceram de referir alguns intervenientes na seguinte lógica:
    dono-de-obra>projectista>coordenador de seg proj>entidade executante>coordenador obra>empreiteiros (sei que faltam alguns)
    a camara e o act. Se o plano de seg ou projecto estiver mal feito ou mal pensado eles tem uma palavra a dizer. Mas estas dó olham para ele e dizem que está mal e a culpa é de outros quando existe um acidente.

    O que falta no terreno é avaliação de riscos. a ser feita por todos desde o dono até à pessoa que só lá vai descarregar uma encomenda.

    estou farto de ser obrigado a usar capacete e colete, quando o risco é zero. mas situações e realmente problemáticas todos fogem com o rabo à seringa. e olhem que eu até sou um defensor do capacete e uso-o pela minha iniciativa.

    boa parte dos técnicos de prevenção, são uns parvos, deviam era mudar o nome para fotógrafos ou funcionários publicos. porque o que eles fazem é só tirar fotografias e pedir papelada, e dizer que este andaime é proibido, este escadote é proibido, esta tripla é proibida, este capacete é proibido,....mesmo que tenham todas as certificações, estejam em bom estado ou sejam novos e sejam feitos para a construção....pedir montes de papelada que não é exigida nem pelo act, e que muita que é exigida por estes são papeis internos da empresa que não tem nada a haver com a obra......., . quando se pergunta porque, leis, artigos,... a resposta é que não ligamos à segurança, não percebemos nada do assunto e se dizemos não passamos a ser um alvo a abater na obra.
    depois os trabalhadores enervam-se e ai é não ligam nada à segurança.

    outro factor muito importante é as pessoas não saberem como fazer o trabalho em segurança.
    Falta formação para os trabalhadores (nem se quer existe quem a dê) quer em técnicas de trabalho, quer em equipamentos e materiais.
    existe formação para engenheiros, coordenadores,... mas não é prática, e mesmo que seja, não são eles que vão para cima do andaime, ou para a vala. aqui é que que a meu ver um enorme problema.
    não existem livros em português com essas técnicas,....

    até sei de um inspector do trabalho, uma das pessoas com mais capacidade e experiência em obras tanto no act como coordenador de segurança em projecto e em obra pelo privado, que existe em Portugal, que foi convidado pelo act a fazer um livro sobre segurança para a 'raia miúda', mas tinha de o fazer após o horário de trabalho (em contradição com a lei) e de graça, e ele (a meu ver bem) recusou.

    quando todos os trabalhadores começarem a saber como se trabalha, e os patrões se preocuparem , os acidentes vão começar a diminuir.
    A meu ver é muito mais importante um trabalhador instruído do que um plano de segurança (que já agora a maioria deles são muitos fracos, sem avaliação de riscos, sem planeamento, sem ficha de procedimentos, sem projectos de instalações provisórias,...)

    fico por aqui.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso, zedasilva, RC | ARQ, Tiago_Pires
  5.  # 5

    Em Portugal o que não faltam é leis, decretos, regulamentos que na prática pouco ou nada resolvem a não ser espoliar (tanto em taxas como em coimas) os cidadãos. Na minha modesta opinião o DO não tem nada que perceber (e ser responsável) de segurança e higiene do trabalho. Para isso paga a fiscalização. Analogamente, se a casa ruir, a responsabilidade não pode ser imputada aos Engenheiros, Arquitectos e Empreiteiros, pois seria o DO o responsável pela situação.
    Para mim o problema da construção em Portugal (e de outras áreas de actividade) é a falta de formação para as diversas profissões. Não me venham com novas oportunidades, precisa-se é de formação séria onde se incluam áreas específicas da arte, bem como primeiros socorros, higiene e segurança... isso sim valorizava realmente as pessoas. Temos casos de empreiteiros que andaram décadas na agricultura e depois "viraram-se" para a construção civil sem nada que os habilitasse. Deveriam existir formações para construtores e para empregados. A formação responsabiliza...
    Se eventualmente houver alguém cá do fórum que trabalhe p.ex na Suiça relate como entrou na profissão que desempenha. Tenho amigos que emigraram para esse país e tiveram que voltar à escola nocturna de modo a poder trabalhar em determinada área.
    Experimentem perguntar a um "trolha" cá o que é betão B25... provavelmente terão uma surpresa. Como a formação é muito deficitária, os governantes aproveitam e com a desculpa dos acidentes de trabalho legisla cegamente incidindo nas coimas. Claro que uma formação melhorada não dá proveitos aos cofres do Estado.
  6.  # 6

    Concordo a 199% com o que diz a única coisa que refere que apenas necessita de melhoria (e com isto não quero dizer que no fundo entendo) é o facto do dl273 não se basear em normas europeias mas sim numa Directiva (e emralação às responsabilidades do DO pelo que sei era mm intenção do legislador definir como está). A única diferença em relação À Directiva que lhe deu origem é o facto de, segundo o DL273, ser obrigatório nomear um CSP (e quanto a mim mto bem). Posso até nem nem concordar com mta coisa do dl273, mas relativamente a este assunto concordo a 200%.
    Concordo em absoluto consigo qd o pessoal afecto a SST (e não só) avalia a segurança em obra, com o facto de se utilizar ou não os devidos EPI's (é de facto mto redutor).
    Tb relativamente à papelada concordo integralmente consigo, os TSHT's andam sempre "mergulhados em papelada" e por vezes negligenciam a obra, pq para mim a segurança em obra tem de ser feita...em obra. No entanto, à luz principalmente do dl273 (mas não só), e por mto q possa não concordar, a papelada é obrigatória.
    Relativamente À formação do pessoal, é sem dúvida, uma GRANDE LACUNA no nosso país. A velha máxima "não estudas vais para as obras", infelizmente, ainda hj é válida. Apesar de ter conhecimento de que muitos trabalhadores da CC já possuirem o designado "Passaporte de Segurança". Se bem que apesar de ser melhor do que nada, é uma formação de 14 horas... Como tal, vale o que vale...
    Resumindo, e como tive oportunidade de comentar no seu discurso, gostei do seu post.
  7.  # 7

    Pois essa coisa da papelada é bem verdade. È a primeira coisa que os Srs. inspectores nos pedem se tivermos a papelada em obra as coisas até se compoem. È estupido eu sei mas é a realidade que temos.
    Já a questão do CS em projecto concordo em pleno com o Tiago. Quantos projectista se preocupam com questões tão simples como saber de que forma vai ser feita a substituição da antena ou de umas simples telhas da moradia que está a projectar. De que forma vai ser montada o substituida a lampada que está projectada para a escada e que está a 6m de altura.
    Estas e outras questões são levantadas por um CS quando este é integrado na equipe de projecto.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tiago_Pires
  8.  # 8

    ze fico mto satisfeito por saber que já há quem se preocupe com essas questões que na fase de projecto são tão, mas tão fáceis de resolver... Poderia enumerar um sem fim de situações com que não raras vezes me deparo (mm nas "grandes" obras)... Ineflizmente, como sabe, a figura do CSP só aparece (em 99% dos casos) para efeitos da CPAE. Trabalho propriamente dito... 0 ou, salvo honrosas excepções, pco mais q isso...
    Mas, e como disse atrás, fico satisfeito em saber q há CS's que se preocupam com essas situações. Falta agora saber se são tidas em consideração pelos projectistas (mas isso é outra novela)...
  9.  # 9

    Colocado por: Tiago_PiresPassaporte de Segurança"

    já foi contactado por empresas que fazem essa formação, mas como tenho outras e ainda não apanhei nenhuma empresa que o pedisse ( sei que existem), nunca estive a ver muito bem o que é e o que dão na formação.
    mas como temos de nos formar 35 horas e algumas dessas em segurança, e visto que ainda não descobri formação especifica para o meu trabalho, quase só fazemos formação em segurança. mas a formação está a começar a ser repetição, e tenho de descobrir novos cursos, por isso pergunto realmente o que é na prática o 'passaporte de segurança'?
    o que se aprende realmente nesse curso? tem aplicação pratica? ou é mais sobre gestão e organização...?
    agradecia que alguém com experiência diga alguma coisa.

    vou abrir uma discussão sobre formação.
  10.  # 10

    Colocado por: Criativo
    já foi contactado por empresas que fazem essa formação, mas como tenho outras e ainda não apanhei nenhuma empresa que o pedisse ( sei que existem), nunca estive a ver muito bem o que é e o que dão na formação.
    mas como temos de nos formar 35 horas e algumas dessas em segurança, e visto que ainda não descobri formação especifica para o meu trabalho, quase só fazemos formação em segurança. mas a formação está a começar a ser repetição, e tenho de descobrir novos cursos, por isso pergunto realmente o que é na prática o 'passaporte de segurança'?
    o que se aprende realmente nesse curso? tem aplicação pratica? ou é mais sobre gestão e organização...?
    agradecia que alguém com experiência diga alguma coisa.

    vou abrir uma discussão sobre formação.


    pf ver link

    http://www.isq.pt/formacao/catalogo/detalhe.asp?id_curso=1334
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tiago_Pires
  11.  # 11

    E já agora, uma novidade para mtos, www.iep.pt/fbs
  12.  # 12

    Estava eu aqui a arrumar uns ficheiros e descobri este que fiz em tempos sobre o DL 273/2003
    É uma abordagem não técnica sobre este decreto que julgo poderá interessar em especial aos Donos de obra.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: RC | ARQ, Tiago_Pires
  13.  # 13

    zedasilva

    Dá-me autorização para mostrar isso a um cliente meu? É fácil de perceber, está bem resumido e sempre pode ajudar a chamar à razão quem não quer ver.

    Cumps.
  14.  # 14

    RC | ARQ
    Esteja à vontade. Disponibilizei aqui o ficheiro para isso mesmo.
    Creio que tinha tb em tempos feito um flyer sobre esta matéria. Se o encontrar ponho-o aqui tb
    Estas pessoas agradeceram este comentário: RC | ARQ
  15.  # 15

    Bem ainda não descobri.
    Mas encontrei este sobre o stress que poderá ser uma grande ajuda para os nossos Donos de obra :)))
  16.  # 16

    Para os Donos de obra mas tb para técnicos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Tiago_Pires
  17.  # 17

    zedasilva felicito-o pelos papers elaborados. Não sei se tem alguma coisa específica para a actividade de CSP (e não me refiro obviamente aos seus deveres, mas sim algo mais prático). É no meu ponto de vista, um dos aspectos do dl273 (a par da CTO - versão final), que nosso país ainda carece de mta evolução.
  18.  # 18

    Tiago
    De facto não tenho nada sobre CSP
    Concordo consigo. Conheço muito poucos técnicos que tenham tido o privilégio de fazer CSP e então em projectos pequenos creio que não conheço nenhum.
    Por acaso tb gostava de ter acesso a algum material sobre essa temática.
  19.  # 19

    Colocado por: zedasilvaPara os Donos de obra mas tb para técnicos

    Estas pessoas agradeceram este comentário:Tiago_Pires



    boas... para elaborar um plano para minha obra, que dados necessita e já agora, qual a sua área de actuação?

    Obrigado
  20.  # 20

    Bom dia sergyio
    A minha área de actuação é a Fiscalização e Coordenação de segurança.
    Onde é a sua obra?
 
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