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  1.  # 1

    No inicio deste ano, contratei o fornecimento de gás natural à Tagusgas, que se encarregou de proceder à instalação das tubagens e conversão dos aparelhos de gás, fogão e esquentador. E fizeram este serviço de uma forma que me deixou bastante desagradado, pois além da demora (comprei a casa em Novembro de 2010 e só em Janeiro de 2011 efectuaram o serviço), não gostei da conduta dos técnicos quer pela pontualidade (apareceram mais cedo do que o combinado, efectuaram o trabalho a despachar sem dar qualquer explicação sobre o que iriam fazer) e duvido seriamente que estejam cumpridas todas as normas técnicas que a lei obriga. Senão Vejamos:

    Anteriormente era usado gás de garrafa, e o esquentador e exaustor partilhavam a conduta de exaustão, usando um tubo em Y a 45º, em que o tubo de saída do exaustor subia na vertical, e o tubo de escape do esquentador entroncava naquele usando o adaptador em Y. Não sei se o tubo em Y era do tipo anti-retorno, mas o esquentador funcionava sem se apagar, mesmo com o exaustor ligado. Quando vieram fazer a instalação eliminaram este esquema, colocando duas saidas independentes para exaustor e esquentador. O curioso é que a saída do exaustor ficou com um tubo de menor diâmetro, e os srs técnicos levaram com eles o tal tubo em Y que estava anteriomente montado sem autorização de ninguém (penso que é a isto que se chama furto). Quanto ao esquentador, colocaram um outro tubo a ligar o escape deste directamente à rua, num buraco feito na parede protegido por uma espécie de chapéu colocado do lado de fora, mas que protege muito pouco, visto que em dias de chuva e vento ouve-se a água a cair dentro do tubo. Este tubo tem sensivelmente 2,5 metros de comprimento, passando por cima dos armários da cozinha, e como tubo flexivel que é flecte a meio porque não suporta o próprio peso. Outro aspecto duvidoso, é a instalação dos tubos de gás, que passam encostados ao esquentador, tocando mesmo na carcassa deste. Paralelamente a isto abriram ainda um buraco de ventilação na caixa do estore da janela da cozinha.
    Aquando da inspecção, o inspector vendo o estado em que ficou o tubo de exaustão do esquentador, decidiu pôr cerejas em cima do bolo, e vá de colocar um pedaço de tubo a fazer de calço por baixo do tubo de evacuação dos gases de escape do esquentador, de modo a que este mantivesse uma forma trajectória rectiliniea até à rua. Verificou também que o tubo de escape à saída do esquentador não subia na vertical na medida certa (20 cm ?) e vá de tirar o esquentador da parede e montá-lo numa posição mais baixa (fornecendo eu berbequim, brocas, buchas e parafusos), ficando agora a aparecer por baixo dos armários. A ideia seria razoável se se tivesse lembrado que o tubo de exauatão que vai até à parede não estica, e como não tinha mais tubo para acrescentar, vá de baixar o tubo de exaustão e prendendo-o toscamente ao esquentador com fita adesiva de aluminio. Claro está que a medida de 20 cm na vertical do tubo de exaustão do esquentador logo após este não foi cumprida, ficando tudo na mesma só que com o esquentador mais baixo.
    Resultado: instalação aprovada.

    Só que com muitas dúvidas minhas.

    Já procurei em alguma legislação, e na portaria 362/2000 de 20 de Junho no ponto 3 do artº 9º é indicada a norma portuguesa NP 1037 como a referência para as condições de ventilação e exaustão, bem como a alinea s) do ponto 2 do artº 10º um defeito não critico para a não conformidade com o disposto na tal norma.

    Ora a minha pergunta é: Alguém consegue disponibilizar uma cópia dessa norma? Tenho procurado na net e não consigo achar nada.

    O objectivo é estudá-la, e posteriormente apresentar uma reclamação fundamentada à Tagusgas e apresentar queixa na DGE.

    P.S.: Falta ainda analisar a conformidade da instalação dos tubos de gás, se alguém conseguir disponibilizar alguma norma sobre isto agradeço desde já também.
  2.  # 2

    Caro Pedro Ferreira

    Quanto à questão que coloca no que concerne em colocar dois tubos de exaustão técnicamente esta prática está correcta, devido à acumulação de gases que provocaria o apagar do esquentador quando funcionasse, as normas actuais obrigam que assim seja, pelo seu comentário parece-me que a instalação está correcta, o que poderá ter acontecido é falta de brio profissional na execução desta instalação da parte do instalador que tem que obrigatoriamente passar um termo de responsabilidade como instalador credenciado.
    Quanto à inspecção cheira-me a algum conluio do inspector com o instalador, verificou se o inspector fez os testes de CO2, pondo a funcionar os aparelhos e fechar a porta e janela! Que niveis acusou! Isto está escrito no relatório que lhe entregaram. Estranho que o inspector tenha tomado a iniciativa de baixar o esquentador e esta prática está correcta porque o tubo de exaustão tem que ter uma determinada altura em relação ao tecto e não pode descrever curvas rectas.

    Através do relatório sabendo a empresa inspectora pode denunciar à DGE sobre estas práticas e simultaneamente apresentar queixa à Empresa inspectora mencionando o nome do inspector.

    Caso tenha receio quanto à instalação poderá requerer outra inspecção a outra entidade inspectora e verificar as anomalias existentes confrontando a DGE com os dois relatórios, só terá que disponibilizar alguns euros, mas paciência neste País as coisas funcionam assim, é o conluio de instaladores com inspectores que quem sai prejudicado é sempre o consumidor.

    Cumprimentos
  3.  # 3

    Caro Costa53

    Desde já obrigado pela atenção dispensada. Talvez não me tenha feito entender com clareza. O motivo do meu desagrado não é tanto o brio ou falta dele por parte dos profissionais que executaram o serviço, mas mais o provável não cumprimento de algumas normas técnicas obrigatorias, e pior que isso o facto de alguém ter dado cobertura a isso. Para já não tenho certezas, mas estou atento e vou confirmar se as minhas duvidas têm fundo de verdade.
    Não discuto o facto de terem optado por colocar condutas de evacuação de gases separadas, ok até aqui concordo, critico o facto de a ter de se fazer um buraco, não o terem feito no tecto em vez de na parede, e no seguimento disto desconfio de haver ali ilegalidades às quais foram fechados os olhos. E as ilegalidades de que desconfio são a forma e configuração dadas à conduta de escape do esquentador e ao local de passagem dos tubos de gás. Aqui já não tem nada a ver com brio profissional, será sim incompetência e negligência. E é isto que pretndo apurar, gostava de conhecer o que diz a tal norma que a lei refere.
  4.  # 4

    Caro Pedro Ferreira

    O facto de terem feito o buraco na parede deve-se pela circunstância de a chaminé estar com problemas de exaustão, provavelmente bloqueada e daí terem feito na parede, concordo plenamente consigo no que concerne às ilegalidades e dai ter feito anteriormente o reparo em relação ao conluio de instaladores e inspectores, em relação às normas quem poderá fornecer é a DGE, à uma entidade que é o Instituto Tecnológico do Gás ou Gasmed se entrar em contacto com estas instituições creio que poderá obter a norma que pretende.

    Cumprimentos
  5.  # 5

    Não querendo duvidar de si, mas como terão chegado à conclusão que havia algum problema ou bloqueio na chaminé? É que entraram na cozinha, olharam e começaram a desmontar o que estava, e funcionava (pelo menos aparentemente) bem, sem o esquentador se apagar.

    respondendo aos pontos que referiu no post anterior:

    o inspector realizou a medição de CO com os aparelhos ligados e com as portas e janelas fechadas, não reparei qual foi o valor que o aparelho registou, mas não deve ter sido grande, pois a cozinha além da abertura que fizeram na caixa do estore tem também uma lareira, tendo assim duas entradas/saidas de oxigenio.

    para já não estou inclinado a realizar outra inspecção, pois são caras e não tenho garantia nenhuma que seja feito um trabalho sério e rigoroso. Quero 1º estudar minuciosamente toda a legislação para depois ser eu a avaliar o serviço de inspecção.

    Mais uma vez, grato pela atenção dispensada

    Entretanto vou colocar fotos para ilustrar bem este belo serviço.
  6.  # 6

  7.  # 7

    Caro Pedro Ferreira

    Não consigo abrir as fotos, haverá alguma alternativa?
  8.  # 8

    oops, não reparei que não ficaram visiveis

    conduta do esquentador no final da obra
    conduta esquentador

    conduta 1



    tubos gás junto esquentador





    Conduta exaustor



    conduta esquentador após inspecção

  9.  # 9

    já estão visiveis
    •  
      FD
    • 28 fevereiro 2011

     # 10

    Está aí uma instalação 5 estrelas...!
  10.  # 11

    Caro Pedro Ferreira,

    Não é à DGEG que deve fazer a exposição, mas sim à ERSE que é a entidade reguladora dos serviços energéticos.
    Quanto à NP 1037, provavelmente não a vai conseguir arranjar, pois as empresas pagam para ter cópias dessas normas e logo não as vão fornecer.
    O que diz a cópia do relatório da entidade inspectora que lhe deixaram? Deve ter assinado a mesma, certo?
  11.  # 12

    o relatório diz que está tudo bem, e está assinado por mim. só não entendo o porquê de chamar a ERSE ao problema. é a DGEG que tutela as inspecções de gás.
  12.  # 13

    mas que instalação! temos obra ai, impressionante

    o tubo do esquentador convém estar a direito 30cm e depois então fazer a curva, em relação ao tubo faço ideia o dinheirão

    aquela redução no exaustor e 5 estrelas
  13.  # 14

    Caro Pedro Ferreira,

    Mais uma vez repito que deve expor a situação à ERSE, pois é essa entidade que regula o mercado do gas´natural em Portugal.A DGE "fiscaliza" o gás propano.
  14.  # 15

    bom vou bater a essa porta, já que da DGEG ninguém responde. obrigado pela dica corleone.
    pdavidmarques, esses 30 cm vêm definidos em que documento legal? também tinha ideia de ser mais ou menos essa altura minima, mas também já vi algures valores de 15 e 20 cm, pelo que gostava de ter uma base sólida para analisar isto. obrigado pela dica.
 
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