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    • JPAP
    • 22 fevereiro 2011 editado

     # 1

    Olá a todos,

    Antes de mais parabéns pelo forum, é uma referência excelente para quem procura casa. Agradeço toda a ajuda que me possam prestar!

    Tenho 28 anos, estou prestes a comprar a minha primeira casa, e tenho a eterna dúvida do "moradia ou apartamento".
    Pois bem, apesar de ir morar com a namorada, vou pagar a casa sozinho, por decisão própria. Trabalho por conta própria e os meus rendimentos são variáveis, e as despesas com água, luz, gás, comida etc, estimo que estejam na ordem dos 450€ + prestação.

    Tenho uma poupança que ronda os 60mil. Estou a pensar dar de entrada 15mil. Tenho duas hipoteses:

    1) Moradia Geminada, usada, T3, central, de 1998, 125.000€ valor patrimonial a rondar os 110.000€. Pediria ao banco 110 mil de empréstimo.
    2) Apartamento de 2007, mais afastado do centro, 77.000€ usado. Pediria ao banco 62.000€ de empréstimo

    As minhas questões/dúvidas são várias:

    - Tendo em conta a minha "saúde financeira" que já referi... Apartamento? Geminada?
    - Seria fácil obter financiamento, sem fiadores em ambos os casos?
    - Será a casa um melhor investimento, ou será um investimento errado para inicio de vida, visto que poderia ter dificuldade em suportar todos os custos?

    Agradecia imenso os conselhos, sugestões, ou ideias de quem concerteza já passou pelo mesmo que eu... todos nós no fundo.

    Obrigado.
    •  
      FD
    • 22 fevereiro 2011

     # 2

    Colocado por: JPAP- Tendo em conta a minha "saúde financeira" que já referi... Apartamento? Geminada?

    Com essa saúde, endivide-se à vontade, moradia.

    Colocado por: JPAP- Seria fácil obter financiamento, sem fiadores em ambos os casos?

    Isso depende muito da política do banco - cada caso é um caso. Mas, mais que os valores, o que influencia bastante é a estabilidade profissional e pessoal (casamento...).

    Colocado por: JPAP- Será a casa um melhor investimento, ou será um investimento errado para inicio de vida, visto que poderia ter dificuldade em suportar todos os custos?

    É um investimento errado se não tem certezas do seu plano de vida, se não tem certezas de que é aí efectivamente que quer passar os próximos 5 a 10 anos da sua vida.
    Se tem certeza disto, e tem um bom pé de meia que aguente as despesas durante 1 a 2 anos, como me parece ser o caso, a compra é, quanto a mim, a melhor solução.
    Por outro lado, se o seu trabalho tem possibilidades de "viajar" pondere muito bem a compra de uma casa... é algo que o irá prender mais do que possa pensar.

    Mais importante que tudo isto é saber qual é a relação entre os encargos fixos e os seus rendimentos.
    Resultado do rendimento médio mensal a dividir pelos encargos fixos médios mensais:
    5 ou superior -> avance
    3 até 4 -> avance com alguns cuidados, tenha um pé de meia
    2 -> fazer muito bem as contas, se está em situação laboral precária MUITO cuidado
    inferior a 1,5 -> não avance
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    • RitaJ
    • 22 fevereiro 2011

     # 3

    Boas ... também tenho 28 anos e sou arquitecta ... não tenho é uma tão boa "saúde financeira" ... loool ...
    ... não sei em que cidade está a pensar comprar ... mas se for uma cidade com valor histórico já ponderou viver numa casa/apartamento restaurado. É fantástico porque pode ter a qualidade do novo em pleno coração da cidade ... eu aprecio e acho que falta em Portugal ... se tivesse dinheiro era o que eu escolhia ... mas também tem que pensar nos seus hábitos (e da sua namorada / da futura familia) ... para ver que tipologia mais se lhe adequa ...
    esta é a minha opinião, não quer dizer que seja a sua ou de outras pessoas .
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    • JPAP
    • 22 fevereiro 2011

     # 4

    Obrigado FD, parece-me esclarecedor, o meu receio, é o futuro, porque trabalhando por conta própria, é sempre incerto. O apartamento a prestação segundo o banco ficaria nuns 198€, para a moradia cerca de 360€. Caso algo corresse mal também existe sempre a hipotese de alugar, mais que não seja para pagar a divida...

    RitaJ, no caso do apartamento, ele é usado, já a moradia é uma geminada restaurada,por dentro, mas nem levou um grande restauro, porque está quase como nova, tem cerca de 13 anos. No meu caso, não é na cidade, é numa vila, na margem sul do tejo, porque os valores ficam muito mais em conta.
    Em Lisboa, com 125 mil euros, nem um T1 provavelmente comprava...

    A minha grande dúvida é mesmo, pensar no futuro, nos encargos, e se consigo pagar a moradia, senao nem pensava duas vezes!
  1.  # 5

    Pondere também a variante: facilidade de vender. Provavelmente um dia que necessite de vender, será mais fácil vender uma moradia no centro do que apartamento afastado por exemplo. Certo? Isto quanto a mim é mesmo uma das coisas essenciais. É que em caso de aperto, se for necessário vender, que se venda depressa é uma salvaguarda (o mesmo no que se refere ao arrendamento).

    Por esses valores eu não pensava duas vezes: moradia geminada.
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    • JPAP
    • 22 fevereiro 2011

     # 6

    Princesa_ obrigado pelo comentário. De facto, isso é uma das coisas que me faz pesar mais para o lado da geminada... uma casa dá-me ideia que se vende (nem que seja por menos do que custou) do que um apartamento. Não noto que os apartamentos se vendam assim com tanta facilidade.
    A moradia está longe de ser perfeita, ou a casa dos meus sonhos, mas, o valor é baixo, e com o tempo, farei os arranjos que achar necessário.
    Em relação ao apartamento... a vantagem é justamente o valor... 62mil pagam-se mais facilmente que 110... mas se ficar "enrascado" tanto fico perdido por 100 como por 1000, como se costuma dizer.
  2.  # 7

    E mais: É vantajoso usar o crédito habitação, pelo juro que se cobra. Melhor usá-lo por um montante superior do que usar para um inferior. E depois, repare, avalie as casas se for preciso para decidir tudo, para ver qual o "melhor negócio" e se o valor que vai pagar é o "valor de mercado". Não se iniba agora de pagar "un trocos" para ter o negócio bem assente na sua cabeça...

    A idade da casa pouco ou nada importa. Eu acho que uma casa nova é até algo perigosa pois os "defeitos" poderão não se ter ainda manifestado. Tudo se resolve, como aqui no forum se costuma dizer, e por isso o mais importante numa casa é a localização que tem.

    Depois repare: No andar tem que contar ainda com o condomínio e com o facto de muitas vezes não depender de si a tomada de decisões relativas ao condomínio. Na moradia decide tudo, e também paga tudo, mas ao seu ritmo, quando e como entender.

    Não pensava duas vezes, por todas as razões prefiro moradia a apartamento. Já vivi quer num quer noutro e prefiro não ouvir os vizinhos de baixo (quando morei em apartamento era o último andar).

    Mais: a prestação que vai pagarm quase não dava para arrendar uma casa não era? Não me parece ser nada exagerada! Pelo contrário. É o valor mínimo para "viver fora da casa dos pais" que um jovem paga. Tem 28 anos, aposte!

    Depois e ao contrário do que se diz, não se assuste se um dia não tiver dinheiro para pagar uma prestação, por mudar de emprego ou qualquer coisa do género. O problema dessas coisas é o efeito dominó! É que banco nenhum executa uma hipoteca por por exemplo, faltar pagar 1 ou 2 ou mesmo 10 prestações. É preciso que o incumprimento seja reiterado e a justiça também demora. Eu diria que a maior parte das pessoas que "perde" casas, é por arrastar situações destas ou devido a desempregos duradouros (anos a fio) ou endividamento extremo. Não me parece, pelas suas preocupações todas, que seja o seu caso pois com 28 anos diz ter de poupanças 60 mil euros (parabens aliás. Cada vez isto é mais raro).
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    • JPAP
    • 23 fevereiro 2011

     # 8

    Princesa_ obrigado pela força, eu quase nem tenho dormido com todo o stress. É uma situação nova para mim, e com toda a incerteza que se vive hoje em dia... de facto assusta-me.
    Mas tem razão, com os juros que se pagam, mais vale usar o crédito para algo que valha mais a pena. A casa tem 13 anos, o apartamento uns 4 ou 5, no entanto não há nada que pague a privacidade (quase total) que uma geminada oferece. Um quintal para quando tiver filhos crescerem com mais qualidade, para ver o cão mais feliz.. todo isso tem um grande valor, que o apartamento apesar de mais recente, com melhores acabamentos, etc não oferece.
    No meu caso também seria um 3º andar, e ouvir a vizinhança, condominios, etc, provavelmente não vale a pena a chatice.
    E tal como a princesa_ diz, com 300 e tal euros, hoje em dia não se arrenda nada. No minimo um quarto. Ás vezes nem isso.
    É preciso assumir as responsabilidades, e continuar a lutar pelo meu negócio. Nem que tivesse que ir trabalhar para as obras, não tenho medo do trabalho. Infelizmente, para a maioria das pessoas, o problema de ficarem sem as casas é mesmo esse... as coisas correm mal, ficam desempregadas, e depois não se agarram a qualquer oportunidade de trabalho, nem que seja para salvar a casa...
    Estou com esperanças que tudo irá correr bem, com trabalho, tudo se consegue ;)
  3.  # 9

    Exatamente! Sabe, estou a rever-me em si na minha primeira escritura.... Estava com tanto medo. E era um negócio que agora olhando para trás assumo, tao pequenino e tão seguro :) A seguir a esse nunca mais senti o mesmo medo! :) Não foi há muitos anos mas foi o meu "salto" em termos de segurança. Percebo tudo o que diz. Mas no que se trata de crédito habitação o ideal é usar o máximo de dinheiro de financiamento. No resto (compra de carro, viagens, negócios) é usar o menos possível.

    Percebo mesmo o que diz e concordo com tudo. Os acabamentos tbm se mudam, um dia mais tarde, se e quando a vida lhe permitir :)

    Faça contas, veja mais casas se for preciso, mande avaliar a casa e depois decida. :)
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    • JPAP
    • 23 fevereiro 2011

     # 10

    Há sempre uma altura na vida que temos que sair da zona de conforto. Toda a gente paga uma prestação de crédito à habitação ao banco, eu não sou excepcção, por isso, há que lutar, e tudo correrá bem :)
    Os seus conselhos foram excelentes, só tenho a agradecer pela troca de ideias! :)
  4.  # 11

    sem contar muito dinheiros, moradia, evita condomínios e potencializa no futuro a comercialização.
    se gostar mesmo da moradia e do sitio, vale a pena um esforço, na minha opinião.
  5.  # 12

    Se tem 60mil, compre o apartamente de 77mil e só tem que fazer emprestimo de 17mil , como é pouco dinheiro para uma casa julgo não ser preciso fiador.

    E fica com poucos encargos.
  6.  # 13

    A única coisa que não se pode mudar é a localização de uma casa.

    Qual é a área de cada uma das soluções?

    Pergunto isto, para racionalizar a coisa. Não há nada como uma vivenda e digo por experiência própria.

    Numa vivenda, fazem-se churrascadas na rua e brinca-se com o cão, num apartamento já é mais difícil.

    Em apartamentos na margem Sul, aí a localização é mesmo do mais importante.

    Não me querendo meter na sua vida, pondere o que a sua namorada tem a dizer. Eu sou da opinião que a casa é de quem lá vive, independentemente de ter um ou dois nomes na escritura e independentemente de achar que tem capacidade de suportar as despesas todas. Viver com alguém é partilhar não só a cama, mas o carro, chatices, tarefas e outras coisas que mais, mas sobretudo a carteira...
  7.  # 14

    Colocado por: LiMatos
    Em apartamentos na margem Sul, aí a localização é mesmo do mais importante.


    E porque razão na margem sul é diferente dos outros lados? que eu saiba em qualquer lugar a localização é importante.
  8.  # 15

    Colocado por: NephilimSe tem 60mil, compre o apartamente de 77mil e só tem que fazer emprestimo de 17mil , como é pouco dinheiro para uma casa julgo não ser preciso fiador.

    E fica com poucos encargos.

    Péssima ideia. Não se descapitalize, em especial agora.

    O crédito apesar de tudo não está assim tão caro, consegue um financiamento a uns 2.5%.
    Repare que se gastar o dinheiro todo e daqui a 2 ou 3 anos precisar de comprar um carro, vai pagar o financiamento a 15 ou 20 %.
    Fique com o que tem do seu lado, use apenas o capital suficiente para conseguir boas condições, não mais.
    Como diz e bem:
    Colocado por: Princesa_Mas no que se trata de crédito habitação o ideal é usar o máximo de dinheiro de financiamento. No resto (compra de carro, viagens, negócios) é usar o menos possível.
  9.  # 16

    Colocado por: PBarata
    Péssima ideia. Não se descapitalize, em especial agora.

    O crédito apesar de tudo não está assim tão caro, consegue um financiamento a uns 2.5%.
    Repare que se gastar o dinheiro todo e daqui a 2 ou 3 anos precisar de comprar um carro, vai pagar o financiamento a 15 ou 20 %.
    Fique com o que tem do seu lado, use apenas o capital suficiente para conseguir boas condições, não mais.
    Como diz e bem:


    Não sei se é uma pessima ideia como diz ou não...

    Eu pago um emprestimo e isso é uma prisão, e preferia não o ter nem de pagar juros.
    Preferia ter uma casa a pronto que andar 30anos a pagar 500 ou 600euros sendo grande parte deste valor juros!!!

    Agora se a ideia é a pessoa se individar aí sim se calhar é preferivel ser no credito á habitação que tem juros menores que creditos para uso pessoal ou para carros.
    Eu e falando por mim ja não quero creditos por isso prefiro nao ter engargos ou se os tiver que sejam emprestimos pequenos e curtos.

    se ele tem 60mil euros nao vejo a vantagem de pedir emprestimo e pagar um esse valor e mais um monte de dinheiro em juros e ainda correr o risco do banco falir e ficar sem os 60mil euros.

    Mas de bancos não percebo nada...mas sei que nunca perdem na venda de dinheiro :-)
  10.  # 17

    Ponha o resto do dinheiro em certificados do tesouro. Fica com o dinheiro do seu lado e a render mais juros do que vai pagar ao banco, chama-se a isto ganhar dinheiro :)
  11.  # 18

    Colocado por: Nephilim

    E porque razão na margem sul é diferente dos outros lados? que eu saiba em qualquer lugar a localização é importante.


    A localização é SEMPRE importante. Apenas acho que na margem Sul, face ao mercado de Lisboa e arredores, as casas têm de ter características que as diferenciem ainda mais, que na margem Norte. Por exemplo, uma casa próxima da estação de barcos, no Barreiro (ou no Seixal), vende-se muito melhor que uma casa que se situe perto do parque da cidade. A localização na margem Sul prende-se com a facilidade de acessos a Lisboa, essa é que é a particularidade da margem Sul, na minha opinião, claro!
  12.  # 19

    Colocado por: LiMatos

    A localização é SEMPRE importante. Apenas acho que na margem Sul, face ao mercado de Lisboa e arredores, as casas têm de ter características que as diferenciem ainda mais, que na margem Norte. Por exemplo, uma casa próxima da estação de barcos, no Barreiro (ou no Seixal), vende-se muito melhor que uma casa que se situe perto do parque da cidade. A localização na margem Sul prende-se com a facilidade de acessos a Lisboa, essa é que é a particularidade da margem Sul, na minha opinião, claro!


    Não concordo em parte, é certo que ha zonas mais caras que outras mas nem tem a ver com transportes apenas, alias as zonas mais caras da margem sul nao tem por vezes o melhor transporte, estou a falar de azeitão, verdizela, palmela, aroeira etc... por outro lado e como ja vive nos 2 lados a margem sul está muito mas muito melhor servida de transportes que a margem norte de lisboa, nós aqui temos autocarros, barcos, comboios(comboios a serio , nao desses de lda linha de sintra que estão sempre em greve e muitas vezes só transportam xungaria) e metro.
    Mais rapidamente me coloca em qualquer ponto de lisboa da margem sul que da margem norte.
  13.  # 20

    Se há créditos que devemos fazer é o crédito para habitação própria permanente. Utilizar muito dinheiro para pedir menos crédito, só é inteligente se isso baixar de modo significativo o Spread e o LTV (relação entre a garantia e o financiamento solicitado).

    Não se deve utilizar dinheiro próprio para aquisição de casa para habitação própria. É um mau negócio e é preferível neste caso pagar os juros. Não se descapitalize, utilize esse dinheiro para fazer dinheiro e pague a levezinha prestação ao Banco. :) Vá por mim e pelo PBarata ;)

    Quanto à localização, importa sempre.
 
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