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  1.  # 1

    Olá ao Fórum
    EStou em condições de finalmente poder comprar casa sem recorrer ao crédito. Mas perante a actual conjuntura mundial e financeira não sei se será a melhor opção. Gostaria que me dessem a vossa esclarecida opinião sobre investir em imobiliário, nas minhas condições (a pronto), numa altura destas.
    Obg.
  2.  # 2

    Boas,

    Caro, nas alturas de "crise" safa-se é quem tem dinheiro para comprar!!

    Para vender é que é mau! ;)

    Cump
    •  
      FD
    • 1 outubro 2008

     # 3

    Depende muito do seu perfil, do que é que quer comprar e de muitas outras coisas...

    Por exemplo, se paga algum IRS todos os anos, poderá contrair um pequeno empréstimo, apenas para poder usufruir da dedução fiscal dada a quem faz amortizações. Pode deduzir um máximo de 574€ por ano, 30% do valor amortizado, o que daria 1913€/ano, qualquer coisa como 159€/mês, já com juros. Ora se pagar mais de 574€ de juros por ano, deixa de compensar.

    Por outro lado, se tem o dinheiro à justa para comprar uma casa a pronto, e o gasta todo nessa casa, vai ficar descapitalizado, ou seja, sem liquidez. Se lhe acontece um azar e precisa do dinheiro, só pode fazer uma de duas coisas: ou hipoteca a casa ou vende. Se hipotecar vai ter custos significativos (avaliação, escritura, registos, etc.) e vai começar a pagar juros, ou seja, a perder dinheiro. Se vender, como o mercado está agora, em princípio também perderá dinheiro e, pior, será difícil vender e realizar o dinheiro rapidamente.

    Mas, imaginando que tem 100.000€ para gastar, se comprar uma casa, faz um investimento. Será que esse investimento compensa? Está a ver as casas a valorizarem com o tempo como aconteceu até agora? Dou um exemplo muito claro: se eu hoje quiser vender a minha casa que comprei em 2002, terei muita sorte se a vender pelo mesmo valor. Ou seja, perdi dinheiro, porque paguei juros e por causa da inflação (uma média de 3%~4% ao ano).

    Agora imagine que investe esse dinheiro num depósito a prazo, sem qualquer tipo de risco associado. Poderá, para este tipo de valores e na actual conjuntura, conseguir à vontade taxas líquidas de 4%. Claro que se tivesse que comprar uma casa no mesmo valor pagaria 5% ou mais de juros.
    Mas se já tem casa, já paga um empréstimo que não lhe faz diferença no orçamento mensal, parece-me uma melhor opção do que comprar uma casa nova a pronto.

    Mas se investir numa casa com bom potencial de valorização, esta conversa pode nem se aplicar. No entanto, pode investir na mesma nessa casa através de um empréstimo, certo?

    Depois, depende muito de como está na vida, para onde vai e como é que se sente melhor a fazer as coisas.

    Eu, no seu caso e na minha actual situação, nem pensava em comprar casa nova, amortizava o meu empréstimo para pagar um mínimo mensal que me permitisse usufruir da dedução fiscal, colocava o restante num depósito a prazo e reforçava todo os meses a diferença entre a minha actual prestação ao banco e a nova prestação depois da amortização feita, num novo depósito ou num fundo de investimento com risco reduzido cujo comportamento vigiava todos os meses.
  3.  # 4

    Penso que será preferivel comprar a pronto.

    Recorrendo ao crédito o imóvel irá ficar mais caro dado que tem de pagar os juros.

    Em relação ás possíveis bonificações do IRS, se estou a ver bem as coisas, é um argumento que interessa mais aos bancos.
    A bonificação é sobre 30% dos juros pagos no emprestimo para compra de habitação, penso que é melhor não pagar juros e não ter bonificação do que ter um défice de 70% entre o juro pago e bonificação.

    No caso de compra de casa, pode sempre rentabilizar o investimento alugando (procura crescente), se não quiser chatices nem correr riscos tem os depositos a prazo ou outro investimento financeiro mas também á partida não rentabiliza tanto o investimento.
  4.  # 5

    Boas

    Bem, comparar os rendimentos que se possam obter de por exemplo arrendar um imóvel, com os juros que se possam ter com esse dinheiro aplicado numa conta a prazo, parece-me no mínimo caricato...

    Ficar com o dinheiro paradinho no banco não tem riscos é certo, mas também não ganha nada com isso!

    Cump.
  5.  # 6

    Colocado por: Pedro Azevedo78Boas
    Bem, comparar os rendimentos que se possam obter de por exemplo arrendar um imóvel, com os juros que se possam ter com esse dinheiro aplicado numa conta a prazo, parece-me no mínimo caricato...
    Ficar com o dinheiro paradinho no banco não tem riscos é certo, mas também não ganha nada com isso!


    Porquê caricato? Qual é a taxa de retorno que espera de um contrato de arrendamento ? Será assim tão superior a um bom depósito a prazo, que compense o risco adicional ?
    •  
      FD
    • 1 outubro 2008

     # 7

    Colocado por: Pedro Azevedo78Boas

    Bem, comparar os rendimentos que se possam obter de por exemplo arrendar um imóvel, com os juros que se possam ter com esse dinheiro aplicado numa conta a prazo, parece-me no mínimo caricato...

    Ficar com o dinheiro paradinho no banco não tem riscos é certo, mas também não ganha nada com isso!

    Cump.

    Caricato, porquê?

    100.000€ compram um T2 em Lisboa numa zona da periferia (Amadora, etc.) - sem contar com as despesas de aquisição (registos, escrituras, IMT, etc.).
    100.000€ podem ser colocados em qualquer banco ou dividido por bancos.

    A casa tem custos: condomínio, reparações, IMI, taxas de saneamento, seguros, etc.
    O depósito a prazo não tem custos.

    A casa pode render até 12 meses num ano. Tem que se contar o tempo em que a casa está parada sem render porque o inquilino saiu, o inquilino não paga, porque não encontra quem a arrende, etc.
    O depósito a prazo rende sempre 12 meses por ano, sem interrupções.

    A casa implica alguma gestão e preocupação - há que manter tudo a funcionar correctamente, há que fazer as devidas manutenções, há que pagar possíveis e imprevistas reparações, há que encontrar quem a arrende, há que encontrar quem despeje o inquilino que não quer sair, etc.
    O depósito é feito num dia, os juros são obtidos no final de um prazo - não há gestão ou qualquer tipo de preocupação.

    A casa não se vende rapidamente e as perspectivas de valorização são pouco animadoras.
    O depósito a prazo pode ficar disponível em poucos dias, apenas perdendo, como é lógico, os juros.

    Um depósito a prazo pode render 4% líquidos por ano. Em 100.000€ são 4.000€. Se dividirmos esses 4.000€ por 12 meses, obtemos 333€ por mês. Se fizer um depósito a prazo por um período superior a 8 anos, apenas paga 8% de imposto ao ano, sobre os juros.
    Uma casa como a acima mencionada poderá render entre 400€ a 500€ por mês, mas sem ter em conta os períodos em que não está arrendada, sem ter em conta as reparações, manutenções e os custos mensais fixos. O valor das rendas pode implicar a mudança de um escalão no IRS, dependendo de quanto é que se ganha de outros rendimentos.

    Para mim, o depósito, apesar de no exemplo dado não ter tanta rendibilidade como a casa arrendada, apresenta muito menos riscos e muito menos chatices que aquela, além de que é muito mais flexível. Se amanhã me fartar de lá ter o dinheiro, levanto-o e invisto-o no que quiser e bem me apetecer. Com uma casa não posso fazer isso.

    Mas, diversificando o investimento e esquecendo um pouco os depósitos a prazo, é perfeitamente possível conseguir remunerações melhores que 4%, tornando nesse caso e num cenário menos conservador o arrendamento como uma hipótese muito menos atractiva.

    Mas claro, cada caso é um caso e muito vai também das percepções das pessoas. Pode ter sorte e comprar uma casa que valorizará muito. Mas pode ter azar (e quantas pessoas o tiveram nos últimos anos) e não conseguir qualquer tipo de valorização.

    O que é preciso lembrar é que o imobiliário não verá tão cedo o florescimento que teve nos últimos anos - será difícil conseguir uma valorização anual interessante em qualquer casa comprada hoje, durante os próximos anos. Longe vão os tempos em que se podia comprar uma casa por 100 e vender por 120 dali a dois anos, existirão excepções mas não passam disso mesmo, excepções. E foi isto e apenas isto que tornou/tornava o investimento em imobiliário interessante. Convém não esquecer que somos cerca de 10,6 milhões e já existem 5,59 milhões de casas... isto é, existe uma casa para 1,9 habitantes. Quantas mais é que precisamos? Será mesmo o melhor investimento? Basta pensar na lei da oferta e da procura, quando há muita oferta os preços baixam.
  6.  # 8

    Olá fórum
    Muito obg. a todos, pelas vossas opiniões.
    A casa em perspectiva situa-se em Leiria numa zona central, è em 2º mão, tem 7 anos, e bem conservada.É um T3, com uma boa área, àvolta de 100.000€ para menos pq. ainda estou em negociação
    Não possuo casa própria. E não costumo pagar IRS, porque faço aplicações em seguros e PPR. É claro q. fico com algum para uma aflição.
    Ainda mantêm as vossas opiniões?
    Obg.
  7.  # 9

    Olhe se calhar é melhor fazer um emprestimo tipo prestação fixa e gozar a sua liquidez ( o dinheiro que tem disponivel) da melhor forma, ou seja quer em investimento financeiro quer pessoal etc...
  8.  # 10

    Faça uma busca no Google por "Pedro e o Blog", lá irá encontrar uma comunidade mais vocacionada para essa área.
  9.  # 11

    Obg. a todos
    Vou seguir o conselho e espreitar então " Pedro e o Blog"
    Até breve
 
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