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  1.  # 1

    À arquitectura portuguesa. Independentemente da opinião que cada um possa ter sobre a(s) arquitectura(s) portuguesa(s) esta data parece-me oportuna para "tirar o chapéu" aos arquitectos portugueses pelo seu trabalho; parece quase anti-natural que um país tão pequeno tenha tão universal reconhecimento. Assim, mesmo com tão frontal desacordo com vários aspectos da sua actuação e pensamento, é mais que merecido este reconhecimento dos serviços desta classe. Fosse assim em todas as áreas e o nosso país seria melhor que o que é.
  2.  # 2

    Sim, está sem dúvida de parabéns. De facto é uma honra para todos os portugueses ver um dos seus a ser distinguido pelo seu trabalho e elogiado pelo presidente mais poderoso do mundo.

    No entanto os premiados deviam utilizar esse privilégio para elevar a sua classe profissional e abrir caminhos para todos aqueles que ainda se encontram num estado embrionário da sua carreira. Mandar os arquitectos emigrar para ter sucesso parece-me pouco apropriado e um sinal errado para todos.
  3.  # 3

    j cardoso

    É um pouco estranho vir de si os parabéns, uma vez que é tão céptico em relação aos arquitectos.
    Ou será que também é igual à maioria que bajulam os mestres?

    Cmps
    •  
      FD
    • 3 junho 2011

     # 4

  4.  # 5

    Os meus parabéns pelo prémio mas acima de tudo pela frontalidade. A elevação da classe só será efectiva com o reconhecimento do trabalho realizado. Desenganem-se aqueles que pensão que obterão o reconhecimento "por decreto" As obras publicas e as grandes obras particulares que podem dar reconhecimento a um arquitecto serão escassas nos próximos tempos por tal a emigração não é assim uma ideia tão tola. Nós somos bons! E de entre os bons até temos alguns arquitectos que precisarão de uma oportunidade para o poderem mostrar. Não será certamente "cá dentro" a fazer muros e telheiros para a churrasqueira que vão conseguir esse reconhecimento. Por isso o meu conselho aqueles que podem. Procurem o reconhecimento das vossas qualidades nem que "seja lá fora"
  5.  # 6

    Colocado por: zedasilva As obras publicas e as grandes obras particulares que podem dar reconhecimento a um arquitecto serão escassas nos próximos tempos por tal a emigração não é assim uma ideia tão tola. Nós somos bons! E de entre os bons até temos alguns arquitectos que precisarão de uma oportunidade para o poderem mostrar. Não será certamente "cá dentro" a fazer muros e telheiros para a churrasqueira que vão conseguir esse reconhecimento. Por isso o meu conselho aqueles que podem. Procurem o reconhecimento das vossas qualidades nem que "seja lá fora"


    Internacionalizar e emigrar são dois conceitos diferentes...
  6.  # 7

    Pois! Mas quais os arquitectos portugueses com "arcaboiço" para a internacionalização? Podemos começar por ver quem é que ganha ou é convidado para os concursos cá dentro.
  7.  # 8

    É um pouco estranho vir de si os parabéns, uma vez que é tão céptico em relação aos arquitectos.

    Não confunda. Uma coisa é o trabalho dos arquitectos: a arquitectura. Outra coisa é o corporativismo da classe e a hipocrisia dos seus argumentos. Admiro a primeira, abomino as segundas - claro que se trata de uma generalização injusta, o que não faltam é arquitectos que fogem à hipocrisia e ao corporativismo da mesma forma que há arquitectos que de arquitectos só têm o nome e o "canudo", como em todas as profissões.

    Ou será que também é igual à maioria que bajulam os mestres?

    Ninguém é bom juiz em causa própria pelo que deixo essa apreciação ao seu critério (mas compreendo a sua pergunta, apontar possíveis defeitos aos outros costuma ser uma táctica mais eficaz que contrariar os argumentos apresentados).
  8.  # 9

    bolas, zedasilva

    você não perde uma, isso está mesmo atravessado, é visceral mesmo. Já agora diga-me como um advogado obtém o seu reconhecimento? repare que exercer advogacia está regulamentado por decreto.
    Já agora é assim tão desprestigiante desenhar um telheiro ou uns muros? Volto a referir, há por exemplo advogados que defendem pequenas causas e outros grandes causas e grandes empresas, não serão todos necessários?
    Como em tempos já referi, se calhar era bem melhor acabar com os cursos publicos de arquitectura e não tornar esta exclusiva dos arquitectos, pelo menos era coerente com o facto de os nossos impostos não estarem a formar gente cuja profissão não seria reconhecida exclusivamente.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pauloss, Riscador
  9.  # 10

    Repare que eu não sou contra a emigração e até considero que para muita gente não haverá outra solução senão essa. No entanto numa altura em que é importante elevar o nome de Portugal não me parece muito sensato afirmar perante entidades estrangeiras que a única solução para os excelentes arquitectos portugueses passa pela emigração.

    Quanto à internacionalização acredito que seja um caminho dificil e que exige muito esforço e sacrificio sem ter à partida uma garantia de retorno. Mas esse é o futuro não só para os arquitectos mas também para as empresas portuguesas. É que no meio de muita empresa fraquinha também temos muitos exemplos de verdadeiros casos de sucesso que forçosamente terão que alargar os horizontes para além fronteiras.
  10.  # 11

    marco1
    Não tenho nada contra os arquitectos ou qualquer outra profissão desde que para garantirem trabalho que de outra forma não conseguiam não alterem as leis de forma a atirar para o desemprego mil e poucos outros profissionais. Sim serão mil e poucos aqueles que hoje estão habilitados a fazer arquitectura e que em 2014 ficaram no desemprego. Os desenhadores nunca estiveram autorizados a fazer arquitectura. Os engenheiros tem outra forma de sobrevivência.
    Fazer muros e telheiros não é nem nunca será despretiziante mas confesse que não será por essa via que algum arquitecto obterá reconhecimento dos seus pares e da população em geral. A liberdade projectual e alguma folga orçamental é muito importante para que as verdadeiras capacidades de um arquitecto possam germinar não?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Toinalmeida
  11.  # 12

    zedasilva

    a sua forma de ver não demonstra que não tem nada contra.
    já sabe tambem o que penso dos ATAES e apoiarei qq petição que restabeleça os seus direitos mas apenas aos de longa data.
    repare que se não fosse por decreto, tanta coisa não estava regulamentada na vida. portanto não é por ai, senão nunca se fariam leis e se regulamentava nada de novo.
    quanto aos muros e afins, diga-me o que entende por reconhecimento? ou será que só tem uma visão do arquitecto artista?
    um telheiro um muro, tudo faz parte de um todo, haja humildade para o fazer e cobre-se o justo pela sua dimensão, tal qual outras profissões o fazem.
  12.  # 13

    Felizmente não é só no futebol que somos bons.

    Arnaldo Meneses
    Extrapartner, Lda
    Arquitectura de Interiores
  13.  # 14

    arquitectura, pode ter algo de artistico, mas acima de tudo terá que ser encarado como uma profissão no meio de outras.
    Já agora uma pequena achega, certas obras pequenas ou não sujeitas a licenciamento, nem de projecto precisam quanto mais de arquitectos, isto segundo a lei em vigor.
  14.  # 15

    Mas o que está em causa são direitos adquiridos. Nunca ninguem reclamou a manutenção da situação ad eterno. Como sabe já há muito tempo que não há formação em portugal que permita a habilitação como ATAE. Uma das propostas que foram avançadas era que fosse dada a oportunidade aos profissinais que estavam no mercado de fazerem um exame que comprovasse as suas competências, mas nem isso foi considerado.
    Quanto aos muros e afins nada tenho que sejam projectados por arquitectos desde como muito bem disse cobrem o justo pelo seu trabalho. Mas convenhamos que não serão projectos de muros que irão "projectar um arquitecto" Ou há obras dignas desse nome ou então não passaram de mais um arquitecto
  15.  # 16

    No outro dia, num programa que se chama "Portugueses no Estrangeiro", penso eu, entrevistaram uma arquitecta que já viveu na China e agora está em Londres num gabinete onde exerce arquitectura social.

    Ela referiu que ser portuguesa lhe abriu portas. Que, nas entrevistas a que foi a nível internacional e, posteriormente, em reuniões, é um bom tópico de conversa. Além do que a arquitectura portuguesa está bem cotada lá fora assim como as boas escolas de arquitectura.

    Gostei de ver o programa e gostei de uma arquitecta sentir isso no seu dia-a-dia.

    Talvez, à semelhança de outras coisas, a notoriedade da arquitectura portuguesa reconhecida no estrangeiro permita ou cause a valorização da mesma a nível internacional. É estúpido, mas se for o único caminho...

    Talvez faça com que não se contratem gabinetes espanhóis, por exemplo ;)
  16.  # 17

    zedasilva

    Os ATAE têm que se adaptar. Conheço alguns que estão a tirar o curso de arquitectura. Para estes o prazo pode ir até 2016.
    No final do curso, concerteza que todos eles chegarão à conclusão que não percebiam patavina de arquitectura.
    Eu era um deles!!! Quando comecei o curso estava todo inchado porque pensava que já tinha algum avanço em relação aos colegas. Tretas. Depressa fui ultrapassado por aqueles que não tinham o disco formatado como eu. A conclusão que afinal não sabia nada nem sequer foi preciso esperar o fim do 6º ano. Ao fim do 3.º já eu tinha essa convicção.
    Por isso há que evoluir. Discutir uma coisa que já é passado não acrescenta nada.
    Os Ataes que se sentem defraudados têm de encontrar soluções para criar o seu espaço. Em Espanha existe o arquitecto técnico que é equivalente ao ATAE. Eles têm um lugar a ocupar na sociedade. E são muito procurados para obra.

    Cmps
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, Toinalmeida
 
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