Sou arquitecto e estou a pensar em iniciar uma actividade no domínio da recuperação de imóveis, composta por equipas especializadas que colaborem entre si na recuperação do nosso património edificado. A ideia da empresa ainda está em estudo, mas começa a ganhar corpo para um projecto a médio prazo. A ideia síntese é apoiar o cliente com suporte técnico qualificado e criação de uma bolsa de parceiros qualificados nas diversas áreas da construção (electricidade, águas, carpintarias, pinturas, caixilharia, etc...) que permitam agilizar cada solução em função da obra que o cliente pretende. Um dos argumentos será a isenção de custos para o cliente, pelo que recaí sobre os empreiteiros a comparticipação para as receitas da empresa. Estudo a hipótese de existir contribuições entre os 3% e os 7% do valor da obra/especialidade.
Numa primeira fase venho questionar a eventuais interessados que se manifestem para eventualmente serem contactados com o desenvolvimento/maturação do projecto.
Isto trata-se apenas de um síntese geral da ideia, pois oportunamente consolidar-se-a a solução a avançar e negociação com cada um.
Esse tipo de "trabalho" à comissão, "executado" por empresas que não estão sujeitas a alvará nem a qualquer tipo de supervisão, e que, portanto, não podem ser responsabilizadas por nada que ocorra na obra, não é lá muito «bem» visto por aqui.
O melhor é você limitar-se a apoiar/dar suporte técnico ao cliente final na sua qualidade de Arquitecto, e receber os seus honorários directamente do cliente final. Senão, você estará a fingir que está a trabalhar para o cliente final quando, na realidade, quem lhe paga são os empreiteiros!
O que o caro arquitecto quer montar é uma empresa de mediação de obras, como as que nascem agora ai como cogumelos. Não sou a favor, mas cada um sabe de si... , mas há uma coisa que é comum a todos estes conceitos que é o :
"Um dos argumentos será a isenção de custos para o cliente, pelo que recaí sobre os empreiteiros a comparticipação para as receitas da empresa."
Ou seja, é um conceito batido, e têm a meu ver um ponto fulcral.. não é independente... e confunde-se muito com outras coisas menos éticas... pois neste sistema, o melhor empreiteiro/empresa para fazer a obra é a que pagar a maior comissão...