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  1.  # 1

    Bom Dia a todos.

    Venho aqui pedir a vossa ajuda para me esclarecerem uma duvida dobre herança e testamento.
    O que se passa é o seguinte: O meus avós têm 5 filhos, uma deles é surda-muda e vive com eles. A pouco tempo soubemos que os meus avós tinham feito um testamento na totalidade de um para outro no caso de um falecer primeiro.
    Até aqui tudo bem. Entretanto descobri que o meus avós passaram um testamento de uma casa para duas filhas (a filha surda-muda e outra filha), e os testamentos foram feitos sem os outros filhos saberem. Para além daquela casa têm outra casa e terrenos.
    Infelizmente, a minha avó está muito doente, e os médicos deram pouco tempo de vida. A minha duvida é se o testamento pode ser substituído por outro depois da minha avó falecer visto que só foi assinado por testemunhas e como poderá ser feita as partilhas. A casa que foi dada através do testamento também é contabilizada nas partilhas da herança afim de não prejudicar os outros filhos?

    Obrigada
    •  
      FD
    • 2 agosto 2011 editado

     # 2

    Colocado por: sandrinha19A minha duvida é se o testamento pode ser substituído por outro depois da minha avó falecer visto que só foi assinado por testemunhas

    Penso e tenho quase a certeza que não.

    Colocado por: sandrinha19A casa que foi dada através do testamento também é contabilizada nas partilhas da herança afim de não prejudicar os outros filhos?

    Em Portugal, quem faz um testamento apenas pode legar nesse testamento 1/4 (25%) de toda a herança.
    Quanto aos restantes 3/4 (75%) quem deixa a herança não pode decidir o futuro da mesma, ela é distribuída por todos os herdeiros, consoante aquilo a que tenham direito.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: sandrinha19
  2.  # 3

    Obrigada pela rápida resposta. Fiquei esclarecida
  3.  # 4

    Colocado por: FDQuanto aos restantes 3/4 (75%) quem deixa a herança não pode decidir o futuro da mesma, ela é distribuída por todos os herdeiros, consoante aquilo a que tenham direito.


    E é por causa desta lei que, quando for e se chegar a velho, vendo tudo e compro rebuçados. Mania de pensarem que têm direito às coisas dos pais... Sobre o destino das minhas coisas eu é que decido. E mais, filho meu que se queixar de eu ajudar mais (valor absoluto) um do que outro, apanha logo um par de estalos (se forem crescidos), um em cada lado, e ao mesmo tempo. É normal um pai ser solidário com quem mais precisa. :P
  4.  # 5

    Colocado por: danobregaÉ normal um pai ser solidário com quem mais precisa. :P

    Pois.
    O problema é que às vezes precisa, porque não tem cabeça.
    Os outros que trabalham e que se governam com o que têm, ficam a chuchar no dedo porque "Não precisam"...
    Concordam com este comentário: Luis K. W., PMir
  5.  # 6

    Colocado por: PBarataO problema é que às vezes precisa, porque não tem cabeça.


    E então? Há razões válidas e inválidas? E quem as decide são os filhos? E se não tem cabeça, a "culpa" não pode ser dos pais? Os Pais não podem sentir "Falhei a educar este filho, vou ajudá-lo. A sorte é que os outros já se safaram na vida."?

    Bah... rebuçados!
  6.  # 7

    Tinha a ideia que um pai não pode deserdar um filho a favor de outro.
    Conheci um caso de alguém que deixou a casa da família a uma filha deficiente que nunca chegou a casar.
    Parece-me que todos os filhos tiveram que assinar para que isso fosse possível.
    Mas agora também tenho um problema.
    Ainda não tenho filhos. Se nunca os chegar a ter e se quiser deixar os meus bens em testamento a alguém, não poderei deixar a totalidade? Acho isso um absurdo.
  7.  # 8

    Colocado por: danobrega

    E então? Há razões válidas e inválidas? E quem as decide são os filhos? E se não tem cabeça, a "culpa" não pode ser dos pais? Os Pais não podem sentir "Falhei a educar este filho, vou ajudá-lo. A sorte é que os outros já se safaram na vida."?

    Bah... rebuçados!


    Sim, há razoes válidas e inválidas. Justas e injustas.
    Ninguem as decide, mas os filhos têm o direito de compreender ou não.

    É evidente, está no seu direito de ajudar quem lhe apetecer.... Um filho em detrimento de outro, ou mesmo um estranho, ou uma amante ou quem quiser.

    Os filhos depois também estão no direito de ajudar ou não os pais quando eles forem velhos, de lhes falar ou não, de os visitar ou não...

    Por isso é que isto é uma democracia.
    Concordam com este comentário: PMir
  8.  # 9

    Não estou a falar em direitos de compreender ou não. Estou a falar do direito que os filhos sentem sobre o património dos pais, que devia ser nenhum. Um filho devia desejar, que é o que eu desejo, que os pais/avós ou seja o que for vivam para sempre. Acontece que cada vez mais vejo pessoas a aborrecerem-se com a família por causa da distribuição de heranças o que me provoca náuseas. Deviam herdar rebuçados! :P

    Agora repare, sobre o ponto "Um filho em detrimento de outro" pode ter duas visões, a do pai, que quer ajudar quem precisa para tentar garantir a mesma qualidade de vida a todos os filhos ou a do filho, que vê o pai a dar 10 rebuçados ao irmão e também quer 10 rebuçados, mesmo tendo 10 vezes mais que o irmão.

    É óbvio que cada caso é um caso, só estou a dizer que a separação do património em partes iguais pode não ser assim tão justa quanto parece.
  9.  # 10

    Colocado por: danobregaEstou a falar do direito que os filhos sentem sobre o património dos pais, que devia ser nenhum.
    Os filhos não têm de sentir nada.
    Só têm que exigir que a lei seja cumprida.

    É óbvio que cada caso é um caso, só estou a dizer que a separação do património em partes iguais pode não ser assim tão justa quanto parece.
    Claro que - na maioria dos casos - é.
    Se não estiver de acordo, pegue nos 25% a que (por lei) tem direito e atribua-os a quem lhe apetecer.

    Colocado por: fumador passivoTinha a ideia que um pai não pode deserdar um filho a favor de outro..
    Só em casos de extrema gravidade se pode deserdar um filho.

    Colocado por: sandrinha19soubemos que os meus avós tinham feito um testamento na totalidade de um para outro no caso de um falecer primeiro.
    Não podem. Se têm outros herdeiros (filhos, netos)´esse testamento não é válido.
    Quem lhos fez, roubou-os (cobrou dinheiro por um documento que não tem validade legal).

    Até aqui tudo bem. Entretanto descobri que o meus avós passaram um testamento de uma casa para duas filhas (a filha surda-muda e outra filha), e os testamentos foram feitos sem os outros filhos saberem.
    Os seus avós só podem dispor em testamento de uma percentagem do património. O restante terá de ser distribuído pelos herdeiros conforme a lei.
    Mesmo que os seus avós façam doação das casas a um ou dois dos filhos, os outros filhos poderão reclamar "tornas" (compensações) na altura das partilhas da herança.
  10.  # 11

    Não se deve deserdar um filho para dar a outro. Não é justo.
    O facto dum deles vencer na vida e o outro não, não é razão para se tirar dum e dar ao outro. Há pessoas que estudam e fazem pela vida e outras que preferem não fazer nada e esperar que as coisas que vão parar às mãos.
    Se nem nos pais se pode confiar, então em que poderemos?
    • pom
    • 2 agosto 2011

     # 12

    Nos inquilinos e no...governo...:) :) :)
  11.  # 13

    Colocado por: JacintaHá pessoas que estudam e fazem pela vida e outras que preferem não fazer nada e esperar que as coisas que vão parar às mãos.


    Esse é um exemplo em que a maioria diria que não faz sentido "deserdar" um em primazia do outro. Mas há outros exemplos... Não sei qual é o seu caso e é irrelevante.

    Colocado por: Luis K. W.Se não estiver de acordo, pegue nos 25% a que (por lei) tem direito e atribua-os a quem lhe apetecer.


    Pois eu discordo com a lei. É uma lei estúpida, no sentido em que basta um individuo querer para rebentar com o seu património todo e não deixar um tostão a ninguém e é uma lei que é um atentado a liberdade individual, em particular à liberdade de propriedade. Qualquer individuo na posse de todas as suas faculdades mentais deve poder decidir livremente o que fazer com a sua propriedade, mesmo que os seus filhos ou "o estado" não gostem.

    Essa agora... rebuçados pá! Vendo tudo por rebuçados. :)
 
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