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  1.  # 1

    Boa Noite foristas,

    Lanço mais uma discussão desta vez sobre tipos de Construções de Alicerces ou fundações base antes da construção e para suporte da estrutura casa.
    1º. pretendo saber qual a mais usual em Portugal ( por sapatas, pilares,etc..) e qual a razão para essa escolha.
    2º. Qual delas tem o custo de construção mais barata.
    3º. Qual a mais eficaz em termos de segurança e em termos térmicos (humidades, frio,agua, condensação ar e outras que podera vir a prejudicar mais tarde a estrutura, interior e a casa em geral.? )

    Obrigada, e aguardarei as vossas opiniões devidamente fundamentadas e esclarecedoras, para que não hajam duvidas para mim e para toda a malta que visite o fórum.
  2.  # 2

    O tipo de fundação da estrutura de uma casa é definido tendo em conta o tipo de solo e o tipo de estrutura. A escolha recai sobre a mais económica dentro do leque das possíveis soluções que garantam as condições de segurança apropriadas. Os elementos mais correntes são as sapatas - isoladas, como é o caso da sapata de um ou mais pilares – ou contínua, como são as sapatas dos muros de suporte, por exemplo. Estes tipos constituem de certeza a maioria das fundações das moradias.
    Outro tipo também usado é o ensoleiramento que mais não é que uma espécie de sapata única a preencher todo o perímetro da construção.

    O ensoleiramento geral será a solução mais cara – mas terá de ser usado quando indicado.

    Em relação às outras questões não há diferença, os cuidados a ter não variam com o tipo de sapata – tirando as sapatas de muros de contenção que deverão ser dotadas de drenagem de águas.

    Editado:

    Em certos casos usa-se também uma viga de fundação - o nome diz tudo. É assim a modos que uma espécie de sapata contínua
    • naar
    • 15 setembro 2011

     # 3

    Pronto, está tudo dito e acabou o tópico! :))

    Podemos ir para casa Sr. Professor?

    Que poder de sintese! :)
  3.  # 4

    Pronto, outro a "pedir" para não lhe poluir o tópico!
    Hoje estão especialmente simpáticos comigo, terei feito algo que o mereça? Se é o caso queiram desculpar, foi sem querer.

    LOl
  4.  # 5

    Não se preocupe que eu continuarei a implicar consigo até que as artroses me ataquem os dedos.
  5.  # 6

    Grande zedasilva! Que era eu sem uma discussãozita de vez em quando? O pessoal está do outro lado a ouvir música, esta é dedicada a si

    :-)
  6.  # 7

    Colocado por: naarPronto, está tudo dito e acabou o tópico! :))


    Ainda faltou responder a :
    Colocado por: SILVA12523º. Qual a mais eficaz em termos de segurança e em termos térmicos (humidades, frio,agua, condensação ar e outras que podera vir a prejudicar mais tarde a estrutura, interior e a casa em geral.? )


    E já agora, algumas questões de quem não entende nada do assunto mas também não se importa de aprender:
    1- Existe vantagem em optar por ensoleiramento geral para garantir uma maior estabilidade e/ou um "afundamento" uniforme da habitação caso existam cedências de terreno?
    2- existe algum tipo de "impedimento" de utilizar ensoleiramento geral junto com um desvão sanitário ou são completamente independentes?
    3- Quando se fala em mais caro, estamos a falar de "quanto mais"? Por exemplo para uma casa térrea num terreno plano com 200m2 sem grandes necessidades de escavamento. Estamos a falar de 1000, 5000, 10000 euros?
  7.  # 8

    Pronto tá bem eu vou ao próximo almoço.
    Aliás já ando a convencer uma certa engenheira de que um dia devia tirar uns dias para ir a pé até Santiago do Compostela.
  8.  # 9

    Ainda faltou responder a :

    Colocado por: SILVA12523º. Qual a mais eficaz em termos de segurança e em termos térmicos (humidades, frio,agua, condensação ar e outras que podera vir a prejudicar mais tarde a estrutura, interior e a casa em geral.? )

    Talvez não:

    Em relação às outras questões não há diferença, os cuidados a ter não variam com o tipo de sapata – tirando as sapatas de muros de contenção que deverão ser dotadas de drenagem de águas.


    1- Existe vantagem em optar por ensoleiramento geral para garantir uma maior estabilidade e/ou um "afundamento" uniforme da habitação caso existam cedências de terreno?

    Se estivermos a falar de trabalho bem feito, não. Um do objectivos do cálculo das fundações é assegurar que as cargas são transmitidas ao solo de modo uniforme ( a mesma tensão de serviço em todas as sapatas). Isto evita o perigo maior que são os assentamentos diferenciais( uma sapata assentar 1 cm e outra sentar 5 cm, por exemplo).

    2- existe algum tipo de "impedimento" de utilizar ensoleiramento geral junto com um desvão sanitário ou são completamente independentes?

    O ensoleiramento fica assente no solo. Se quiser um desvão sanitário terá de construir outra laje no nível pretendido.

    3- Quando se fala em mais caro, estamos a falar de "quanto mais"? Por exemplo para uma casa térrea num terreno plano com 200m2 sem grandes necessidades de escavamento. Estamos a falar de 1000, 5000, 10000 euros?

    Isso só pode ser respondido para cada caso em concreto. O ensoleiramento gasta mais betão e com um preço por m3 mais elevado - tem armadura superior e inferior ( mas pode haver casos em concreto em que isto não se verifica)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Piafinho
  9.  # 10

    Pronto tá bem eu vou ao próximo almoço.

    Está feito ao bife (1)! Acaba de dar a sua palavra, não pense que eu admito que a retire sem consequências, como fizeram os "outros".

    Aliás já ando a convencer uma certa engenheira de que um dia devia tirar uns dias para ir a pé até Santiago do Compostela.

    Está feito ao bife (2)! O caminho passa na minha terra, cá o espero para uma surpresa.
  10.  # 11

    Colocado por: j cardosoTalvez não:

    Ops :)
    tenho de aprender a ler melhor...

    Colocado por: j cardosoa mesma tensão de serviço em todas as sapatas

    Por exemplo se o terreno for em declive ou aclive, dado o diferente nível de compactação à mesma quota, não será complicado de garantir que as sapatas vão resistir da mesma forma a essas cargas uniformes?


    Colocado por: j cardosoO ensoleiramento fica assente no solo. Se quiser um desvão sanitário terá de construir outra laje no nível pretendido.


    Se não se optar por desvão sanitário podemos/devemos aproveitar o ensoleiramento para servir de lage? Assim mitigamos alguns dos custos adicionais do ensoleiramento.


    Colocado por: j cardosoIsso só pode ser respondido para cada caso em concreto.

    É óbvio que sim. A razão da questão é: Se numa moradia de 200K estivermos a falar de um valor de 1000 ou 2000 euros para garantir uma melhor tolerancia a erros na análise da estabilidade do solo não será preferível optar por esse tipo de estrutura?

    E já agora, como os outros não lhe querem dar trabalho, mais uma questão provavelmente estúpida ;)

    O ensoleiramento ajuda de alguma forma a evitar rachas motivadas pelos movimentos do terreno/micro tremores de terra? Ou pelo contrário?
  11.  # 12

    Por exemplo se o terreno for em declive ou aclive, dado o diferente nível de compactação à mesma quota, não será complicado de garantir que as sapatas vão resistir da mesma forma a essas cargas uniformes?

    Não confio em aterros como suporte de fundações - vão sempre ao "firme".

    Se não se optar por desvão sanitário podemos/devemos aproveitar o ensoleiramento para servir de lage? Assim mitigamos alguns dos custos adicionais do ensoleiramento.


    Precisamente.

    A razão da questão é: Se numa moradia de 200K estivermos a falar de um valor de 1000 ou 2000 euros para garantir uma melhor tolerancia a erros na análise da estabilidade do solo não será preferível optar por esse tipo de estrutura?

    Presumo que a diferença será maior. Em todo o caso, falando por mim, a questão não se põe assim; se é possível uma solução mais económica eu não faço ensoleiramento - mas a questão da segurança não se põe nem se pode pôr nunca. Se as sapatas isolada são suficientes não há razão para ir para o ensoleiramento. Se o ensoleiramento é necessário o dono da obra tem que abrir os cordões à bolsa: na casa manda ele mas na estrutura mando eu - para bem dele.

    O ensoleiramento ajuda de alguma forma a evitar rachas motivadas pelos movimentos do terreno/micro tremores de terra? Ou pelo contrário?

    A este nível a questão não se põe. Qualquer solução deve ser - tem de ser - capaz de responder com o grau de eficácia recomendado exigido.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Piafinho
    • naar
    • 16 setembro 2011

     # 13

    Colocado por: naarPronto, está tudo dito e acabou o tópico! :))



    Espero que tenham percebido que estava a brincar! :)
  12.  # 14

    Bom dia,

    Alguém me sabe responder em média qual é o valor da construção dos alicerces de uma casa térrea construida em terreno plano, para construção tipo caixa de ar.?
  13.  # 15

    A diferença é a que deriva da diferença entre executar um piso térreo (assente no solo) e um piso elevado (laje). Vou dar um palpite: 20 a 25 €/m2 para lajes aligeiradas pré-esforçadas.

    PS: isto sem "ligar pevide" à questão dos pilares curtos, tanto mais importante quanto maior for a probabilidade de ocorrência de fenómenos sísmicos. Mas aqui ninguém se preocupa com isso, não queira ser o primeiro, o importante é a ilha na cozinha, o sistema de aquecimento, se o ETICS é com 5 ou 6 cm e se o WC abre para o hall.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  14.  # 16

    Caro j cardoso,
    aproveitando o título deste tópico e, sendo eu um leigo na matéria, peço-lhe (se o quiser fazer, claro) que me(nos) explique/esclareça o que é e o que provoca o aparecimento do que denominaram de "cancro" do betão que vi nas notícias na TV sobre uma vistoria efectuada pelo LNEC a uma determinada ponte (julgo que do IP3).
    Melhores cumprimentos,
    Raul Machado
  15.  # 17

    Estive agora a ler isto. Deve esclarecer o raulschone. Bjs

    http://comunidade.sol.pt/blogs/edumar/archive/2009/07/14/_1E20_Cancro-do-bet_E300_o_1C20_.aspx
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso, raulschone
  16.  # 18

    Estive tentado a nada dizer e assim esconder a minha ignorância mas manda a verdade dizer que os meus conhecimentos sobre o assunto são algo superficiais - não é questão que normalmente se coloque no ramo de construção civil a que me dedico (o que me soa um tanto a desculpa). O factor X aqui será a particular composição química do meio ambiente das fundações - a água - associado a, atrevo-me a especular, má qualidade dos projectos (falta desse tipo de análises) e de execução, a par daquela que é uma das principais causas do que de mal se faz neste país: a falta de uma cultura de exigência.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: raulschone
    •  
      alv
    • 28 setembro 2011 editado

     # 19

    Vivam!

    Também estou como o J, isto é não sou especialista em betão, sobretudo não sou especialista de nada que ultrapasse uma vivenda ou um prédio pequeno, mas com os conhecimentos que tenho, deixem-me que coloque esta questão no ar:
    É um facto que houve erros desde a concepção, a especificação, e controle do betão.
    Agora a solução encontrada de construir uma nova ponte, quando suponho poderia haver outras soluções, partindo do principio que as vigas e tabuleiro se encontram em estado capaz de serem recuperados, a saber: Encamisar o pilar pelo exterior com uma camisa armada, servindo o pilar existente como cofragem perdida, ou, sendo o pilar de secção oca, porque deve ser, imagino, porque não construir uma armadura no interior, e encher a secção com Betão, reforçando assim os pilares?


    Quase of-topic:
    Já agora, sempre a talhe de foice, deixem-me relembrar os projectistas por aqui leitores da obrigatoriedade, mesmo em pequenas construções como as nossas casas, que vem referido na NP EN 13670-1 e que obriga a especificar claramente na MD do PBAeCP a Vida Útil de Projecto – normalmente 50 Anos em habitação, a Classe estrutural de situações correntes e de elementos com geometria de laje ou betões com controlo especial ou de classe de resistência igual ou superior ao previsto no Quadro NA.4.3N, a classe de inspecção, a Classe de tolerância, a Classe de resistência do Betão, como é lógico e que tem de ser no mínimo de C25/30 em Betão armado no interior dos edifícios de C30/37 em betão armado em superfícies exteriores protegidas, a Classe de exposição à corrosão induzida por carbonatação que tem de ser no mínimo de XC1 em betão armado no interior dos edifícios e XC3 em betão armado em superfícies exteriores protegidas, e por fim, bolas o recobrimento nominal, que tem de ser no mínimo de Cnom 25mm em betão armado no interior dos edifícios e Cnom 35mm em betão armado em superfícies exteriores protegidas, tudo de acordo também com as especificações E 464 2005 do LNEC.

    Como vê Luis, esta coisa da idade é uma questão de espírito. "Lembro-me" de tudo isto porque tive de espicaçar uns agora "colegas" a saber tudo isto, a fazer as respectivas MD e sobretudo a fazer os dimensionamentos à unha, sem "sypes". Foi tão simpático que acabámos a fazer os programas de BA para as TI Voyage que ainda hoje são usados que ainda têm o meu nomededo.
    Este texto, já está mais compostinho:)
    "Fassam" parte.
  17.  # 20

    Curioso que não falem do projectista nem do construtor.
    Esta claro que houve borrada dos dois ou de um.
    A carbonatação do betão é fácil de entender e de identicar o erro :-)
 
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