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  1. Boas,

    Às vezes as melhores lições vêm de onde não se espera:
    «Responsabilidade da derrota é minha, não do árbitro» - Pedro Martins
    «Não tenho queixas da equipa de arbitragem. Preciso de analisar algumas questões relacionadas com critérios disciplinares, mas a culpa do resultado é minha e não vou atribuí-la ao árbitro», disse no final do encontro com o SC Braga, nos Barreiros.
    http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=313164

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    •  
      FD
    • 31 janeiro 2012
    Acho que é importante referir que credores não é igual a bancos.
    Os fundos de pensões, por exemplo, são credores.
  2. É exactamente esse o problema. Parece que só pode haver consequências para um dos lados.

    Não é nada disso. Apenas se analisa o problema do ponto de vista do devedor. O credor sofre as consequências, ponto final. Do ponto de vista da opinião pública ninguém se chateia nem discute os problemas causados ao credor pelo incumprimento.

    Já do ponto de vista do credor, o problema é outro: precisa de colocar mais alguém à frente do país, para manter as taxas de juro irreais a serem pagas pelo povo sem que este questione porquê.

    Isso é conversa da carochinha. Emprestar à Grécia é um risco, ponto. Se o Estado Grego quer continuar a ter crédito, só tem que convencer potenciais "emprestadores". Se as condições não interessam, não peça crédito. É fácil, e é até a melhor solução: só gasta o que tem, e deixa de precisar de empréstimos. E nem precisa de reduzir o que gasta, basta garantir todo o financiamento dentro de portas, via impostos e taxas.

    O texto não é factual, pois o FACTO de que o povo é obrigado a pagar capital que nunca existiu é um facto que só é conveniente a alguns, mas inconveniente a milhões.

    Desculpe, mas isso é, de novo, treta. Sei que está a referir-se à criação de moeda via crédito, mas as coisas não funcionam daquela forma linear que vê nos videos do youtube (o sistema bancário cria e e destrói moeda, de facto, e introduz inflação.)
    Mesmo que fosse como supõe, o "povo" utilizou esse capital que nunca existiu.

    É engraçado os supostos direitos que a alta finança vê como adquiridos pois esses direitos não existem sem que os outros os reconheçam. O povo deu, de mão beijada diga-se, o direito de criação monetária ao sistema bancário privado actual. O banco carrega num botão, puff, milhões na conta alvo. E juntamente com este direito vieram outros dois ainda mais engraçados, o dos países apenas poderem recorrer a este meio para se financiarem juntamente com o de receberem taxas irreais por um serviço fictício.

    Por acaso, os Estados é que roubaram aos cidadãos o direito a escolher a sua moeda, para poderem financiar-se de forma mais fácil e barata. Deixaram de depender da criação efectiva de riqueza, para se financiarem via criação de moeda.
    Acontece que uma entidade com o poder ilimitado de imprimir dinheiro só pode subsistir enquanto alguém aceitar o papel impresso - o que geralmente só é possível de garantir sustentadamennte dentro da zona de influência dessa entidade, e desde que essa zona seja um sistema com pouco ou nenhum contacto com o exterior.

    Agora, estes mesmos senhores a quem o povo concedeu este poder extremo reclamam os seus direitos e para tal propõem sugar esse mesmo povo até ao último sopro de liberdade. Ok...

    Para lá dos tiques marxistas-leninistas, isso não diz nada: o Estado A pediu crédito, e o Credor C concedeu-lhe. Não existia o $$$ ? Mas o Estado utilizou-o, para retirar daí benefícios...

    Só tenho pena que o povo esteja a dormir e não mande estes senhores à ****. Existem alguns casos na história de intervenções do FMI juntamente com os seus ideais neo-liberais que só empobreceram ainda mais a população. Existem até casos, como os da Argentina e Equador, onde só depois de mandarem o FMI e os credores dar uma volta ao bilhar grande, finalmente os países conseguiram iniciar a recuperação económica.


    Para quem fala no exemplo da Argentina, não seria mau recordar a situação base, e as consequências do default. E recordar que, se é verdade que a economia argentina cresceu a um ritmo assinalável, isso deve-se em parte à existência de algumas condições de base que não existem por cá...
  3. - Foram os sindicatos que exigiram o desmantelamento do tecido produtivo.
    - Foram os sindicatos que exigiram que pagássemos a quem não produz
    - Foram os sindicatos que exigiram as obras faraónicas.
    - Foram os sindicatos que exigiram as derrapagens e desvios de dinheiro nas obras públicas.
    - Foram os sindicatos que exigiram a compra de submarinos e coisas do género.
    - Foram os sindicatos que exigiram que se tapasse os olhos a crimes de colarinho branco.
    - Foram os sindicatos que exigiram a construção de auto-estradas paralelas.
    - Foram os sindicatos que exigiram que a única coisa que se faça em Portugal tenha a ver com betão.
    - Foram os sindicatos que exigiram que se promovesse o transporte individual.
    - Foram os sindicatos que exigiram a promoção da compra de casa própria.
    - Foram os sindicatos que exigiram que fossem dadas benesses a tudo e a todos para ganharem eleições.
    ...
    Foram e continuam a ser os sindicatos que exigem tudo de mal que é feito neste canto.


    Os gregos?
  4. Acho que é importante referir que credores não é igual a bancos.
    Os fundos de pensões, por exemplo, são credores.


    Boa parte da população é credora...
    http://certificadosdeaforro.net/certificados-de-aforro-perdem-mais-de-30-mil-investidores-em-2009.html
  5. Colocado por: luisvvSim, esta a insistir em algo que é falso: o défice em 95 foi de 5% e nao 9,8% (deve estar a confundir com o de 2011).

    Está a misturar alhos com bugalhos.
    O défice que refiro de 9,8% é do seu amado cavaco e não de Guterres...eu disse que 9,8% de défice foi o défice erdado de cavaco que Guterres muito responsávelmente resolveu em boa hora!

    Lembre-se que o défice de cavaco era de 9,8% e o crescimento era DECRESCIMENTO...enquanto Guterres se ficou com 5% de défice,foi com crescimento económico!

    Colocado por: luisvvDepois, baseado nesse numero inventado, acha extraordinário guterres ter reduzido para 4%...
    Palavras para quê?

    O número não é inventado porque quem gritou no emiciclo com esse número foi o mordomo!

    Aproveite para observar os reais números entre 96 e 2001...1,5% números nunca atingidos em Portugal!
    http://quartodarepublica.blogspot.com/2006/01/1986-1995-dez-anos-mpares-_113631382109798416.html
  6. Colocado por: luisvvIsso é conversa da carochinha. Emprestar à Grécia é um risco, ponto.


    Não é bem conversa da caronhinha. Repare que a Itália tem um governo não eleito, que tipo de pessoa foi para a frente do governo? A Grécia tentou fazer um referendo, a EU faz pressão, tem medo da decisão do povo. Há algum défice democrático nesta coisa toda...

    Colocado por: luisvvSe oEstado Gregoquer continuar a ter crédito, só tem que convencer potenciais "emprestadores".


    Pois, lá está. Não deixaram o estado Grego responder a essa pergunta.

    Colocado por: luisvvPor acaso, os Estados é que roubaram aos cidadãos o direito a escolher a sua moeda, para poderem financiar-se de forma mais fácil e barata.


    Concordo.

    Colocado por: luisvvAcontece que uma entidade com o poder ilimitado de imprimir dinheiro só pode subsistir enquanto alguém aceitar o papel impresso - o que geralmente só é possível de garantir sustentadamennte dentro da zona de influência dessa entidade, e desde que essa zona seja um sistema com pouco ou nenhum contacto com o exterior.


    Aqui é que eu me perco outra vez. Não entendo como é que imprimir dinheiro gera inflação e pedir um empréstimo não gera a inflação equivalente. Ou melhor, até há alguma inflação, mas é a equivalente à que existiria se o dinheiro fosse impresso?

    Não entendo como é que não há inflação nos EUA e estão a imprimir dólares.

    Para além disto, assumindo que o estado quer o problema de gastar mais do que o que tem (com o qual eu e o senhor não concordamos mas ignoremos isto), não entendo como é que permitimos que um governo chute o problema de pagar as decisões que fez hoje para as gerações futuras. Se imprimisse dinheiro, e como consequência houvesse inflação, a geração actual sofria as consequências.

    Colocado por: luisvvNão existia o $$$ ? Mas o Estado utilizou-o, para retirar daí benefícios...


    Certo. O problema é que os credores negociaram com os governos empréstimo sem quererem saber se o investimento teria retorno ou não. Eles que paguem. Entretanto os credores põem dinheiro ao bolso, as empresas envolvidas nos projectos megalómanos sem sentido ou proveito para a generalidade da população mete o seu ao bolso, e alguém no futuro paga a factura.

    Ou seja, há alguma malícia neste processo todo. Mesmo acreditando que não seja uma grande conspiração pois isso roça o ridículo, quem estava por dentro tinha bastante informação para saber que tudo isto ia correr mal. E como diz o "seu amigo" Godfrey Bloom, é imoral a população pagar as decisões estúpidas feitas pelos seus políticos.

    Entretanto os 70% da população que nem o secundário tem vai fazendo a sua vida, inconsciente do que se passa, e um dia acorda no meio do cócó. Por outro lado a geração nova, que está a fazer os seus 18 anos neste momento, recebe uma bela prenda para pagar. Ora, eu se fosse jovem renunciava esta herança. Os graúdos que andaram a brincar ao monopólio que se entendam. :)

    Colocado por: luisvvPara quem fala no exemplo da Argentina, não seria mau recordar a situação base, e as consequências do default.


    Certo, nunca há duas situações iguais. Mas há mais alternativas para tentar resolver o problema para além daqueles que nos fazem querer. As alternativas têm as suas consequências, mas seria bom que estivessem em cima da mesa.
    Concordam com este comentário: José Pedro Nunes
  7. O défice que refiro de 9,8% é do seu amado cavaco e não de Guterres...eu disse que 9,8% de défice foi o défice herdado de cavaco que Guterres muito responsávelmente resolveu em boa hora!

    Cavaco, meu amado? Certamente que não...
    E eu já lhe mostrei que isso é ... falso. O défice em 1995 foi de 5% e não de 9,8%. E Guterres reduziu para 2,9% em 2002, seguido de 3,1 em 2003.
    Mas, surpresa das supresas, os maravilhosos resultados dos 7 anos Guterres foram obtidos à conta de um crescimento na receita superior ao crescimento do PIB. Aumento de impostos, portanto.

    Lembre-se que o défice de cavaco era de 9,8% e o crescimento era DECRESCIMENTO...enquanto Guterres se ficou com 5% de défice,foi com crescimento económico!

    O Jorge seguramente não andou por cá nesses anos. Nem vale a pena discutir semelhante coisa: já lhe disponibilizei um pequeno quadro com as séries de crescimento - mas bastaria boa memória para se recordar do país de tanga de 2002.

    O número não é inventado porque quem gritou no emiciclo com esse número foi o mordomo!

    Jorge, está a confundir anos e pessoas.

    Aproveite para observar os reais números entre 96 e 2001...1,5% números nunca atingidos em Portugal!

    Terá lido bem o quadro que colocou? Creio que não... veja lá melhor:
      Tristeza.jpg
  8. Já agora:

    http://economia.publico.pt/Noticia/krugman-acusa-decisores-de-amnesia-intencional-que-leva-a-austeridade-ruinosa-1531524

    http://www.youtube.com/watch?v=63SYw6x41EU

    Sem discordar que os estados andaram a gastar mais do que deviam e podiam, há que questionar se as medidas que andam a tomar vão ter algum efeito prático para além de agravar ainda mais o problema (comparativamente com outras soluções).
  9. Não é bem conversa da caronhinha. Repare que a Itália tem um governo não eleito, que tipo de pessoa foi para a frente do governo? A Grécia tentou fazer um referendo, a EU faz pressão, tem medo da decisão do povo. Há algum défice democrático nesta coisa toda...

    Sim, conversa da carochinha. Ambas as situações foram resolvidas de acordo com as normas legais em vigor nos referidos países. Sob pressão? Claro... como qualquer entidade que precisa de dinheiro emprestado. Não espera convencer ninguém a emprestar-lhe dinheiro anunciando previamente que vai ver se eventualmente lhe apetece devolver o dinheiro que está a pedir, pois não?

    Pois, lá está. Não deixaram o estado Grego responder a essa pergunta.

    Não deixaram? O que impede os gregos de decretarem o default? Pura e simplesmente o receio de não ter mais crédito.

    Aqui é que eu me perco outra vez. Não entendo como é que imprimir dinheiro gera inflação e pedir um empréstimo não gera a inflação equivalente. Ou melhor, até há alguma inflação, mas é a equivalente à que existiria se o dinheiro fosse impresso?

    O crédito gera massa monetária, mas também a destrói. E a inflação neste sentido não é o aumento de preços tout court, mas a perda de valor da moeda.

    Não entendo como é que não há inflação nos EUA e estão a imprimir dólares.

    Mas há. Está é a ser exportada. Claro que isso não dura para sempre.

    Para além disto, assumindo que o estado quer o problema de gastar mais do que o que tem (com o qual eu e o senhor não concordamos mas ignoremos isto), não entendo como é que permitimos que um governo chute o problema de pagar as decisões que fez hoje para as gerações futuras. Se imprimisse dinheiro, e como consequência houvesse inflação, a geração actual sofria as consequências.

    Mas a ideia de que o Estado deve gastar tem subjacente a noção de que a despesa pública gera crescimento (e que portanto se paga a si própria).
    Por outro lado, é praticamente impossível conceber a existência de um Estado sem lhe atribuirmos a responsabilidade por resolver "problemas". É contra-intuitivo dizer que o Estado não deve intervir nisto ou naquilo..

    Certo. O problema é que os credores negociaram com os governos empréstimo sem quererem saber se o investimento teria retorno ou não.

    E depois? Essa avaliação compete a quem gasta. Quando o danobrega usa o VISA preenche um questionário? Não, toma as suas decisões e se calhar nem todas serão ajustadas. Depois, quando chega a altura de pagar, paga ou não. E se não pagar, não há problema: a VISA tem o seu prejuízo, o danobrega tem o crédito cortado durante uns anos. Se resolver pagar, já sabe que durante uns tempos vai ter menos rendimento disponível , porque já o gastou antecipadamente.

    Entretanto os credores põem dinheiro ao bolso, as empresas envolvidas nos projectos megalómanos sem sentido ou proveito para a generalidade da população mete o seu ao bolso, e alguém no futuro paga a factura.

    Os credores emprestam a quem pede, mediante uma remuneração. Se os Estados não podem pagar, não devem pedir. Se mesmo assim pedem, sujeitam-se aos danos reputacionais e outros no futuro. É inerente à natureza do Estado, essa colectivização.
    Para quem não aceita a existência de um Estado, é intolerável, claro. Mas a sua posição está a derivar para um moralismo estranho...

    Ou seja, há alguma malícia neste processo todo. Mesmo acreditando que não seja uma grande conspiração pois isso roça o ridículo, quem estava por dentro tinha bastante informação para saber que tudo isto ia correr mal. E como diz o "seu amigo" Godfrey Bloom, é imoral a população pagar as decisões estúpidas feitas pelos seus políticos.

    Meu amigo? Agora toda a gente deu em atribuir-me amizades e amores que eu não tenho.
    Mas pegando no seu argumento: Imoral porquê? Não aceita a ideia de Estado? Não participa na designação dos seus representantes? Não são as decisões resultantes de políticas e ideias sufragadas e com apoio na maioria das populações?
    Pegando no exemplo português, alguma vez ouviu alguém defender que o Estado deve gastar menos? Quando muito há divergências sobre as vantagens de gastar em A ou B....

    Entretanto os 70% da população que nem o secundário tem vai fazendo a sua vida, inconsciente do que se passa, e um dia acorda no meio do cócó. Por outro lado a geração nova, que está a fazer os seus 18 anos neste momento, recebe uma bela prenda para pagar. Ora, eu se fosse jovem renunciava esta herança. Os graúdos que andaram a brincar ao monopólio que se entendam. :)

    Desculpe, mas isso é menorizar as pessoas e as suas escolhas. São pouco instruídas? Sim, e daí? Poupar, gastar só o que se tem, são conceitos conhecidos desde sempre.

    Certo, nunca há duas situações iguais. Mas há mais alternativas para tentar resolver o problema para além daqueles que nos fazem querer. As alternativas têm as suas consequências, mas seria bom que estivessem em cima da mesa.


    O problema é que quem fala da Argentina só fala da parte boa.
  10. Foram os sindicatos que exigiram o desmantelamento do tecido produtivo.

    Depende. O que chama "desmantelamento do tecido produtivo" é uma forma de dizer que as velhas indústrias improdutivas e ineficientes foram ao charco. O consumidor passou a poder comprar os mesmos produtos (ou melhores) mais baratos, libertando rendimento que lhe permitiu adquirir mais produtos, ou poupar, ou até, quem sabe, investir. Melhorar o seu nível de vida, no fundo.

    - Foram os sindicatos que exigiram que pagássemos a quem não produz

    Não é isso da natureza dos sindicatos?

    Foram os sindicatos que exigiram as obras faraónicas.

    Alguns, sim. De uma forma geral, todas as grandes obras em Portugal foram objecto de manifestações públicas de interesse e apoio da generalidade dos partidos e forças sindicais. Não houve partido que não apoiasse o Alqueva. Não houve estrutura sindical que não instasse o Estado a fazer esta ou aquela obra fundamental para manter o emprego deste ou daquele sector. Não houve sindicato que não apoiasse a reclamação de mais um porto/estação de comboio/auto-estrada/ponte ou simples mictório público, fosse para manter emprego, fosse para criar um "cluster" de qualquer coisa. Eram as virtudes do investimento público, não sei se se lembra.
    Claro que pontualmente se ouvia umas vozes contra o Aeroporto no síto A, mas a favor do sítio B.( a propósito, Deus nos livre de imaginar um país onde os aeroportos fossem construídos por quem os usa e tem dinheiro para isso...)

    Foram os sindicatos que exigiram as derrapagens e desvios de dinheiro nas obras públicas.

    ...

    Foram os sindicatos que exigiram a compra de submarinos e coisas do género.


    Foram os sindicatos que exigiram que se tapasse os olhos a crimes de colarinho branco.


    Foram os sindicatos que exigiram a construção de auto-estradas paralelas.

    ver acima..

    Foram os sindicatos que exigiram que a única coisa que se faça em Portugal tenha a ver com betão.

    Tretas.

    Foram os sindicatos que exigiram que se promovesse o transporte individual.

    Em boa medida, foram. Os sindicatos que geraram situações absurdas nos transportes colectivos, por exemplo. E as outras forças políticas, que a cada ano que passava reclamavam mais bonificações e subsídios ao crédito, o que resultou na expansão das cidades para os arredores, com o que isso implica de deslocações...

    Foram os sindicatos que exigiram a promoção da compra de casa própria.

    Em certa medida, sim. Mas veja a coisa ao contrário: alguma vez se manifestaram contra?

    Foram os sindicatos que exigiram que fossem dadas benesses a tudo e a todos para ganharem eleições.

    Oh, não, nunca!!Que ideia...

    Nunca ouvi um dirigente sindical dizer que não queria este ou aquele benefício, porque já era demasiado. Ou recusar uma proposta por ser demasiado generosa. Ao contrário, a posição é sempre a mesma: só obtivemos isto, é insuficiente, é pouco, etc.



    Foram e continuam a ser os sindicatos que exigem tudo de mal que é feito neste canto.

    Aparte a calimerização dos sindicatos, podemos dizer que sim, uma parte das desgraças deste país tem o dedo dos sindicatos.
  11. http://oinsurgente.org/2012/02/01/desemprego-jovem/

    When a country:
    Increases the minimum wage, and therefore the minimum skill / productivity needed for a job
    Adds substantially to the costs of labor through required taxes, insurance premiums, pensions, etc
    Makes employees virtually un-fireable, thus forcing companies to think twice about hiring young, unproven employees they may be saddled with, good or bad, for decades
    Puts labor policy in the hands of people who already have jobs (ie unions)
    Shift wealth via social security and medical programs from the young to the old
    gets this:
      Youth-Unemployment-Europe_0.jpg
  12. Então defende que deverá ser diminuido o salário mínimo?
    •  
      FD
    • 1 fevereiro 2012
    Colocado por: Capela86Então defende que deverá ser diminuido o salário mínimo?

    Uma notícia interessante que vi no outro dia... http://www.portugues.rfi.fr/europa/20120124-baixos-salarios-na-alemanha-provocaram-crise-do-euro-diz-oit
  13. Uma notícia interessante que vi no outro dia... http://www.portugues.rfi.fr/europa/20120124-baixos-salarios-na-alemanha-provocaram-crise-do-euro-diz-oit


    Repare-se na perspectiva enviesada:
    "A melhora na competitividade dos exportadores alemães está cada vez mais identificada como a causa estrutural das dificuldades recentes na zona do euro. Os custos do trabalho na Alemanha despencaram na última década em relação a seus concorrentes, pressionando o crescimento, com consequências nefastas para a viabilidade das finanças públicas de outros países", afirma a OIT.


    Ora bem.... o que a Organização Internacional do Trabalho está a dizer é que o facto de os custos do trabalho terem diminuído na Alemanha mais que nos outros países é mau para os outros.

    Talvez fosse mais equilibrado colocar a questão de outra forma: a Alemanha tornou-se mais competitiva por via da subida da produtividade e da redução real dos custos de trabalho.
    •  
      FD
    • 1 fevereiro 2012
    Colocado por: luisvva Alemanha tornou-se mais competitiva por via da subida da produtividade e da redução real dos custos de trabalho

    Não perdendo poder de compra...
  14. E porquê que não perdem poder de compra? Julgo que há uma diferença significativa do caso alemão para o nosso, pelo menos.
  15. A Alemanha não foi fustigada quando o seu défice era alto como os países actuais(digo eu)
  16. Boas,

    Portugal prepara-se para assinar um acordo internacional, o chamado “Pacto orçamental” que não pode em nenhuma circunstância cumprir: obriga-se a não ultrapassar um défice estrutural de 0,5 por cento e a ter uma dívida pública abaixo dos 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O resto são sanções pesadas para os incumpridores, para as quais, no meio da nossa miséria, mais vale já prepararmo-nos. Porque o que assinamos, repito, é impossível de cumprir, a não ser deixando o país completamente exangue, muito mais do que já está.
    Tendo em conta aquilo que são os números do défice actual, já ameaçados pela má execução orçamental e dependentes de medidas extraordinárias como a incorporação dos fundos de pensões da banca, irrepetível por natureza, assim como pela dimensão da dívida que é impossível podermos reduzir para pouco menos de metade. Todos sabem disso, Primeiro-ministro, Ministro das Finanças, governo, Presidente, etc. Para que é que assinamos um acordo que não podemos cumprir, como Alberto João Jardim ao menos teve a clareza de o dizer? Para ganhar tempo? Para quê se esse tempo não pode ser usado para nos proteger do pior que aí vem, bem pelo contrário. Por que não podemos dizer que não a Merkel e a Sarkozy? Talvez.
    Seja como for, um pouco de lucidez deveria levar a perceber que este acordo que vamos assinar, sem debate público e como condenados no pelourinho, é o mecanismo ideal para afastar Portugal e Grécia do euro e da Europa, com o resto da Europa a lavar as mãos. Então eles não assinaram? O que é que esperam se não cumprirem? Daqui a algum tempo falamos de novo, quando toda a gente estiver a por as mãos na cabeça porque o défice e divida estão longe dos valores que “pactuamos”.
    Então é que vai ser um bom sarilho.

    O chamado "pacto orçamental", que tão diligentemente assinamos de cruz, é impossível de cumprir e como tal não tem como objectivo ser cumprido por países como Portugal. O seu objectivo é o de dar um enquadramento legal europeu ao afastamento da zona euro e da UE de países como a Grécia e Portugal. Por isso, o que assinamos foi a nossa própria sentença de morte europeia. Registem, para depois se lembrarem.

    Com o início deste Governo deu-se algo de muito parecido com o início do Governo Sócrates de 2005 e muito parecido com o Governo Barroso de 2003: na retórica política encontrou-se um "facto-pretexto" destinado a justificar uma inflexão de medidas prometidas em campanha eleitoral. Barroso descreveu um país de "tanga" deixado por Guterres em que o "choque fiscal" seria impossível, embora fosse uma promessa central da campanha eleitoral. Sócrates encontrou no défice virtual convenientemente calculado pelo Banco de Portugal o modo eficaz de esquecer as suas promessas eleitorais de baixar os impostos. Passos Coelho encontrou no "défice colossal" o argumento para cortar metade do subsídio de Natal, que explicitamente jurara não fazer durante a campanha.
    Compreende-se como estes argumentos são centrais nos mecanismos de legitimização política. Sem um forte motivo, não haveria maneira de manter a face perante os eleitores ainda bem lembrados por uma memória demasiado viva dos debates eleitorais. Mas eu referi tratar-se de "factos-pretexto", ou seja, tem que ter alguma factualidade. O relatório Constâncio sobre o défice veio a revelar-se muito pouco credível nos seus critérios, mas cumpriu a função legitimadora. O "desvio colossal" exerceu o mesmo papel, mas parece agora contestado por entidades independentes como "facto". Ou seja, a UTAO, muito gabada pela desmontagem que fez dos números orçamentais de Sócrates, agora vem pôr em causa a tese governamental PSD-PP. Ficamos assim sem saber ao certo o que se passou e não é de todo irrelevante tirarmos uma conclusão mais segura. O PS vai desejá-lo, porque isso o iliba, o PSD opor-se-á, porque isso o compromete. Eis uma pergunta que não terá pernas para andar, até porque muitos economistas com um papel central no discurso pró-governamental já se comprometeram com a justificação do abandono das promessas em nome do "desvio colossal".

    Se se quiser fazer negócio na área dos resíduos, se se quiser instalar parques eólicos, se se quiser vender mobiliário urbano, se se quiser instalar um atelier de arquitectura, se se for um urbanizador, se se quiser aceder a fundos comunitários, se se trabalhar na área do marketing e das agências da comunicação, na advocacia de negócios, ou mesmo se se quiser abrir um restaurante da moda, só há dois caminhos de sucesso garantido: conhecer os políticos certos e depois conhecer os jornalistas certos. E o mercado sabe muito bem quem são os "políticos certos" e os "jornalistas certos".
    Deixando os jornalistas por agora, voltemos à "área de negócios politizados". Precisa-se aí de ter conhecimentos directos com os aparelhos partidários que controlam o acesso ao poder político executivo, a nível central ou local, ou ter um "facilitador" influente. Quando nos perguntamos por que razão nessas empresas, que actuam nesta "área de negócios politizados", se escolhem para lugares de administração, bem remunerados, pessoas que ou são políticos no activo ou têm uma relação de "facilitação" e influência com o poder político, a resposta é evidente. O processo Face Oculta é todo sobre isso, mas também o é o Portucale , e muitos outros.
    Outra característica desta "área de negócios politizados" é a de estar cada vez mais ligada a capitais com origem em países onde a corrupção é uma forma de poder e os sistemas políticos são autoritários, como é o caso típico dos capitais angolanos que aí abundam. Esses capitais têm todos um pequeno problema, que pelos vistos não interessa a ninguém, que é o de serem milhares de milhões com origem em pessoas que legalmente ganham apenas umas centenas de dólares no seu cargo político. Aproveitem para ler isto hoje no PÚBLICO, porque a continuar o takeover angolano sobre os órgãos de informação portugueses, em breve isto não poderá ser dito em quase lado nenhum.

    http://abrupto.blogspot.com/

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  17. Ora bem.... o que a Organização Internacional do Trabalho está a dizer é que o facto de os custos do trabalho terem diminuído na Alemanha mais que nos outros países é mau para os outros.
    Talvez fosse mais equilibrado colocar a questão de outra forma:a Alemanha tornou-se mais competitiva por via da subida da produtividade e da redução real dos custos de trabalho.


    Ora bem... claro que analisar o todo apenas por um indicador torna a análise enviesada. A comparação dos custos do trabalho não nos diz nada sobre uma série de outros indicadores relevantes. Já para não falar de que é preciso saber se os produtos portugueses competem com os alemães, por exemplo.
 
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