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    • LuB
    • 19 outubro 2011

     # 121

    Eu estou nesta:

    Prefiro ficar sem o subsídio de natal, sem o de férias, pagar mais IRS, mais IMI, etc. a ver o país enchovalhado por todos e tido como caloteiro. Mesmo que tenha de passar apertos monetários, durante algum tempo. É provável que nos próximos tempos não vá almoçar fora quando me apetece, não vá de férias, não compre isto ou aquilo... Isso não me chateia grandemente!
    É verdade que não vivo aflita com contas para pagar, e portanto não poderei falar por outros. Admito que haja quem precise do dinheiro dos subsídios para sobreviver, e que esteja a ficar revoltado por se ver sem margem de manobra.
    Pessoalmente penso que se o governo proteger os ordenados e pensões + baixos, se usar de justiça social e demonstar que pede um esforço proporcional à capacidade económica de cada um, (e não deixa de fora os previligiados do costume...) está no caminho certo.
    Concordo inteiramente que tome agora as "medidas duras" necessárias para levantar o país e o reformar.
    Só me vou indignar se vir que há previligiados...
    Continua a haver quem escape à austeridade?
    Acredito que ainda estamos muito longe de pedir um esforço justo a toda a gente.
    Ainda há muito desperdício, muita gente que guarda benesses que não lhe seriam devidas, e que delas se apoderou de uma forma ou de outra. É que muitos estão gordos apenas porque "paparam" o que era de outros...
    Concordam com este comentário: marco1, two-rok
  1.  # 122

    Um dia houve um grande banquete na aldeia. Comeu-se do bom e do melhor. Foi um dia inesquecível. No dia seguinte descobriu-se que alguém tinha roubado o porco comunitário. O presidente da junta iniciou um rigoroso inquérito ao desparecimento do porco. O padre ameaçou com o inferno a todos os que comessem carne daquele porco. As beatas espalharam boatos. Tinha sido o sapateiro. Tinha sido o talhante. Tinha sido o prestamista. O porco nunca mais apareceu. Quem comeu o porco?
    Concordam com este comentário: eu, Luis K. W., LuB, Rui A. B.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, Jonh
    • LuB
    • 19 outubro 2011

     # 123

    Quem comeu o porco?


    Claro que todos comeram alegremente o porco da comunidade...

    Entretanto uns comeram o chispe, outros o toucinho, outros as febras... Quem se abotoou com os presuntos, nuns casos sabe-se noutros apenas se suspeita.
    Finalmente quando é necessário "pagar o porco", vamos lá ver se não são os que comeram o chispe e o toucinho que o vão pagar todo, enquanto os dos presuntos assobiam e fazem que não é nada com eles... ;(((
    Concordam com este comentário: eu, becas, two-rok
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  2.  # 124

    Colocado por: becas Em relação à história das línguas na Pen. Ibérica, tb não é bem assim, o português e o castelhando tiveram evoluções paralelas e nenhuma descende da outra.

    ISSO é a versão castelhana, becas!! :-))))

    "Nenhuma descende da outra" UMA OVA!! ELES é que não querem admitir que se falava e escrevia Galego-Português em Leao+Castela muito antes de o castelhano ser uma língua autónoma!

    Leia o que escrevi em cima:
    O Galego-Português era a língua que se usava em Castela e Leão desde o séc VIII (http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_galego-portuguesa) e até muito depois do séc. X.

    No séc. XIII , o Galego-Português ainda foi a língua em que Afonso X (1221-1284), rei de Castela e Leão, usou nos seus poemas! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_X_de_Le%C3%A3o_e_Castela)

    Portanto, o *castelhano* é uma coisa que "apareceu muito depois do" - tradução: "é um subproduto do" - Galego-Português.

    (que, digam lá o que disserem, com ou sem "a cor do horto gráfico", é a minha língua).
  3.  # 125

    Prefiro ficar sem o subsídio de natal, sem o de férias, pagar mais IRS, mais IMI, etc. a ver o país enchovalhado por todos e tido como caloteiro. Mesmo que tenha de passar apertos monetários, durante algum tempo. É provável que nos próximos tempos não vá almoçar fora quando me apetece, não vá de férias, não compre isto ou aquilo... Isso não me chateia grandemente!
    o que me chateia grandemente, é o povo não ter contribuido para este terror em que vivemos, e temos de o suportar com o nosso suor, para que outros vivam em grande ao mais alto nivel, mas eu sou daqueles que vou passar a biscateiro para que não consigam roubar-me nada
  4.  # 126

    Colocado por: LuB
    É provável que nos próximos tempos não vá almoçar fora quando me apetece, não vá de férias, não compre isto ou aquilo... Isso não me chateia grandemente!

    Concordo inteiramente que tome agora as "medidas duras" necessárias para levantar o país e o reformar.


    Mas o problema é mesmo esse ... necessárias!!!!

    Sabemos que não vai almoçar, de férias ou ou compras ... mas e as pessoas que trabalham nos restaurantes, ou nos hoteis.

    Claro que só pensamos em nós e não nos outros!!!! Com menos dinheiro a circular, vai haver mais desemprego, logo mais subsidios, por sua vez o estado tem de pagar mais, por isso tem de se aumentar os impostos. É um circulo vicioso.

    Ainda não ouvi falar em acabar com fundações, empresas municipais, serviços duplicados.
    Porque é que os serviços publicos não estão em prédios do estado mas em prédio arrendados, deve ser por ser mais barato ...
    Concordam com este comentário: luisms
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisms
  5.  # 127

    Colocado por: Gambit Ainda não ouvi falar em acabar com fundações....
    Mais desempregados ?
    Colocado por: Gambit Ainda não ouvi falar em acabar com ... empresas municipais, ....
    Mais desempregados ?
    Colocado por: Gambit Ainda não ouvi falar em acabar com ... serviços duplicados.
    Mais desempregados ?

    Só que estes potenciais desempregados são, geralmente, amigos e familiares dos nossos dirigentes políticos...
    Concordam com este comentário: Gambit
  6.  # 128

    Colocado por: AugstHillUm dia houve um grande banquete na aldeia. Comeu-se do bom e do melhor. Foi um dia inesquecível. No dia seguinte descobriu-se que alguém tinha roubado o porco comunitário. O presidente da junta iniciou um rigoroso inquérito ao desparecimento do porco. O padre ameaçou com o inferno a todos os que comessem carne daquele porco. As beatas espalharam boatos. Tinha sido o sapateiro. Tinha sido o talhante. Tinha sido o prestamista. O porco nunca mais apareceu. Quem comeu o porco?
    Concordam com este comentário:Luis K. W.,LuB,Rui A. B.


    Infelizmente eu não comi desse porco,é pena...
  7.  # 129

    "Espero que como futuro Primeiro-ministro, nunca ter que dizer ao país, ingenuamente, que não conhecemos a situação!"

    http://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec

    Boa compilação para o dia das Bruxas...
    • becas
    • 20 outubro 2011 editado

     # 130

    Colocado por: Luis K. W.
    ISSO é a versão castelhana, becas!! :-))))

    "Nenhuma descende da outra" UMA OVA!! ELES é que não querem admitir que se falava e escrevia Galego-Português em Leao+Castela muito antes de o castelhano ser uma língua autónoma!

    Leia o que escrevi em cima:
    O Galego-Português era a língua que seusava em Castela e Leão desde o séc VIII(http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_galego-portuguesa) e até muito depois do séc. X.

    No séc. XIII, o Galego-Português ainda foi a língua em que Afonso X (1221-1284), rei de Castela e Leão, usou nos seus poemas! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_X_de_Le%C3%A3o_e_Castela)

    Portanto, o *castelhano* é uma coisa que "apareceu muito depois do" - tradução: "é um subproduto do" - Galego-Português.

    (que, digam lá o que disserem, com ou sem "a cor do horto gráfico", é a minha língua).


    Não o podia deixar sem resposta :-))))
    Não tem toda a tem razão, Luís. Como as sebentas já ficaram muito lá atrás, fui ler a obra clássica de Paul Teyssier, um dos maiores historiadores da língua portuguesa (e um lusófilo convicto).
    A obra "História da Língua Portuguesa" (melhor que a wikipedia) está acessível aqui:

    http://pt.scribd.com/doc/22899347/paul-teyssier-historia-da-lingua-portuguesa

    Na p.21, Teyssier explica que o galego-português era a língua exclusiva da lírica, daí Afonso X (entre muitos outros) ter escrito as suas "cantigas" nessa língua.
    Na p.20, defende-se que o galego-português medieval é a língua da qual descende o português e o castelhano. Esta subtileza (que não posso ir agora confirmar noutros autores) justifica a ideia que o galego-português é a "língua-mãe", mas a ser assim o o português é "irmão" do castelhano, não progenitor...
    Infelizmente, o português vai buscar a norma ao centro-sul e não ao norte...tinha muito mais piada uma norma ao jeito do norte!
  8.  # 131

    Um dia houve um grande banquete na aldeia.

    Gostei da história. Posso sugerir a continuação?

    " O banquete - 2ª parte"

    O tempo foi passando sem notícias do porco pese embora os esforços de todos. A autoridade organizou buscas, o padre uma procissão, ouviram-se bruxas e adivinhos, tudo em vão. Estavam já mais ou menos resignados, o padre tudo justificava com "a vontade de Deus, são insondáveis os seus caminhos ", o presidente da junta a apelar ao sacrifício de todos e a tentar convencer os aldeãos da necessidade de um esforço da parte de todos para comprar novo porco - de que ele, presidente, seria fiel depositário como de costume. O povo que isto ouvia ia assentindo resignadamente - não diziam os mais velhos que sempre fora assim? -, estava pronto a fazer o que preciso fosse, sabiam de toda uma vida o que é o sacrifício, nascem, crescem, multiplica-se e morrem com constantes sacrifícios. Só uma questão os preocupava: como iam pagar o novo porco se o anterior, o desaparecido, ainda não estava pago? Sossegaram quando o presidente da junta prometeu a solução: pediria ajuda aos seus primos, emigrantes e empresários de sucesso na Europa, que decerto não a negariam, afinal era esse o seu negócio e de sucesso, não só vendiam o porco como emprestavam os cabedais necessários à sua compra com uma taxa de juro que eles próprios achavam muito atraente. Bastava para isso que a aldeia se cotizasse e pagasse a dívida do porco anterior, ao que o povo alegremente anuiu com a entrega ao afamado trio de tudo quanto era animal de capoeira; não se dando por satisfeitos correram montes e vales, arrebataram coelhos, perdizes e javalis; até o ribeiro que atravessa a aldeia contribuiu com luzidias trutas e garbosos barbos; os pomares foram varridos e a fruta recolhida, tudo entregue em sinal de garantia, que nestas coisas a palavra é de ouro mas ouro vivo é ainda melhor.
    Pode dizer-se que tudo se resolveu e agora as coisas correm pelo melhor:
    - o trio, sentado a uma qualquer mesa da europa, degusta as vitualhas com que voltaram abastecidos da aldeia e gaba a seriedade daquelas gentes que honra os compromissos que lhe são impostos.
    - o padre e o presidente da junta felicitam-se mutuamente pelo desfecho enquanto saboreiam umas papas de sarrabulho, umas febras de porco e uns pezinhos de coentrada às escondidas da aldeia.
    - o povo sacrifica-se e trabalha, vai pagando e alimentando como pode o novo porco que o presidente guarda; sacrifica-se, reza e acata os insondáveis desígnios de tão insondável deus; sacrifica-se e vai pensando em melhores dias: não tinha dito o presidente da junta que em 3 ou 4 anos poderiam fazer outro banquete e comer outro porco? Que são 3 ou 4 anos para quem tem uma fome de séculos?
    Concordam com este comentário: AugstHill
    Estas pessoas agradeceram este comentário: becas, Ema22, adan, Meia Cuca
  9.  # 132

    Infelizmente, o português vai buscar a norma ao centro-sul e não ao norte...tinha muito mais piada uma norma ao jeito do norte!

    Gostava de saber o que quer dizer "ir buscar a norma".

    Mesmo não percebendo concordo com a última frase!
  10.  # 133

    Espero que não haja para aí nenhum castelhófono. Para todos os efeitos, o que segue é meio a brincar...
    Colocado por: becas Não o podia deixar sem resposta :-))))
    Não tem toda a tem razão, Luís. Como as sebentas já ficaram muito lá atrás, fui ler a obra clássica de Paul Teyssier, um dos maiores historiadores da língua portuguesa (e um lusófilo convicto).(...)
    P.21, Teyssier explica que o galego-português era a língua exclusiva da lírica, daí Afonso X (entre muitos outros) ter escrito as suas "cantigas" nessa língua.
    Na p.20, defende-se que o galego-português medieval é a língua da qual descende o português e o castelhano. Esta subtileza (que não posso ir agora confirmar noutros autores) justifica a ideia que o galego-português é a "língua-mãe", mas a ser assim o o português é "irmão" do castelhano, não progenitor...
    Infelizmente, o português vai buscar a norma ao centro-sul e não ao norte...tinha muito mais piada uma norma ao jeito do norte!
    Gosto do Paul Teyssier mas ele, como outros autores, parece «ter medo» de melindrar os castelhófonos ao não escrever, preto-no-branco, que o castelhano é um subproduto, um crioulo, uma adulteração do Galego-Português.

    Dizer que o Galego-Português era a língua EXCLUSIVA da lírica, é querer ir longe demais nas suposições! É como afimar que, no séc. V, o Latim era a língua exclusiva dos padres! O Galego-Português foi, durante uns 400 ou 500 anos, a língua culta de onde derivou o castelhano, e basta.

    Estou inteiramente de acordo que o Galego-Português é a língua-mãe do Castelhano.
    Quanto a isto estamos conversados ou, em inguelixe, I rest my case.

    Agora dizer que o Português é "irmão" do castelhano, só admito tal barbaridade se a Becas admitir que não são filhos do mesmo pai !
    Como basta a qualquer português estar com os copos para falar castelhano quase na perfeição, eu diria que o pai do castelhano era um grande bêbado.
  11.  # 134

    Porra, eu quero saber porque não foram buscar a norma ao norte! Também gostava de saber o que é a norma!
    Concordam com este comentário: two-rok
    •  
      MRui
    • 20 outubro 2011

     # 135

    Colocado por: j cardosoPorra,eu quero saber porque não foram buscar a norma ao norte!

    Porque naquele tempo eram ajuizados.
  12.  # 136

    Boas,

    Colocado por: j cardosoPorra,eu quero saber porque não foram buscar a norma ao norte! Também gostava de saber o que é a norma!


    ***** em bez de caraças
    fodac* em bez de foscace
    baca em bez de vaca
    voi em bez de boi
    sapatilhas em bez de ténis

    Se é norma ou não, não sei, mas que é à moda ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 137

    Luóle em vez de lol...
    • adan
    • 20 outubro 2011

     # 138

    Imperial em vez de Fino
    Garoto em vez de Puto...
  14.  # 139

    Garoto em vez de Puto...

    Estes sulistas mais a norma deles ... Pingo em vez de garoto
    Aquilo que para vós é uma imperial para nós não passa de um fino. Além do fino temos o "príncipe", da minha preferência (e preto).
  15.  # 140

    Boas,

    Colocado por: j cardosoAlém do fino temos o "príncipe", da minha preferência (e preto).


    Uh?
    Não há canecas para esses lados?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
 
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