Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 21

    Eu não concordo com os elementos "a definir em obra"... Já tivemos esta "conversa" antes.. ;)

    Indefenindo o projecto... já não é um Projecto de execução. Como se faz um caderno de encargos e um mapa de trabalhos, sem definir uma realidade em concreto?!
  2.  # 22

    Penso que esta questão de saber o que é um projecto de execução, e para que serve é muito importante. Um bom projecto de execução vai até ao pormenor da dobradiça, vai até ao pormenor do encaixe da carpintaria. Todos estes desenhos que para muita gente são dispensáveis, são importantissimos para uma boa construção, para ter a certesa que quem vai executar a obra está a fazer correctamente. Porque uma coisa é certa se não houver nenhum desenho sobre um pormenor construtivo, o emprenteiro pode fazer como quiser sem a obrigação de utilizar os melhor materiais e a melhor opção construtiva. Mas se existir desenhos do arquitecto, terá que obrigatóriamente fazer o que está no desenho, com o risco de refazer tudo, se o dono de obra ou o arquitecto verificarem que não cumpre o que foi definido. Claro que é essencialmente a partir desta fase da construção que se vê a qualidade de um arquitecto.
    E existem ainda muitas outras questões que justificam optar por um projecto de execução, como já referi uma melhor construção o que significa poupar mais tarde em reparações, menos desperdicio de tempo na construção, e tempo é dinheiro, entre outras questões..
    Mas a minha experiência diz uma coisa, um projecto de execução Bem Feito dá a garantia ao dono de obra que terá uma construção muito melhor.
    Concordam com este comentário: jraulcaires, Picareta, GMCQ
  3.  # 23

    Pedro,

    Os elementos a definir em obra não são elementos indefinidos. Digo em questão a algo que não interfira na continuidade da obra por ex. definir a cor de uma parede... Isto pode ser definido em obra por questões de luz que em projecto pode é não ser muito esclarecedor.
    OUtra questão em relação ao bom projecto de execução é que estes por vezes não são pagos de acordo com a complexidade do trabalho a que este está sujeito, dai haver por vezes estes pseudos projectos de execução.

    Cumprimentos,
    adarq
    [email protected]
    Concordam com este comentário: jraulcaires
  4.  # 24

    É assim, os meus projectos de execução, até com o tipo de ferramentas que eu uso (e instruí os especialistas que comigo trabalham a funcionar com protocolos adequados com essas ferramentas) não deixam, praticamente margem para erro e indefinição. Mas depois, há 2 problemas: Isso tem um preço e é muito difícil explicar às pessoas que o dinheiro que gastam comigo é uma vantagem em termos de qualidade e no que podem poupar numa obra. Consequência: nem sempre é fácil arranjar trabalho, a maior parte das pessoas pensam que aquilo que eu cobro é exorbitante, porque o que não falta para aí são pessoas a cobrar preços exorbitantes. De uma maneira ou de outra, as pessoas pagam sempre: são roubadas pelos empreiteiros, pagam na factura do gás e da EDP. Outro problema: isto aqui não é a Suíça nem a Holanda, onde uma obra parece uma linha de montagem, uma coisa cirúrgica. Dantes a construção era muito artesanal e se virmos os edifícios entre as décadas de 40 e 60 e tais, mesmo os mais correntes, a qualidade em geral era boa ou razoável. Progressivamente, têm-se industrializado. Mas, principalmente em obras pequenas, particulares o que se verifica é que as pessoas que lá estão, em geral, não sabem fazer as coisas (os bons estão, precisamente na suíça ou na Holanda). Então, cá, por muito bom que seja o projecto de execução, tem que se andar sempre em cima daquilo, é esgotante, muito desgastante, mas caso contrário sai ****. Uma coisa é fazer obras grandes com a Teixeira Duarte, a Edifer, a Mota Engil, outra coisa são estas obrinhas...são uma autêntica dor de cabeça.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Carlos M Silva
  5.  # 25

    Meus caros,

    Sejamos correctos, apesar de um projecto de execução "altamente completo" este pode não vir a ser esclarecedor, por isso defendo que faz parte do projecto uma assistencia à obra para clarificar as situações. Quantos de vocês não chega a obra e não se pergunta se ficaria melhor isto, ou aquilo...?

    É nesse sentido, e a experiência diz-me que por vezes é preferivel definir algo em obra, do que definir em projecto e depois gastar mais dinheiro para alterar.

    Isto que disse não é sinonimo nenhum de falta de rigor ou do projecto de execução incompleto. Antes pelo contrário. Ate porque o projecto só se finaliza com a obra feita!


    Cumprimentos,
    adarq
    [email protected]
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  6.  # 26

    Adarq:

    Claro que tem razão, já dizia o outro, não beberás duas vezes da água do mesmo rio. No limite, podia-se dizer que um projecto nunca está completo, nunca consegui fazer nada acerca de que possa dizer que me tenha deixado satisfeito. Por outro lado, tenho muito a consciência que faço coisas com o dinheiro dos outros, de modo que nada disto é linear...

    Cumprimentos
  7.  # 27

    jraulcaires,

    Nem mais!
  8.  # 28

    Concordo com as vossas pontos de vista.. especialmente em obras particulares... no entanto, por exemplo não pode ficar por definir, como vejo muitas vezes.. um sistema de impermeabilização todo (a definir).

    PS: não estava a pensar em pinturas ( mesmo assim gosto de escrever a cor, nem que seja o branco, o acabamento da mesma, o tipo de tinta e o esquema de pintura)
    Pintar uma parede com uma cor forte... pode custar o dobro/m2, de pintar a branco...

    Mas verdade seja dita, para sanear estas coisas, além do bom PE - completo (que tenho duvidas no que concerne aos acabamentos e layouts finais para IS e cozinhas - os clientes particulares, têm sempre novas ideias e querem alterar muita coisa durante a obra)
    O acompanhamento de obra é muito importante, não faz milagres.. mas o mais gravoso é que esse acompanhamento/ fiscalização é caro. Deveria ser realizado pelo menos 1x semana, ora havendo o custo de deslocação e tempo dispendido ( pelo menos 1 horita)... e a responsabilidade, nunca deveria ser menos de 75€, o que corresponde a um valor mínimo por mês de 300€ + IVA
    que implica um acréscimo de pelo menos 3000 + IVA ( este valor presume que a deslocação é ali ao lado...)
    Concordam com este comentário: adarq
  9.  # 29

    vou dizer um pouco da minha experiência.

    "fujo" muito dos projectos de execução assim como 99% das pessoas a quem tenho feito os projectos. Faço sim é projectos embora a 1/100 e 1/50 muito completos ( muitos cortes, por exemplo) em que defino exaustivamente as estereotomias, os materiais, ou seja transmito o conceito e a base que permite ou fazer ( consoante os €) algo tipo revista, ou algo mais singelo mas garantindo o layout e assim o esquema funcional pensado. Isto tambem porque ainda não tive um cliente que me pedisse tudo mas mesmo tudo definido logo no projecto, preferindo depois na fase de acabamentos, pedir opiniões sobre este ou aquele material. Até agora tudo bem.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  10.  # 30

    No meu caso, que ainda estou na fase de escolha de empreiteiro, o projecto de execução contempla já alguns materiais, noutros artigos fala no tipo de revestimento, e sua aplicação para que os empreiteiros possam fazer as sua propostas todos nas mesmas circunstâncias.
    Agora, posso também dizer desde já que, por exemplo, o pavimento previsto para as salas, por razões que agora não interessam nada, já esteve para ser cerâmico, depois passou a flutuante, agora será soalho, o que era de uma grande trabalheira, andar a mudar projectos.. etc..etc..
    o que acontece, é que a falar é que a gente se entende, e nas propostas que me têm chegado, todos os empreiteiros, têm consciência, que em obra há sempre coisas pequenas alterações ao projecto, e está desde já salva-guardado que essas alterações, terão de ser discutidas, e os valores igual, porque se me estão a dar orçamento para, outro exemplo, um cerâmico de 55€/m2 com aplicação, e depois decidirmos que é flutuante, como o previsto para outra divisão, onde orçamentaram a 30€/m2 tem de existir o acerto orçamental, e claro, a devida compensação pela não execução do inicialmente previsto em favor do empreiteiro, se for necessário ou estiver em cláusula contratual.. claro!

    Cumps.
  11.  # 31

    Sim, nessas coisas das cozinhas e IS é preciso muita diplomacia, a mulher escolhe o marido paga (não quero parecer machista nem cair em estereótipos...) (:
  12.  # 32

    Que é que se faz, então: aproveita-se a divisão para reinar (:
    •  
      FD
    • 17 novembro 2011

     # 33

    Colocado por: jraulcairesaproveita-se a divisão para reinar

    Isto lido de outra forma...
  13.  # 34

    Colocado por: marco1Isto tambem porque ainda não tive um cliente que me pedisse tudo mas mesmo tudo definido logo no projecto


    No processo de selecção de arquitecto que fiz há uns meses, onde entrevistei alguns gabinetes de arquitectura, uma das perguntas que fiz foi:

    Recomenda projecto de execução?

    Qualquer resposta muito diferente de "É obrigatório" seria critério de eliminação. Penso que já disse, mais do que uma vez, precisamente essas palavras ao meu arquitecto: Não quero deixar nada por definir!

    Eventualmente vou escrever um post sobre o que penso de como escolher um arquitecto, e relatar a minha experiência. Não entendo como podem não querer um projecto de execução, ou em linguagem mais comum, um projecto completo ao ponto que não contenha ambiguidades. Depois para escolher um empreiteiro não há uma base para definir rigorosamente o serviço que se está a contratar, e quando se fala em gastar valores que tipicamente representam o trabalho de duas vidas inteiras, isto é um risco que ninguém devia querer assumir.

    O projecto de execução não serve apenas para definir o que é para construir, serve para se poder atribuir responsabilidades. Está mal projectado? Culpa de quem projectou. Está mal construido? Culpa de quem construiu. Não está projectado? Temos pena... ficou ao critério do empreiteiro.
  14.  # 35

    Danobrega o seu post é uma referência importante, é aplicável quanto a mim em todas as especialidades envolvidas num projecto!

    Colocado por: danobrega

    No processo de selecção de arquitecto que fiz há uns meses, onde entrevistei alguns gabinetes de arquitectura, uma das perguntas que fiz foi:

    Recomenda projecto de execução?

    Qualquer resposta muito diferente de "É obrigatório" seria critério de eliminação. Penso que já disse, mais do que uma vez, precisamente essas palavras ao meu arquitecto: Não quero deixar nada por definir!

    Eventualmente vou escrever um post sobre o que penso de como escolher um arquitecto, e relatar a minha experiência. Não entendo como podem não querer um projecto de execução, ou em linguagem mais comum, um projecto completo ao ponto que não contenha ambiguidades. Depois para escolher um empreiteiro não há uma base para definir rigorosamente o serviço que se está a contratar, e quando se fala em gastar valores que tipicamente representam o trabalho de duas vidas inteiras, isto é um risco que ninguém devia querer assumir.

    O projecto de execução não serve apenas para definir o que é para construir, serve para se poder atribuir responsabilidades. Está mal projectado? Culpa de quem projectou. Está mal construido? Culpa de quem construiu. Não está projectado? Temos pena... ficou ao critério do empreiteiro.
    Concordam com este comentário:Pedro Barradas,jraulcaires,RRufino,ArqCastro
  15.  # 36

    Ainda mais importante que o projecto de execução, é mesmo garantir que quem o vai fazer, o segue!!
    Lá na minha casa, na colocação de tubagens, reparei que o electricista para determinada zona estava a colocar apenas 2 tubos...
    perguntei o porquê, e resposta pronta: "sempre fiz assim e não houve problema."
    Disse eu: "Pois... mas eu quero que faça como está´no projecto. Se quiser alterar alguma coisa, pergunte primeiro."

    E concordo a 100% com o danobrega:

    O projecto de execução não serve apenas para definir o que é para construir, serve para se poder atribuir responsabilidades. Está mal projectado? Culpa de quem projectou. Está mal construido? Culpa de quem construiu. Não está projectado? Temos pena... ficou ao critério do empreiteiro.
  16.  # 37

    danobrega

    lamento ser do contra, mas o que disse para mim só vale 50%, o porquê? para não ser exaustivo limito-me a dizer que pode ter apenas a ver com o dono de obra ser o danobrega ou não. Repare que pode muito bem orçamentar com bastante ou se preferir com razoável rigor uma casa a construir sem ter o tal projecto de execução com a dobradiça definida, ou seja pode considerar sistemas e acabamentos tipo ou mais comuns e depois ter a liberdade em obra para ir mais alem se o pretender. Para mim a arquitectura ( boa, razoável, eficaz) não se define como um livro fechado á partida num projecto ao parafuso ( eu sei que as das revista são muito bonitas etc...). Respeito todos os metodos dos outros só não acho é que devamos pensar todos da mesma forma, pois há muitas variáveis envolvidas em cada processo.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  17.  # 38

    Colocado por: marco1Repare que pode muito bem orçamentar com bastante ou se preferir com razoável rigor uma casa a construir sem ter o tal projecto de execução com a dobradiça definida, ou seja pode considerar sistemas e acabamentos tipo ou mais comuns e depois ter a liberdade em obra para ir mais alem se o pretender.


    Sim Marco1, eu diria que sim. Mas depois pense e responda ao seguinte:

    Quanto custa "a mais" definir "ao parafuso" na fase do projecto? Se chegar ao fim da obra e estes detalhes tiverem sido desnecessários, quando dinheiro perdi? Justifica eu, como dono da obra, estar-me a preocupar com "o que não definir" no projecto para poupar umas centenas de euros (vá, milhares) no meio de um processo que vale no total centenas de milhares de euros?

    Penso que não... para mim, como leigo no assunto e preocupado com os riscos evolvidos a resposta é óbvia: É tudo para projectar.

    Penso que quando se cria a obrigação de projectar tudo e construir com base num projecto completo e não ambíguo estamos a testar os limites dos profissionais, e é um exercício que potencialmente demonstra competência e se torna útil. Adicionalmente não é o facto da coisa estar detalhada ao pormenor que impede o dono da obra de alterar o que seja, ou o empreiteiro de sugerir uma alteração. Ligam-se as 3 entidades, sugere-se, re-projecta-se, aprova-se e constrói-se.

    No entanto, concordo que é óbvio que se o empreiteiro for competente, o projecto de execução detalhado ao pormenor pode ter sido um exagero. Mas isso é irrelevante! A pergunta deve ser ao contrário: Vale a pena não ser feito?

    A resposta para mim é óbvia, e é não, não vale a pena deixar de fazer o projecto de execução detalhado. É um risco desnecessário.
  18.  # 39

    danobrega

    como é evidente tudo o que diz está correcto mas não é a realidade toda. Repare que um projecto de execução digno desse nome é caro, pois envolve toda a equipe de especialidades envolvidas. Depois tem ainda o facto que isso tem que ter por base um esquema de planeamento tal que não será de todo o predicado mais comum nos intervenientes nestes processos.
    contudo concordo com o que diz só que apenas quero referir que não é a verdade absoluta que se possa aplicar e que dê 100% de garantias.
    projectei muita casa "corriqueira" sem vergonha nenhuma, pois foi sempre com o máximo de rigor, mas baseada em processos construtivos "locais" e habitués dos empreiteiros e não precisaram de projecto de execução. Há casos e casos e patamares tambem.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, ArqCastro
  19.  # 40

    Colocado por: marco1contudo concordo com o que diz só que apenas quero referir que não é a verdade absoluta que se possa aplicar e que dê 100% de garantias.


    É claro que não há 100% de garantias em nada. :) É tudo uma gestão de risco, e da perceção se compensa ou não um investimento que o diminua. É como eu pensar que não compensa ter seguro contra todos os riscos no meu carro, ora eu nunca tive um acidente! ;)

    Colocado por: marco1projectei muita casa "corriqueira" sem vergonha nenhuma, pois foi sempre com o máximo de rigor


    Cada um sabe o que quer. No caso os seus clientes "compraram" o que quiseram, assumiram os riscos e consequências do processo que escolheram e com mais ou menos sorte, podem ter ficado felizes com o resultado ou não.

    Viva a liberdade!
    Concordam com este comentário: jraulcaires
 
0.0281 seg. NEW