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  1.  # 1

    Boas a todos , resolvi aqui colocar este topico para saber se alguem sabe como está esta situaçao das acções da torralta . o meu avo investiu muito nisto e ficou la tudo . alguem sabe se ha forma de ainda recuperar alguma coisa ? obg
  2.  # 2

    ninguem sabe nada ??
  3.  # 3

    Retirado algures da net:
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    Os últimos dias da Torralta
    Celso Filipe
    2005

    Da euforia que marcou a sua construção, passando pelo afundamento em 1974, o projecto aguarda o avanço das obras.

    Os adjectivos servem para classificar, e um primeiro olhar contemplativo sobre o complexo turístico de Tróia traz alguns pensamentos, mas todos de sentido único: desolador, triste, nostálgico ou decadente, podem encaixar nesta fotografia sem trair a realidade.

    Tróia, ou melhor, a Torralta, é um empreendimento que já transmitiu vários estados de espírito. Da euforia que marcou o início da sua construção (em 1972), passando pelo afundamento empresarial após o 25 de Abril de 74 e a venda à Socifa em 1989, e uma inesperada caminhada para o abismo, até à salvação, em 1998, quando a Sonae comprou os créditos detidos pelo Estado sobre a empresa.

    A aquisição da Torralta pelo grupo de Belmiro de Azevedo acendeu uma luz de esperança, mas sete anos passados pouco mudou. O senhor André, motorista único da praça de táxis de Tróia há 12 anos, sintetiza este balanço emocional: “Já ouvi tanta coisa que só quando vir as obras é que acredito. Mas é uma tristeza, uma pena ver tudo assim”.

    Este taxista ainda nos vai fazer uma visita guiada por Tróia, mas antes é preciso explicar como lá se chega. Tome-se como ponto de referência Setúbal e, a partir daí, nada mais fácil. O carro ruma à doca das Fontainhas, onde se compra o bilhete para o ‘ferry’ e eis que se está a atravessar o estuário do Sado a bordo do Mira Praia, em 25 minutos de viagem com a cidade pelas costas até atingir a Ponta do Adoxe.

    Durante o percurso foram estas as notas tiradas como eventuais tópicos para colorir a reportagem. Os homens de etnia cigana que vendem relógios, óculos e outros artefactos nas Fontainhas, a meia dúzia de estrangeiros que viajam no barco e que, possivelmente, são jogadores de golfe, ou o marinheiro do Mira Praia, bigode branco e farfalhudo, que almoça na mesa comprida do refeitório, tendo por única companhia uma garrafa de litro de vinho tinto.

    Chega-se então ao destino e à conversa com o senhor André, estacionado junto à paragem de autocarros, com quem se combina um passeio pela Torralta. “Tudo está negativo” alerta o nosso recém-nomeado guia turístico, referindo-se ao complexo turístico em particular, e ao País em geral.

    O seu comentário, aplicado a Tróia, é justo. À excepção da torre Magnóliamar e dos apartamentos, propriedade de privados, tudo o resto está ao abandono e a construção das infra-estruturas nunca chegou a ser terminada. O complexo das piscinas olímpicas agoniza em estado vegetativo, duas torres aguardam pela sentença de implosão e uma terceira espera pacientemente que, ao fim de 20 e muitos anos, seja um dia utilizada para o propósito de turismo que originou a sua construção. Uma outra zona de piscinas, conhecida como o Bico das Lulas, compete com a primeira em matéria de deterioração, os campos desportivos têm a relva aparada mas estão desertos, o velho edifício que albergará o futuro casino está vedado, e o estaleiro destinado a fazer a serventia das obras. Como estas não existem, é um mamarracho inútil.

    Mais adiante, o campo de golfe funciona, e do outro lado da estrada (à esquerda de quem se dirige para Sul), está a única estrutura construída recentemente em Tróia. Trata-se, por estranho que pareça, de um morcegário. Sim, uma nova casa destinada a receber os morcegos rabudos que vivem numa das torres condenada à implosão, mas que até agora desdenham a nova casa e se recusam a mudar.

    Em locais pouco frequentados não é de estranhar que a presença de dois jornalistas chame a atenção da segurança do complexo, que acaba por nos acompanhar à distância, mas pouco discretamente, durante o resto da visita. O taxista ainda se recorda dos concursos de miss Portugal nos anos 90, e os seus olhos brilham quando fala do apresentador Jorge Gabriel, sempre divertido, camarada e bem disposto.

    Memórias difíceis
    Quem tem outras memórias é António Eduardo. Trabalhador da Torralta desde 1972, lembra os “momentos muito difíceis” passados em 1997 durante a “maratona de julgamentos no Tribunal de Grândola e quando havia o perigo da empresa fechar”. “Foi angustiante” desabafa, enquanto afaga o queixo, talvez a pensar no turbilhão de sentimentos que o terão assaltado na altura, para de seguida atribuir o mérito da salvação da Torralta ao administrador judicial, João Carvalho das Neves. “Foi uma pessoa extraordinária. Talvez tenha sido devido a ele que a empresa não faliu”.

    Rebobinando o filme da Torralta, criada pelos irmãos Agostinho e José da Silva, António Eduardo diz que, visto à distância, “talvez eles tenham sido ligeiramente megalómanos” nos projectos para o empreendimento.

    Agora, um outro futuro está à porta e Tróia deverá renascer, na plenitude, para o turismo, em 2008. Um acontecimento a que António Eduardo já não deverá assistir como trabalhador. “Deve estar a chegar a hora de me reformar, mas como moro em Setúbal hei-de cá vir fazer as minhas visitas. Passei aqui bons momentos, principalmente nos primeiros anos”.

    Um aperto de mão confiante, as habituais palavras de despedida e é tempo de regressar. Mas como o ‘ferry’ se faz esperar registam-se mais impressões no bloco de apontamentos, para defender a memória de eventuais esquecimentos.

    Feita a consulta das mesmas, a reportagem poderia terminar de uma de três formas. Pelo único casal que está na praia, a usufruir do sol do fim da tarde. Um bonito postal de férias. Pelo homem dos gelados, envergando a antiga camisola da Olá, de riscas vermelhas e brancas com a marca estampada nas costas numa oval azul, a apregoar olha o gelado, fresquinho!... Uma imagem que desperta sempre memórias. Ou então, pelos pescadores que tentam a sorte no pontão, apesar do letreiro avisar que é “proibido pescar”. Uma situação que permite explorar a teoria do contraditório. Mas não. O melhor é mesmo acabar a história por aqui.

    Uma triste decisão
    A vida de Agostinho da Silva confunde-se com a da Torralta - Club Internacional de Férias, por ele criada em 1962, e com a de Tróia, onde desenvolveu um projecto turístico, revolucionário para a época, com infra-estruturas como um clube hípico, uma marina e um centro de estudos oceanográficos. Hoje, o empresário tem 81 anos e continua ligado ao sector. O seu investimento mais recente é na Praia Verde, um empreendimento localizado entre Vila Real de Santo António e Monte Gordo (Algarve), mas Tróia continua a ser a sua “jóia da coroa”, em termos afectivos.

    O empresário não fala com a imprensa e são os mais próximos que se encarregam de contar a história de um homem que “chegou a ser dono de meio Algarve” e desenvolveu turisticamente Tróia, como conta um seu colaborador de longa data. Agostinho da Silva nasceu na aldeia de S. Lourenço, próximo da Ericeira, e rumou a Lisboa na década de 30 para se empregar na Casa Fidalgo, ao Conde Redondo. Ganhou dinheiro na intermediação imobiliária e fez um grande negócio ao vender uma área de 1700 hectares na península de Tróia a Walter Moreira Salles, banqueiro e ex-ministro da Fazenda brasileiro. A transacção ocorreu em 1962 e, oito anos depois, Agostinho da Silva adquiriu uma parcela de terreno – 500 hectares – onde implantou o Complexo Turístico de Tróia. Na que foi a primeira experiência de “capitalismo popular”, a Torralta captou 27 mil accionistas, atraídos pela promessa de um juro de 10% (mais 3% do que os bancos ofereciam) e desenvolveu o conceito, na altura pioneiro, do direito real de habitação periódica. Os folhetos distribuídos classificavam a Torralta como o “investimento chave” e explicavam os méritos do mesmo : “com uma colocação de capital segura, uma valorização garantida, obterá um investimento numa indústria em plena expansão: o turismo”. O recurso à publicidade foi outra forma de captar os accionistas. Ficaram célebres frases publicitárias como “o meu tio, que é um homem sério, tem um cão chamado Fiel e comprou acções da Torralta”, e “um lugar para si, uma sociedade para todos”.

    Agostinho da Silva não descurou nenhum pormenor para Tróia. Contratou Conceição e Silva, o arquitecto que então era uma referência (e em cujo ‘atelier’ trabalhava Tomás Taveira), para conceber o empreendimento e defendia conceitos que hoje muitos apregoam como novidade. Eis um exemplo: “As propriedades agro-pecuárias, além da missão de abastecer de produtos essenciais na indústria turística e da sua correcta integração no desenvolvimento económico regional e nacional, permitem diversificar a oferta turística mediante condições adequadas à caça e à pesca turísticas, aos desportos náuticos e outras modalidades de turismo rural”. O sonho desmoronou-se com o 25 de Abril de 74 e o empresário sucumbiu financeiramente, tendo vendido a Torralta em 1989 à Socifa, liderada por um grupo de empresários em que pontificavam Fausto de Almeida e Albino Moutinho. “Uma decisão triste de que ainda hoje não se esqueceu”, como sintetiza o mesmo colaborador.
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    Quanto a conseguires recuperar alguma coisa... infelizmente acho extremamente difícil conseguires alguma coisa.
    Nos anos 80 meu pai comprou ações de uma empresa (não sei ao certo qual foi... tenho de lhe perguntar), e quando ela faliu nos anos 90 a única coisa que lhe disseram foi que como a empresa tinha muitas dívidas, então os bens que ainda eram da empresa seriam vendidos para pagar primeiro aos credores (fornecedores etc), e se sobrasse alguma coisa seria então para pagar aos acionistas. Infelizmente ele não viu nem 1 cêntimo. Neste momento ele ainda guarda religiosamente as ações em formato papel, para lhe lembrar que tem de pensar 2 vezes antes de fazer qualquer investimento.
  4.  # 4

    Nós também temos, herdámos em Janeiro. Sei que houve uma hipótese de fazer alguma coisa com elas ( comprar mais? ou trocar?? ), mas já foi há uns tempos.

    Se um dia souber de alguma coisa, escrevo aqui. Faça o mesmo, por favor.
  5.  # 5

    Salvo erro houve um período em que a sonae as estava a comprar, mas muito abaixo do valor original.
  6.  # 6

    se alguem souber de alguma coisa que poste aqui , que de facto isto é uma roubalheira .. como tudo no nosso pais .. fica td em aguas de bacalhau e sai tudo impune ..
  7.  # 7

    sai tudo impune? o seu avo comprou acções.....nao pos propriamente o dinheiro num deposito a prazo. Se a empresa faliu as ações passaram a valer zero.... (como ainda sao em formato papel, dao umas boas acendalhas para um churrasco, ou para a lareira), se depois existiu alguem com interesse na empresa e na disposição de pagar X por cada ação e voce nao soube ou nao quis saber, que quer fazer agora? vem culpar o país de uma roubalheira que na realidade nao aconteceu??!!
    temos que ser conscientes das coisas que dizemos e dos pensamentos que temos. Alegar que neste pais tudo funciona mal....é um facto incontestavel....agora alegar que tudo o que nos corre mal na nossa vida é culpa do pais funcionar mal.... aí ja contesto!
    o seu avo comprou acções..... as acções desvalorizaram.... o seu avo perdeu o dinheiro que investiu, ponto final. o risco foi do seu avo, e o país nao tem culpa disso....

    as acções é como ir ao casino....se nao querem correr riscos, metam o dinheiro num deposito a prazo....
    Concordam com este comentário: treker666, noves fora
  8.  # 8

    olhe pense de outra forma...... ja viu se o Berardo agora viesse dizer que a culpa de estar a perder milhoes nas acções do BCP é do país? nao a culpa é dele porque foi ele que acreditou e investiu o dinheiro naquela empresa...... as coisas nao estão a correr é como ele pensava! isso acontece a qualquer pessoa que invista em acções....o problema reside, na existencia de pessoas que investem em ações e nao sabem os riscos que correm ou achm´que é rendimento garantido......
    uma vezes ganha-se outras perde-se.....há que ter consciencia dos investimentos que fazemos....
  9.  # 9

    desculpe mas não é tao linear assim .... sabe bem que o caso da torralta foi uma fraude autentica .
  10.  # 10

    se sabe tao bem isso e se tem provas disso, ponha uma acção judicial......
    eu nao sei o que se passou com a Torralta. No entanto posso-lhe adiantar que se a empresa faliu e voce tinha acções as mesmas passaram a valer ZERO, ou seja os acionistas perderam o seu investimento, e so depois de cumpridas todas as obrigações perante os credores, é que os accionistas podem ver algum.... nao tenho conhecimento de nenhuma empresa onde isso tenha acontecido, normalmente nem para os credores chega, quanto mais para os acionistas!

    mas faço-lhe a questão de outra forma, qual é a cotação actual das ações da Torralta?
    • pom
    • 17 novembro 2011

     # 11

    Colocado por: catarinamdesculpe mas não é tao linear assim ....


    É, é !!
    Concordam com este comentário: luisvv
  11.  # 12

    A expressão 'jogar na bolsa' não é usada e vão. A bolsa é um risco e exige atenção contínua aos mercados, e não apenas à empresa.
    O meu avô perdeu muito no BCP, a minha mulher na PT e eu nunca perdi nada porque nunca lá meti dinheiro. E perderam porque, como muitos outros, pensavam que aquilo era quase um depósito a prazo. Se ganhassem dinheiro seria unicamente fruto do acaso, e não de qualquer acção ponderada que tomaram tendo em conta os diversos factores que influenciam o valor da empresa, a análise do mercado, a disponibilidade de matéria prima, etc.
    Perdeu, está perdido. Se tudo corre mal neste país? A alguns corre, a outros nem por isso. E quem tinha acções da Torralta e as vendeu? E quem não investiu na Torralta?
  12.  # 13

    olhe tambem deixe-me que lhe diga que em 5 minutos apanhei uma publicação da CMVM acerca do assunto.

    Segundo a minha interpretação deste anuncio, voce neste momento perdeu qualquer direito a ser ressarcida do quer que seja, pois ultrapassou todos os prazos legais para o efeito. outra coisa que tambem entendo deste aviso, é que quem tinha 1500 acções (nao refere qual o valor nominal, mas presumo que fosse mil escudos) , passou a ter 1 acção com um valor nominal de 5 eur.... isto é: 1.500*1.000= 1.500.000$ (mil e quinhentos contos) depois desta restruturação os mil e quinhentos contos passaram a valer mil escudos...
    Tambem ja li algures, mas nao era site oficial, que a Sonae fez uma OPA aos acionistas da Torralta oferecendo 1 EUR por cada acção......isto ainda antes deste anuncio.....


    http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd10134.pdf



    Em suma..... voce nao tem direito a nada, deixou passar os prazos que legalmente tinha para exercer os seus direitos enquanto accionista. Para mais esclarecimentos escreva uma carta á CMVM, pois isto de ser regulador de mercado nao é so de boca, e teem de trabalhar um bocado.
  13.  # 14

    mais um aviso na CMVM sobre o assunto....

    http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd9331.pdf
 
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