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  1.  # 1

    Boa tarde a todos.
    Gostaria de vos pôr a seguinte questão:

    Um primo meu decidiu fazer uma "casinha" de férias num terreno que comprou numa pequena aldeia. Para desenrascar o projecto indicaram-lhe um desenhador que lhe faz a coisa por um preço muito acessível. Embora me pareça que esta não será uma boa opção (e já lho disse), parece que já não há volta a dar. Mas a questão é outra: quando o meu primo disse ao desenhador que não estava disposto a gastar muito dinheiro com a quantidade doida de projectos que exigem para uma habitaçãozinha só com um quartinho, uma sala, uma cozinha e uma casa de banho, o dito desenhador sugeriu-lhe que licenciasse uma garagem, e que chamariam ao quarto arrumos ou arrecadação. Assim evitavam projectos térmicos, de acústica, de acessibilidade, de tecomunicações, e toda a papelada e burocracia para aprová-los.

    Parece-me que esta solução não será a ideal, ou será? O meu primo pediu-me a minha oponião, mas tentei adiar a conversa, disse-lhe que ia pensar. Não estará ele a adiar o inevitável? Será que lhe aprovam o projecto assim? E se aprovarem o que poderá acontecer que ele usar a suposta garagem como habitação?

    Agradeço a vossa ajuda para nos ajudarem a encontrar a luz ao fundo do túnel.
    Obrigada.
    •  
      FD
    • 28 novembro 2011 editado

     # 2

    Servirá. Mas, uma casa é um investimento e ele não a está a encarar como tal... está a encará-la como uma despesa.

    E depois, quando a quiser vender, como é que faz? Vende uma garagem pelo preço de uma casa? Ou vende uma casa pelo preço de uma garagem? É que não vai conseguir vender uma casa pelo preço de uma casa... mesmo que tenha poupado uns milhares de euros na concepção.
  2.  # 3

    Pois, a questão é que ele diz que para já não pensa vender... Concordo consigo, FD, ele ainda é novo, mas o mais que pode acontecer é vir a deixar o bico-de-obra para o filho resolver!
  3.  # 4

    Ana Filipa isso é recorrer à opinião do errado(desenhador), ou seja erradissimo.

    Colocado por: Ana Filipao dito desenhador sugeriu-lhe que licenciasse uma garagem, e que chamariam ao quarto arrumos ou arrecadação. Assim evitavam projectos térmicos, de acústica, de acessibilidade, de tecomunicações, e toda a papelada e burocracia para aprová-los.

    Parece-me que esta solução não será a ideal, ou será? O meu primo pediu-me a minha oponião, mas tentei adiar a conversa, disse-lhe que ia pensar. Não estará ele a adiar o inevitável? Será que lhe aprovam o projecto assim? E se aprovarem o que poderá acontecer que ele usar a suposta garagem como habitação?


    tem ai a resposta à sua pergunta.

    para já precisa de água canalizada, esgotos e electricidade na casa, e isso terá de se licenciar quer seja garagem ou não.

    se calhar conseguia fazer um projecto e evitar licenciamentos, há maneira de se conseguir isso, mas para isso é preciso recorrer a quem sabe, ou seja arquitectos e gabinetes credenciados.
  4.  # 5

    Desculpem a ausência... Só queria agradecer as opiniões.
  5.  # 6

    E qual foi a decisão tomada ?
  6.  # 7

    Infelizmente, acho que ele vai optar pela solução (aparentemente) mais fácil: apresentar o projecto como garagem.
    Embora tenhamos conversado muitas vezes sobre o assunto, a decisão final é, obviamente, dele. Claro que não concordo com esta solução, mas enfim... que mais poderei fazer? A questão é mesmo a da poupança imediata, aliada a um projecto mais célere e a uma aprovação camarária mais simples.
    Sempre quero ver em que é que isto vai dar.
    Obrigada pela atenção.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Picareta
  7.  # 8

    É à tuga...

    Mas o que é facto é que tem boas probabilidades de resultar.

    Daqui a uns anos sai uma lei extraordinária qualquer, ou então apresenta uma remodelação e pronto.
  8.  # 9

    Pois...
  9.  # 10

    Eu acho o contrário: vai meter-se num "bico de obra" e vai arrepender-se.
  10.  # 11

    Colocado por: j cardosoEu acho o contrário: vai meter-se num "bico de obra" e vai arrepender-se.

    Em PT as chico espertices nestas coisas resultam sempre. Um choradinho ao Presidente da Câmara e tal e coiso... e vai.
    Pelo menos nas terras pequenas.
    É rarissimo alguem ser obrigado a demolir, normalmente pagam-se umas multas (mas esta parte a malta esconde) e pronto.
  11.  # 12

    Concordo consigo, PBarata. Mas também depende da pessoa...
    Aqui no município onde trabalho, tem dias...
    Sim, há casos em que o choradinho ao presidente resulta muito bem, e as coisas resolvem-se. Mas esses processos vão normalmente parar a outro técnico que não eu... Porquê? Bom, digamos que eu sou mais "pão-pão, queijo-queijo", e o Executivo sabe bem disso. Se vejo que há marosca no processo, pura e simplesmente rejeito-o, peço as alterações e, se for o caso, emito uma informação negativa.
    Pode ser que esse senhor tenha sorte (ou azar) e lhe aprovem o processo sem mais coisas... Mas, se daqui a uns anos quizer transmiti-lo, e se se mantiverem as regras actuais, não se queixe!
  12.  # 13

    Colocado por: Maria JoaquinaSe vejo que há marosca no processo, pura e simplesmente rejeito-o, peço as alterações e, se for o caso, emito uma informação negativa.

    Chefe de Divisão ou Chefe de Departamento.....pode apenas sonhar :))
  13.  # 14

    Sr. Picareta, desculpe lá a minha humildade, mas prefiro manter-me no meu lugarzinho de técnica e poder dormir descansada com a minha consciência, sabendo que actuei em conformidade, do que chegar a Chefe de Divisão ou Chefe de Departamento "lambendo botas", agachando-me ou fazendo tudo o que os Senhores Presidentes querem, seja correcto, incorrecto, legal ou ilegal. Se posso ter chatices? Claro que posso, mas é para isso que me pagam, ou não? Aliás, pagamos todos. (não se esqueça que faço parte daquela escumalha designada de "funcionários públicos").

    É meu dever servir os portugueses (todos). E para isso é necessário que as minhas acções reflitam justeza e igualdade. Em casos como este, e se o projecto for claramente de uma habitação (mas com outra designação), tenho a obrigação de dizer: "que quer mesmo licenciar isto, faça o favor de lhe chamar habitação. Caso contrário, em defesa dos seus próprios interesses e de terceiros, terei que recusar o seu projecto.". Ah! e outra coisa: as informações dos técnicos são meramente indicativas. Mesmo que sejam negativas (e devidamente fundamentadas) o Executivo pode sempre aprovar o projecto, se assim o entender.
  14.  # 15

    Colocado por: Maria JoaquinaAh! e outra coisa: as informações dos técnicos são meramente indicativas. Mesmo que sejam negativas (e devidamente fundamentadas) o Executivo pode sempre aprovar o projecto, se assim o entender.

    Já viu alguma situação destas? eu também já fui técnico numa câmara, e lá isto nunca acontecia.
  15.  # 16

    Pois aqui já houve uma situação destas, resolvida juridicamente.
    Mas foi só uma e porque era algo muuuuito importante para os senhores manda-chuva.
    Claro que nos outros casos é mais fácil pressionar o desgraçado do técnico para dar uma informação favorável. Eles não se iam meter em confusões por causa da "casinha do zé da esquina", não é? Cabe ao técnico marcar a sua posição nestas situações.
    •  
      FD
    • 13 janeiro 2012

     # 17

  16.  # 18

    Colocado por: Picareta
    Já viu alguma situação destas? eu também já fui técnico numa câmara, e lá isto nunca acontecia.


    Concordo com o Picareta. Mas tb concordo com a Maria Joaquina - quando os pareceres chegam à reunião do executivo, sabemos lá que "conversinhas" já houve com os técnicos...e não duvido da honestidades destes, mas percebo a posição vulnerável em que muitos se encontram.
  17.  # 19

    Colocado por: Maria JoaquinaClaro que nos outros casos é mais fácil pressionar o desgraçado do técnico para dar uma informação favorável.

    A técnica de pressionar o técnico é muito melhor, e menos arriscada.
    Concordam com este comentário: becas
  18.  # 20

    Colocado por: becasConcordo com o Picareta. Mas tb concordo com a Maria Joaquina

    Nunca estivemos em desacordo.
 
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