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  1.  # 141

    Estive quase a deixar o meu concordo no texto. Reparei depois nesta pérola:

    Mas essa avaliação, além de poder implicar a obrigatoriedade de obras, implica também atualização do IMI.

    Aquele MAs é realmente revelador; que chatice o senhorio ter de fazer obras para manter as condições de habitabilidade; que chatice a actualização do IMI, deixar de ter prédios avaliados em meia dúzia de Euros e sobre os quais pagavam menos que pouco.
    Se é verdade que a situação está inquinada há muitos anos também é verdade que está inquinada sob vários pontos de vista entre os quais o IMI pago - mas sobre isto não vejo a mesma preocupação por parte dos "choramingas" dos costume.
    Quanto à questão da justiça referida nas últimas linhas ... é de rir. Preocupados com a justeza desta lei? Só posso dizer que são muito selectivos na vossa demanda pela justiça. Em "cardosês": são uma cambada de hipócritas com um olho vesgo que só vêm o que lhes interessa: o umbigo e a carteira.

    José Cardoso, que por acaso é senhorio e inquilino em simultâneo.
    Concordam com este comentário: becas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oxelfeR (RIP)
  2.  # 142

    Colocado por: j cardosoEstive quase a deixar o meu concordo no texto.
    Entendi o «Mas» de outra forma.
    Estamos a falar de rendas antigas. Há dias passou por aqui um que dizia receber uma renda de 6 ou 10 euros/mês.
    Como é que com «rendas» destas se pagam obras, se quase nem dá para mudar as lâmpadas da escada?
    Como é que com rendas destas se pagam IMIs «decentes»?

    O problema é se deve vir primeiro o ovo ou a galinha.
    Deve o Estado cobrar impostos mais elevados e exigir que se façam obras ANTES (/de permitir) que o senhorio reponha o legítimo rendimento do seu património? Não me parece...

    Não sendo eu (nem de perto) um «liberal», esta história das rendas deixa-me chocado.

    Sou dos que pensa que, se as rendas forem negociadas livremente, sem quaisquer constrangimento (do tipo: ai é deficiente; ai é velhinho; ai está desempregado; ai etc.) e com despejos IMEDIATOS (quais 2 ou 3meses, quais quê!), haverá muito mais oferta, o Estado recolherá muito mais impostos, e muitas rendas (sobretudo as mais altas) irão descer!
  3.  # 143

    Como é que com «rendas» destas se pagam obras, se quase nem dá para mudar as lâmpadas da escada?
    Como é que com rendas destas se pagam IMIs «decentes»?

    Seguindo esse raciocínio permito-me então colocar a questão de outra forma:
    Como é que com salários destes se pagam as rendas, a alimentação e a educação dos filhos?
  4.  # 144

    Seguindo tb. esse raciocínio pergunto tb. como é com salários destes se "compram" casas e se pagam rendas-prestações ao "senhorio" Banco...


    Colocado por: j cardoso
    Seguindo esse raciocínio permito-me então colocar a questão de outra forma:
    Como é que com salários destes se pagam as rendas, a alimentação e a educação dos filhos?
    Concordam com este comentário: de jesus mendes
  5.  # 145

    Colocado por: j cardoso Seguindo esse raciocínio permito-me então colocar a questão de outra forma:
    j cardoso,
    Estou aqui estou a falar como o luisvv... :-)
    O que é que o senhorio tem a ver com o facto de o inquilino querer dar um passo maior que a perna (arrendar uma casa grande demais, ou «bem situada» demais, para os seus rendimentos)?!?

    Tenho 2 pessoas na família que, para além do rendimentozinho do trabalho, têm um rendimento predial de um (repito UM) apartamento arrendado.
    Serão estas duas pessoas umas senhorias desenfreadas, ávidas de lucro, e que só querem explorar os desgraçadinhos dos inquilinos? Coitadas... elas precisam tanto da renda que só querem é que os senhorios paguem pontualmente as rendas e não se vão embora.
    O engraçado é, neste caso, os inquilinos são pessoas que auferem de ordenados 4 a 5 vezes superiores aos dos senhorios.
    Portanto, quando você diz:
    Como é que com salários destes se pagam as rendas, a alimentação e a educação dos filhos?
    , neste caso não se aplica.
    Ou, a aplicar-se seria ás senhorias (que, por acaso, também têm de pagar as prestações das respectivas casas).
  6.  # 146

    O que é que o senhorio tem a ver com o facto de o inquilino querer dar um passo maior que a perna (arrendar uma casa grande demais, ou «bem situada» demais, para os seus rendimentos)?!?

    O grande problema está aí.
    No início podem sempre, têm óptimos empregos, por vezes apresentando documentos falsos (sei por experiência própria do que estou a falar), mas seis meses depois, já não podem e já aconteceu que alguém forjasse documentos para provar que a falta do pagamento não era dele, mas sim do banco.
    Outros, quando entram, também têm inquilinos, têm óptimos empregos (também sei por experiência própria). Três ou quatro meses depois começam a pagar cada vez mais tarde.
    Quero ver se esses no termo do contrato ou aquando de futuros aumentos de renda também vão argumentar que já têm 65 anos e que apesar de terem casas arrendadas e paguem ao senhorio deles sempre tarde e a más horas, tenham o descaramento de argumentar que não podem sair porque já têm 65 anos e que ninguém os possa pôr na rua.
  7.  # 147

    Aquele MAs é realmente revelador; que chatice o senhorio ter de fazer obras para manter as condições de habitabilidade; que chatice a actualização do IMI, deixar de ter prédios avaliados em meia dúzia de Euros e sobre os quais pagavam menos que pouco.

    Sim, de facto esses senhorios são uns malandros... quer dizer, ao fim de tantos anos sujeitos à sodomia do arrendamento, já deviam estar habituados. Algum problema em ver o IMI actualizado imediatamente, e as rendas aumentadas se algum dia as comissões de avaliação viessem a concluir o seu trabalho? Claro que não...

    Se é verdade que a situação está inquinada há muitos anos também é verdade que está inquinada sob vários pontos de vista entre os quais o IMI pago - mas sobre isto não vejo a mesma preocupação por parte dos "choramingas" dos costume.

    Sim, é verdade. De facto, incidindo o IMI sobre o valor patrimonial de um imóvel, e estando esse imóvel arrendado à força por, digamos 600 euros/ano, não se compreende que o valor patrimonial desse imóvel seja irrisório...

    Quanto à questão da justiça referida nas últimas linhas ... é de rir. Preocupados com a justeza desta lei? Só posso dizer que são muito selectivos na vossa demanda pela justiça. Em "cardosês": são uma cambada de hipócritas com um olho vesgo que só vêm o que lhes interessa: o umbigo e a carteira.

    Tem piada, porque o texto, (que eu subscrevo quase integralmente) é escrito por alguém insuspeito desse ponto de vista, a conhecida "jornalista de causas", fernanda câncio.
  8.  # 148

    Colocado por: Jacinta
    O grande problema está aí.
    No início podem sempre, têm óptimos empregos, por vezes apresentando documentos falsos (sei por experiência própria do que estou a falar), mas seis meses depois, já não podem e já aconteceu que alguém forjasse documentos para provar que a falta do pagamento não era dele, mas sim do banco.
    Outros, quando entram, também têm inquilinos, têm óptimos empregos (também sei por experiência própria). Três ou quatro meses depois começam a pagar cada vez mais tarde.
    Quero ver se esses no termo do contrato ou aquando de futuros aumentos de renda também vão argumentar que já têm 65 anos e que apesar de terem casas arrendadas e paguem ao senhorio deles sempre tarde e a más horas, tenham o descaramento de argumentar que não podem sair porque já têm 65 anos e que ninguém os possa pôr na rua.


    E os que sabem que, ideal e realisticamente, só deveriam pagar uma renda até 200-250 euros, mas não encontram nada por menos de 400-500? Vivem debaixo da ponte? Não estou a dizer que os senhorios devem ser a Santa Casa, estou só a questionar que opções têm um casal que, por ex., trabalha em Lx e ganha em conjunto 1000 euros por mês? Vivem onde - a 100km dos empregos ou numa espelunca?
    Concordam com este comentário: sisu
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oxelfeR (RIP)
  9.  # 149

    Cheira-me que muitas casas vão continuar a ficar fechadas à espera que os tempos melhorem para poderem ser postas à venda.
  10.  # 150

    Seguindo esse raciocínio permito-me então colocar a questão de outra forma: Como é que com salários destes se pagam as rendas, a alimentação e a educação dos filhos?


    E sem querer desviar-me da linha habitual (aquilo a que noutros tempos se chamava "a cassete") : os senhorios são proprietários de um bem, cujo uso cedem a troco de uma remuneração.
    Em condições normais o preço seria estabelecido por negociação prévia com o inquilino e não imposto por terceiros. Não fossem décadas e décadas de "protecção" dos inquilinos (quer com o congelamento, quer com os despejos), e teríamos hoje rendas mais baixas (e quem sabe, talvez não tivéssemos barbaridades como os subúrbios da Linha de Sintra e o IC19, aqui por baixo, e os equivalentes aí por cima..)
    Concordam com este comentário: danobrega
  11.  # 151

    Luís K.W.:

    O que é que o senhorio tem a ver com o facto de o inquilino querer dar um passo maior que a perna (arrendar uma casa grande demais, ou «bem situada» demais, para os seus rendimentos)?!?


    A minha afirmação veio em resposta a esta:

    Como é que com «rendas» destas se pagam obras, se quase nem dá para mudar as lâmpadas da escada?
    Como é que com rendas destas se pagam IMIs «decentes»?


    Que tenho eu a ver com as rendas baixas que o senhorio recebe? Ou querem que tenha em atenção esse facto para desculpar aos senhorios o facto de não cumprirem as suas obrigações legais mas que ao mesmo tempo não tenha em consideração o baixo valor dos salários como factor impeditivo do pagamento das rendas? Ambos devem cumprir as suas obrigações! A hipocrisia está em desculpar uns e sistematicamente atacar os outros.
  12.  # 152

    Boas,

    Não é um assunto que domine e que conheça todas as variáveis, mas não deixo de encontrar aqui uma coisa curiosa:
    Onde está a coerência daqueles que defendem os bancos com o argumento de que ninguém é obrigado a pedir um empréstimo?
    Será que os senhorios foram obrigados a arrendar?


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 153

    Continuo a ver no que o luísvv escreve uma atitude patética: os senhorios devem ser desculpados a não devem cumprir as suas obrigações porque ... a lei é injusta. Os outros devem cumprir a lei porque ... porque é a lei.
    Quanto à Fernanda Câncio: não conheço e pelo que tenho lido do que escreve não a tenho em grande apreço. Jornalista de causas? Não sei o que isso é.
    Concordam com este comentário: becas, oxelfeR (RIP)
  14.  # 154

    Cheira-me que muitas casas vão continuar a ficar fechadas à espera que os tempos melhorem para poderem ser postas à venda.

    Fiem-se na virgem e não corram. Se a crise realmente se fizer ver e milhares de pessoas ficarem sem um tecto, alguém duvida que vão ser invadidas as casas devolutas? Eu não duvido.
  15.  # 155

    Que tenho eu a ver com as rendas baixas que o senhorio recebe?

    Tem muito. Foi em seu nome (e de todos os restantes cidadãos) que o Estado impediu o senhorio de receber rendas actualizadas, e que o impediu de exercer uma série de direitos relativos à propriedade.

    Ou querem que tenha em atenção esse facto para desculpar aos senhorios o facto de não cumprirem as suas obrigações legais mas que ao mesmo tempo não tenha em consideração o baixo valor dos salários como factor impeditivo do pagamento das rendas?

    Está a estabelecer uma ligação entre baixos salários e rendas que está longe de ser demonstrável.
    E esquece que o salário é resultado de um contrato estabelecido livremente com terceiro, e não com o senhorio.

    Ambos devem cumprir as suas obrigações! A hipocrisia está em desculpar uns e sistematicamente atacar os outros.

    Tem graça, porque a defesa do inquilino é feita sempre sob a perspectiva do baixo rendimento - e só isso já explica porque foi possível manter décadas de congelamento.

    O senhorio é alheio ao rendimento do inquilino - da mesma forma que o Pingo Doce não pede declaração de rendimentos ao cliente antes de lhe estabelecer o preço das batatas.
    Da mesma forma, desafia a razoabilidade esperar que o Pingo Doce seja obrigado a dar as batatas ao cliente, e ao mesmo tempo esperar que ainda vá a correr pagar impostos calculados sobre o preço a que gostaria de ter vendido as batatas..
  16.  # 156

    Tem muito. Foi em seu nome (e de todos os restantes cidadãos) que o Estado impediu o senhorio de receber rendas actualizadas, e que o impediu de exercer uma série de direitos relativos à propriedade.

    Impediu, é certo, e durante muitos anos; na verdade durante quase todo o séc. XX; precisamente o mesmo estado que "esmagou" a maioria da população portuguesa durante o mesmo período de tempo com salários baixíssimos e vários atropelos aos seus direitos, mas não ouço o Luísvv a exigir a respectiva reparação.

    O senhorio é alheio ao rendimento do inquilino

    Precisamente; pela mesma lógica eu sou alheio às rendas baixas que os senhorios recebem pelo que tenho o direito de exigir que a lei seja cumprida - que façam as obras a que a lei obriga e que paguem o IMI que devem pagar!
    Concordam com este comentário: becas, oxelfeR (RIP)
  17.  # 157

    Sunto que domine e que conheça todas as variáveis, mas não deixo de encontrar aqui uma coisa curiosa:
    Onde está a coerência daqueles que defendem os bancos com o argumento de que ninguém é obrigado a pedir um empréstimo? Será que os senhorios foram obrigados a arrendar?


    Sim, foram, e continuam a ser. Nos casos de rendas antigas (que são os que estão em discussão - os contratos recentes são outra história..), os senhorios foram obrigados a arrendar, e/ou a manter arrendamentos cujas condições inicialmente acordadas foram alteradas por uma entidade externa - o Estado. Muitos senhorios foram forçados a vender os seus imóveis aos inquilinos ao preço da chuva e os que resistiram viram em muitos casos os arrendamentos transmitidos 2 e 3 vezes, sem qualquer possibilidade de actualizar rendas.
    Para ter uma ideia, conheci uma família que há cerca de 12 anos, num prédio no centro de Lisboa, com 28 fracções conseguiu vender 8 !!! aos seus inquilinos por 20 a 25000 euros. Dos outros 20, 4 tinham rendas recentes, e os restantes preferiram continuar a pagar as suas rendas de 50 e 60 euros.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
  18.  # 158

    Continuo a ver no que o luísvv escreve uma atitude patética: os senhorios devem ser desculpados a não devem cumprir as suas obrigações porque ... a lei é injusta. Os outros devem cumprir a lei porque ... porque é a lei.

    Não estará a tresler-me?

    Quanto à Fernanda Câncio: não conheço e pelo que tenho lido do que escreve não a tenho em grande apreço. Jornalista de causas? Não sei o que isso é
  19.  # 159

    Boas,

    Colocado por: oxelferNão é um assunto que domine e que conheça todas as variáveis, mas não deixo de encontrar aqui uma coisa curiosa:
    Onde está a coerência daqueles que defendem os bancos com o argumento de que ninguém é obrigado a pedir um empréstimo?
    Será que os senhorios foram obrigados a arrendar?


    Realmente foram ... o estado obrigou-os sob a ameaça da pistola.
    Peço desculpa, ponho já aqui os links que o provam.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  20.  # 160

    Precisamente; pela mesma lógica eu sou alheio às rendas baixas que os senhorios recebem pelo que tenho o direito de exigir que a lei seja cumprida - que façam as obras a que a lei obriga e que paguem o IMI que devem pagar!

    Acontece que não o j cardoso não é alheio às rendas baixas, exactamente porque foi o seu representante que as forçou. E é também esse representante que tem o poder de estabelecer qual o IMI a pagar.
    E para mais, o mesmo representante não lhe permite denunciar o contrato. E mais: se quiser vender o imóvel, é provável que não o consiga. E mesmo se o quiser doar, também é duvidoso que consiga.
 
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