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  1.  # 161

    Acontece que não o j cardoso não é alheio às rendas baixas, exactamente porque foi o seu representante que as forçou.

    Pode apresentar as coisas desse ponto de vista mas terá de ser mais exacto: quem as forçou - o estado - é tão meu representante como o é do senhorio, ou não?

    E mesmo se o quiser doar, também é duvidoso que consiga.

    Quanto a isso não tenha problemas, se conhecer alguém nessa situação mande-o falar comigo que eu resolvo o assunto - basta que esteja disposto a doar-me as propriedades em causa.
  2.  # 162

    Realmente foram ... o estado obrigou-os sob a ameaça da pistola.
    Peço desculpa, ponho já aqui os links que o provam.


    Fazia melhor ideia de si...

    1) Fique sabendo que, nos casos dos arrendamentos mais antigos, sim, os proprietários eram forçados a arrendar. Há diversas disposições no 1º congelamento de rendas que forçavam a isso .

    2) Posteriormente, após descongelamentos parciais e uma situação de aparente retorno à normalidade voltaram a ser estabelecidas disposições gravosas, quer a nível de congelamento de preços, quer de outros aspectos do arrendamento que efectivamente transformaram os contratos de arrendamento em algo de absurdo, sem possibilidade de o senhorio pôr termo ao contrato - nem mesmo por morte do inquilino, visto que o contrato era transmissível ad eternum. Criaram-se assim situações em que à propriedade não correspondiam quaisquer direitos - apenas a receber uma renda cujo valor real desvalorizou 2/3 em meia-dúzia de anos.
  3.  # 163

    Pode apresentar as coisas desse ponto de vista mas terá de ser mais exacto: quem as forçou - o estado - é tão meu representante como o é do senhorio, ou não?

    Não me parece.

    Quanto a isso não tenha problemas, se conhecer alguém nessa situação mande-o falar comigo que eu resolvo o assunto - basta que esteja disposto a doar-me as propriedades em causa.


    Há bastantes anúncios desses por aí - e um bastante conhecido, salvo erro para os seus lados. Já lhe coloco o link, assim que o encontrar.
  4.  # 164

    Acho que ninguém no seu perfeito juízo nega que a situação é injusta e tem de mudar. Por outro lado seria bom parar para pensar que esta situação só aconteceu – corrijam-me se estiver enganado – devido aos baixíssimos rendimentos da população. Vou mesmo mais longe: isto aconteceu porque as opções dos sucessivos regimes foram sempre no sentido dispor de uma mão de obra mal paga, sem direitos e a quem era permitido apenas sobreviver com muitas dificuldades. No fundo o congelamento das rendas foi feito porque se reconhecia que os salários não eram suficientes para pagar o aluguer de uma habitação. Em vez de subirem os salários congelaram as rendas, não me parece que alguém tenha ganho com isso – a não ser os empresários que pagavam os baixos salários. Exagerando um bocadinho eu diria que os senhorios estão a suportar parte dos salários mas os beneficiados não são os inquilinos: são aqueles que tinham por obrigação garantir um salário digno a quem os ajuda a fazer fortuna.
  5.  # 165

    Não me parece.

    Vai ter de me explicar melhor isto: em que é que o estado é mais representante meu que do senhorio?
  6.  # 166

    Acho que ninguém no seu perfeito juízo nega que a situação é injusta e tem de mudar. Por outro lado seria bom parar para pensar que esta situação só aconteceu – corrijam-me se estiver enganado – devido aos baixíssimos rendimentos da população.

    Discordo. Repare que começou na 1ª República, com a justificação da "crise" internacional, e prolongou-se sempre com pretextos semelhantes. Salazar ainda descongelou parcialmente, mas a ideia-base está lá.
    A origem disto é a mentalidade assistencialista - detecta-se um "problema", e aponta-se uma "solução" (que é, sempre, mas sempre, da competência do Estado). Supõe-se que o Estado manda, e a realidade há-de se conformar à vontade do Estado. E depois, surpresa das surpresas, a intervenção do Estado gerou novo problema, que gera nova intervenção, e o ciclo nunca mais acaba.

    Vou mesmo mais longe: isto aconteceu porque as opções dos sucessivos regimes foram sempre no sentido dispor de uma mão de obra mal paga, sem direitos e a quem era permitido apenas sobreviver com muitas dificuldades. No fundo o congelamento das rendas foi feito porque se reconhecia que os salários não eram suficientes para pagar o aluguer de uma habitação.

    Discordo, de novo. A mão-de-obra mal paga sempre existiu e existiria - Portugal era no início do século um país falido, maioritariamente analfabeto e genericamente atrasado, e muito rural, digamos. Ainda hoje, quando se fala dos baixos salários, esquece-se que 2/3 da população activa não tem o secundário completo.
    Ora, com a guerra e a balbúrdia da 1ª república a coisa foi passando - e era preciso manter a população calma. Veio o Estado Novo, e a conveniência era igual.

    Em vez de subirem os salários congelaram as rendas, não me parece que alguém tenha ganho com isso – a não ser os empresários que pagavam os baixos salários.

    Isso supõe que era possível subir salários. A verdade é que, nessa altura como hoje, os salários dependem do mercado. É certo que na altura Portugal era uma economia mais fechada, mas isso tem mais desvantagens que vantagens..

    Exagerando um bocadinho eu diria que os senhorios estão a suportar parte dos salários mas os beneficiados não são ao inquilinos: são aqueles que tinham por obrigação garantir um salário digno a quem os ajuda a fazer fortuna.

    Aqui voltamos a divergir: salário digno é para mim todo aquele que é estabelecido por mútuo acordo.
    • ze.lx
    • 6 janeiro 2012 editado

     # 167

    Colocado por: luisvv
    Há bastantes anúncios desses por aí - e um bastante conhecido, salvo erro para os seus lados. Já lhe coloco o link, assim que o encontrar.


    http://www.ionline.pt/dinheiro/imi-rendas-baixas-forcam-proprietarios-doar-casas

    DQQM, está a perder tempo. Todos estes moralistas, sempre e exclusivamente com o que é dos outros na linha do melhor xuxialismo à portuguesa, só percebem quando lhes toca a eles. E ás vezes nem aí lá chegam à primeira.

    Senhorio com dezenas de anos de rendas congeladas em cima, bom!... Obrigue-se o gajo a sustentar a família dos outros. Cumpra-se a Lei...
    Mais 1/2 hora de trabalho/dia sem retribuição extra, mau!... O gajo quer que eu lhe sustente a família. Lei ignóbil e para esquecer...

    Ou como a outra criatura que, estando eu a mostrar um andar que tinha na altura para arrendar, me foi lá pedir para ver porque tinha curiosidade.
    E 2 minutos depois de entrar já me estava a atirar com o velho slogan acerca dos senhorios que deviam ser obrigados a (arren)dar depois de terem uns meses a casa vazia.
    Ao que eu obviamente concordei imediatamente e ainda lhe adiantei mais quando lhe disse que o carro que ela tinha parado à porta (adivinhei e acertei em cheio :)) também devia igualmente poder ser utilizado por qualquer pessoa que dele necessitasse após uns dias de parado, para conservar recursos ao País e tal. Aí entornou-se logo o caldo porque não era a mesma coisa... Pois não! A casa era minha e o carro era dela... ;)

    Resumindo, a adaptação do tal slogan do final da década de 70, quando passou a febre inicial das barbas e patilhas à badalhoco e lá se começou a cair na realidade, "O que é meu é meu, o que é teu é nosso" continua vivo e actual...
  7.  # 168

    Vamos lá a ver se percebi: quem não concorda com o ze.lx é moralista, às vezes nem à primeira percebem (burros), e usaram patilhas à badalhoco - seja lá o que isso for. Se os seus argumentos são demolidores, o modo como os apresenta é realmente digno de nota.
  8.  # 169

    Revendo os números:
    Colocado por: Luis K. W.55,5% dos arrendamentos de Lisboa são ABAIXO dos 60 euros, e apenas 17,3% paga acima dos 200euros.
    Há zonas da cidade (Castelo, etc.) em que a percentagem de rendas inferiores a 60 euros ultrapassa os 80%!!
    Mas também há zonas (S Francisco Xavier / Restelo) em que cerca de 25% das rendas são superiores a 500 euros.

    Agora comparem 55,5% de rendas ABAIXO DE 60 EUROS, com o salário médio LÍQUIDO na Região de Lisboa (dados de 2010): 935 EUROS !

    Não se pode dizer que não tenha havido uma GRANDE evolução dos salários médios líquidos nos últimos 50 anos. Já as rendas...

    É por isso que, mesmo quando os senhorios pedem POR FAVOR aos inquilinos que façam uma proposta para adquirir as casas que lhes estão arrendadas (passando estes a pagar as despesas de manutenção, de condomínio, as taxas de esgoto e os IMIs), estes prefiram continuar como inquilinos.
  9.  # 170

    Vamos lá a ver se percebi: quem não concorda com o ze.lx é moralista, às vezes nem à primeira percebem (burros), e usaram patilhas à badalhoco - seja lá o que isso for. Se os seus argumentos são demolidores, o modo como os apresenta é realmente digno de nota.


    Olhe que a bem dizer o ze.lx não é o único a lançar uns adjectivos mais ou menos fortes para qualificar o pensamento dos outros ...
    • tc1
    • 6 janeiro 2012

     # 171

    Toda a gente concorda que foi um erro tremendo esta do congelamento das rendas.
    Fez com que básicamente tenhamos:
    Arredores "novos/recentes" enormissimos face à população que temos
    O centro destruido (unica cidade na Europa assim)
    Milhares de casas vazias
    População a fazer dezenass de KM todos os dias para ir trabalhar.
    Pessoas que não pertencem ao local onde vivem
    Milhões de euros de impostos não cobrados
    Carências sociais gritantes

    Acabar com este problema acho que é uma situação impossivel de resolver. Se o tivessem feito no tempo das vacas gordas, ainda acho que seria possivel, agora acho muito complicado.
    Mas há muitas injustiças que deveriam ser resolvidas.

    Uma que eu acho muito urgente é a questão das rendas comerciais. Há lojas na Rua Garret (para dar um exemplo) que pagam 200€ de renda e ao lado há uma que paga 15.000€. Ou seja, o senhorio desse prédio financia mensalmente em 14.800€ uma actividade económica que não evoluiu, não se adaptou. Quando uma fábrica não evoluiu/adapta fecha. Um hotel a mesma coisa, um restaurante idem etc.

    Mas segundo esta lei, daqui a 5 anos está tudo na rua ou a ser financiado pela Segurança Social, o que acho impossivel.
    Atenção que eu sou senhorio, não de herança mas por actividade e seria dos principais beneficiados com isto...

    cumprimentos
  10.  # 172

    Tretas, tudo tretas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: paulonuno
  11.  # 173

    Olhe que a bem dizer o ze.lx não é o único a lançar uns adjectivos mais ou menos fortes para qualificar o pensamento dos outros ...

    A bem dizer não, não é. Nem será.
  12.  # 174

    Não entendo porque falam de salários. O rendimento de uma pessoa não pode dar direitos de usufruir, em condições especiais e impostas, de propriedade privada e alheia. Não é simples?

    Se não é simples então mais vale passarmos tudo para a cooperativa, enxada e tudo o resto. É tudo de todos! Hoje vou dormir a casa de alguém que me apeteça, de preferência com bom aquecimento e uma casa de banho limpa.
    Concordam com este comentário: Paramonte
  13.  # 175

    O rendimento de uma pessoa não pode dar direitos de usufruir, em condições especiais e impostas, de propriedade privada e alheia

    Acho que os salários foram referidos num contexto bem diferente, não defendi isso que afirma.
  14.  # 176

    Colocado por: j cardosoVamos lá a ver se percebi: quem não concorda com o ze.lx é moralista, às vezes nem à primeira percebem (burros), e usaram patilhas à badalhoco - seja lá o que isso for.


    http://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM

    Se não se lembra dos adereços capilares tão em voga nesta época sugiro-lhe uma consulta aos arquivos. A mim chega-me a memoria.


    Se os seus argumentos são demolidores, o modo como os apresenta é realmente digno de nota.


    Ainda bem que notou. Cumpriu-se a finalidade do texto.
  15.  # 177

    Colocado por: danobregaO rendimento de uma pessoa não pode dar direitos de usufruir, em condições especiais e impostas, de propriedade privada e alheia.


    Colocado por: j cardosoAcho que os salários foram referidos num contexto bem diferente, não defendi isso que afirma.


    Colocado por: j cardosoNo fundo o congelamento das rendas foi feito porque se reconhecia que os salários não eram suficientes para pagar o aluguer de uma habitação.


    Pronto, sou eu que não entendo. A enxada é minha ou é da "comprativa"? Daqui a nada também querem a minha roupa. hehehe :-)
  16.  # 178

    Pronto, sou eu que não entendo

    A minha afirmação é a interpretação que faço de um acontecimento passado no qual não tive, como é de imaginar, qualquer intervenção. Como concluiu que é a minha posição?
    •  
      GF
    • 6 janeiro 2012

     # 179

    Fala-se muito mas o que interessa é que durante décadas ninguem quis saber dos arrendamentos, governo e outros tantos, tornou-se tudo numa selva autentica, e agora querem vir fazer tudo de uma só vez e bem depressa !
  17.  # 180

    Colocado por: j cardosoComo concluiu que é a minha posição?


    Quem disse que era a sua posição ou sequer que interessava saber de quem é a posição? A minha observação é a constatação da minha opinião: essa posição é errada. É irrelevante quem a tenha.
 
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