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    • zca
    • 7 janeiro 2012

     # 1

    Olá. Há uns tempos vi por aqui um tópico que falava da Mouraria e de um dos projectos de reabilitação.
    Pois bem, encontrei uma casa que me agrada muito e tem um preço muito bom, está bem servida de transportes... o problema, lá está, fica entre a Igreja dos Anjos e o Largo do Intendente (bolas).

    Como não é zona onde passe de todo, não sei se já melhorou alguma coisa com as intervenções recentes da CML. O António Costa deve sair do trabalho às 18h00, mas eu tenho de chegar a casa já tarde. ;)
    Não sei, não sei... Fico a aguardar opiniões, conselhos, advertências.
  1.  # 2

    Ainda recordo com nostalgia quando subia a Almirante Reis desde o Martim Moniz até à Alameda parando obviamente na cervejaria Portugália com um prazer impar onde existia confiança e segurança,
    Há dias estive a fazer um trabalho junto á sopa dos pobres (Anjos) e com profunda mágoa vi todo aquele cenário de degradação de abandono arrepiante, um conflito de etnias, lojas fechadas e um ambiente de se cortar a respiração.

    O intendente passou a ser o centro da toxidependencia quando se acabou com o Casal Ventoso para alem dos bares existentes, tive necessidade de ir a uma loja de indianos mesmo no largo do intendente, reparei que durante o dia existe um control absoluto da Policia Municipal mas à noite é que são elas!
    A razão porque encontrou uma casa em conta deve ser exactamente pelo ambiente que se lá se vive!

    A nossa Lisboa das sete colinas não é esta ! Mas certamente que um dia voltará a respirar paz e tranquilidade, mesmo nesta zona degradante.
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
    Estas pessoas agradeceram este comentário: zca
    • zca
    • 7 janeiro 2012 editado

     # 3

    Sem dúvida, é por isso que o preço está em conta, para a área que a casa tem (prédio todo remodelado). De dia tudo OK, é mesmo à noite que tenho algum receio. Mas também esperava que estivesse melhor. Pelos vistos não? :(

    Lisboa precisa de um Giuliani para limpar alguns dos cancros da cidade. Por outro lado, é um pouco um ciclo vicioso: zona tem má fama, ninguém se muda para lá, ficam os delinquentes, a zona continua com má fama. Não será um pouco uma questão de tomar de volta estes bairros? Confesso, no entanto, que me falta a coragem. Agradeço o comentário sincero.
  2.  # 4

    Subscrevo rigorosamente o que o Costa53 diz.
  3.  # 5

    pessoalmente já conheci o Intendente pior do que está actualmente, já se vê nalguns edifícios a ocupação por pessoas de uma classe social diferente da maioria da população residente, basta deslocar-se um pouco para a rua Maria e limítrofes para ver isto,

    agora se comprava aí uma casa? de certo que não, mas sou eu.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
    •  
      FD
    • 9 janeiro 2012

     # 6

    White flight...
  4.  # 7

    caro zca,

    eu não pensava duas vezes em comprar. será certamente o negócio da sua vida.

    as cidades portuguesas são a vergonha que são porque, desde os anos 70, muitos patos bravos enriqueceram a converter terrenos agricolas/florestais em urbanizações criminosas nos arredores. - com chorudas luvas a quem pode assinar tais crimes lesa-pátria. a lei em Portugal e Espanha permite o absurdo de não taxar mais-valias urbanisticas!
    esses tempos já acabaram. há 1 milhão de casas sem habitantes, 300 mil nunca foram habitadas. o mercado só pode conhecer um caminho: preços a rebolar.

    junte-lhe um preço de petroleo galopante e o carrinho - que possibilitou aos patos bravos incutirem sonhos de blocos de cimento nos arredores a 20m de carro do emprego - vai ficar na garagem.
    daqui a 5 anos, viver em Oeiras não será um sonho baratinho, será um pesadelo sem transportes. em Almada um suicidio mental e social. O Montijo ficará mais às moscas que o bairro da Graça.
    daqui a 6 anos, viver no Intendente será chique. viver nas colinas a decisão das familias de "bem"... quantas delas, redondinhas das fortunas de pato-bravo.
    daqui a 7 anos, Lisboa e as cidades Portuguesas serão muito semelhantes às restantes cidades europeias: os bairros do centro serão os mais cobiçados e não abandonados, trocados por uns arredores miseráveis de zero qualidade de vida.
    os "renegados" da sociedade serão convidados a sair do centro, serão empurrados para os arredores "de sonho", porque em breve, estar perto do centro voltará a fazer parte do léxico lógico Português.
    Concordam com este comentário: efcm
  5.  # 8

    Eu até concordo que houve verdadeiros crimes urbanísticos e que os responsáveis deviam ser enforcados ao mesmo tempo que eram cozidos em lume brando, mas não exageremos.
    (LOL!)
    Colocado por: adiasas cidades portuguesas são a vergonha que são porque, desde os anos 70, muitos patos bravos enriqueceram a converter terrenos agricolas/florestais em urbanizações criminosas nos arredores. - .
    Portanto, as cidades são uma vergonha por causa das porcarias que se fizeram... FORA das cidades.
    Tem toda a lógica, sim senhor. :-)

    daqui a 5 anos, viver em Oeiras não será um sonho baratinho, será um pesadelo sem transportes.
    Actualmente, Oeiras é onde estão a maioria das MELHORES empresas do País.
    Sem transportes ? Para quê?
    Eu já fui de Lisboa a Oeiras A NADAR!
    E o «paredão» foi mandado construir prevendo que o pessoal pudesse ir A PÉ de Lisboa a Cascais.

    ...arredores miseráveis de zero qualidade de vida..
    Estou mesmo a ver, daqui a 7 anos, a Quinta Patiño, S. João do Estoril, a Quinta da Marinha, a vila de Sintra, etc., parecidos com uma Bronx miserável.
  6.  # 9

    Colocado por: Luis K. W.Eu já fui de Lisboa a Oeiras A NADAR!


    Oh Luis, não se esqueça que se começou a nadar em Pedrouços por ex. onde está a fundação Chappalimaud dez metros à frente já está em Oeiras, Algés já é Oeiras. Lol...

    Colocado por: Luis K. W.E o «paredão» foi mandado construir prevendo que o pessoal pudesse ir A PÉ de Lisboa a Cascais.


    Da Cruz Quebrada já consegue ir até Cascais pelo paredão! Portanto já não falta muito.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
  7.  # 10

    sim, as cidades portuguesas são vergonhosas por causa do que se fez nos arredores. com todas as letras.
    os milhões gerados a converter terrenos agricolas/florestais, aos "amigos", são o principal responsável pelo abandono do centro das cidades e pelo caos urbanistico nos arredores.

    as melhores empresas podem estar em oeiras, num parque ou dois. mas a vida social não. Oeiras nunca deixará de ser um suburbio da cidade capital. só porque umas quantas empresas aproveitaram o mesmo modelo de "vamos converter terreno agricola a preço da uva mijona em urbano" não a faz centro. esse demora séculos a crescer, com pés e cabeça.

    à medida que andar de carro ser torna um luxo, certamente que essas empresas "das melhores" também vão perceber que estar no intendente é muito mais racional para aqueles que as constroem e precisam de se mover.
  8.  # 11

    adias: acho a sua lógica inteiramente desactualizada.

    Por exemplo nos EUA os suburbios são para os ricos, o centro das cidades são a classe média-baixa e baixa e porquê: cidade--ruído--poluiçã--casas de áreas limitadas--falta de espaço para as crianças--falta de estacionamneto. Faz parte da cultura anglo-saxónica ter espaço para as crianças, e nós estamos atrasados, mas vamos lá chegar.

    Porque é que em Portugal não foi assim (e realço o "foi"). Porque a burguesia que descia à cidade, filhos dos latifundiários, tinha casa de família no campo, no meio da natureza, e para eles ter um apartamento no meio do transito era uma afirmação lá na terra. Os tótos é que viviam no campo...

    Por exemplo muitos dos prédios antigos de Lisboa c\ vista para o rio têm a sala de estar virada no sentido oposto à vista de rio, ficando a cozinha (e muitas vezes o quarto da sopeira) voltados para o rio. Porquê? Porque vista de rio tinham eles lá na terra à fartazana. Na cidade a o que dava estatuto era a vista da avenida.

    Nas aldeias e vilas, independentemente da área do terreno que as pessoas tivessem era certo que a casa ficava à beira da estrada, porque era mais "ostentável"

    Recentemente as pessoas começam a valorizar factores como o silêncio, ar puro, vizinhança etc. Bem perto de mim construiu-se uma urbanização de moradias em duas linhas, uma delas à beira da estrada principal que é uma avenida, a outra linha fica paralela mas para dentro do pinhal. As primeiras casas a ser vendidas foram as da linha do pinhal, por estarem mais longe da avenida. As casas da avenida estão todas por vender. Há alguns anos atrás seria o contrário. Portanto a mentalidade do comprador está a mudar, e o que se passou nos EUA e na Europa do norte à 30 anos, começa agora aqui a arrancar.

    Zonas de Liboa que eram dantes "bem" habitadas estão hoje habitadas por uma população migrante de baixos recursos. Muitos especialistas acham que isto é irreversível, trata-se apenas de um ajuste a novas circunstâncias.

    O problema de residir em Oeiras ou em Almada reside no facto de se trabalhar em Lisboa e ter que enfrentar trafego enorme. Mas Oeiras ou Almada seriam, de longe, locais onde eu prefiriria criar o meu filho, do que ter que submetê-lo ao espectáculo degradante que se vive no Intendente, ou mesmo à poluição da Avenida Da Liberdade ( avenida mais poluida da europa). Se tivesse que optar não hesitava pelos arredores.

    Vivi cerca de 4 meses num apartamento da Avenida da Liberdade: o pior tempo da minha vida, abria a janela era ruído e fumo de escape e o ruído era demais.

    Qual a diferença entre um apartamento no meio de lIsboa, entalado no meio de outros, com estacionamento complicado, com o mesmo apartamento nos suburbios? O que faz com que o ultimo tenha zero qualidade de vida e o de Lisboa não? Não entendo.

    Eu moro nos suburbios e saio de casa à meia noite para dar uma volta de bicicleta pelos pinhais, tenho campos de ténis a menos de 500 metros, supermecado a 400 metros, de todas as janelas da minha casa não vejo ruas excepto a de acesso à casa, onde passam 7 carros por semana. Acha isto falta de qualidade de vida? Não estou sujeito ao barulho q e poluição directa que os outros fazem, o meu filho vai a pé para o campo desportivo, e está a tomar o pequeno almoço às 8:50 e às 9:00 está na escola.
  9.  # 12

    Colocado por: adiasas melhores empresas podem estar em oeiras, num parque ou dois. mas a vida social não.


    E a vida social também! As ultimas estatisticas provam que é no concelho de Oeiras que se vive melhor a nivel Nacional.

    Colocado por: adiasOeiras nunca deixará de ser um suburbio da cidade capital. só porque umas quantas empresas aproveitaram o mesmo modelo de "vamos converter terreno agricola a preço da uva mijona em urbano" não a faz centro. esse demora séculos a crescer, com pés e cabeça.


    Neste capitulo houve a mãozinha do Isaltino Morais! Mas com a história do terreno agricola a preço de uva mijona por isso é que o Duarte Lima também se queria envolver neste negócio no Concelho de Oeiras (Leceia) e lixou-se!

    Colocado por: adiasà medida que andar de carro ser torna um luxo, certamente que essas empresas "das melhores" também vão perceber que estar no intendente é muito mais racional para aqueles que as constroem e precisam de se mover.


    Em algumas partes da cidade pode acontecer, mas no Intendente não creio, porque a vida das empresas pode ser duradoura mas não consegue vencer a lacuna do Intendente que alberga os bares com a mais velha profissão do Mundo!
    E quando as coisas nascem assim tortas tarde ou nunca se endireitam, lá diz o velho ditado!
  10.  # 13

    paramonte

    o seu sumário dos EUA está corretissimo. falha num detalhe crucial: o carro. nas cidades dos EUA o carro vai sendo rei, rainha e herdeiro. por isso é que os suburbios são tão atraentes, por quase tudo o que diz.
    mas nos EUA a cidade não cresceu caótica impulsionada por uma corrupção atroz como em portugal, ainda assim. talvez por isso tenham espaço para a criança que nos falta, que também abunda na Alemanha da cidade-centro-aqui-vive-se-bem.
    não é o suburbio que marca essa diferença, é a forma selvagem como foi construido.

    nos EUA, como em Portugal e numa boa parte do mundo "civilizado" os carrinhos vão entregar o papel central. o petroleo é preciso para outras coisas na Ásia e na América do Sul, não pode ser queimado a transportar obesos para suburbios absurdos. muito mais depressa que pensamos....

    o intendente (e aqui uso o intendente como tópico desta conversa, mas podia usar qualquer bairro lisboeta/portuense/coimbrense desertado) vai ver a classe "nobre" voltar. com ou sem casa no campo. o preço da habitação em colapso (e a promessa de dinheiro fácil no suburbio a ruir) e o depósito cada vez mais dificil de encher não deixará alternativas.

    depois, leva bem em consideração o fator poluição na sua definição de qualidade de vida. não podia concordar mais consigo, certamente. mas também concordará que com a redução de trafego automovel individual nos próximos anos esse critério pesará menos e a distância ao emprego/vida social se tornará crucial.

    Portanto a mentalidade do comprador está a mudar, e o que se passou nos EUA e na Europa do norte à 30 anos, começa agora aqui a arrancar.

    não coloque a europa do norte neste saco. admito ser uma afirmação arrogante da minha parte, mas aposto que não a conhece. a europa do norte nunca mudou para os arredores, nem nunca abandonou o centro. os muito ricos compraram foi segundas casas de descanso nos arredores....
  11.  # 14

    Há 30 anos também vivi no intendente numa casa com outros jovens. Morava numa rua perto da Avenida Almirante Reis. Também apanhava o metro da avenida Almirante Reis e chegava já de noite a casa. Por vezes, tomava o pequeno almoço num café que ficava mesmo em frente do metro e por vezes, à noite, íamos lá tomar café, para desanuviar um pouco. Mais longe, havia um café enorme (não me recordo nem do nome, nem da rua) aonde se reuniam os jovens. Muitos passavam lá as tardes a estudar e a discutir. Aos domingos, íamos à missa na Igreja dos Anjos. A casa aonde vivia, em tempos, tinha sido um anexo do lar dos seminaristas e tinha sido arrendada ao irmão duma das minhas amigas. Vivíamos todos juntos. O intendente sempre foi o que é agora, mas nada nos impedia de circular a pé a qualquer hora, desde que não fossemos para a zona aonde as senhoras exerciam a profissão.
    Vivi lá um ano. Nesses tempos, o intendente, sem deixar de ser o que sempre foi, não era o que aqui falam.
  12.  # 15

    Adias:
    Apostou mal: vivi 5 anos num pais da Europs do Norte

    Há um vício no seu raciocínio: o preço dos combustíveis vai fazer voltar a população "nobre" ao Intendente?

    Mas a população "nobre" é exactamente aquela q pode pagar os combustíveis, e vai cada vez mais querer espaços abertos, jardins, desporto etc para os filhos. E isso você não consegue em Lisboa. Quem vai voltar ao Intendente (se é q alguém quer voltar aí) são aqueles que não têm recursos para ter carro, exactamente aqueles q moram lá agora, certo. Portanto afinal, bate a bota com a perdigota. E a tendência vai ser nesse sentido, estudos sociológicos indicam.

    Tenho amigos que trabalham em Lisboa e compraram (não herdaram) moradias na zona de Torres Vedras, preferem fazer a auto-estrada diariamente do que viver no gueto lisboeta. E a qualidade de vida dos filhos (q frequentam as escolas perto de casa) é incomparável. E quando querem vir ao teatro a Lisboa só têm q sair meia hora antes de casa, comparado c\ quem mora em Lisboa. E não é esta meia hora q lhes tira, de repente, toda a qualidade de vida
    • tc1
    • 10 janeiro 2012

     # 16

    boa tarde,

    eu sempre vivi nos arredores a minha vida toda, mas toda a gente que conheço está a ir para o centro da cidade.
    Não faz sentido andar 2 horas de carro por dia, para depois ter o inferno/custo de estacionar.
    Cada vez que se vai a um restaurante, toca a andar de carro, ás vezes um total de 70km...

    Posso-vos garantir uma coisa, toda a gente que eu conheço neste momento está-se a mudar para o centro da cidade.
    E não é um centro qualquer, é um centro que permita andar a pé para todo o lado.
    Em todas as cidades europeias é assim.

    Quem tem dinheiro, tem 2 casas... Uma na zona mais central da cidade e outra nos arredores junto da natureza.

    Houve o tempo em que o que era fino era viver nos arredores. Essa época morreu...
    Já começa a haver uma grande qualidade de vida nas cidades. (não vivendo na avenida da Liberdade como alguém referiu, pois ai é barulho e 80% são escritórios).

    Sra. Zca, opte pelo centro pois o seu imóvel vai-se valorizar.
    Quanto ao intendente a única questão é em quanto tempo começa a ficar melhor. Porque de certeza que irá ficar.

    Eu por exemplo investi bastante na zona de São Bento, pois era um terço do chiado, isto à 4 anos atrás
    Hoje em dia já é só metade... chegará aos 70%...
    Já Telheiras que custa quase o mesmo que o chiado, vai sofrer o inverso.

    Cumprimentos
  13.  # 17

    Tive a sorte de nascer e crescer em Lisboa. À cerca de 8 anos passei para os arredores e só posso dizer que é raro o dia que passa que não penso em voltar, mas apesar de se começar a sentir alguma quebra ainda custa mais 50% uma casa 20%, mais pequena, sem estacionamento e com mais 40 anos que a minha.
  14.  # 18

    Não concordo rigorosamente nada com a crítica feita ao centro da cidade de Lisboa.

    Alguém atrás fez uma comparação com os states e a minha opinião é completamente oposta. Não sei se já foram a NY mas o downtown não é para a classe média, é para a classe alta, diria altíssima. Onde é que se foi buscar essa ideia? Comprar um loft minúsculo no centro da cidade é de bradar aos céus. Nos subúrbios, em bairros que até são simpáticos por terem zonas verdes e casinhas térreas espaçadas entre elas, é onde vive a população mais carenciada. A crise do subprime afectou precisamente as famílias da classe média e baixa que moram predominantemente nos subúrbios. Isto é regra em qualquer lado do mundo. O que não quer dizer que hajam nichos, zonas, bairros de uma grande cidade que estejam "marginalizados" e sejam mais baratos que um subúrbio.

    Para os que conhecem bem a cidade de Lisboa, eu pergunto: quem é que não gostaria de morar no Chiado? No Príncipe Real? Na Estrela? Em Campo de Ourique? Claro que o estacionamento pode ser problema. Mas tb se encontram casas com garagem nestes bairros. O preço? Muito alto, altíssimo. É sempre assim, infelizmente, mas são estas zonas da downtime que definem e valem mais a pena numa cidade.

    Para mim, qualidade de vida não é de certeza morar um subúrbio, e ter de enfrentar trânsito infindável para se enfiar em Lisboa todos os dias úteis da semana e regressar no mesmo stress. Não é morar num subúrbio, por muito organizado que possa estar, que não tem cheiros, côres, história, tradições e vícios. Não é ignorar que os putos podem ir para a escola a pé, porque podem mesmo, em plena Lisboa. Eu sou adepto da vida mundana citadina, sou um city-life addicted. Fico deprimido quando me afasto demasiado de Lisboa. Se não tenho isto, não me sinto em casa.
    Concordam com este comentário: nuper
    • LuB
    • 11 janeiro 2012 editado

     # 19

    Vivi em tempos na Zona de Sintra, quando era mais jovem... Fui para lá viver quando casei, para uma vivenda que tinha um quintal onde os meus filhos brincavam. O que mais me aborrecia, era que o meu marido trabalhava em Lisboa e perdia muito tempo com os transportes, de tal forma que os miudos só viam o pai ao fim de semana. Quem criava os miúdos era eu!

    Por isso vendi a moradia e mudei-me para Lisboa.
    Na altura pensei que teria saudades da casa que era espaçosa e da zona que era simpática.
    Mas esqueci aquilo depressa. Hoje adoro viver aqui no centro da cidade, e não me faltam jardins nem locais para passear ou espairecer.
    Lisboa, (excluindo alguns bairros problemáticos...) tem zonas que devem ser dos "melhores sítios do mundo para se viver."
    Pena que a vida seja curta e, não possa gozar deste local abençoado para sempre! LOLOLO QUERIAS...

    Como nasci na província, pensei que voltaria para lá no fim da vida, mas talvez nem isso... É que gosto de dar a minha passeata, mas é sempre um prazer voltar aqui à base!
    Tenho casa na província onde mora uma parte da minha família... Fico por lá uns dias e acabo sempre com a sensação de que estou longe de tudo, que não tenho nada para fazer...
    Tenho é pena que Lisboa esteja a cair de podre, e que andem por aqui uns tipos apalermados que não sabem fazer outra coisa para além de sujar paredes com de rabiscos de tinta!
    Lisboa é uma cidade bonita e não merece ...
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
      medium_Lisboa___uma_Festa_OST_35x45.jpg
  15.  # 20

    Lisboa de uma forma geral está em degradação avançada, para onde se olhe o espectáculo é triste.

    Ontem, por razões profissionais fui à Avenida Brasil: mas quem é que aguenta o voo rasante constante dos aviões naquela zona?

    Mas aquilo é qualidade de vida? Em qualquer outra cidade europeia aquela avenida seria habitação social. Mas tal como dizia alguém "quando o povo gosta, não há nada a fazer".

    Talvez por isso é que:

    http://economico.sapo.pt/noticias/lisboa-e-a-zona-do-pais-onde-o-preco-das-casas-mais-caiu-em-tres-anos_135581.html
 
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