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  1.  # 1

    Boa tarde,

    Vou juntar-me em Julho com o meu namorado, ele já tem uma casa com emprestimo ao banco. Eu tenho 80.000 € em dinheiro. A casa dele custou 155.500 €, neste momento ele já amortizou 65.000€, a ideia seria eu entrar com o mesmo valor por ele amortizado e fazermos um crédito em nome dos 2 do resto da dívida ao banco, ou seja 25.500€. É possível fazer isso? Será também necessário uma nova escritura? Para a isenção do IMI, posso pedir isenção em meu nome sobre metade da casa que me diz respeito?

    Obrigada pelos esclarecimentos
    •  
      GF
    • 25 janeiro 2012

     # 2

    Nesse caso é sempre necessário (e recomendável principalmente para si) uma nova escritura para titular o seu direito à propriedade.
    Deverá ficar mencionado na escritura o valor que cada um entrega, para mais tarde não haverem confusoes....
    Naturalmente há um novo emprestimo.

    Sobre as isenções de IMI prefiro não me pronunciar para não induzí-la em erro, até porque é necessário saber se o seu namorado já teve alguma isenção ou não anteriormente.
  2.  # 3

    E Maria, atenção que as condições do contrato também vão ser alteradas (bem para cima...) nomeadamente spread e comissões.
    Concordam com este comentário: mmgreg
  3.  # 4

    Colocado por: Casas_do_RioE Maria, atenção que as condições do contrato também vão ser alteradas (bem para cima...) nomeadamente spread e comissões.


    Depende neste caso em particular até podem tirar vantagem da situação se a ideia for amortizar os 65.000.
  4.  # 5

    Considerando os spreads que se praticam actualmente e os juros que se oferecem em contas de poupança não estou a entender qual o interesse em ficar sem liquidez.

    E qual é o objectivo final? Ficar com metade da casa para o caso de quando se separarem? Então é ainda pior o que estão a fazer...

    Cenário 1:

    A casa é dele. O dinheiro é dela. Separam-se, ele fica com a casa. Ela fica com o dinheiro.

    Cenário 2:

    A casa é dos dois. Nenhum tem dinheiro. Separam-se, têm de vender a casa à pressa para cada um ficar com metade. Grande bronca.
    Concordam com este comentário: eu, mafgod, mmgreg, Nene2011, abelhamaia, Casas_do_Rio
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  5.  # 6

    Colocado por: danobregaConsiderando os spreads que se praticam actualmente e os juros que se oferecem em contas de poupança
    ... o melhor é deixar estar o dinheiro como está... e aplica-lo bem.....
    Se fizerem as contas, a curto, médio e longo prazo, só tem a ganhar!
  6.  # 7

    Colocado por: mafgodSe fizerem as contas

    Não esquecer que sobre os juros recebidos, paga-se IRS, que pode dar cabo das contas.
  7.  # 8

    Há a considerar o factor psicológico que eu acho muito importante, de partilha de um bem que se torna comum.

    Não é agradável, penso eu, estar a viver na casa "dele" ou "dela" conforme o caso, e já tenho presenciado casos em q a coisa acabou por fazer mossa.

    O casamento deve ser uma partilha em todos os sentidos, e as pessoas devem sentir-se à vontade no seu território, por isso nem sempre a lógica dos números conta.
  8.  # 9

    Colocado por: ParamonteO casamento deve ser uma partilha em todos os sentido


    Colocado por: Maria70Vou juntar-me em Julho com o meu namorado
  9.  # 10

    Colocado por: danobregaConsiderando os spreads que se praticam actualmente e os juros que se oferecem em contas de poupança não estou a entender qual o interesse em ficar sem liquidez.

    E qual é o objectivo final? Ficar com metade da casa para o caso de quando se separarem? Então é ainda pior o que estão a fazer...

    Cenário 1:

    A casa é dele. O dinheiro é dela. Separam-se, ele fica com a casa. Ela fica com o dinheiro.

    Cenário 2:

    A casa é dos dois. Nenhum tem dinheiro. Separam-se, têm de vender a casa à pressa para cada um ficar com metade. Grande bronca.
    Concordam com este comentário:mafgod,Casas_do_Rio


    Cenário 3
    No final eles separam-se ela sai da relação com o mesmo dinheiro que tinha mais juros e ele sai com uma casa e com uma divida menor. E como ainda por cima a moça sentia-se mal em viver numa casa à custa do companheiro ainda andou a pagar as despesas de alimentação mais agua luz e gás, enquanto ele pagava amortizava a sua divida.

    Apesar de nesta altura o juro que pode receber de uma poupança pode ser bem mais interessante do que amortizar a casa.

    Com 80000 dá para ir buscar uns 4000 ano.

    Uma outra boa hipótese seria por á venda essa casa e caso consiguissem vender, comprar uma ao gosto dos dois com seus 75.000 + 75.000 deles e não ficavam com divida nenhuma.
  10.  # 11

    Se querem mesmo fazer isso Sondem o vosso gestor de conta, não seria o primeiro caso que o banco ao ver a cor de dinheirinho fresquinho proponha uma amortização superior ao valor entregue.
    Eventualmente ao entregar 65 ou 70 000 ao banco eles liquidem o empréstimo.
    Tenho sabido de casos de pessoas com empréstimo ao banco que entretanto têm lá poupanças e o próprio banco propõe que entreguem as poupanças amortizando um valor superior.

    Pessoalmente aplicava o dinheiro( não há dinheiro mais barato que o do crédito habitação)
  11.  # 12

    Colocado por: hfviegasE como ainda por cima a moça sentia-se mal em viver numa casa à custa do companheiro ainda andou a pagar as despesas de alimentação mais agua luz e gás, enquanto ele pagava amortizava a sua divida.


    Podem perfeitamente não cometer esse erro, dividindo as despesas de acordo. Ou então, em vez de entregar o dinheiro ao banco ela compra directamente metade da casa, entrega-lhe metade do valor já amortizado, e a partir dai pagam a dívida a meias.

    Nem pensar em entregar o dinheiro ao banco... nesta altura? Bolas. Amortizam a casa, ficam desempregados de um dia para o outro e sem maneira de se aguentarem.
    Concordam com este comentário: Nene2011
  12.  # 13

    Colocado por: danobregaPodem perfeitamente não cometer esse erro, dividindo as despesas de acordo. Ou então, em vez de entregar o dinheiro ao banco ela compra directamente metade da casa, entrega-lhe metade do valor já amortizado, e a partir dai pagam a dívida a meias.

    Nem pensar em entregar o dinheiro ao banco... nesta altura? Bolas. Amortizam a casa, ficam desempregados de um dia para o outro e sem maneira de se aguentarem.


    Apesar de ser uma boa ideia, isto dará algum trabalho... o banco é dono da casa... têm de fazer outra escritura neste caso os 3.
  13.  # 14

    Colocado por: Nene2011Apesar de ser uma boa ideia, isto dará algum trabalho... o banco é dono da casa... têm de fazer outra escritura neste caso os 3.


    Não "têm" que fazer nada. Se houver o mínimo de confiança entre os dois tem de fazer um acordo verbal, ou mesmo escrito mas só entre os dois, e cumpri-lo em caso de separação, ou renegociar a coisa na altura como for mais vantajoso para ambas as partes.
  14.  # 15

    Colocado por: danobregaNão "têm" que fazer nada. Se houver o mínimo de confiança entre os dois tem de fazer um acordo verbal, ou mesmo escrito mas só entre os dois, e cumpri-lo em caso de separação, ou renegociar a coisa na altura como for mais vantajoso para ambas as partes


    Um dar dinheiro ao outro com base num acordo verbal.... não era eu...
    Hoje é só amor, amanhã estão nos tribunais....
    Concordam com este comentário: sisu
  15.  # 16

    Colocado por: Nene2011Um dar dinheiro ao outro com base num acordo verbal.... não era eu...
    Hoje é só amor, amanhã estão nos tribunais....


    Não necessariamente porque falta a outra parte do "dar" com base num acordo verbal.

    Para evitar burocracias fazem um acordo verbal. Mas ela fica com o dinheiro "dele" guardado e ele fica com a parte da dela da casa no nome dele. No "fim" se quiserem ajustam contas. Mas estão os dois protegidos.
  16.  # 17

    Colocado por: danobrega

    Não necessariamente porque falta a outra parte do "dar" com base num acordo verbal.

    Para evitar burocracias fazem um acordo verbal. Mas ela fica com o dinheiro "dele" guardado e ele fica com a parte da dela da casa no nome dele. No "fim" se quiserem ajustam contas. Mas estão os dois protegidos.


    Mas essa questão tem algumas condicionantes, primeiro e se ele com essa parte do dinheiro quiser amortizar a parte dele ou estoirar num granda carrão não pode né.

    E se na altura da suposta separação a casa valer muito mais o que eu duvido ele diz olha fica com o dinheiro que eu fico com a casa se ela valer muito menos ela diz olha fica com a casa que eu fico com o dinheiro.

    Parecia boa a ideia mas tem alguns entraves.
  17.  # 18

    Colocado por: hfviegasMas essa questão tem algumas condicionantes, primeiro e se ele com essa parte do dinheiro quiser amortizar a parte dele ou estoirar num granda carrão não pode né.


    Bom, dependendo do tipo de relação que tiverem diria que, mesmo tendo o dinheiro na mão ele não pode (ou não deve) estoirar uma quantia significativa de recursos sem chegar a um consenso com a parceira.

    Colocado por: hfviegasE se na altura da suposta separação a casa valer muito mais o que eu duvido ele diz olha fica com o dinheiro que eu fico com a casa se ela valer muito menos ela diz olha fica com a casa que eu fico com o dinheiro.


    Pode acontecer isso e muito mais. Mesmo tendo metade da casa, se um ganha mais do que o outro, como é que fazem as contas? E tendo metade da casa, basta um querer para fazer a vida do outro num inferno. Se se partir do principio que há má fé não há qualquer solução possível que não tenha algum potencial para dar porcaria. Se se partir do principio que as pessoas têm e valorizam a sua honra, a palavra basta.

    Qualquer das soluções, partilharem efectivamente a propriedade ou cada um ficar com o que já tem dá garantias significativas aos dois. Não há soluções perfeitas... ou até há, é nunca chegar a existir razão para se separarem.

    Colocado por: hfviegas
    Parecia boa a ideia mas tem alguns entraves.


    Qualquer opção tem muitos entraves. "Eles" apenas têm que decidir com quais é que preferem lidar. ;)

    Maaaaaaaaaas, assumindo que a coisa corre bem, atendendo ao que para ai vem eu preferia ter a liquidez para não cair na desgraça em caso de desemprego.
  18.  # 19

    Obrigada pelas vossas respostas.

    Entretanto liguei para a minha gestora de conta, ela explicou-me tudinho.

    Ele terá que pedir autorização ao banco dele para acrescentar mais um mutuário no empréstimo. Depois do ok do banco, temos que fazer uma escritura onde ele me vende metade da casa, depois cabe-me a mim ir as finanças e pagar as despesas que me dizem respeito, IMT, Selo e pedir isenção da minha parte da casa. O crédito existente neste momento continua, amortizamos a minha parte, o resto do crédito é da responsabilidade dos dois. A minha gestora disse que visto o restante crédito ser muito baixinho e termos uma taxa de esforço mínima não irão aumentar o spread.

    Entretanto a coisa mudou, porque afinal o meu namorado já amortizou 81.000 € na casa, ou seja a casa custou 155.000€, o que tenho de lhe pagar a ele na altura da escritura da casa será metade 77.500€, mas ele só deve ao banco 74.000€. Portanto eu dou-lhe a minha parte, ele paga a casa toda e ainda lhe sobre 3500€. Ficamos sem crédito para pagar o que é o meu objectivo.

    Para quem se pergunta porque faço isso, é simples. Vamos começar uma nova vida, preciso de me sentir na minha casa, não me quero aproveitar, não dever nada, quero tudo certinho. No caso de não resultar entre nos, a casa será vendida, mas não podemos pensar no pior. Desta forma ficamos sem o encargo dum empréstimo. Não há dinheiro a prazo num banco que compense não ter que pagar um crédito com spreads altos ao banco.

    Agora resta-me saber se o banco vai lhe aplicar uma taxa por amortizar o crédito na totalidade e se nesse caso precisamos a mesma da autorização do banco pra ele me vender uma metade da casa.

    Uma boa noite para todos
  19.  # 20

    Se vai liquidar o empréstimo, ele no momento de cancelamento da hipoteca com o distrate, pode vender a quem bem entender...; quanto à penalização por liquidação essa é de 0.5% (taxa legal) logo 370 €.
 
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