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  1.  # 21

    Boas,

    Hoje estou para te "chatear" ;)

    Colocado por: becasEm Coimbra queria imenso ter entrado no British para fazer o Proficiency, mas como era muito caro e a minha mãe não podia pagar (o ordenado de prof. primária tinha que sustentar 2 filhos na universidade, em cidades diferentes) nem sequer lhe pedi.


    Colocado por: becasCom todas as facilidades que existem hoje, os meus alunos não são capazes de juntar algus euros (que esturram em noites de discoteca) para ir conhecer Paris ou Londres. É um imobilismo e uma preguiça que me revolta.


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  2.  # 22

    Boas,

    Colocado por: becasNão são coisas, João. É eu querer para elas o mundo... (pronto, eu sei que isto é piegas, mas como explicar...a maternidade/paternidade está cheia de clichés absurdamente reais).


    Eu percebo, mas a minha questão é:
    Onde está a diferença entre ti e os pais dos filhos que criticas?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    Concordam com este comentário: Cesca
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 23

    Colocado por: oxelferBoas,



    Eu percebo, mas a minha questão é:
    Onde está a diferença entre ti e os pais dos filhos que criticas?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista


    Eu não tenho nenhuma superioridade moral que me distinga de outros pais, mas espero não cometer certos erros que vejo por aí.
    A diferença é, quando chegar a altura, as minhas filhas não terão um carro, um telemóvel e um portátil topo de gama, um apartamento, uma conta bancária recheada e...vai para a universidade. Não terei capacidade económica para isso, mas mesmo que tivesse não seria esse o caminho.
    Mas se quiserem fazer um estágio no estrangeiro, ajudo na medida das minhas possibilidades.
    Não têm que ir para uma casa partilhar uma casa de banho com mais 10 pessoas, como eu tive (e não me queixo, foi assim e pronto). MaS não vou "dar-lhes" um apartamento porque, coitadinhas, precisam de conforto.
    E o curso é para se fazer, não é para andar lá a empatar.
    Isot pondo as coisas já um bocado longínquas, porque até lá ainda vou ter muitas e muitas dores de cabeça!
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 24

    Colocado por: oxelferBoas,

    Hoje estou para te "chatear" ;)





    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista


    Não são situações comparáveis. Hoje, provavelmente, teria arranjado um emprego part time, nessa altura isso não era habitual. A comparação que eu faço é que, com 19 anos e sem nunca ter saído do país, meti-me no Sud Express com uma mochila emprestada às costas e fui para Paris e depois para a Alemanha, feliz até mais não. Não estou a ver nenhum dos meus alunos atuais a fazer o mesmo.
  3.  # 25

    Boas,


    Colocado por: becasEu não tenho nenhuma superioridade moral que me distinga de outros pais


    Nem eu quero ir por ai ..

    Colocado por: becasvai para a universidade


    Pera lá?
    Mas já decidiste?
    E ela(s) não têm voto na matéria?

    Colocado por: becasMas se quiserem fazer um estágio no estrangeiro, ajudo na medida das minhas possibilidades.


    Qual preferes?
    1 - sejam ricas/bem sucedidas
    2 - felizes

    Porque partes do princípio que a felicidade delas (futura, não presente) está dependente de um curso ou estágio fora do país?
    Será a felicidade delas que estás a acautelar?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  4.  # 26

    Boas,

    Colocado por: becasNão são situações comparáveis.


    Desculpa que te diga isto, mas o que acabaste de escrever é a desculpa mais fácil que se pode arranjar ;)
    (não interessa para o caso, mas conheço muito boa gente da tua geração que os pais nem a universidade lhes conseguiram pagar e eles conseguiram-na fazer às suas custas, a estudar e trabalhar ao mesmo tempo)


    Colocado por: becasmochila emprestada às costas e fui para Paris e depois para a Alemanha, feliz até mais não


    E o que te leva a dizer que isso faria as tuas filhas mais felizes que ter por exemplo uma prancha de surf e ir curtir umas ondas de vez em quando?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  5.  # 27

    Qual preferes?
    1 - sejam ricas/bem sucedidas
    2 - felizes

    Não seja ingénuo; não é necessário ser rico para ser feliz mas ser pobre também não ajuda nada. Fornecer os meios para que possam ser independentes não é fazê-los ricos. Que façam o que os realiza - mas que isso não signifique que alguém tenha que trabalhar para pagar a felicidade deles. A felicidade não é um direito, é uma conquista de cada um.
    Concordam com este comentário: Cesca
    Estas pessoas agradeceram este comentário: becas
  6.  # 28

    Realmente acho o tema tão triste nos dias de hoje , todos tem um motivo para ser feliz , para ser triste , para gostar , para detestar enfim para tudo ... o contributo que posso prestar é que eu ainda hoje tenho pai e mãe que sempre fizeram de tudo para nos educar da melhor maneira obviamente não é mentira quando já referi que só em 2012 adquiri um par de botas da rockport, aos 33 anos de idade se me perguntaram se não tinha dinheiro antes ??? eu digo claro que tinha mas custava-me a ganhar ...( comprei numa promoção ) passei por um casamento triste que por fim foi-se , felizmente ... sempre tive os meus Pais por perto ...
    Hoje , ganho pouco ... se me perguntaram quanto nem me atrevo a dizer é pouco mas a minha educação de pobre foi-me ensinada assim ... e assim vivo .
    Como é sabido por alguns daqui casei-me novamente e em Abril vou ser pai e já estou nervoso lol estou feliz a minha mulher completa-me , eu nasci depois do 25 de Abril mas meu Pai era filho de um camponês não destes modernos né era mais do tipo daqueles que trabalhavam de sol a sol ...cedo ficou aleijado o meu avo e o meu pai teve que trabalhar desde os 13 anos ... já teve um avc foi tratado no Egas-Moniz .
    Contudo eu apenas participei não para contar um décimo da minha vida mas para dizer que em terras de abundância como foi após 25 de Abril a juventude ( os netos dos pais naquela era ) mudou por completo e muito .
    Hoje o filho desde pequeno é muito protegido , muito agalinhado , é dado a muita doença de tanto cuidado até .
    Hoje um filho exige e não dá nada dado em troca aos pais infelizmente acontece muito .
    Hoje em dia há pais que passaram por muito e exigem tudo dos filho não dando a oportunidade de estes serem crianças e adolescentes na hora certa .
    Tudo isto é um mix e leva a sociedade a pensar cada vez mais em egoísmo e acredito que isto não vai acabar nada bem .

    as politicas desde o 25 de Abril que foram imputadas por ladrões ao mais alto nível desmanchou milhões de lares de famílias de costumes de tradições e regalias ...
    tudo isto aconteceu com a reforma que se conhece aonde somos todos obrigados a trabalhar para poder-mos sobreviver bem ou mal .

    A justiça que não existe nem nunca existiu em Portugal desde que foi feito país .

    A vergonha que faz passar os nossos queridos ladrogorvernantes só incentiva a sociedade precária e débil mental a vir ao de cima .

    todos os empregos são precisos , são todos da mesma tamanha importância e infelizmente não percebo porque é que uns são mais remunerados do que outros e quando não são diferenciados pela discriminação ...

    Isto é uma ideia minha da maneira que vejo a sociedade
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 29

    Colocado por: oxelfer

    Pera lá?
    Mas já decidiste?
    E ela(s) não têm voto na matéria?



    Qual preferes?
    1 - sejam ricas/bem sucedidas
    2 - felizes

    Porque partes do princípio que a felicidade delas (futura, não presente) está dependente de um curso ou estágio fora do país?
    Será a felicidade delas que estás a acautelar?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista


    Estou a ser realista - vão deixar a formação no 12º ano? Não me parece nada boa opção e os pais convém que orientem os filhos, não é dizer amen a tudo.
    Devia era ter escrito ensino superior, mea culpa, mas daqui a 10 anos já terão acabado com o subsistema politécnico.
    Para já uma delas quer tirar um curso ligado à agricultura e aos cavalos (quantas crianças de 8 anos têm como sonho ter uma quinta? apoio completamente a ideia, diga-se de passagem). A outra quer ser atriz.
    O estágio no estrangeiro foi um mero exemplo! Pode ser outra coisa qualquer, um cavalo, por exemplo. Ou um campo de férias em Alter do Chão. Mais provável, de resto. Mas tem de saber inglês na mesma.
    A leitura de que eu penso que a felicidade está dependente de um curso és tu que estás a fazer. O que eu mais quero é que sejam felizes...mas os pais não se podem demitir da responsabilidade de apontar caminhos!
  7.  # 30

    Boas,

    Colocado por: j cardosoNão seja ingénuo;


    Sou-o.

    Colocado por: j cardosonão é necessário ser rico para ser feliz mas ser pobre também não ajuda nada.


    Então não ter um curso é necessariamente ser pobre?
    O que devo eu seguir? Algo que me faça feliz mesmo sendo necessário alguns sacrifícios ou algo que não me realize mas me dê dinheiro?

    Colocado por: j cardosoFornecer os meios para que possam ser independentes não é fazê-los ricos.


    Quem não têm um curso não pode ser independente?
    Exemplo: a pessoa que vive comigo, saiu de casa dos pais aos 18 anos com o 9º ano. E a partir desse momento passou a ser completamente independente.

    Colocado por: j cardosoQue façam o que os realiza - mas que isso não signifique que alguém tenha que trabalhar para pagar a felicidade deles.


    Onde é que eu escrevi ou sugeri isso?

    Colocado por: j cardosoA felicidade não é um direito, é uma conquista de cada um.


    Dúvidas, muitas dúvidas.
    A felicidade é um direito que eu me obrigo a ter.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8.  # 31

    Sou-o.

    Problema (ou não) seu.

    Então não ter um curso é necessariamente ser pobre?

    Não ponha na minha boca o que eu não disse.

    Quem não têm um curso não pode ser independente?

    Parece-me que o oxelfer é que está obcecado com cursos: eu referi "meios para que possam ser independentes". não falei em cursos.

    A felicidade é um direito que eu me obrigo a ter.

    Tem então um problema (pode ser que passe com a idade): a felicidade só o é quando não é se trata de uma obrigação. Ninguém - nem o oxelfer - o pode obrigar a se feliz, o que não quer dizer que não possa acontecer. Até eu o sou, por vezes.
  9.  # 32

    Boas,

    Colocado por: becasEstou a ser realista - vão deixar a formação no 12º ano?


    Se essa for a vontade delas, e se na altura já tiverem "arcaboiço" suficiente para tomar essa atitude e as suas "consequências", porque nãp?

    Colocado por: becasO estágio no estrangeiro foi um mero exemplo!


    Ah, ok.
    Pensei que só estavas disponível para "esforços" de formação, ou que as fizesse mais "capazes" (no teu entender).

    Colocado por: becasA leitura de que eu penso que a felicidade está dependente de um curso és tu que estás a fazer.


    A sério?
    Quem é que afirmou que "vai para a universidade" como se não houvesse outro caminho? Presumo eu que não colocas a hipótese de não irem para a universidade por algum motivo, e se o teu maior desejo é que elas sejam felizes, só posso concluir que o motivo que as obriga a ir para universidade só possa estar ligado ao teu maior desejo.

    Colocado por: becasO que eu mais quero é que sejam felizes...mas os pais não se podem demitir da responsabilidade de apontar caminhos!


    Indicar é uma coisa, obrigar ou fazer crer que não há alternativas é outra!

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10.  # 33

    Colocado por: oxelferA felicidade é um direito que eu me obrigo a ter.


    A constituição americana consagra o direito aos seus cidadão de procurar/lutar pela felicidade. (lembrado de um filme com o Will Smith, Pursuit of happyness)
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 34

    Colocado por: oxelferDesculpa que te diga isto, mas o que acabaste de escrever é a desculpa mais fácil que se pode arranjar ;)
    (não interessa para o caso, mas conheço muito boa gente da tua geração que os pais nem a universidade lhes conseguiram pagar e eles conseguiram-na fazer às suas custas, a estudar e trabalhar ao mesmo tempo)


    Hoje estás um bocadito rezingão...
    Mas desculpa de quê? Eu não me queixo do que não tive, paciência, não foi nada de essencial. Estou muito grata à minha mãe por ter gerido tão bem o pouco que tinha para não faltar nada de importante a mim e ao meu irmão. Ela foi uma heroína, deu-nos tudo o que podia, e a felicidade dela (a possível) alimentou-se muito destas coisas: ver os filhos formados, termos reconhecimento na nossa profissão.

    Colocado por: oxelferE o que te leva a dizer que isso faria as tuas filhas mais felizes que ter por exemplo uma prancha de surf e ir curtir umas ondas de vez em quando?



    Isso de ir curtir uma ondas de vez em quando é que não dá muito jeito - só se for nas ondas ali do Mondego!
    Acho que estás a confundir um bocadito as coisas...passaram-se muitos anos, a juventude das minhas filhas nunca vai ser igual à minha (para o mal e para o bem), mas se me perguntas se ficava contente se fossem dessas jovens para quem o ideal de vida é ir comprar trapos e flirtar ao telemóvel...não, não ficava contente... ou achas que algum pai acredita no bláblá de "ah, e tal, eu quero é que seja felizes, se não quiser estudar e for trabalhar numa boutique tudo bem"?
  11.  # 35

    vocês não se malhem tanto !!!!
    atenção um Pai não pode ser culpado por querer o melhor para o filho tendo o medo que isto (país ) volte a Miséria que era .

    nem um PAI pode pedir a um filho que estude demais para depois não ter emprego .

    tenham calma a qualquer hora se estuda acho eu .
  12.  # 36

    Boas,

    Colocado por: j cardosoNão ponha na minha boca o que eu não disse.

    Colocado por: j cardosoParece-me que o oxelfer é que está obcecado com cursos: eu referi"meios para que possam ser independentes". não falei em cursos.


    Desculpa.
    Não era minha intenção.

    Não sou eu que dou como "obrigação" a formação dos meus filhos.

    Colocado por: j cardosoTem então um problema (pode ser que passe com a idade): a felicidade só o é quando não é se trata de uma obrigação. Ninguém - nem o oxelfer - o pode obrigar a se feliz, o que não quer dizer que não possa acontecer. Até eu o sou, por vezes.


    Percebo o que queres dizer. Mas não era nesse sentido que eu me estava a referir.
    Eu faço as minhas opções de vida sempre tendo a minha felicidade em vista, esse é o meu primeiro objectivo.
    Se o ser feliz me obriga a abdicar de certas coisas eu abdico sem qualquer tipo de problemas.
    Tento não me iludir com felicidade "fácil", essa não é para mim felicidade.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  13.  # 37

    Boas

    Colocado por: becasHoje estás um bocadito rezingão...


    Eu avisei ;)

    Colocado por: becasEu não me queixo do que não tive, paciência, não foi nada de essencial.


    Olha que te "queixaste" um pouquinho ...

    Colocado por: becasEstou muito grata à minha mãe por ter gerido tão bem o pouco que tinha para não faltar nada de importante a mim e ao meu irmão. Ela foi uma heroína, deu-nos tudo o que podia, e a felicidade dela (a possível) alimentou-se muito destas coisas: ver os filhos formados, termos reconhecimento na nossa profissão.


    Atenção que eu nunca pus isso em causa.

    Colocado por: becasou achas que algum pai acredita no bláblá de "ah, e tal, eu quero é que seja felizes, se não quiser estudar e for trabalhar numa boutique tudo bem"?


    Se o argumento é esse eu calo-me.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 38

    Colocado por: oxelferPercebo o que queres dizer. Mas não era nesse sentido que eu me estava a referir.
    Eu faço as minhas opções de vida sempre tendo a minha felicidade em vista, esse é o meu primeiro objectivo.
    Se o ser feliz me obriga a abdicar de certas coisas eu abdico sem qualquer tipo de problemas.


    Eu faço as minhas opções de vida tendo a minha felicidade e a das minhas filhas em vista. Se for preciso hierarquizar: primeiro a delas, depois a minha. Não é retórica, é mesmo assim.
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 39

    Colocado por: oxelferOlha que te "queixaste" um pouquinho ...


    Eu podia (posso) queixar-me, mas não que escrevi. Se puder dar mais oportunidades às minhas filhas, darei, mas sabendo sempre que isso não é o essencial. O que me marcou não é para partilhar num fórum (mas influencia a forma como sou mãe).
    • becas
    • 17 fevereiro 2012

     # 40

    Recolocando a questão: o que espera esta geração? Como vão viver a deceção provocada por uma entrada na vida adulta marcada pelas restrições, pela falta de emprego, pela escassez de recursos económicos?
 
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