Colocado por: Princesa_:) Concordo com a Becas, não vejo orgulho em dizer-se que não se viajou...
E quanto às casas caras, tenho alguns bons exemplos na família, de quem conseguiu ganhar muito dinheiro começando com um crédito para uma casa cara em Lisboa. Que depois vendeu pelo dobro do preço e comprou mais uma, com essa fez o mesmo, depois... bom, depois comprou duas vivendas na margem sul e vendeu só uma, a outra já estava mais do que paga...
Por isso: Comprar caro e em Lisboa, muitas vezes é melhor negócio pois vender é muito mais fácil e não desvalorizam. E é ser-se burro e viver acima de possibilidades por exemplo!? Ora, se for "urgente" vender, acham que vendo melhor uma casa em Lisboa (das caras) ou uma dos suburbios!? Estou convencida que vendo com mais facilidade a cara de Lisboa e que por isso, é um investimento com menos risco...
Colocado por: luisvvA classe média viveu efectivamente acima das suas posses?
2 visões possíveis:
1) Não. Cada um vive com o que tem e o que previsivelmente teria. Como poderíamos adivinhar que uma coisa destas ia acontecer? Como se admite, um país civilizado, no século XXI, viver sem ...(introduza aqui algo absolutamente indispensável à sua escolha) ???
2) Sim. Durante anos e anos a classe média beneficiou de rendimento disponível gerado artificialmente - serviços e bens fornecidos pelo Estado de forma "tendencialmente gratuita" - pagos a crédito e gerando a ilusão de que o nível de vida possível era este. Era previsível (e anunciado há muito por escolas de pensamento malditas). Durante décadas viveu-se na ilusão de que o Estado devia gastar dinheiro para manter empregos e empresas, estimular isto e aquilo, prosseguir este e aquele objectivo ou estratégia - e espantosamente, continua a insistir-se nessa ideia.
É que acho que é parte dos dois. Acho que a classe média que "ascendeu" ascendeu provavelmente porque a saúde, a educação e etc eram tendencialmente gratuitos.
Hoje em dia, é a classe média que paga os 30 euros a mais de propina por aqueles que não podem pagar, o mesmo sucedendo nas taxas moderadoras, e nos impostos (progressivos), e etc. até que esta classe média passe para baixo e seja ela própria a não conseguir suportar tanto... É o que sinto...
a casa é dada como garantia do empréstimo, mas nada obriga que valha a divida
Eu já pedi credito com garantia de uns fundos que tinha, mas que não cobriam a divida. Se não pagasse o empréstimo eles ficavam satisfeitos só com os fundos?? Claro que não!!
É verdade que o particular pode investir é de aplaudir, mas normalmente é maioritariamente para gastar que se contraem empréstimos!
Se acha que os seguros cobrem os azares ... esqueça lá isso!! Não tem seguro nenhum que lhe pague um ordenado se ficar despedido por longo tempo!!
Não há seguro nenhum que lhe pague todas as despesas de saúde em casos graves e prolongados de doença!!
E se houvesse seria caríssimo!!
Declara-se insolvente... é fácil... mas nunca mais pode ter uma conta num banco muito menos um empréstimo ( sem pagar tudo o que deve)!!!!
Colocado por: Princesa_Era previsível sim!
Quanto ao system, nos ultimos posts disse tanta coisa disparatada que vai ser dificil explicar-lhe o quão enganado está... dou só alguns exemplos do que disse que não é verdade:
A questão é mesmo essa. Os tribunais (ainda só na primeira instância ao que sei) decidiram que, se o Banco avaliou acima do que emprestou, então aceitando a casa de "volta" deverá dar a dívida como saldada. (desde que isto aconteceu que os Bancos não querem aceitar as casas de volta pois se o fizerem não podem ir buscar mais nada ao devedor ou fiadores)
Claro que não, a garantia, ao contrário do que pensa, não era "só" os fundos, mas sim todo o seu património. O seu património responde SEMPRE pelo que contrata, excepto quando o faz através de sociedades.
A maior parte do crédito é para habitação própria e permanente.
Tudo o que pensa que não existe, existe. As coberturas dependem do custo dos prémios, E mais: os bancos agora exigem mais seguros, para segurar mais riscos.
Já disse muitas asneiras mas esta foi a maior! Se fosse assim, talvez não existissem tantos insolventes. Eu já disse aqui e digo de novo, soubesse mais gente sobre o que implica a insolvência, e a maior parte ficava a dever tudo a todos e na maior das calmas! Está tão enganado quanto a tudo isto...
Colocado por: becasQuando vejo os ataques que aqui são feitos a determinados tipos de consumo e apologia de um modo de vida limitado ao mínimo, sinceramente, só me faz lembrar o discurso ideológico do Estado Novo...pobrezinhos mas honrados...uma casa modesta mas arrumadinha...roupinha pobre e remendada mas limpinha...um povinho muito feliz porque a felicidade não está nos bens materiais, mas sim nos valores.
Colocado por: becasum povinho muito feliz porque a felicidade não está nos bens materiais, mas sim nos valores.
Colocado por: becasPerfeito - os poderes que mandam neste país estão a ter sucesso! Mais que empobrecer a bolsa, trata-se de empobrecer o espírito...a submissão, a limitação de horizontes...devagarinho chegamos lá...
Colocado por: becasE a mim custa-me ver que pessoas que se matam a trabalhar não conseguem viajar, nem comprar livros, nem comprar roupas bonitas, nem trocar o carro velho. Consumismo? Não, direitos de quem trabalha.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)quem dera a 50%(foi o número que caiu em cima da cama) da população estar na tua situação.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)Os anti-consumistas defendem um uso mais "racional" do salário.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)Colocar a corda na garganta é pensar no imediato, não pensar no futuro ou não prever que o futuro não correrá sempre melhor que o que o imaginamos. É pensar que hoje tenho 100, então posso gastar 100 (até me fico por aqui) em algo que passava bem sem ele, sem pensar que nos mês seguinte vou precisar dos 100 para algo que me é essencial.
O (meu) anti-consumismo defende um pouco isto. Não sabemos o dia de amanhã, então devemos pelo menos colocar dentro das hipóteses, que este poderá não ser tão bom quanto o desejamos.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)O que vejo à minha volta é obsessão, muitas vezes nem sequer do prazer que um determinado bem possa dar, mas sim do que este bem pretensamente possa dizer sobre o seu detentor.
A história da marca A ou B está presente no dia a dia, não interessa o uso, características ou se vamos ou não utilizar todas as suas potencialidades. O que interessa é possuir um bem da marca A ou B. Se o A faz mais ou menos que o B? Não interessa. Se o A até é melhor e dura mais que o B? Não interessa, o B é que está na moda.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)
Espero que te lembres disso quando pagas à tua empregada.
Espero que te lembras de defender o mesmo para quem te recolhe o lixo à porta.
Espero que te lembres disso quando dás uma gorjeta a quem recebe menos de um quarto do que tu recebes.
Não te esqueças deles, eles também têm o direito a comprar livros, roupas novas e bonitas, e a trocar o carro velho. E porque não a viajar?
Sabes, é muito bonito defender os "direitos de quem trabalha", mas não te esqueças que os recursos não são ilimitados e que não são só para ti, e que provavelmente para que todos possam ter os "direitos" que tu achas que devem ter por trabalhar, terias de reduzir ainda mais os "direitos" que tens e achas poucos.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)não me venhas com a história que te esforçaste muito, que estudaste muito, que tens isto e aquilo, porque se quiseres realmente saber quem passou e passa muitos anos a sacrificar-se, a sofrer no corpo (literalmente) o desgaste da sua profissão e que após uma vida de trabalho continua a ganhar 25% daquilo que ganhas ... basta abrires os olhos. Compara os teus sacrifícios com um mineiro ou um trolha (com todo o respeito) e diz-me que tens mais "direitos" porque te esforçaste muito mais.
Colocado por: oxelfeR (hibernado)nunca saí de Portugal
Ponho-te este cenário, que se passou com uma das minhas melhores amigas: casal de professores, ela do ensino público, com 15 anos de serviço, ele do ensino cooperativo. Ela é colocada a 450km de distância: vai com a filha bebé, aluga uma casa, e as despesas são tantas (o marido fica na cidade da origem) que quando ela vai ao supermercado traz as doses de peixe e carne só para a filha - ela remediar-se-á com qualquer coisa, pão e leite ou assim. Não estamos a falar dos ditos pobres estamos a falar da dita classe média. E vens-me falar de consumismo? Vêm-me falar que a classe média tem de baixar os seus padrões de consumo? Tenho que aceitar as teses dos liberaizinhos da m***, entre uma saída na sua moto 4 e uma petiscada de marisco com os amigos? Como dizia o outro, tretas, sim, tretas. Revoltada, estou, mas olha que não é com os ordenados a menos, é com a injustiça social a mais.
Ui, Deus nos livre de ouvir os "liberaizinhos de M***" !!! São gajos chatos que só sabem dizer mal e só pensam em números, porque não sabem que o que importa são as pessoas e não os números. Vejam lá, eles até chegam a achar que (admitindo que o Estado deve empregar professores) a colocação de professores devia ser uma escolha das escolas, e não o resultado de um monstruoso concurso. E chegam a ser tão insensíveis que pensam que se o Estado só tem X não pode gastar X+Y indefinidamente(não sei porquê, afinal o Estado é gente de bem e paga sempre - afinal, ospatos contribuintes estão lá para pagar o que o Estado decidir, e se não pagam é uma injustiça, social, que soa melhor). Esses liberaizinhos são tão merdosos que até dizem que o Estado é como todos os outros : se gasta a crédito hoje, terá que reduzir o que gasta, algures no futuro. Raios os partam, que vieram perturbar a nossa vidinha que corria tão bem. Se eles não estivessem armados em parvos, o Estado pagava-nos com notinhas do monopoly, mas isso não era problema porque as notas do monopoly até são giras e dão para comprar casas...
Ui, Deus nos livre de ouvir os "liberaizinhos de M***" !!!
São gajos chatos que só sabem dizer mal e só pensam em números, porque não sabem que o que importa são as pessoas e não os números.
Esses liberaizinhos são tão merdosos
Afinal o que nos lixou a todos foi a TEORIA? ou foi antes a PRÁTICA?
A meu ver hoje estaria tudo certo, se o estado tivesse gastado como (e onde) devia... Se se tivesse preocupado realmente com as pessoas não só no "presente" mas tb em termos "de futuro". Administrando bem os recursos o dinheiro teria chegado, e não veríamos actualmente tantos portugueses com dificuldade em assegurar as necessidades básicas de que a Becas fala.
Mas o estado dito "social" gastou muito onde não devia. Depois apesar de eu reconhecer que também colocou algum onde devia, fez imensos despedícios que me espantavam, sobretudo por terem o apadrinhamento ou a conivência de responsáveis da administração. Foi um tempo! Assim nos metemos neste grande sarilho em que nos encontramos.
Não concordo, acho que se preocupam com as pessoas: mais precisamente com eles próprios - por vezes preocupam-se com os outros: interessa-lhes "esmifrá-los". Também se preocupam com os números: estão sempre preocupados com os números que definem o apoio que acham que o estado lhes devia conceder.
Concordo. Em geral não passam de gente nascida em berço de ouro a tentar manter privilégios. São uns totós merdosos incapazes de sobreviver no mundo que defendem (melhor - dizem defender) sem as vantagens com que contam à partida. Não passam de uns tristes sempre à procura do apoio do estado - e conseguem-no sempre - quando o vento não sopra de feição e a fugir do estado quando chega à hora de taxar os lucros. São uns meninos mimados que acabam com a brincadeira e vão a correr chorar para o paizinho quando as coisas lhes correm mal.
Acontece que a "prática" é a aplicação da teoria. Se eu postular algo que é impossível de aplicar, o que devo esperar?
O Estado gastar onde devia é uma contradição em termos. Administrar bem não é atributo do Estado - e a natureza do Estado pressupõe ineficiência e destruição de riqueza.
Ai que tanto se fala em ignorância e depois tomam-se as partes pelo todo... j cardoso, não o vi ali ao lado a reclamar por causa disso mesmo?
Não me parece que seja esse o caso. Todos os modelos podem ser aplicados..
Uns são piores que outros ;)))
Mesmo os bons modelos teoricos são frequentemente tão mal aplicados, que acabam por vir a dar m*** . Acontece quando servem de bandeira a quem os propagandeia e mais nada... Mas daí até serem impossíveis de aplicar vai uma grande distância...
Contradição? Só é contradição se de todo não admitir a existência do estado.Sempre haverá algum "estado". Mesmo para os que gostam de o "mirrar"...
2) Aministrar bem não é atributo do Estado - Não é?... (E não, não só, mas tb...)
Não vejo porque motivo os estados terão de ser obrigatoriamente ineficientes.Devido á escala? Aos agentes? Á estrutura? Aos processos?
Vamos lá ver: os "bons" modelos são julgados bons porquê? Pelas intenções de quem os defende. Se o Zé das Couves defende a melhoria do nível de vida dos pobrezinhos através da abolição das restrições à liberdade contratual de cada um, é um perigoso facínora ....
Lá está: o Estado presta serviços em monopólio - e onde concorre, concorre em vantagem desleal. Nessas condições não é possível ser eficiente - se não há concorrência e não há necessidade de adequar o custo ao preço do serviço, o guito continua a vir, por muito que se estrague (não se esqueça que os recursos não são ilimitados e toda a gente tem óptimos motivos para reclamar mais um bocadinho de despesa).