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  1.  # 1

    Boa noite,

    De certa gostava de ler as vossas opiniões em relação a minha situação que passo a explicar:

    - Celebrei um contrato de promessa (que depois de mt insistir para ter data e não uma previsao de entrega) tinha data de 31 de Julho
    - Chegado a essa altura a casa nao estava licenciada nem todos os acabamentos na casa estavam prontos
    - Foi-me dado um habitação temporária desde fins de Agosto enquanto as respectivas licenças eram emitidas. Depois de visitar o imovel pedi a rectificação de vários pontos que estavam a precisar de rectificação (marmores partidas, tabuas de flutuante manchadas, moveis com mossas, pinturas mal feitas, etc).


    Depois de muitos telefonemas e visitas a fracção foi tendo algumas reparações que em sua vez causavam mais danos ao que ja estava pronto do que outra coisa. Acabei por me ver forçado a adicionar esses pontos a tudo o que pretendia ver rectificado.

    Agora a empresa vendedora em concordancia com a empresa que fez a obra da a mesma como terminada. Para mim seria optimas noticas se eu visse tudo reparado mas a verdade é que há coisas que ainda estao por reparar... coisas estragadas por eles e outras que ja tinha pedido para reverem porque nao estavam bem feitas (escadaria de entrada com varios riscos fruto das pranchas usadas para rectificarem as paredes - descuido absoluto, manchas e tabuas do flutuante danificadas e as manchas, tinta metalica no flutuante devido as pinturas sem protecções acabaram por pintar o que nao deviam, bases de moveis que dizem nao poder substituir porque ja nao tem mais desse produto, etc).
    A verdade é que nao discutem que as coisas estao mal, apenas dizem que nao vao reparar... e neste momento depois de meio ano de muita paciencia tenho de decidir o que fazer e ai gostava de pedir a vossa opiniao.

    Convem realçar a nivel legal que apenas ainda fiz os registos provisorios e que ainda não assinei escritura.
    Sei que os danos na escadaria de 15 degraus com marmore no degrau e espelho fica bastante caro se pretender substituir assim como o soalho que esta por substituir e que implica que seja levantado o soalho em tres pisos diferentes.

    Sei que poderei escriturar e accionar a garantia da casa e que eles tem de rectificar isso mas mesmo o proprio processo de denuncia para mim é um bocado desconhecido. Sei que também ha a possibilidade de escriturar com uma adenda onde constem os vários problemas da casa só nao sei se isso tem de ser acordado por ambas as partes ou se eles são mesmo obrigados a aceitar que a escritura seja feita neste modos.

    Qualquer informação é benvinda.
  2.  # 2

    Alguma sugestão?

    Obrigado
    •  
      FD
    • 30 novembro 2008

     # 3

    Colocado por: GlytchSei que poderei escriturar e accionar a garantia da casa e que eles tem de rectificar isso mas mesmo o proprio processo de denuncia para mim é um bocado desconhecido. Sei que também ha a possibilidade de escriturar com uma adenda onde constem os vários problemas da casa só nao sei se isso tem de ser acordado por ambas as partes ou se eles são mesmo obrigados a aceitar que a escritura seja feita neste modos.

    Acha mesmo que vão reparar alguma coisa depois de receberem o dinheiro? Pergunte-se a si mesmo com toda a honestidade: não o fazem agora, porque é que o farão depois?

    Para mim é simples: ou desiste das reparações ou não faz a escritura.
    Tem um contrato de promessa de compra e venda, se não fizer a escritura, eles não conseguem vender a casa pois os registos provisórios estão feitos.
    Parece-me que os trunfos estão todos do seu lado.

    Seja diplomático mas firme: ou reparam os problemas ou não se faz nada até que tal esteja feito.

    As alternativas serão negociar um desconto e aceitar os defeitos, ou simplesmente pedir o sinal e o custo dos registos de volta e cancelar o negócio.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Glytch
  3.  # 4

    Obrigado pelo teu comentário FD.

    A minha dúvida é se tenho fundamento suficiente para cancelar o negócio? É obvio que as coisas não estao como acordadas e que querem vender por novo um imovel com defeitos contudo não sei se posso nesta altura do campeonato simplesmente exigir que me devolvam o sinal.

    Se aceitar os defeitos com uma rebaixa do preço como posso salvaguardar-me dos possiveis defeitos que a casa tenha no futuro e que devem estar cobertos pela garantia?
    Como funciona com os bancos se houver uma redução do valor? O emprestimo ta feito para X e se houver desconto terá de ser escriturado e o emprestimo feito no valor de X-desconto.

    Obrigado
    •  
      FD
    • 1 dezembro 2008

     # 5

    Claro que há fundamento, basta falar na data de entrega, o problema é fazer com que devolvam o sinal.

    Já contei isto aqui muitas vezes, mas aqui vai mais uma: alguém da minha família sinalizou uma casa com 2.500€ até que vendesse a então actual casa num prazo de 6 meses. Se não vendesse, assim que o construtor conseguisse vender a nova casa, devolvia o sinal.
    A pessoa da minha família não conseguiu vender a casa. O construtor vendeu a casa nova, ficou com o sinal e não o devolveu.
    Foi para tribunal e lá está há 6 anos. O construtor abriu falência, passou tudo para nome da mulher e onde é que estão os 2.500€? Puf!

    Este é o verdadeiro problema: a inutilidade da justiça em Portugal. Os anos que passam entre um conflito e a resolução do mesmo nos tribunais permitem tudo à parte menos interessada em resolver o problema, inclusive fechar e esquecer, por alguma razão as empresas são "Limitada" (responsabilidade).
    Se for uma empresa relativamente grande é mais fácil, pois não será por um pequeno negócio que irá fechar as portas.
    Da sua parte, não sei qual foi o sinal entregue, mas com toda a certeza que fará falta para outra casa caso desista dessa.

    E é assim. Mas ai de quem fale mal da justiça. Porque a culpa é do governo, a culpa é dos funcionários públicos, a culpa é dos juízes, a culpa é dos advogados, a culpa é da lei, a culpa é, aos olhos dos outros e em última instância sua porque decidiu gastar tempo em tribunais com coisas fúteis - dinheiro, veja só... é estúpido mas é assim que funciona. Cá para mim, nestes assuntos de natureza económica chapa 5 (fazia-se como nos hospitais, uma triagem), os juízes, funcionários e demais intervenientes apenas receberiam à tarefa - despacham um caso, recebem x.

    Mas chega de off-topic.

    O desconto para compensar os defeitos deverá ser reduzido a escrito e incluído como anexo à escritura. Todos os outros defeitos que não esses terão, como é lógico, garantia.

    Quanto ao banco, basta passar pela agência e dizer isso mesmo, não há-de ser nada de especial.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Glytch
 
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