Ora bem, preciso de informação TÉCNICA para os seguintes tipo de pavimentos:
cubos de calcário e basalto 5x5 e 10x10 (calçada portuguesa) cubos de granito 5x5 e 10x10 (paralelos XD) mosaicos hidraulicos de 1º placas vibroprensadas lancis(bermas)
Toda a informação é bem vinda: Propriedade dos materiais, técnicas de aplicação, regras da arte, eventuais normas (para o produto ou para um material em específico)...
Colocado por: FDE qual seria o propósito desta informação? Talvez assim se possa dizer mais alguma coisa...
Basicamente será a produçã ode documentação técnica para depois ser usado em cadernos de encargos para obras ou prestações de serviços. Servirá não só para mim como tambem para qualquer utilizador do forum que vá contruir, terá uma base regulamentada para garantir alguam qualidade na sua obra.
INFORMAÇÃO (se alguem tiver mais informação ou tiver as normas referidas diga)
Normas aplicaveis: NP EN 1338:2009 Blocos prefabricados de betão para pavimentos. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1339:2010 Lajetas prefabricadas de betão. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1340:2009 Lancis prefabricados de betão. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1341:2004 Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1342:2004 Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1343:2005 Guias de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e métodos de ensaio
NP EN 1344:2004 Blocos cerâmicos para pavimento. Especificações e métodos de ensaio
NP EN 12057:2006 Produtos em pedra natural – Ladrilhos modulares – Requisitos
NP EN 12058:2006 Produtos em pedra natural – Placas para pavimentos e degraus – Requisitos
EN 13454-1:2004 Binders, composite binders and factory made mixtures for floor screeds based on calcium sulphate – Part 1: Definitions and requirements Ligantes, ligantes compósitos, e misturas feitas em fábrica de sulfato de cálcio para revestimentos contínuos de pavimentos – Parte 1: Definições e requisitos
Lajetas (placas de betão, ou peças de betão)
Tipos de assentamento
Base rígida: Argamassa de Assentamento (tipo)
A argamassa de assentamento é o material mais utilizado no exterior devido ao custo.
Previamente ao processo de aplicação da argamassa de assentamento, deve humedecer-se a superfície de apoio, para evitar que esta absorva água e diminua a qualidade da argamassa.
A título meramente exemplificativo, uma composição usual da argamassa é a seguinte:
- Uma parte de Cimento Portland, em geral classe 32,5.
- De 4 a 6 partes de areia.
- Relação água/cimento adequada a obter uma consistência plástica.
- Espessura da camada de argamassa: 25 - 40 mm
Cimento Cola Técnico
As colas devem ser do tipo flexível e utilizadas sempre seguindo as indicações do fabricante, como por exemplo: não deixar ultrapassar a acção da cola; é importante que a mistura da massa (cimento-cola) se faça com um misturador eléctrico.
As peças devem ser pressionadas com movimentos vibratórios e batidas levemente com um maço de borracha, sem, no entanto danificar a sua superfície, até que o seu assentamento fique perfeito. Aconselha-se uma junta mínima de 3 mm que deve ser de 8 a 10 mm quando junto de paredes e pilares, de modo a evitar os efeitos das dilatações contracções dos mesmos.
Para peças aplicadas em zonas de tráfego intenso, a colagem deverá ser dupla.
Fechamento das juntas:
Depois de devidamente assente o pavimento, tem que ter obrigatoriamente a junta fechada com uma argamassa de rejunte flexível evitando a entrada de água por esta, o que daria origem à deterioração do adesivo (cimento cola) e, consequentemente à descolagem das peças.
Para aplicação do rejunte, o material deve ter pelo menos 24 horas de secagem (após o assentamento).
Em seguida deve ser bem limpo de todas as impurezas. Ter sempre em atenção que a temperatura do ambiente e do suporte deve situar-se entre os 8ºC e os 25ºC.
O rejunte dá um aspecto estético diferente e de autenticidade à calçada pelo seu possível contraste de tonalidade, evitando também a entrada de água pela junta.
Base flexivel:
Verificar: A preparação da sub-camada base a qual deverá estar devidamente compactada de forma a assegurar a capacidade de carga. A existência de elementos de confinação e/ou contenção de modo a garantir a estabilidade e durabilidade do pavimento.
Aplicação: Regularizar / desempenar o terreno natural avaliando a sua capacidade de carga bem como o seu estado de saturação de humidade.
Aplicar 10 a 15 cm de material britado de granulometria extensa (tout venant) bem compactado e regado com um compactador de rolos (cilindro) munido de vibração. Nas zonas onde este equipamento não tenha acesso deverá compactar-se o terreno com auxílio de um compactador de impacto “saltitão”.
Estender uma camada de areia ou pó de pedra com cerca de 3 cm de espessura, preferencialmente húmida, regularizada (a nível ou não consoante a situação), com auxílio de mestras e uma régua.
Assentar a Lajeta com juntas de 1,5 a 3 mm. A Lajeta será sempre de espessura adequada e eventualmente reforçado com armadura.
Por cima da Lajeta aplicada espalha-se pó de pedra fino ou areia fina, varrendo-o de modo a facilitar a entrada nas juntas.
Proceder a uma rega cuidada de toda a área pavimentada procurando evitar o arrastamento da areia das juntas.
O pavimento estará já em condições de poder ser plenamente utilizado.
Limpeza e impermeabilização:
Esta é a operação final que tem como finalidade eliminar resíduos de adesivo (cimento cola) ou outros materiais usados no processo de assentamento. A limpeza com ácidos é contra-indicada pois, pode prejudicar a superfície das peças bem como o rejunte; no caso de ser necessário uma limpeza mais profunda deve-se usar uma solução de base ácida neutralizada, e lavar com água em abundância. Depois do pavimento/revestimento estar totalmente limpo e seco deve-se aplicar um tratamento de superfície (impermeabilizante óleorepelente de base aquosa). Recomenda-se o cuidado de remover imediatamente qualquer agente manchante (gordura, cigarro, café, vinho etc.) que caía sobre o material, pois desta forma evita-se o surgimento de manchas de difícil remoção.
Lancis
Aplicação:
escavação para execução da fundação.
aplicação do betão para execução da fundação.
aplicação das guias de betão.
aplicação da argamassa para enchimento e fecho das juntas.
cortes necessários para execução de curvas.
Dados técnicos na aplicação:
A escavação deverá ter a largura da fundação e profundidade necessária, devendo o fundo ser conveniente batido.
Terão o comprimento de 1,00 m nos troços retos e, nas curvas, o que melhor se ajuste ao desenvolvimento delas, com um limite inferior de 0,50 m.
O lancil assentará sobre uma fundação de betão ciclópico com as dimensões de abaixo especificadas, de tal forma que apresente, na forma definitiva, um espelho igual ao existente ou em segunda estância 15 cm acima do pavimento. Dimensões da fundação: - Guias de lancil = 0,30 x 0,25 - Guias de rampa = 0,60 x 0,25 - Guias de jardim = 0,25 x 0,25
O betão deverá ser ciclópico sendo a amassadura com uma dosagem mínima de cimento de 250 Kg/m3 e a pedra de granito azul, são e com dimensão máxima de 7cm.
As guias deverão ficar mergulhadas no betão da fundação pelo menos 0,80m.
As guias deverão ser de betão, homogéneas, sem defeitos ou quebras.
A argamassa para as juntas deverá ser de cimento e areia ao traço 1/3.
As juntas deverão ser convenientemente molhadas previamente à aplicação da argamassa e o trabalho perfeito.
Os cortes para curvas deverão ser o mais perfeito possível a fim de melhor definir as curvaturas.
As juntas não poderão apresentar desvios superiores a 0,01 m tanto em alinhamento como em perfil.
O lancil, quer em alinhamento reto quer em curva, deverá ficar perfeitamente alinhado e desempenado, tanto no seu espelho como na face superior.
As juntas deverão exceder 0,3 cm e serão preenchidas com argamassa.
Calçada - Cubos de pedra natural
Aplicação de pó de pedreira para almofada;
Aplicação dos cubos
Execução de cortes para remates e execução dos mesmos;
Aplicação de argamassa de cimento na execução de remates, quando necessário
Refechamento de juntas com pó de pedreira
Compactação da calçada. Quando se prevê a passagem de veículos motorizados a mesma deve ser feita por cilindro.
Dados técnicos:
almofada de pó de pedreira com o mínimo de 0,03 m de espessura
A areia deverá ser limpa e isenta de impurezas.
As juntas deverão ser o mais apertado que se conseguir
O formato da calçada será “à fiada”, no entanto fica ao critério do dono de obra
A superfície tratada deve ser coberta com pó de pedreira
Em casos que o dono de obra preveja deve o traço da mistura a usar, tanto no assentamento como no fechamento das juntas, ser acrescido de ligante hidráulico do tipo cimento Portland.
Fontes: www.artebel.pt www.alcupel.com LNEC Informação interna (fruto da experiência - não minha)