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  1.  # 121

    Não vai deixar de consumir da edp porque não tem grandes hipóteses né?
    Não vai comprar muito pão português porque comos os portugueses são ineficientes deixaram de cultivar trigo em todo o território Nacional né?
  2.  # 122

    olhe luisvv

    nem vou continuar mais até porque na tenho muita bagagem para estas coisas, apenas alguma sensibilidade.
    mas onde raio é que voce é assim tão vidente que estabelece logo á partida que as empresas são ineficientes???

    isso é conversa de teorico, como é que consegue essa equação tão precisa??? tretas e mais tretas.
    se não promover emprego e recursos aos meus vizinhos ( pessoas da minha comunidade) elas ficam sem possibilidade de comprar os meus produtos e lá está temos que ser todos exportadores NÃO É ??
    ao menos admita que hoje em dia o capital, o sistema financeiro, atingiu tamanha preponderância ( que tudo maneteia) que até mata o tal sistema que defende que é o liberalismo economico, a livre iniciativa, a economia de mercado livre, etc etc... não me venha dizer que um pequeno empresário com iniciativa tem neste momento um oasis á sua frente, um mar de condições favoráveis para "mercantilizar" os seus produtos. ah já sei vai-me dizer que se tiver um produto competitivo já dá, tretas.
    de uma vez por todas, uma comunidade que não promove o emprego só possibilita a sobrevivência de alguns pois tudo seca á sua volta.
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
  3.  # 123

    Boas,

    Colocado por: marco1isso é conversa de teorico, como é que consegue essa equação tão precisa??? tretas e mais tretas.


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  4.  # 124

    Colocado por: Meia Cuca
    Lol, foi o que aconteceu comigo, preferi a horta em vez da piscina. Além do mais é mais barato. Com "sistema de rega" e tudo... :)))
    Concordam com este comentário:Anonimo16062021,Façabem
      A horta (Small).JPG



    Psst:



  5.  # 125

    Digamos que a conversa da malga de arroz é boa para ter no café da esquina.


    1 - Digamos que quem trouxe à conversa a malga de arroz foi o Luís.
    2 – Digamos também que o boi bem pode dormir mas todos aqueles que se deitam com o estômago vazio vão ter alguma dificuldade e uma malga de arroz podia fazer a diferença; sabe que há ainda muita gente que apenas consegue uma refeição (?) diária?

    Porque é contraditório defender que se deve comprar o produto mais caro a um português, apenas pelo facto de ser português, evitando assim o seu empobrecimento, enquanto se justifica tal escolha com a pobreza dos concorrentes.


    Por acaso não acho isso. Pese embora todo o humanismo de que me acusa eu sou algo selectivo nesse humanismo: primeiro a família, depois o “clã”, depois os cidadãos do meu país com quem partilho uma cultura, uma história e um passado e com quem partilharei o futuro.

    Evidentemente, há e continuará a haver muitos países com níveis de vida extremamente baixos quando comparados com o nosso.


    Evidentemente que é assim; continuará a ser enquanto a criação de riqueza for o objectivo só por si e não o meio para levar o nível de vida das populações. Compreendo que sempre haverá desigualdades o que não compreendo é que essa desigualdade vá ao ponto de permitir que alguns morram de fome ou apenas sobrevivam enquanto outros acumulam semelhante riqueza que à sua beira Creso não passava de um pedinte.

    E é nessa altura que toda a conversa moralista do humanismo e da solidariedade se confronta com a realidade de ter que impedir os países pobres de exportarem porque são... pobres....


    Ao ler o que luísvv escreve passa até a ideia que está preocupado com os países pobres, nada mais falso: o que defende é o primado do preço baixo e aqui é que a porca torce o rabo: este sistema está disposto a tudo para que existam países onde a mão-de-obra se mantenha a preços irrisórios independentemente das condições sociais. A hipocrisia fica à vista quando defendem com unhas e dentes a globalização dos mercados, a economia global, aberta, etc. Querem abertura a tudo, matérias primas, mercados, etc, ; só não querem a abertura e a globalização do mercado de trabalho: pelo contrário, fecham as próprias fronteiras transformando os seus territórios em fortalezas. Podem entrar as matérias primas, os produtos e os capitais – mas as pessoas não.
    Tudo tretas, vocês gostam é do “pilim” e os outros que se f…..
    Concordam com este comentário: becas
  6.  # 126

    Desculpem-me não escrever posts como membros bem mais cultos do que eu que por aqui andam, mas, apesar das minhas limitações, há um pormenor que me faz imensa confusão. Vivemos hoje num mundo onde os que mais ganham são os que menos produzem, o que, na minha forma de ver, não é normal. Não incluo nesses casos os gestores de grandes empresas, como é óbvio, incluo sim os senhores ligados às agências de investimentos financeiros. Empresas essas que manipulam claramente os mercados de forma a maximizarem os seu lucros de forma obscena. Sim, essas empresas manipulam os mercados, valorizando ou desvalorizando de acordo com os seus interesses pessoais, colocando em causa o trabalho e o suor dos trabalhadores das empresas cotadas, assim como dos próprios estados. Deu-se demasiado valor ao capital (dinheiro) e menos valor ao capital essencial (humano).
    Concordam com este comentário: branco.valter
  7.  # 127

    Boas,

    Colocado por: Rui A. B.Vivemos hoje num mundo onde os que mais ganham são os que menos produzem, o que, na minha forma de ver, não é normal.


    Engraçado:
    Eu penso que todos somos necessário para produzir uma peça (exemplo). Mas o que acontece é que quem realmente produz essa peça é na cadeia de produção o que menos ganha.
    Será a tarefa mais fácil?
    A menos importante?
    Não sei, mas o que sei é que se me (exemplo) retirar da cadeia de produção, as peças com mais ou menos dificuldade continuam a ser produzidas (com maior ou menos dificuldade "eles" fazem o meu trabalho).
    Se os retirar a "eles", duvido que eu tenha capacidade de manter a produção.
    Não sei se isto é importante ou não, mas numa empresa que conheço bem, a produção propriamente dita representa menos de 75% da mão de obra e presumo que o preço do produto é em mais de 50% de custos indirectos.

    Mais uma vez, não sei se é importante ou não, apenas acho curioso.

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  8.  # 128

    1 - Digamos que quem trouxe à conversa a malga de arroz foi o Luís.

    Foi o Luis KW, não eu.

    2 – Digamos também que o boi bem pode dormir mas todos aqueles que se deitam com o estômago vazio vão ter alguma dificuldade e uma malga de arroz podia fazer a diferença; sabe que há ainda muita gente que apenas consegue uma refeição (?) diária?


    Claro que sei. E é por isso que acho extraordinária toda esta conversa...

    Por acaso não acho isso. Pese embora todo o humanismo de que me acusa eu sou algo selectivo nesse humanismo: primeiro a família, depois o “clã”, depois os cidadãos do meu país com quem partilho uma cultura, uma história e um passado e com quem partilharei o futuro.


    Lá está.. o j cardoso, o marco1 e outros são capazes de defender simultaneamente: a predominância do interesse do colectivo sobre o indivíduo, a "redistribuição" dos rendimentos dos mais ricos para os mais pobres, e outras coisas muito bonitas, mas depois na prática ...

    Evidentemente que é assim; continuará a ser enquanto a criação de riqueza for o objectivo só por si e não o meio para levar o nível de vida das populações. Compreendo que sempre haverá desigualdades o que não compreendo é que essa desigualdade vá ao ponto de permitir que alguns morram de fome ou apenas sobrevivam enquanto outros acumulam semelhante riqueza que à sua beira Creso não passava de um pedinte.


    O objectivo de cada um é irrelevante - o importante é que a criação de riqueza efectivamente se traduz na melhoria das condições de vida, mesmo dos mais pobres.

    E a melhor forma de o fazer é... através do comércio livre.

    (ah !! criação de riqueza não é acumulação de notas..)


    Ao ler o que luísvv escreve passa até a ideia que está preocupado com os países pobres, nada mais falso: o que defende é o primado do preço baixo e aqui é que a porca torce o rabo: este sistema está disposto a tudo para que existam países onde a mão-de-obra se mantenha a preços irrisórios independentemente das condições sociais.

    Desculpe, mas está enganado. O resultado do que o marco1 e outros aqui defendem é exactamente esse: a perpetuação da pobreza dos outros.
    Deste lado, não se trata de defender "primado do preço baixo" - trata-se de defender o comércio livre, o que é diferente.

    A hipocrisia fica à vista quando defendem com unhas e dentes a globalização dos mercados, a economia global, aberta, etc. Querem abertura a tudo, matérias primas, mercados, etc, ; só não querem a abertura e a globalização do mercado de trabalho: pelo contrário, fecham as próprias fronteiras transformando os seus territórios em fortalezas. Podem entrar as matérias primas, os produtos e os capitais – mas as pessoas não. Tudo tretas, vocês gostam é do “pilim” e os outros que se f…..


    Desculpe, mas está enganado, de novo. Não me vê defender, em lado algum, o fecho de fronteiras, ou a limitação da circulação de pessoas (quanto mais não fosse, porque as fronteiras são construções artificiais essenciais à definição de Estado). Ao contrário, sou adepto da total liberdade de circulação (e profundamente intolerante à intolerância e ao racismo).

    Já os "humanistas" são muito curiosos: fim da pobreza, mas da "nossa". Ai eles são pobres? Que chatice, somos todos solidários, mas comprar os produtos deles é que não pode ser porque são mais baratos que os nossos. ..
  9.  # 129

    Já os "humanistas" são muito curiosos: fim da pobreza, mas da "nossa". Ai eles são pobres? Que chatice, somos todos solidários, mas comprar os produtos deles é que não pode ser porque são mais baratos que os nossos. ..


    Esperava melhor do luísvv, distorcer os argumentos apresentados é mais próprio de quem não tem argumentos próprios.
  10.  # 130

    Boas,

    Colocado por: luisvvO objectivo de cada um é irrelevante - o importante é que a criação de riquezaefectivamente se traduz na melhoria das condições de vida, mesmo dos mais pobres.


    ???

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11.  # 131

    Colocado por: luisvvO marco1 supõe que proteger um produtor ineficiente é bom, porque tem determinado resultado.


    O marco1 não disse que proteger um produtor ineficiente é bom. O luisvv insiste que o preço do produtor concorrente é mais baixo porque o concorrente é mais eficiente.

    Ora, como sabe, isto pode não ser verdade. Existem vários factores que podem afectar o preço de um produto. E mesmo entre países da U.E. muitas vezes o preço dos produtos pode oscilar por várias razões que não sejam a eficiência como pura e simplesmente apoios do estado à produção, acesso a empréstimos mais baratos, acesso a energia mais barata, etc. Ou outro exemplo, um produtor tem excedente e está-se a borrifar em vendê-lo a preços que esmaguem a competição noutros países, impedindo-a de crescer. Ou então, mil e uma outras razões.

    Existem várias formas de concorrência desleal. Por exemplo, se num determinado grupo se aceita que trabalhar mais que X horas por semana é proibido então aceitar produtos de outro grupo que não partilha da mesma regra é uma forma de concorrência desleal. Esta "lealdade" não é binária, há exemplos que podem ser mais ou menos leais, e a partir de um certo nível diria que são incompatíveis.

    Adicionalmente penso que se compreende que comprar um produto totalmente "feito" em Portugal rende mais ao estado Português, mesmo que custe mais individualmente. Ora o estado comilão, se não comer de um lado vai tentar comer de outro e aquilo que individualmente parecia mais barato pode indirectamente ficar mais caro.

    Também é verdade que existem outros níveis de protecção de um grupo. Se a minha mulher vende um serviço A que eu preciso de consumir, como quero maximizar o rendimento deste grupo, pode ter a certeza que mesmo sendo mais caro eu vou consumir o seu serviço. Na prática, como o efeito da distribuição do rendimento neste grupo é mais imediata e visível a racionalidade da opção é mais evidente. Mas se o grupo for maior o proteccionismo também pode fazer sentido, é apenas preciso fazer uma conta mais complexa para saber.

    Seguindo o mesmo exemplo, fazendo a conta a aceitar produtos de um país em que se trabalhe 12 horas por dia, 7 dias por semana, a conclusão poderia ser que para competirmos teríamos de trabalhar o mesmo número de horas. Isto pode simplesmente ser inaceitável. Apesar de concordar que de um ponto de vista ideológico e mais uma vez simplista a decisão racional nesta situação seria pura e simplesmente importar os produtos baratos desse país e fazer outro tipo de produtos, a verdade é que o mercado não está segmentado ao ponto de tornar a substituição de um produto por outro possível. Aliás, cada vez mais estamos a chegar a uma situação onde todos os produtos importados são mais baratos.

    Para além das razões económicas também existem outras ainda mais importantes, como a segurança. Por exemplo, se deixarmos pura e simplesmente de produzir comida porque é mais barato importar, no primeiro ano em que não se consiga importar comida vamos morrer à fome. Há muitas situações em que pagar mais alto por um produto faz sentido pela gestão do risco associado a não o produzir.

    No entanto eu não concordo de todo que se fechem as fronteiras ao "mercado" pois isso seria suicídio económico, ou que se compre "o nosso", seja lá o que isso for, só porque sim. Mas pintar o mercado de uma maneira tão simplista parece-me falacioso.
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marco1
  12.  # 132

    nem vou continuar mais até porque na tenho muita bagagem para estas coisas, apenas alguma sensibilidade.mas onde raio é que voce é assim tão vidente que estabelece logo á partida que as empresas são ineficientes???


    Se fabricam o mesmo produto mas mais caro, estão a produzir em condições ineficientes. Se só vendem por caridade do comprador, algo está mal.. A culpa pode não ser delas, mas isso não altera a realidade.

    isso é conversa de teorico, como é que consegue essa equação tão precisa??? tretas e mais tretas.

    Mas qual teórico? Você não trabalha em concorrência? Não sabe como as coisas funcionam?


    se não promover emprego e recursos aos meus vizinhos ( pessoas da minha comunidade) elas ficam sem possibilidade de comprar os meus produtos e lá está temos que ser todos exportadores NÃO É ??

    Não... se você compra por 10 o que podia comprar por 8 (de qualidade ou utilidade equivalentes), desperdiçou recursos. Se todos fizerem como você, acabam todos com menos rendimento disponível, e menos bens de consumo.

    de uma vez por todas, uma comunidade que não promove o emprego só possibilita a sobrevivência de alguns pois tudo seca á sua volta.


    Promover o emprego não é comprar mais caro só porque é "dos nossos". No fim do dia, estão todos mais pobres - os que compram, e mesmo os que vendem.
  13.  # 133

    Esperava melhor do luísvv, distorcer os argumentos apresentados é mais próprio de quem não tem argumentos próprios.


    Desculpe, mas é esse o fundo do argumento: "eles" estão lá longe. Os "nossos" pobres merecem a nossa solidariedade e devemos comprar os "nossos" produtos, para "nós" não empobrecermos.
  14.  # 134

    "Não... se você compra por 10 o que podia comprar por 8 (de qualidade ou utilidade equivalentes), desperdiçou recursos. Se todos fizerem como você, acabam todos com menos rendimento disponível, e menos bens de consumo. "

    tão simplista...repare a coisa vista de outra forma: se eu não comprar ao que vende por 10 ele não ganha nada e como tal nunca me poderá comprar a mim nada. ou seja lá terei eu forçosamente que ir vender lá fora, o que até é tão fácil como ir beber um café ali ao bar da esquina.

    tal como o danobrega escreveu o seu conceito de mercado livre é tão simplista por isso digo que são teorias da treta pois efectivamente não resultam, alias já á uns anos para cá andamos a comprar produtos a um bom preço aos chineses e vê-se claramente o imenso dinheiro nos bolsos dos portugueses ou como diz com imenso rendimento disponivel.
  15.  # 135

    O marco1 não disse que proteger um produtor ineficiente é bom. O luisvv insiste que o preço do produtor concorrente é mais baixo porque o concorrente é mais eficiente. Ora, como sabe, isto pode não ser verdade. Existem vários factores que podem afectar o preço de um produto. E mesmo entre países da U.E. muitas vezes o preço dos produtos pode oscilar por várias razões que não sejam a eficiência como pura e simplesmente apoios do estado à produção, acesso a empréstimos mais baratos, acesso a energia mais barata, etc. Ou outro exemplo, um produtor tem excedente e está-se a borrifar em vendê-lo a preços que esmaguem a competição noutros países, impedindo-a de crescer. Ou então, mil e uma outras razões.


    Vejamos: independentemente da causa, continua a produzir em condições ineficientes, e continua a ser mais racional comprar a outro.

    Existem várias formas de concorrência desleal. Por exemplo, se num determinado grupo se aceita que trabalhar mais que X horas por semana é proibido então aceitar produtos de outro grupo que não partilha da mesma regra é uma forma de concorrência desleal. Esta "lealdade" não é binária, há exemplos que podem ser mais ou menos leais, e a partir de um certo nível diria que são incompatíveis.

    Vamos lá ver: essa lealdade intra-comunidade tem o reverso da medalha, que é a deslealdade para os restantes. É na verdade uma mera defesa de interesses próprios, e mesmo assim, só daqueles que vendem, não dos que compram...

    Adicionalmente penso que se compreende que comprar um produto totalmente "feito" em Portugal rende mais ao estado Português, mesmo que custe mais individualmente. Ora o estado comilão, se não comer de um lado vai tentar comer de outro e aquilo que individualmente parecia mais barato pode indirectamente ficar mais caro.

    Também se compreende que a existência de concorrência (fiscal, neste caso) é o que impede o Estado de aumentar os impostos livremente. Se por absurdo de repente Portugal deixasse de importar e exportar, deixaria de haver limite ao apetite do Estado...

    Seguindo o mesmo exemplo, fazendo a conta a aceitar produtos de um país em que se trabalhe 12 horas por dia, 7 dias por semana, a conclusão poderia ser que para competirmos teríamos de trabalhar o mesmo número de horas. Isto pode simplesmente ser inaceitável. Apesar de concordar que de um ponto de vista ideológico e mais uma vez simplista a decisão racional nesta situação seria pura e simplesmente importar os produtos baratos desse país e fazer outro tipo de produtos, a verdade é que o mercado não está segmentado ao ponto de tornar a substituição de um produto por outro possível. Aliás, cada vez mais estamos a chegar a uma situação onde todos os produtos importados são mais baratos.

    O que o danobrega está a dizer (e o que está implícito no raciocínio de outros, embora não tenha a certeza de que todos se apercebam disso..), é que para "nós" mantermos o nosso nível de vida e o que achamos adquirido e indispensável, os "outros" não podem concorrer connosco. Isso traduz-se na defesa da perpetuação da pobreza dos outros.
  16.  # 136

    tão simplista...repare a coisa vista de outra forma: se eu não comprar ao que vende por 10 ele não ganha nada e como tal nunca me poderá comprar a mim nada. ou seja lá terei eu forçosamente que ir vender lá fora, o que até é tão fácil como ir beber um café ali ao bar da esquina.


    Simplista?

    Ele não ganha nada, mas você tem mais 20 do que teria. E os seus vizinhos, idem. Assim, ele tem várias opções: a) produzir outro tipo de bem ou serviço; b) melhorar e inovar no produto que já tinha; c) fazer nada;

    Em qualquer das opções, a comunidade não perdeu nada, e nas opções a) e b) até ganhou.
  17.  # 137

    lias já á uns anos para cá andamos a comprar produtos a um bom preço aos chineses e vê-se claramente o imenso dinheiro nos bolsos dos portugueses ou como diz com imenso rendimento disponivel.


    Claramente, você nem se apercebe do que beneficiou...
  18.  # 138

    Colocado por: luisvvVejamos: independentemente da causa, continua a produzir em condições ineficientes, e continua a ser mais racional comprar a outro.


    Não continuo a produzir em condições ineficientes. É um erro de economista que o leva a pensar nesses termos. Aliás, eu posso produzir de uma maneira sustentável e eficiente mas ter produtos mais caros. Como lhe disse a eficiência não é o único factor que determina o preço de um bem. A eficiência mede-se em termos físicos. Quanto menos energia gastar para produzir um bem mais eficiente é a sua produção. O valor a que se comercializa o bem resultante tem uma parte relacionada com o custo dessa energia, mas não é apenas esse o factor.

    Colocado por: luisvvVamos lá ver: essa lealdade intra-comunidade tem o reverso da medalha, que é a deslealdade para os restantes.É na verdade uma mera defesa de interesses próprios, e mesmo assim, só daqueles que vendem, não dos que compram...


    Está outra vez a resumir tudo ao valor monetário. Existem outros valores. Há outra conclusão que pode tirar, se quiser: Nós não aceitamos produtos fabricados em condições que não consideramos humanas para pressionar os outros governos a adotarem medidas. Num exemplo extremo não aceitaríamos produtos resultantes de escravatura, que certamente seriam produzidos por um valor mais baixo. Os embargos impostos pela ONU são na prática situações destas. Não há nada que nos obrigue a delegar a responsabilidade de tomar estas decisões para a ONU, somos perfeitamente capazes de pensar e decidir por nós próprios.

    Colocado por: luisvvTambém se compreende que a existência de concorrência (fiscal, neste caso) é o que impede o Estado de aumentar os impostos livremente. Se por absurdo de repente Portugal deixasse de importar e exportar, deixaria de haver limite ao apetite do Estado...


    Concordo plenamente, mas nada tem a ver com o que discutimos. A concorrência entre estados é desejável sempre que houver livre circulação de pessoas. Assim as pessoas deslocam-se para o governo/estado mais eficiente e os outros aprendem com o exemplo. Infelizmente na UE caminhamos para a harmonização do sistema fiscal, o que é verdadeiramente aterrador.

    Colocado por: luisvvO que o danobrega está a dizer (eo que está implícito no raciocínio de outros,embora não tenha a certeza de que todos se apercebam disso..), é que para "nós" mantermos o nosso nível de vida e o que achamos adquirido e indispensável, os "outros" não podem concorrer connosco. Isso traduz-se na defesa da perpetuação da pobreza dos outros.


    Não estou a dizer isso. E aliás há uma contradição nas suas frases. Por um lado diz que nós ganhamos ao admitir a entrada de produtos mais baratos independentemente da razão que os levou a ser mais baratos, porque beneficiamos com isso. Por outro lado diz que ficamos mais pobres ao fazê-lo.

    Mas o mais engraçado é que do ponto de vista liberal "os outros" não têm direito à nossa riqueza, que foi obtida por mérito próprio. No entanto já acha estranho que "nós" tomemos medidas que nos protejam como grupo, que evitem o nosso empobrecimento a custa de empobrecer "os outros". E nem é disto que se trata, no exemplo dado a protecção apenas impede que "os outros" enriqueçam, que não é o mesmo que empobrecer, à "nossa" custa.

    Protegermo-nos dos outros, quer individualmente quer colectivamente parece-me perfeitamente normal. O papel de qualquer Governo é proteger os seus cidadãos, não é proteger "os outros". É normal que tome medidas de acordo. A discussão não é se o deve ou não fazer, é saber se determinada medida terá consequências boas ou más para os cidadãos desse país a curto, médio e longo prazo.
  19.  # 139

    Colocado por: luisvvVamos lá ver: essa lealdade intra-comunidade tem o reverso da medalha, que é a deslealdade para os restantes.É na verdade uma mera defesa de interesses próprios, e mesmo assim, só daqueles que vendem, não dos que compram...

    Não tem tem nada a ver com lealdade ou falta dela, tem a ver com interesses próprios, e se o interesse de cada um for comprar ao melhor preço possível, no fim de contas - é nisso que acredito - acabamos por ganhar todos.
  20.  # 140

    Alguém duvida de que a livre circulação de pessoas é um factor importantíssimo no desenvolvimento das sociedades? Enfermeiros portugueses sem trabalho encontram-no na Inglaterra, indianos a passar fome que vão trabalhar nas obras no Dubai (ok, já sei que as condições deles são miseráveis, mas relativamente às condições anteriores é um grande progresso), brasileiros na restauração em Portugal, engenheiros portugueses em Angola....

    O mesmo digo da livre circulação de bens e serviços. Que argumentos consistentes pode haver para negar que todos ganhamos a comprar mais barato, incluíndo os trabalhadores que os produzem noutro País? Quando vierem com o argumentos dos salários de miséria que esses trabalhadores ganham, tentem lembrar-se de como era a sua vida antes de terem esse emprego.
 
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