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  1.  # 1

    Olá,
    Estou a ponderar a compra de casa vs aluguer.
    Tenho uma situação de trabalho estável, contrato sem termo. A minha namorada tem um contrato de 8 meses, com perspectivas de ser renovado.
    Não somos de Lisboa, mas com a situação laboral como está não temos perspectivas de regressar à origem, pelo que deverá ser pela capital que passaremos a vida.
    Neste momento estamos em casa arrendada, embora tenha que sair em setembro porque finda o contrato de arrendamento.
    Como tal, e porque é perto do trabalho, ponderamos a compra na Urbanização do Infantado em Loures.
    Em termos de compra, temos neste momento em vista um imóvel cujo preço sem qualquer negociação anda nos 190.000
    Temos possibilidade de dar entrada próxima dos 25% do valor da casa, que no entanto tem financiamento a 100% e spread 2% (acordo do construtor com o Santander Totta)
    Gostaria de saber a vossa opinião relativamente à compra vs aluguer, com a perspectiva de ter impostos elevados nos próximos anos, com o fim da isenção de IMI.
    Temos rendimentos totais liquidos na ordem dos 2000€, não temos qualquer crédito adicional. Cada um tem carro próprio e pago na totalidade.
    Sabendo que nós é que temos sempre a palavra final, gostaria de saber opiniões acerca do tema.
    Obrigado
  2.  # 2

    Com a crise - também no imobiliário - o mais provável é que daqui a dois anos a casa que hoje compra por 190.000 euros vai conseguir comprá-la por menos de 150.000 euros. Se hoje tem perto de 50.000 euros para entrada, nessa altura terá mais de 70.000 euros e fará ainda melhor negócio. Por outro lado se, por azar, tiver algum contratempo, não estará preso ao local da casa e não será forçado a vendê-la por 100.000 euros.
    Mas certezas absolutas ... só perguntando à MAYA ...
  3.  # 3

    Mudam-se os tempos, mudam-se... as verdades. Há cerca de duas décadas a compra de casa era o projecto de vida de muitos portugueses. Fazia sentido por uma série de razões:
    - o cenário (macro e micro)económico era optimista,
    - o crédito à habitação uma tentação,com juros sempre a baixar e a banca a lutar entre si oferecendo spreads cada vez mais baixos
    - os empregos eram mais estáveis, geralmente dizia-se "para toda a vida"
    - o impacto dos custos de mobilidade( transportes publicos, combustíveis, portagens, etc.) não era tão impeditivo de morar longe do trabalho
    - a isenção do IMI era bem mais longa ( e o próprio IMI não era assim tão pesado)
    - havia a perspectiva da valorização do imóvel ( comprava-se hoje por x e vendia-se dentro de 4 anos por xx !!:) - era um investimento!
    - o mercado de arrendamento era escasso e as leis rígidas; para quê arrendar nessa altura ? Era a sensação de estar a atirar dinheiro fora para algo que nunca iria ser nosso.

    Agora reveja-se ponto por ponto a situação actual. Para quê ficar a agarrado a um crédito, à mercê das flutuações das taxas de juros e spreads impostos, para o resto da vida. Nunca se sabe o que pode acontecer amanhã...problemas de saúde, desemprego,mudança de emprego ou deslocalização da empresa, divórcio, crise financeira nacional/europeia...Todos estes pontos nos aconselham a não ficar preso a um imóvel e tantar antes rentabilizar as poupanças em investimentos seguros ( se é que existem). E já agora...gozar a vida!
    Concordam com este comentário: Nuno Mestre
  4.  # 4

    Se tem consigo 47500 Euros, eu alugava e guardava dinheiro até a vida se esclarecer melhor para vocês ambos, pelo menos esperava 8 meses até saber o q se vai passar c\ a sua namorada
    Concordam com este comentário: r.v
  5.  # 5

    Pois percebo o que me dizem.
    No entanto a verdade é que o aluguer neste momento está pouco claro, Cada um faz o que lhe apetece em termos de preços. E acaba por se pagar menos na compra, mesmo com os impostos do que com o aluguer.
    Como trabalhamos os dois em hospitais, a questão da deslocalização não se coloca.
    Vou continuar a ver o que se vai passar e atento a bons negócios que possam aparecer.
    Obrigado
  6.  # 6

    Só para citar os que me lembro, assim de repente, tendo em atenção que é preciso somar tudo:

    - Compra: registos, escrituras, condominio, IMI, despesas variáveis com crédito ( seguro multiriscos, seguro de vida, avaliações, prestações c/euribor +spread...geralmente paga-se nos primeiros anos muito mais para os juros do que para a amortaziação real do imóvel, penalizações com amortização antecipada...); obras em casa por conta do proprietário ( e dores de cabeça); na hora de vender...anuncios, mostrar aos possíveis proprietários, burocracias, menos valias ( seguramente..então se for uma venda urgente...)

    - Aluguer: contrato (€?), condominio (?), avisar com 2 meses (?) de antecedencia se quiser sair ... mas sai-se quando dá jeito, porque é preciso uma casa maior ( a familia cresce) ou menor ( divórcio, dificudlades económicas) ou melhor ( porque a vida corre bem, porque encontram uma casa mais bonita e com melhor funcionalidades /estética/conforto, etc), mudar para mais perto de local de trabalho...nada é eterno hoje em dia. "Bye, Bye senhorio...faça obras se quiser e resolva lá os probelmas de humidade, barulho, vizinhança da sua casa"!
  7.  # 7

    Percebo bem as diferenças, no entanto a perspectiva de as pessoas se fixarem num determinado ponto também é normal que aconteça.
    Entendo os custos da compra. E as suas diferenças para o aluguer. Até porque neste momento estou a alugar.
    No entanto, no aluguer acabamos por estar completamente à mercê do senhorio.
    Na compra à mercê do banco.
    Agora a verdade é que é completamente diferente ter algo em que se cumprirmos com as nossas obrigações não sairemos de lá.
    Não sei mesmo que faça. Embora ainda tenha alguns meses para pensar e conversar sobre o assunto.
  8.  # 8

    A decisão prende-se essencialmente em conseguir determinar se a casa que quer comprar é permanente ou temporária.

    Se prevê ter de mudar de casa, alugue. Se prevê que a casa que compre seja definitiva, compre.
  9.  # 9

    Não prevejo ter que mudar de casa.
    Aliás para nós a comprar será sempre definitiva.
  10.  # 10

    Viva,

    Pense bem, nesta vida defenitivo só a certidão de óbito, e mesmo assim, já houve enganos...
    De resto, se acha que mesmo se houver agravamento na sua vida não fica com a corda na garganta, compre, é sempre um investimento de e para si.

    Outra coisa que eu não faria hoje: Não dava o valor todo de entrada, guarde algum para necessidades imperativas (saúde, etc.)

    Cumpts,
    PMir
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Cruxis
  11.  # 11

    Um crédito de 140.000 euros a 40 anos, com uma taxa de juro de 3,25% representa cerca de 520 euros/mês de prestação.
    A este valor deve juntar seguros de vida e do imóvel, custos de manutenção, condomínio e IMI.

    A taxa de juro de referência está a um nível historicamente baixo, e dificilmente se manterá assim muito mais tempo. 1% de aumento na taxa representa mais cerca de 80 euros na prestação.

    Apesar de estarmos já no 2º ano do plano de assistência da troika, o pior ainda está para vir (assumindo que se mantem o cenário mais favorável, o do cumprimento do plano) - mais impostos, menos rendimento disponível. No caso específico de funcionários públicos, a possibilidade de despedimentos está aí à porta.

    Ao contrário da ideia que está solidamente enraizada no espírito colectivo, os imóveis também desvalorizam.

    Em resumo, uma óptima altura para comprar casa, não lhe parece?
  12.  # 12

    Colocado por: PMirViva,
    Outra coisa que eu não faria hoje: Não dava o valor todo de entrada, guarde algum para necessidades imperativas (saúde, etc.)
    PMir


    Claro que estamos a falar de deixar algum dinheiro de fora.

    Colocado por: luisvv
    Em resumo, uma óptima altura para comprar casa, não lhe parece?


    Acho que é perceptível isso para todos. Mas se formos assim a pensar e só for comprar casa quando a situação virar, estamos a falar de 10 anos! Ora 10 anos de arrendamento para depois ir comprar um imóvel exactamente no mesmo sítio...
  13.  # 13

    neste momento eu cá só comprava uma casa se visse nela um potencial muito forte, caso contrário deixava amadurecer as coisas e investia esse capital por forma a adquirir com calma no futuro uma casa com mais valor. Se são novos, preze neste momento a vossa mobilidade.
  14.  # 14

    Bom também não estou a comprar casa por comprar.
    Acho a zona boa, tem potencial para crescimento e o preço competitivo. Embora aquele ainda não seja o preço final, negociável.
    Acho que no entanto comprar um T2 é capaz de ser pior opção pois se o preço é bem mais convidativo, a verdade é que é uma casa mais transitória julgo eu. E como tal, acho que não faz tanto sentido comprar um T2.
  15.  # 15

    Colocado por: andcalvarioTemos possibilidade de dar entrada próxima dos 25% do valor da casa


    Obvio que fazendo uma entrada inicial minimiza o impacto da prestação, mas tendo em conta o cenário atual, penso que o ideal (uma vez que consegue) é fazer um empréstimo de 100%. Se alguma coisa correr mal, é mais fácil entregar o imóvel uma vez que não tem que se preocupar em recuperar o inicialmente investido... mas isto vale o que vale.
  16.  # 16

    jcbarbosa,
    Percebo o que me diz. Mas também acho que deve ser considerado esse mesmo impacto da prestação. De qualquer das maneiras é um ponto de vista que ainda não tinha considerado.
  17.  # 17

    Pessoalmente prefiro comprar, pois para além de a renda muitas vezes ser o mesmo ou mais que o que se paga em prestações ao banco, a vantagem é que depois de 40 anos não terei que pagar mais rendas. E depois, sempre temos algo que é nosso, que por muito que se desvalorize, conseguiríamos vender a casa ainda por algum valor daqui a umas décadas. Ou seja, arrendar = pagar x todos os meses para o resto da vida (que pode aumentar durante os anos), e comprar = pagar x ate 40 anos e depois se vender, pode ganhar y de volta. Embora sempre se dá para declarar as rendas no IRS, e por outro lado, temos o IMI se comprarmos casa.

    Outra vantagem de compra é que podemos fazer tudo o que quisermos em casa pois a casa é nossa. E não temos que pensar que um dia o senhorio pode querer a casa de volta, ou que quer fazer obras lá ou outras coisas.

    A vantagem de arrendar é que temos mobilidade, e que se alguma coisa avariar, há alguém que se responsabiliza. Embora isso também depende do próprio senhorio, pois nem todos são 5 estrelas...

    Por último, diria que a desvantagem de ter um empréstimo é ter que se preocupar com a variação das taxas, mas isso deve ser um factor a considerar antes de ter um empréstimo (contar com subidas de 2% por exemplo).
    Concordam com este comentário: fernandoR, andcalvario
  18.  # 18

    Para mim comprar significa mesmo isso Aries23.
    E claro que para comprar se deve ter em atenção a subida das taxas de juro sempre a 2%.
    E perceber que se deve ter folga para mesmo que subam 2% conseguir continuar a pagar tudo.
  19.  # 19

    Colocado por: danobregaA decisão prende-se essencialmente em conseguir determinar se a casa que quer comprar é permanente ou temporária.

    Se prevê ter de mudar de casa, alugue. Se prevê que a casa que compre seja definitiva, compre.


    Acho que este ponto é o único em que tem de pensar.

    Já todos sabemos que alugar (hoje em dia) tem muito mais vantagens a nível financeiro do que comprar. E tem vantagens a nível prático caso queira mudar de casa. Portanto a questão não está em "compensa mais alugar ou comprar", mas sim se a casa que você pretende habitar dentro de meses é para ser definitiva ou não. É neste ponto que tem de pensar e basear a sua decisão.
    Se é para ser definitiva, um T2 chega? E se vierem filhos? Localização da casa, acessibilidades, gastos de transportes, etc...

    E no meu ponto de vista, não considere como um "pró" a favor da compra o facto da casa ser um investimento para o futuro. Como alguém já referiu, as casas também desvalorizam, vejam hoje em dia e não é certo que a consiga vender dentro de anos se precisar, o mercado está inundade de milhares e milhares de casas que ninguém quer/compra. Se vai comprar, que não seja a pensar nisto.
  20.  # 20

    Colocado por: Aries23E depois, sempre temos algo que é nosso, que por muito que se desvalorize, conseguiríamos vender a casa ainda por algum valor daqui a umas décadas.


    Colocado por: Aries23comprar = pagar x ate 40 anos e depois se vender, pode ganhar y de volta.


    Nada mais errado!!! Por acaso tem consultado sites de imobiliárias e de bancos a ver os imensos milhares de casas que há uns anos alguém comprou a pensar exactamente no mesmo?
    Tudo bem que a crise há-de passar e a economia dar a volta (esperemos), mas nessa altura, quem quererá apartamentos com 10, 15, 20 anos quando poderá adquiri-los novos ou semi-novos? Neste momento há pessoas a vender uns milhares de euros abaixo do preço de compra e nem assim despacham o imóvel.

    Este não é um bom argumento a favor da compra da casa. A menos que estejamos a falar de imóveis de luxo e do mais moderno possível, esses sim, poderão sempre ser uma mais-valia, mas...
 
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