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  1.  # 1

    É isso mesmo que estava a dizer. Um T2 não chega para ser definitiva. Se vierem filhos torna-se difícil.
    Não estou a ver a casa como um investimento. Estou a ver como um local para nos fixarmos e onde possamos passar o resto da vida. E se é verdade que a curto prazo o arrendamento compensa, a longo prazo sabemos que a compra se torna vantajosa.
  2.  # 2

    A verdade é que o andcalvario já decidiu, e está à procura de "ouvir" que é uma boa decisão.

    Colocado por: andcalvarioAcho que é perceptível isso para todos. Mas se formos assim a pensar e só for comprar casa quando a situação virar, estamos a falar de 10 anos! Ora 10 anos de arrendamento para depois ir comprar um imóvel exactamente no mesmo sítio...

    Por outro lado, aquilo que há 3 anos era inimaginável, aconteceu em Espanha:

    http://www.ionline.pt/dinheiro/bancos-espanhois-vendem-casas-ao-desbarato-financiam-hipotecas-100 ; O Santander, o maior banco da zona euro, foi o responsável pelo frenesim em Sesena. Oferecia apartamentos de três assoalhadas, em volta de uma piscina comum, por 65 mil euros, com hipotecas de 100% a 40 anos, o que dá cerca de 242 euros por mês, cerca de um sexto do salário médio mensal em Espanha.
    No pico do boom imobiliário, que durou uma década antes do crash, um apartamento semelhante seria vendido pelo dobro desse preço, pelo menos, e para as propriedades que não fossem vendidas pelo banco uma hipoteca do Santander só cobriria 80% do preço a 25 anos.


    Além do mais, perante a probabilidade da desagregação do euro, ou da saída (controlada ou não) de países como a Grécia e até Portugal, assumir uma dívida a 25, 30 ou 40 anos é um acto de fé.

    Mesmo em situações menos catastróficas, comprar um imóvel por 180, pedir 140 e ser confrontado daqui a 2 ou 3 anos com a necessidade de vender é um risco - vender à pressa implica reduzir o preço e tornar o negócio apetecível a quem compra. Basta o imobiliário em geral não ter valorizado, e a sua margem para reduzir o preço esfuma-se num instante.

    É isso mesmo que estava a dizer. Um T2 não chega para ser definitiva. Se vierem filhos torna-se difícil.
    Não estou a ver a casa como um investimento. Estou a ver como um local para nos fixarmos e onde possamos passar o resto da vida. E se é verdade que a curto prazo o arrendamento compensa, a longo prazo sabemos que a compra se torna vantajosa.
  3.  # 3

    Colocado por: luisvvvender à pressa implica reduzir o preço e tornar o negócio apetecível a quem compra.

    Afinal é boa altura para comprar.....é que pessoas com pressa de vender há por aí muitas!!!
    •  
      imbs
    • 21 maio 2012

     # 4

    É boa altura para comprar para quem tem dinheiro! Se é para pedir ao banco...
    Concordam com este comentário: jcbarbosa
  4.  # 5

    Colocado por: imbsSe é para pedir ao banco...


    então 100% do capital. :)
    •  
      imbs
    • 21 maio 2012

     # 6

    Como se eles emprestassem... assim, de mão beijada. Claro... claro que sim...
  5.  # 7

    Colocado por: imbsComo se eles emprestassem... assim, de mão beijada. Claro... claro que sim...


    Estou a falar deste caso em concreto...

    Colocado por: andcalvarioTemos possibilidade de dar entrada próxima dos 25% do valor da casa, que no entanto tem financiamento a 100% e spread 2% (acordo do construtor com o Santander Totta)
    •  
      imbs
    • 21 maio 2012

     # 8

    Só vendo tudo escritinho e assinadinho e ver o que é que tem de se contratar a mais.
  6.  # 9

    Afinal é boa altura para comprar.....é que pessoas com pressa de vender há por aí muitas!!!


    É boa altura para comprar se :
    acreditarmos que não vai desvalorizar ainda mais..
    acreditarmos que daqui a, digamos, 3 anos, Portugal e Grécia ainda estão no Euro...
    e simultaneamente esquecermos o que ainda aí vem, se tudo correr pelo melhor.
  7.  # 10

    Sinceramente ainda não decidi.
    Estou mais inclinado para a compra, mas não pus de parte o aluguer. Se não tivesse o interesse nisso não tinha iniciado aqui um tópico.
    Nós vamos estar no Euro, já a Grécia duvido.
    Veremos o que o futuro nos reserva.
  8.  # 11

    Se formos pessimistas quanto ao futuro, não compramos casas, não criamos empresas, não fazemos nada e ficamos à espera que a coisa passe, só que assim nunca vai passar, pelo contrário vai piorar.

    Se o andcalvario, tem estabilidade no emprego, tem algum dinheiro para dar de sinal, compre.

    PS: Normalmente quando se fazem comparações de custos entre o aluguer e o arrendamento, alguns esquecem-se que quando falam em comprar estão a falar de uma casa nova e quando falam em arrendar estão a falar de uma casa velha, ou seja estão a comparar coisas diferentes. Outro erro que já aqui vi foi dizer que quem arrenda não tem custos com condomínio, IMI, seguros, etc. É claro que tem, simplesmente são pagos indirectamente através do senhorio com a renda que pagam mensalmente, ou pensam que quem aluga não faz essas contas?
  9.  # 12

    Claro que todas essas contas são pagas pelos arrendatários!
    Concordo também com o que diz, se não encararmos as coisas com o mínimo de optimismo não vamos a lado nenhum.
    Considero ter estabilidade, trabalho para um hospital e tenho um contrato sem termo há 4 anos.
    Não acho que se possa olhar para o futuro sempre pior. A situação está difícil, sem dúvida.
  10.  # 13

    É boa altura para comprar se tivermos dinheiro para pagar a pronto. Para pedir um crédito bancário já tenho as minhas dúvidas.
    A vida é muito volátil. O que hoje é uma coisa amanhã já não o poderá ser. Um emprego estável, pode desaparecer rapidamente. Uma relação que parece duradoura, pode desfazer-se num ápice.
    Deverá ponderar bem e não dar um salto maior do que a perna. Desculpe-me o popularismo. Porquê não comprar uma casa mais pequena e esperar que cheguem melhores dias. Um t2 chega perfeitamente para um casal e um filho ou até dois, mesmo que sejam de sexos diferentes podem coabitar no mesmo quarto até ao início da pré-adolescência, o que vos dará pelos menos 10 anos . E num apartamento tanta coisa pode acontecer ( vizinhos desagradáveis, a zona que se altera, o trabalha que se muda para mais longe, etc.... ) ou seja, quanto menor for o investimento , mais à vontade se sentirão para mudar quando realmente necessitarem em vez de se enclausurarem já dentro de um apartamento para o resto da vida.para o resto da vida só, realmente, a certidão de óbito .
  11.  # 14

    Colocado por: PicaretaSe formos pessimistas quanto ao futuro, não compramos casas, não criamos empresas, não fazemos nada e ficamos à espera que a coisa passe, só que assim nunca vai passar, pelo contrário vai piorar.


    O que é relevante é a avaliação correcta das probabilidades, e a ponderação dos riscos. Cada um sabe de si, mas o risco de contrair uma dívida em euros e passar a receber em escudos é elevado.
    O risco de comprar um bem que daqui a 2 ou 3 anos pode não valer o que custou, idem.
    O risco de daqui a 3 anos a carga fiscal ser ainda superior é perto de 100%.

    Podia continuar indefinidamente, mas a ideia geral é : neste momento há muitas variáveis que não controlamos, e a possibilidade de ocorrerem eventos catastróficos é elevada.


    Se o andcalvario, tem estabilidade no emprego, tem algum dinheiro para dar de sinal, compre.



    PS: Normalmente quando se fazem comparações de custos entre o aluguer e o arrendamento, alguns esquecem-se que quando falam em comprar estão a falar de uma casa nova e quando falam em arrendar estão a falar de uma casa velha, ou seja estão a comparar coisas diferentes.

    De uma forma geral, é verdade. Mas também é verdade que uma casa "velha" serve o mesmo propósito, e muitas vezes de forma mais satisfatória, que uma casa nova.
    E a "velheza" (gosta?) da casa tem outra vantagem..

    Outro erro que já aqui vi foi dizer que quem arrenda não tem custos com condomínio, IMI, seguros, etc. É claro que tem, simplesmente são pagos indirectamente através do senhorio com a renda que pagam mensalmente, ou pensam que quem aluga não faz essas contas?


    .. que é, basicamente, a de já estar amortizada.

    Na verdade, quem alerta para esses custos, fá-lo com um fim: o de lembrar que a comparação não pode ser entre o preço do arrendamento (que por definição inclui todas as despesas mencionadas) com o preço do empréstimo.
  12.  # 15

    Claro que a comparação tem que ser feita entre o arrendamento e o empréstimo + comissões + seguros + impostos.
    Por isso com um prazo inferior de 5 anos não compensa.
  13.  # 16

    Colocado por: luisvvCada um sabe de si, mas o risco de contrair uma dívida em euros e passar a receber em escudos é elevado.


    Não me parece que as dívidas continuassem em euros nesse caso. Diria que o que deveria acontecer seria voltar ao escudo com um valor inicial fixo ao euro e as dívidas convertidas em escudos. Depois "abria-se a torneira" e era a desvalorização em pique.

    O problema seria a taxa de juro directora, que passaria a ser algo que não a Euribor, e seria certamente alta.

    No fundo o problema final seria equivalente, mas pronto.

    Certo?
  14.  # 17

    O cenário da eventual saída do euro seria péssimo para quem fez os empréstimos em Euros.

    Fecho de fronteiras e bloqueio das contas bancárias por uma semana ou duas para evitar fuga massiça de capitais (euros) e corrida aos bancos.

    Cada euro a valer 200 Escudos? Nada disso, a ideia é mesmo desvalorizar, senão tudo ficava na mesma. Se cada euro passar a comprar por exemplo 300 Escudos, é só fazer as contas da inflacção nos nossos empréstimos

    Mais ainda, se Portugal sair do Euro, à semelhança de alguns países relativamente pobres da Europa que não estão na UE, os preços das casas contimuarão a ser feitos em Euros, e quem quizer comprar tem que arranjar um camião cheio de escudos, ou seja o Euro continuará a ser a moeda de referência para bens mais caros como casas, carros e mesmo alugueres, depois é só fazer a conversão...
  15.  # 18

    Colocado por: ParamonteO cenário da eventual saída do euro seria péssimo para quem fez os empréstimos em Euros.


    A meu ver para os cidadãos tem empréstimos é irrelevante. Para os bancos sim, será muito critico para os consumidores nem por isso. O valor do empréstimo será convertido de acordo com o valor da moeda. O que acontece é que a nova moeda desvaloriza, logo o valor do empréstimo também, contudo os empréstimos dos bancos ao BCE e afins continuaria em euros e esses iam ter muito mais dificuldade em pagar os empréstimos. O valor que se deve ao banco será sempre na mesmo proporção do que se deve em euros.
  16.  # 19

    Colocado por: jcbarbosacontudo os empréstimos dos bancos ao BCE e afins continuaria em euros


    Duvido muito. E mesmo que continuassem tenho ideia que os empréstimos entre bancos são de curta duração. No limite o tempo em que a moeda mantivesse a paridade com o euro congelada poderia ser suficiente para os bancos pagarem os empréstimos entre si.

    E continuando no tema, se este for o cenário não sei se mais vale queimar os euros todos e comprar uma casa (se for definitiva) ou alugar e arriscar a perder o capital poupado numa eventual mudança de moeda. Ou pior, daqui a nada criam um imposto especial sobre as poupanças e puff. :|
  17.  # 20

    Bem daqui a pouco passou um ano desta questão se ter iniciado.
    Mantenho-me no arrendamento, mas cada vez com menos vontade. Sinto que estou a ser enganado ao pagar 650€ por algo que nunca será meu.
    Os cortes salariais metem medo. Mas será possível que isto nunca se vá inverter?
    Parece que uma geração inteira está em risco de passar no mundo apenas a sobreviver.
 
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