Bem, o preço de 600e m2 é um preço razoavel, mas antes mais seria idealizar o projecto e depois pedir varios orçamentos. Pelo que percebi houve já varios proprietarios, sugiro antes mais informar-se se a propriedade se encontre com a "papelada" em dia por um simples motivo, antigamente os proprietarios anexavam uma construção a já existente e não a registavam nas conservatorias e finanças, havendo mesmo uma actualização desses registo e da escritura, sem essa actualização dificilmente conseguirá iniciar o projecto.
Não me refiro especificamente ao caso apresentado nos posts anteriores onde existe claramente um valor arquitectónico e histórico a preservar, no entanto e sem o pôr em causa, também este terá de se sujeitar às alterações necessárias para reflectir o que lá dentro se irá passar. A casa é um todo e não apenas uma casca.
Sei que os arquitectos têm essa noção, no entanto não são os únicos a intervir no património edificado. E mesmo estes em alguns casos passam autênticos tratados de incompetência e incapacidade a eles próprios ao deixar ficar o que não devem.
Bom dia! Claudio qt á papelada, obrigado pela dica, mas tenho tudo em ordem, já me certifiquei! Assim o farrei irei pedir varios orçamentos (inclusive a quem mos quiser dar aqui no "Forum da casa". FLR não recibi o seu contacto.... Pormenor qto ao ser arquitecto ou não não comento.... Venho apenas com o objectivo de fazer " o melhor projecto possivel ", com o melhor racio Estilo/Qualidade/Preço... e admito que independente da profissão de cada um há sempre alguem com mais vocação e inspiração momentanea.
Isto era mais um desabafo meu aos outros arquitectos do fórum. Alguns deles saberão e terão passado por situações semelhantes às que referi. A expressão do FD qdo diz: "pense em restauro e não em remodelação" é radical demais.
De onde são voces? (cidade mais proxima). Ja agora estou á espera de um orçamento para a Topografia---- (duas casa que forma um "L" e outra rectangular) , zona envolvente das casas 1500 m2... mais meia duzia de medições que me permitam ter a noção de todo o terreno (aprox_ 10000 m2)
Quem me aponta uma valor?
Mto obrigado desde já pelo acompanhamento e tempo dispensado!
Tentei utilizar o "sussurro" como o FD pediu, para responder à sua proposta de um passeio até Ribeira de Pena, mas se não recebeu, cá vai:
"Estou no Porto. Se quiser, contacte-me pelo mail [email protected], trocamos contactos telefónicos, etc., e combinamos uma ida ao local!"
Tinha sido este o conteúdo do sussurro...
Quanto à questão restauro/remodelação, é um eterno problema, e não só com os clientes. Já passei por chatices até com o IPPAR, que tinha obrigação de usar a cabeça, e que preferia, na altura, o fundamentalismo... mas, com diplomacia, resolveu-se... Não é o caso das suas casas, mas antigamente também se faziam muitas asneiras, ainda para mais, as casas antigas têm normalemente acrescentos posteriores à origem, mas que, para nós, já são antigos, que as descaracterizam. Temos de estudar com atenção para os identificar. Mas volto à sugestão inicial- Sta. Maria do Bouro é um caso exemplar de relação com o património.
Acho que o restauro, em muitos casos, é uma opção perfeitamente justificável. O atestado de incompetência será ter uma posição NEUTRA perante o edifício onde vamos intervir- neutra no sentido de preguiçosa, indiferente- e aí, tem toda a razão, essa atitude equivale a não fazer nada, não mudar nada, e disfarçar com a conversa do restauro do "típico", etc...
Às vezes, parece que a História parou no sec. XIX (há quem ache mesmo isso)... E o que fazemos hoje de contemporâneo não será História mais tarde?
Bem, onde poupar... Depende se o objectivo é poupar no imediato ou poupar a médio/longo prazo.
O primeiro local onde "poupar" é na escolha do ferro. Sempre 25% mais grosso do que o que o empreiteiro disser. :P Depois poupa-se no tipo de betão. Acompanhei uma obra onde, após ter quase metade da estrutura de betão feita, foi tudo demolido por "mania" do engenheiro civil que "achou" que o betão não estava de acordo com o que ele tinha especificado... Portanto, o que o ENGENHEIRO CIVIL disser, é lei, não o que o empreiteiro achar que é bom...
A seguir convém "poupar" no tijolo. Tijolo de 15 por fora, poliuretano projectado nas paredes com nunca menos de 3 ou 4 cms de espessura, em seguida 3 a 4cms de caixa de ar e por dentro, novamente tijolo de 11. No interior, reboco de 1cm seguido de estuque projectado com 1 a 1,5 cms.
No exterior, pode-se ficar pelo reboco + pintura, embora seja SEMPRE uma boa escolha colocar uma camada de isolamento á base de cortiça ou de um derivado de esferovite (não me recordo do nome). O isolamento fica separado da parede, criando uma segunda caixa de ar.
Pode-se depois poupar em termos de janelas... Evitar abir janelas nas fachadas voltadas a Norte, ou então ter muito poucas janelas nessa fachada. A Sul e poente, podem e devem ser utilizadas paredes de Tromb. Estas paredes funcionam como um reservatório de calor. Aquecem durante o dia e durante a noite transmitem o calor para o interior da habitação.
A seguir pode-se poupar colocando janelas duplas, com caixilhos isotérmicos. Evitar alumínio puro e escolher pelo menos alumínio termolacado.
Na cobertura pode-se "poupar" colocando apenas uma lage em betão, seguido de 2 a 3 cms de poliuretano projectado, terminando em seguida com um revestimento em madeira.
Agora podemos poupar, colocando painéis fotovoltaicos no telhado, na fachada sul. Podemos ainda aproveitar uma parte desta fachada para colocar um painel solar para aquecimento de águas sanitárias.
Com isto gastámos imenso dinheiro, mas a médio/longo prazo o investimento terá o seu retorno, visto não necessitar de aquecer a casa no inverno, nem de a arrefecer no verão. Reduz-se a dependência dos combustíveis fósseis na medida em que se reduz o consumo energético. Nos meses em que a produção de energia obtida pelos painéis ultrapassar o consumo efectuado, pode vender essa energia á EDP ou REN (são obrigadas a comprar essa energia). É assim mais uma fonte de rendimento.
Se a ideia é poupar no imediato e gastar ao longo do tempo, viver numa casa com um baixo conforto térmico e acústico, ignore tudo o que eu coloquei anteriormente. :P
A partir apenas de uma determinada produção é que poderia vender energia á EDP, o que para aquecer as aguas bastariam dois paneis solares, nunca faria investimento ao nivel de querer vender energia á EDP. Qt ao resto achei interessante, sem duvida, admito que não domino na materia de construção civil de qq modo vejo que já devia ter comçado a poupar para as "popanças" a que se refere! :)
As ideias e a vontade são muitas mas a qualidade de vida no meu dia a dia tambem tem muito peso.... De modo que terei obviamente atnção a todos os pormenores e terei que optar, tedo em mente o Beneficio/Custo... Qd estiver em condições de avançar para o projecto entrarei novamente em contacto.... (topografia feita)!
Antes de mais,meus parabens pelo forum, pela abrangencia de temas, e com a seriedade do forum, alfo cada vez mais raro. Aqui tiramos duvidas e recebemos dicas... interessante.
A minha questão é simples, é possivel construir da forma tradicional, usando o betão e tijolo, mas integrando o conceito de design das casas do tipo pre-fabricadas com vidraças amplas? A diferença de custos de construção é significativa. PS: o tipo de casa prefabricada já foi referido neste forum www.livinghomes.com Obrigado pela atenção
Se bem percebo a pergunta, o "conceito" de vidraças amplas é comum a qualquer construção moderna desde 1920, não é das casas pré-fabricadas. Aliás, foi exactamente a invenção do betão que permitiu abrir maiores vãos sem pilares, de forma a fugir aos vãos pequenos das paredes em pedra, que eram daquele tamanho porque senão a pedra podia ceder, e porque o vidro também era muito fino e não podia ser maior (daí as janelas aos "quadradinhos").
De uma forma muito, muito, muito simplificada, foi mais ou menos assim que aconteceu. Ou seja, a resposta é sim, o conceito do betão mais tijolo serve exactamente para construir como sugere. A pré-fabricação (em metal) é só uma alternativa, com outras vantagens, mas que não tem nada a ver com a questão dos vidros amplos.
As pessoas é que têm a mania de construir casinhas tal como há 100 anos, mas isso é só uma questão de estética (ou de falta dela...) e não uma questão técnica. Esclarecido?
BOA TARDE Por algumas vezes comentei e pedi algumas opnioes, agora surgiu me outra questao que gostaria de ter a vossa ajuda, tenho um projecto na camara para aprovacao de uma moradia, esta encontra-se num terreno desnivelado, vista norte r/c e 1º andar vista sul somente R/c, como vou fazer a vida social para o lado sul do terreno os quartos ficam no r/c, que por sua vez tera umas paredes (tipo cave) que ficam a suster a terra. por isso gostaria de saber se conhecem algum metodo para melhorar o isolamento dessas mesmas paredes. obrigada pala atencao
Rita Dias, As paredes dos quartos de que fala não necessitarão de um esforço maior no que diz respeito a isolamento, uma vez que as temperaturas do solo sofrem oscilações muito menores do que as paredes expostas à temperatura ambiente. O que terá de reforçar será a impermeabilização uma vez que as humidades aparecerão com maior facilidade. Entre "N" sistemas e produtos de impermeabilização facilmente encontrados e utilizados na nossa construção poderá prever a duplicação da parede de encosto ao talude, afastando assim a parede interior do contacto directo com o solo.
Pormenor... à luz do RCCTE, paredes em contacto com o solo tem que ser isoladas termicamente, tal com se tratasse de uma parede exterior... aconselho (de certeza q o seu projecto já deve contemplar isto) isolamento termico em contacto com o solo, parede betão, caixa de ar ventilada e pano de tijolo rebocado/ estucado pelo interior (+ os complementos de impermeabilização)