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  1. Colocado por: marco1havia uma casa com 10 pessoas para ser governada e perante uma grave crise foi preciso tomar medidas drasticas para evitar a bancarrota, entretanto cada vez era mais evidente que essa salvação só ia beneficiar no futuro 3 pessoas pois não era possivel com essas medidas ir sustentando minimamente as dez, ou seja 7 delas inevitavelmente perante tanta austeridade iriam sucumbir e tudo isto para que no futuro a casa continuasse apenas com 3 delas. dilema: é isto uma opção? existe alternativa?? é possivel neste processo convencer essas 10 pessoas que o futuro é só para 3 delas?
  2. Comunicado já lido, voltemos ao assunto:


    1) A CGTP propõe (..) a criação de uma taxa de 0,25% sobre as transacções financeiras, à semelhança do que já foi feito na França, que permitiria encaixar mais de 2038 milhões de euros nos cofres do Estado


    Fantástico. Pegam no volume de transacções de 2011 e do 1 semestre e aplicam uma taxa de 0,25%. Supõe que impor uma taxa não terá efeito no volume de transacções é digno de aplauso. Uma taxa deste género reduziria drastiçamente o daytrading, ao mesmo tempo que empurraria as transacções para bolsas de outros países. Ridículo.



    2) A CGTP propõe a criação de um novo escalão na taxa de IRC, para empresas com volume de negócios superior a 12,5 milhões de euros (o que representa uma incidência em menos de 1% das empresas portuguesas). Esta medida representa, de acordo com a CGTP, uma receita adicional de quase 1100 milhões de euros.


    Esta ainda estou a digerir: pegaram nos valores de matéria colectável de 2010 e aplicaram os 33,3%. Nem sei o que diga.

    3) (..) Criação de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos, que iria incidir sobre os grandes accionistas, permitindo ao Estado um encaixe financeiro de quase 1665 milhões de euros


    Outra: em 2011 os dividendos distribuídos foram 16675, corta 10% para o Estado. Além da redução dos lucros, a imposição da taxa não teria reflexos na decisão de distribuir dividendos? Tá bem, abelha...


    4) (..) fixação de metas anuais para a redução da economia não registada, no sentido de tornar mais eficaz o combate à fraude e à evasão fiscal, através de um aumento dos meios humanos (inspectores e serviços técnicos especializados) e materiais, da dinamização da inspecção fiscal de forma a identificar o planeamento fiscal abusivo, da alteração do quadro penal de forma a penalizar a fraude e a evasão dos grandes contribuintes, da adopção da factura obrigatória, entre outras. Desta forma a CGTP entende que será possível arrecadar mais cerca de 1162 milhões de euros.

    No total, são quase 6000 milhões de euros que a CGTP acredita que podem entrar nos cofres do Estado, “montante superior ao obtido com a brutal redução do poder de compra das famílias”.


    Esta continua a não merecer grande resposta: imaginar que se reduz a economia paralela e isso se traduz em mais impostos, enfim, é fantasia. A economia paralela é o escape que permite a muita gente consumir e até trabalhar. O dinheiro ganho ou poupado circula na economia oficial. Reduzi-la significa apenas que muitas transacções deixam de se fazer.


    PS- tenho a certeza de que o carlosj39 já leu o comunicado da cgtp e o subscreve.
  3. Não compreendo. No limite parece igual. O estado age como contratante de serviços dos fornecedores privados (PPPs) e como legislador que também afecta esta relação. No limite, como sabemos, um funcionário não é nada mais que um privado que vende os seus serviços ao estado.


    A dificuldade de distinguir a Olívia costureira da Olívia patroa dá nisto: o estado não consegue agir como qualquer outro empregador, que em caso de dificuldade despede, negoçeia redução de salários ou horários, ou fale.

    Aqui, tem que recorrer ao poder legislativo. Tem o poder de lançar impostos, o que lhe permite também actuar por essa via.

    Nas ppp e outros contratos, é relativamente diferente. Por um lado, há notícias de que o risco fiscal foi acautelado e previstas compensações automáticas. E os contratos estão de facto sujeitos a arbitragem e em ultima analise a tribunais internacionais.
    No que toca à divida propriamente dita, não é controlável: o incumprimento desencadeia um evento de credito.
    • luisvv
    • 26 setembro 2012 editado
    Para quem aqui há dois ou três dias veio com um discurso moralista que os outros se limitam a ler um titulo sem ouvir TODO o discurso, analisar o meio-ambiente e não sei que mais (só faltou referir a cor das cuecas do tipo), fica muito mal.


    Não se trata de um discurso moralista, é apenas a constatação de factos, e a opinião sobre esses factos: em resumo, se vamos comentar declarações, convém conhecê-las e isso inclui o contexto. A cor das cuecas pode ou não ser relevante, dependendo do assunto em questão. Mas seguramente importa saber o quê, quem, onde, como, quando e porquê. Se não me falha a memória, 11º ano de escolaridade, introducao ao jornalismo.
  4. Colocado por: luisvvMas seguramente importa saber o quê, quem, onde, como, quando e porquê. Se não me falha a memória, 11º ano de escolaridade, introducao ao jornalismo.


    Dá-me a impressão que os jornalistas "de hoje" não andaram nessa escola. Agora parece que apenas importa uma coisa, opinião.
  5. Colocado por: luisvv
    Mas seguramente importa saber o quê, quem, onde, como, quando e porquê. Se não me falha a memória, 11º ano de escolaridade, introducao ao jornalismo.


    Dá-me a impressão que os jornalistas "de hoje" não andaram nessa escola. Agora parece que apenas importa uma coisa, opinião.


    Os jornalistas de hoje são, em parte, meus colegas, e muitos tiveram o privilegio de ter o mesmo professor que eu...
  6. Quem será esse ilustre? o bildebergoso balsa-na-mão (do curso de jornalismo na U. Nova)?

    P.S : não sou de "esquerda" e descontando o facto do dirigente da CGTP ser do comité central do PCP (e fosse do partido c ou d), subscrevo muitas das coisas da CGTP, assim como muitas outras da CIP. Understood?


    Colocado por: luisvv

    Os jornalistas de hoje são, em parte, meus colegas, e muitos tiveram o privilegio de ter o mesmo professor que eu...
  7. Quem será esse ilustre? o bildebergoso balsa-na-mão (jornalismo na U. Nova)?


    Oh pá, teorias da conspiração é no outro tópico.
  8. Colocado por: luisvvOs jornalistas de hoje são, em parte, meus colegas, e muitos tiveram o privilegio de ter o mesmo professor que eu...


    Então ou não prestaram atenção ou essa do quê, quem, onde, como, quando e porquê não vende. Os factos são aborrecidos... e dão trabalho a apurar.
  9. No outro é capaz de ser + é teorias da constipação. Ora se o próprio se assume como o membro portugués desse "clube", seja lá o que isso for... (tenho aqui uma mosca no teclado a escrever, e isto não é conspiração, que "és um burro e cego").
    Colocado por: luisvv

    Oh pá, teorias da conspiração é no outro tópico.
  10. Boas,

    Tal como previ:

    Colocado por: luisvvSupõe que impor uma taxa não terá efeito no volume de transacções é digno de aplauso.

    Colocado por: luisvvAlém da redução dos lucros, a imposição da taxa não teria reflexos na decisão de distribuir dividendos? Tá bem, abelha...


    Exactamente o mesmo argumento dos que se opuseram às politicas do Vitor Gaspar. Será que nessa altura deste alguma credibilidade a quem se opunha, ou ignoraste o argumento e acreditaste que as medidas não tinham consequências "paralelas"?
    A CGTP apenas copiou o método do Excell do Gaspar ;)


    Mas o principal:
    1 - "desmentiste" todos os números da CGTP sobres os quais recairiam os impostos, sendo que a CGTP refere as suas fontes, confirmaste ou não que a CGTP inventou esses números para parecerem grandes?
    2 - Sem contar com as consequências "paralelas" (e não as estou a desprezar) seria ou não arrecadado o que a CGTP diz?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  11. Exactamente o mesmo argumento dos que se opuseram às politicas do Vitor Gaspar. Será que nessa altura deste alguma credibilidade a quem se opunha, ou ignoraste o argumento e acreditaste que as medidas não tinham consequências "paralelas"?


    Lamento, mas nem de perto nem de longe. Os números da cgtp são uma mera aplicação mecânica de taxas a valores de anos anteriores. Nao preciso de calcular efeitos paralelos para saber que a matéria colectável de 2012 nao vai ser igual à de 2010, ano em que a PT vendeu a vivo encaixou um lucro extraordinário.
    Nao preciso de calcular efeitos paralelos para saber que parte significativa do volume de transacções de valores é de curto prazo e deixa de existir a partir do momento em que tem uma barreira de cerca de 0,5% (variável) para ter lucro. Ou que os valores que se transaccionam na euronext Lisboa também podem ser transaccionados noutras praças.

    Sobre as políticas de Vitor Gaspar, muito haveria a dizer, mas o transito nao deixa.
  12. 2 - Sem contar com as consequências "paralelas" (e não as estou a desprezar) seria ou não arrecadado o que a CGTP diz?


    Nao.
  13. Boas,

    Colocado por: luisvvOs números da cgtp são uma mera aplicação mecânica de taxas a valores de anos anteriores


    Como se não tivesse sido isso que o Gaspar fez ...
    Quer dizer, ele deve ter feito uma coisa um pouco diferente (suponho e espero eu, senão ainda seria mais dramático):
    - Calculou as implicações
    - Ignorou ou diminuiu as implicações

    Colocado por: luisvvNao.


    Então porquê?
    Presumindo que os dados não se alteram, só há duas hipóteses:
    1 - Os dados estão errados
    2 - As contas estão erradas.
    Qual delas?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  14. Como se não tivesse sido isso que o Gaspar fez ...
    Quer dizer, ele deve ter feito uma coisa um pouco diferente (suponho e espero eu, senão ainda seria mais dramático):
    - Calculou as implicações
    - Ignorou ou diminuiu as implicações


    Não necessariamente. Tem à partida muito mais variáveis a considerar, e pequenas alterações numa ou noutra resultam em cenários diferentes.



    Então porquê?
    Presumindo que os dados não se alteram, só há duas hipóteses:
    1 - Os dados estão errados
    2 - As contas estão erradas.
    Qual delas?

    Os pressupostos de base estão errados. A comparação com o ano de 2010 é estranha, ridícula mesmo:
    Tomando como exemplo o PSI-20, que embora não reflicta fielmente a realidade, tem um grande peso nos valores totais, e para o qual é fácil encontrar números:

    "O lucro combinado das 20 empresas cotadas no PSI20 ascendeu (em 2010) a 10,2 mil milhões de euros, uma subida homóloga de 154,4 por cento, explicada pelos lucros extraordinários obtidos no Brasil pela Brisa e PT."

    Já em 2011, os lucros das 20 empresas do PSI-20 foram de .... cerca de 3200 milhões (ignorando os prejuízos de 1300 milhões, fundamentalmente de bancos, que se vão reflectir nos impostos de anos seguintes).

    (atenção, estes valores são já líquidos de impostos, e incluem os lucros obtidos e tributados noutros países).

  15. P.S : não sou de "esquerda" e descontando o facto do dirigente da CGTP ser do comité central do PCP (e fosse do partido c ou d), subscrevo muitas das coisas da CGTP, assim como muitas outras da CIP. Understood?


    E já leu o comunicado e subscreve-o, evidentemente.
  16. Boas,

    Colocado por: luisvvTem à partida muito mais variáveis a considerar, e pequenas alterações numa ou noutra resultam em cenários diferentes.


    Claro que si, o "nosso" trabalho é sempre muito complexo e por isso susceptível a grandes erros (mesmo quando nos alertam), o dos outros é sempre muito simples e quando erram é porque são ridículos (entre outras coisas) ...

    Colocado por: luisvvOs pressupostos de base estão errados. A comparação com o ano de 2010 é estranha, ridícula mesmo:


    Mais claro que isto não posso ser: os números apresentado pela CGTP sobre os quais incidiram os impostos estão correctos ou foram inventados?

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
    •  
      FD
    • 27 setembro 2012
 
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