Eu também gostava muito que o Luísvv explicasse aqui os processos que levaram à distribuição da riqueza (podemos começar pela posse da terra) ao longo dos tempos. Não é por nada, só gostava de perceber a legitimidade do processo ...
Colocado por: luisvv
Curioso: blá blá blá, o carlosj39 tem. Mas os factos já perturbam um bocadinho...
Quando tem diferenças de 10% num produto cujo preco inclui 55 a 60% de impostos, o carlos acha pouco. Nao é concorrência suficiente...
quando é publico que as marcas "brancas" são já lideres de mercado, continuamos a discutir um "monopólio" ?
(e valeria a pena discutir se a concorrência se faz só pelo preco?)
Enfim, o carlosj39 começa a desenhar um padrão de clichés em cima de clichés...
Enganou-se neste comment, não fui eu que disse essa citação.
O luís vv engana-se e erra aliás em muitas outras coisas, a começar pelo apoio vergonhoso que dá à "criativavidade fiscal" das grandes empresas - criatividade essa que é paga por todos nós, no preço dos produtos ou serviços dessas empresas, pois o preço incorpora obviamente os honorários dos escritórios dos bons advogados especiaistas em dto fiscal contratados - como se fossem actos de boa gestão e aplaudíveis a (tentativa de) fuga aos impostos...
Enfim, sem mais comentários, os seus comments já falam bem por si...
Quanto à gasolina, se quer discutir comigo este triste (mais um, para nos envergonhar a todos) assunto comece por explicar porque é que Portugal não tem ainda um único petroleiro. Um petroleiro em segunda mão ao preço dos fretes de transporte, ficaria pago em "cinco meses" (citando o antigo CEMA, Almirante Melo Gomes, numa entrevista recente).
Colocado por: Jorge RochaAinda há gente que pensa que os mais ricos são quem paga mais impostos não sei lá muito bem porquê!
Declaração de (des) interesse: não sou rico nem aufiro rendimentos enquadráveis nos escalões mais altos de rendimentos.
O Estado necessita de receitas e numa altura de crise aumentam as vozes a pedir para se tributar os ricos; eles devem contribuir mais para o “equilíbrio” das contas públicas. Na ânsia de se procurar aumentar a base tributável, e por consequência o valor arrecadado em impostos, novas formas de tributação são constantemente imaginadas pelos criativos do costume. Desde o aumento das taxas mais altas do IRS à taxação das grandes fortunas, todas as ideias que sejam populares são bem-vindas para os tais criativos. Era bom que as pessoas estudassem os dossiês antes de proporem quaisquer medidas. Não é necessário procurar muito para se concluir que as pessoas que pagam impostos em Portugal já são muito penalizadas. É errada a ideia de que os ricos não pagam impostos.
Os dados são inequívocos: 6% das pessoas mais ricas (com mais de 50 000€ de rendimentos) representam 63% do total das receitas arrecadadas pelo Estado em IRS.
Sei que este artigo não é popular, até porque se baseia em factos. Mas a verdade dos factos tem de ser reposta. Se é verdade que os cidadãos devem contribuir para o bem comum proporcionalmente (o IRS até é um imposto de taxa progressiva) ao seu rendimento, não é justo que se continue a dizer que os ricos (seja qual for a definição de rico) não pagam impostos. Não pagam os que não declararam. É sobre esses que deve incidir a fiscalização – de igual forma, há muitos “remediados” que não pagam impostos porque conseguem ludibriar a Administração Fiscal. Os que declaram rendimentos já pagam impostos a mais. Vou repetir o número: 6% dos sujeitos passivos singulares contribuem com 63% do total das receitas em IRS. Se observarmos os quadros acima apresentados, verificamos que cerca de 9% (agregados com mais de 40 000€) das pessoas singulares que declaram rendimentos representam mais de 73% do total das receitas arrecadadas pelo Estado em IRS.
Este artigo não tem como objetivo defender a diminuição da tributação sobre os mais abastados da população, mas apenas alertar para o facto de ser injusto o aumento de quaisquer taxas ou impostos que irão incidir sobre os mesmos de sempre. O que é necessário é alargar a obrigação de pagamento de impostos aos que não pagam mas deviam pagar.
Mesmo que as necessidades mais prementes em termos de receitas fiscais não atendam ao princípio básico da equidade fiscal, pede-se um pouco mais de decoro aos opinadores e, principalmente, aos decisores políticos.
Colocado por: gf2011Mas qual é a definição de rico? O que é, ser rico?
É quem ganhe 50 mil euros ano? Ou quem ganhe 500 mil?
Colocado por: gf2011Os números são muito interessantes.........
A tabela abaixo apresenta os dados do total de declarações fiscais por escalões de rendimentos que nos são fornecidos pela Direcção-Geral dos Impostos. Mais concretamente, a primeira coluna dá-nos o escalão de rendimento bruto (declarado às Finanças), a segunda coluna dá-nos a percentagem das declarações de um determinado escalão no total das declarações apresentadas, e a terceira coluna indica-nos o total acumulado dos sucessivos escalões de rendimentos. Como podemos ver, mais de 50% das declarações entregues referem-se a rendimentos brutos inferiores a €13.500 (pouco menos de mil euros por mês, se contabilizarmos 12 salários, bem como os subsídios de férias e de Natal), e 83,2% dos rendimentos declarados pertencem a trabalhadores com rendimentos brutos inferiores a €27.500 por ano. Só 5,9% das delarações referem-se a rendimentos brutos acima dos €50.000 euros.
Ou seja, metade dos trabalhadores portugueses aufere rendimentos brutos abaixo dos €10.000, e cerca de 4 em cada 5 portugueses recebe menos de 2000 euros por mês. Em contrapartida, só 1,1% dos trabalhadores portugueses auferem mais de 100.000 euros por ano. Por outras palavras, e como as estatísticas da OCDE (que já aqui falei várias vezes) demonstram, Portugal permanece um país extrememente desigual. E as políticas dos últimos anos pouco ou nada fizeram para contrariar esta tendência.
Colocado por: gf2011Já ao comentário do Sr anterior, esquerdista defensor acérrimo do Bochechas, não sou sequer alongar-me.
Colocado por: gf2011Não critico e acho o modelo mais do que justo. Agora depois o tal francês dos 75% não se queixe é com as fugas de capital e deslocalizações para outros países. Mas isso é lá com eles.
Colocado por: luisvvVergonhoso é desejar que outros paguem mais impostos que os devidos. Ou que outros sejam duplamente tributados. Ou que outros não possam escolher a sua forma de organização com vista à maior eficiência.
Vergonhoso, por fim, é supor que os custos dos produtos incorporam o "custo dos advogados especialistas em direito fiscal", e esquecer que os custos incorporam também os impostos.
Em resumo, vergonhoso é esquecer que em última análise, os impostos são sempre pagos pelo cidadão - seja directamente através do rendimento, seja indirectamente através do preço dos produtos que adquire.
Ainda há gente que pensa que os mais ricos são quem paga mais impostos não sei lá muito bem porquê!
Sobre a), podemos dizer grosso modo que 15% dos contribuintes pagam 85% do IRS. No IRC a desproporção era ainda maior.
Sou a favor de taxas progressivas de IRS, mas se me quisessem cobrar 75% dos meus rendimentos em IRS não só eram recebidos a tiro como ainda apresentava o custo das munições na minha declaração anual!
vergonhoso é defender o capitalismo selvagem e mercados sem regulação de espécie nenhuma que nos levaram à **** em que estamos em conjunto com a corrupção instalada por este sistema.