Colocado por: luisvvNão tem. De novo: ambos os impostos têm filosofias diferentes, que não vale a pena discutir.
Colocado por: luisvvNo IRC, a disparidade é maior. Quando 4% das empresas pagam 80% ou mais do IRC, isso é visível.
Colocado por: oxelfeR (RIP)
Por acaso não são estas não?
Bernardino Soares adiantou que o PCP tem pedido "sistematicamente" os contratos de empresas como a Lusosider, a Tyco, do grupo Amorim, a Blaupunkt, a Delphi, a Galp, as Pirites Alentejanas, a Efacec, obtendo "a resposta de que estes protocolos têm cláusulas de confidencialidade que não podem ser reveladas à Assembleia da Repúlica", sucedendo o mesmo com comissões parlamentares, referiu.
O líder da bancada do PCP admitiu que mesmo o Tribunal de Contas, "que tem como missão fiscalizar as contas do Estado e dos dinheiros públicos", não estará a ter acesso a esta informação, "que diz respeito a milhares de milhões de euros".
http://expresso.sapo.pt/pcp-comunistas-querem-grupo-de-trabalho-para-fiscalizar-contratos-entre-empresas-e-estado=f507523
É que por acaso esta é mesmo engraçada: contratos que o governo celebra e nem sequer a AR nem o TC podem ter conhecimento. Grande democracia.
Pagam por um lado (IRC) recebem por outro (não se sabe muito bem como nem quanto).
vou-lhe fazer uma pergunta pessoal, pode ignorá-la e até mandar-me dar uma curva se assim o entender, mas para mim era um esclarecimento muito interessante.
é assim diga-me, se quiser, honestamente, se neste momento tem menos do que tinha á 10 anos atrás.
atenção entenda menos num sentido geral, pois até pode em termos patrimoniais e de capital ter o mesmo mas para isso ser possivel ter agora menos em termos de consumos, portanto de um nivel de vida que já teve.
Por um lado defendes que algo é "injusto" apesar de ser legal, por outro lado defendes que algo é "justo" por ser legal.
Por acaso não são estas não?
Bernardino Soares adiantou que o PCP tem pedido "sistematicamente" os contratos de empresas como a Lusosider, a Tyco, do grupo Amorim, a Blaupunkt, a Delphi, a Galp, as Pirites Alentejanas, a Efacec, obtendo "a resposta de que estes protocolos têm cláusulas de confidencialidade que não podem ser reveladas à Assembleia da Repúlica", sucedendo o mesmo com comissões parlamentares, referiu.
O líder da bancada do PCP admitiu que mesmo o Tribunal de Contas, "que tem como missão fiscalizar as contas do Estado e dos dinheiros públicos", não estará a ter acesso a esta informação, "que diz respeito a milhares de milhões de euros".
É que por acaso esta é mesmo engraçada: contratos que o governo celebra e nem sequer a AR nem o TC podem ter conhecimento. Grande democracia.
Pagam por um lado (IRC) recebem por outro (não se sabe muito bem como nem quanto).
Colocado por: marco1mas sente que tem "menos" é isso?
Colocado por: luisvvE ?? Não é para isso que existem os beneficios fiscais ? Para "desenvolver"?
E dai que na realidade não estão propriamente a pagar. Se eu pago 100 e recebo 200, estou a contribuir mais que alguém que paga 10 e não recebe nada?
Colocado por: luisvvMas não é para isso que servem os benefícios fiscais: para não pagar impostos, em contrapartida de desempenhar uma determinada função?
1 - Uma coisa é qual é a filosofia com que foram "desenhados", outra coisa é a aplicação que lhes damos (dão).
2 - Sempre fui contra os benefícios fiscais.
É mais ou menos óbvio que não é possível corrigir as contas públicas e os desequilíbrios estruturais da economia portuguesa sem corte da massa salarial da função pública. Esse corte só se pode conseguir por redução dos salários ou por despedimento de funcionários
. Nenhum dos dois parece neste momento viável pelo que voltaremos a andar em círculos à volta das ideias do pessoal que não sabe ou não se dá ao trabalho de fazer contas. O país do paleio vai falar muito de PPPs, BPNs, Fundações, reforma do estado, custos intermédios e gorduras do Estado. Infelizmente a conversa não faz baixar a despesa.
Uma redução salarial é algo de brutal e desmotivador para quem trabalha mas é uma forma de reduzir rapidamente custos e poder recuperar Instituições à beira da insolvência. A outra forma é despedir pessoas, algo vedado nos serviços públicos, mas que constitui um privilégio que urge abolir. Em prol da equidade.
A actual crise nacional – falamos da recessão, do desemprego, da “crise real” – é fruto da austeridade. Esta afirmação que parece consensual está errada. Vivemos uma crise real que cria enormes dificuldades aos portugueses (e a outros povos) mas essa crise não tem origem nos cortes dos subsídios nem no aumento dos impostos. Essa crise tem origem no défice público de décadas em que o sector público gastou mais do que o que tínhamos.
Os défices do Estado são cobertos por endividamento. A cada vez que ouvíamos falar em 6% ou 7% ou até 10% de défice, estávamos a endividar-nos na mesma proporção do total do Produto Interno Bruto - para referência, 1% do PIB são cerca de 1,7 mil milhões de euros – portanto andámo-nos a endividar em média 8,5 mil milhões de Euros (5% do PIB) por ano, em cada um dos últimos dez anos.
A dívida é para pagar e o Estado paga recorrendo a novas dívidas ou vendendo activos ou ainda através de mais receita por via de impostos. O que aconteceu em 2011 foi que a primeira fonte se esgotou: os juros que nos pediam para novos empréstimos eram tão elevados que o Estado não se podia mais financiar pelo recurso à dívida. Sem consolidação das contas à vista o risco de incumprimento ("default") do Estado português era real e os mercados não queriam assumir o risco.
O que teria acontecido em caso de "default" (não podíamos imprimir moeda para pagar a dívida como fizéramos nos tempos do escudo, o que gera outro tipo de problemas ainda que mais invisíveis) seria o fim do endividamento público. Como não cumpriríamos, também mais ninguém nos emprestaria e dum défice em torno de 10% do PIB (2010) passaríamos para um défice nulo por falta de financiamento.
Seria o ajustamento mais violento de que há memória: entre cortes na despesa e aumentos da receita seriam 17 mil milhões de euros que o estado teria de compensar. Ao contrário disso, o programa de assistência económica e financeira (o da "troika"), vem comprar tempo e permitir um ajustamento mais suave que o que ocorreria nas circunstâncias descritas. Temos até 2014 para ajustar as nossas contas, ao invés de o termos tido de fazer num só ano, em 2011.
Isso traz desemprego e recessão? Traz. São efeitos directos do endividamento dos anos transactos. Tal como uma família que se endivide hoje tem uma pobreza relativa quando tem de pagar de volta o empréstimo, o mesmo acontece com os estados. Mais ainda quando esse endividamento é usado para solidificar a intervenção do Estado na economia não permitindo o ajustamento económico a novas realidades. É esse ajustamento a que hoje estamos a assistir com falências e desemprego acentuados na construção civil e nos sectores não-transacionáveis e um efeito da crise muito menos acentuado (e até recuperação de emprego) em muitos sectores transacionáveis. E quanto mais atrasarmos o ajustamento mais tempo se vai manter a economia em recessão porque adiamos a reorganização dos recursos para os sectores mais produtivos.
Colocado por: luisvvSeria o ajustamento mais violento de que há memória: entre cortes na despesa e aumentos da receita seriam 17 mil milhões de euros que o estado teria de compensar
Colocado por: luisvvO país do paleio vai falar muito de PPPs, BPNs, Fundações, reforma do estado, custos intermédios e gorduras do Estado. Infelizmente a conversa não faz baixar a despesa.
Uma família têm um rendimento de 1000€/mês.
Gastos mensais:
- 400€ para alimentação
- 400€ para casa, água e luz.
- 100€ para deslocações para o trabalho
- 100€ para tabaco
- 100€ para os jantares no restaurante da Ti Maria aos sábados.
- 50€ para a internet+televisão
- 30€ para telemóvel
- Pera ... já temos gastos de 1180€/mês quando só ganhamos 1000€.
- Já estamos a gastar a mais 180€ por mês.
- Precisamos de cortar despesas.
- Deitamos abaixo a internet?
- Não chega, são só 50€.
- E que tal deixarmos de Fumar?
- Também não chega, só pouparíamos 100€ quando precisamos de pelo menos 180€.
- Olha, então não sei.
- Eu sei! Só há duas soluções, ou deixamos de comer ou vamos morar para debaixo da ponto!
- Eh pá, mas debaixo da ponte não dá para ter internet.
- Então passamos a comer metade do que comemos até aqui e ainda nos sobra 20€/mês.
- ok, tá decidido!
Colocado por: j cardosoTambém acho, o que não me impede de desejar estar entre esses que atingem esse escalão
Colocado por: J.Fernandes
Subir de escalão pode às vezes significar uma redução de rendimento líquido. Um exemplo:
Um rendimento colectável de 150.000€, vai pagar de IRS 65.250€ (43,5%), enquanto que um rendimento colectável de 155.000€ vai pagar 72.075€ (46,5%). Isto é, um aumento de 5.000€ de rendimento colectável vai implicar um aumento de 6.825€ de imposto. Não mencionando sequer a percentagem pornográfica de imposto que leva quase metade do rendimento, temos aqui um excelente incentivo a não aumentar rendimentos, a trabalhar menos e a fugir ao fisco.
É por estas e por outras que eu defendo uma taxa única de IRS para todos os rendimentos.
Correndo o risco de ser insultado por 90% dos meus caros colegas de fórum, digo que, a haver escalonamento, fazia mais sentido, na minha opinião, que fosse de forma inversa ao que é hoje: atingindo certos patamares de rendimento a percentagem de IRS/IRC diminuíria, incentivando desta forma o aumento dos rendimentos, a maximização do lucro e menor fuga ao fisco.
Colocado por: Jorge RochaO que mais me espanta é defender-se aqui que baixar o Irs...o irc ajuda com que se fuja menos ao fisco;mas defendem por outro lado que esta austeridade doentia continue e com os impostos altíssimos!