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  1.  # 621

    Os licenciados com 25 anos de carreira já estão nos últimos 2 escalões da carreira, ganham 3000 e representam cerca de 45% dos mais de 170MIL professores.


    Posso então concluir que 45% dos professores ganham 3000 €? A sério?
  2.  # 622

    Colocado por: j cardosoPosso então concluir que 45% dos professores ganham 3000 €? A sério?

    De acordo com um estudo de há uns 5 anos,eram ! A sério.
    Mas se lhes perguntar eles respondem o que ganham LÍQUIDO, e esquecem-se de falar nos suplementos, subsídios, nas folgas, nos artigos não-sei-quantos que lhes permite faltar - sem perda de vencimento - todos os meses com os mais variados argumentos, etc.
    •  
      GF
    • 3 agosto 2012

     # 623

    Colocado por: Luis K. W.Nota: há uns 2 anos o "horário completo" era de 12 horas de aulas por semana!

    A sério?!
  3.  # 624

    Colocado por: Luis K. W.
    De acordo com um estudo de há uns 5 anos,eram ! A sério.
    Mas se lhes perguntar eles respondem o que ganham LÍQUIDO, e esquecem-se de falar nos suplementos, subsídios, nas folgas, nos artigos não-sei-quantos que lhes permite faltar - sem perda de vencimento - todos os meses com os mais variados argumentos, etc.


    Asneiras e mais asneiras. Enfim
  4.  # 625

    Colocado por: Luis K. W.Nota: há uns 2 anos o "horário completo" era de 12 horas de aulas por semana!

    Colocado por: gf2011A sério?!

    Para os 45% do topo da carreira era assim.
    Uma amiga nossa , professora liceal, então com 49 anos dizia : "eu até tenho vergonha de vos dizer quanto é que VOCÊS me pagam para dar 12 horas de aula por semana" (e ela, há anos que não dava aulas às 2as e/ou 6as).

    Isto não quer dizer que eu tenha alguma animosidade especial contra os profs. Mas TENHO contra os políticos - que por acaso até eram professores! - que levaram a este estado de coisas!
  5.  # 626

    Conheço alguns professores do secundário com 25 anos de carreira, nenhum deles tem um horário de 12 horas, nenhum deles ganha 3000 Euros.
    •  
      GF
    • 4 agosto 2012

     # 627

    Como alguém já disse atrás, o problema nem é dos professores, é do sistema que lá os meteu....
  6.  # 628

    Alguns dados.

    Nº alunos por professor (EM 2005/2006; dados EUROSTAT)
    PORTUGAL e Grécia: 10
    Espanha: 12
    Suécia: 13
    França, Bulgária, Eslovénia: 14
    Alemanha: 16.

    Portugal detalhadamente (alunos/professor). Educação Pré-Escolar: 15. 1.º Ciclo do Básico: 14. 2.º Ciclo do Básico: 7. 3.º Ciclo do Básico: 8. Ensino Secundário: 7.


    Em 1991/92, existiam 1.910.445 alunos do 1.º ao 12.º anos, e os professores eram 139.427.
    12 anos mais tarde (2003/04), os alunos diminuiram para 1.548.489 e os professores aumentaram para 163.552 (dados www.ine.pt).
    Graças a isto, mais de 90% do orçamento do Min. Educação (em 2002, durante o mandato de David Justino) estavam concentrados no pagamento de ordenados dos professores (dos quais 300 milhões para HORÁRIOS ZERO).

    «Os professores com horário zero no final de 2002 custaram 300 milhões. Eram então 10 mil» (Visão, 21/Set/2006). O que dava - em 2002! - um custo de 30.000euros/ano por professor com horário-zero.
    O que quer dizer que os 400 Milhões de Euros que eu estimei para os 15.000 professores que actualmente estão com horário zero foi um pouco por baixo. Devia ser 450 a 500 Milhões!
    Em 2006 o número de professores diminuiu, mas ainda eram 4.500 os que estavam com «horário zero».


    Volume anual de horas exigido aos docentes (dados www.oecd.org, 2006):
    ----------------- 1º+2º ciclos -- 3º ciclo -- Secundário
    PORTUGAL ---- 880 ---------- 660 ------ 586
    Luxemburgo - 1022 ----------- 890 ------ 890
    Irlanda ------- 1036 ----------- 735 ------ 735
    Espanha ------ 1140 --------- 1140 ----- 1140
    Inglaterra ---- 1125 --------- 1125 ----- 1125
    Suécia ------- 1360 --------- 1360 ------ 1360
    E U A -------- 1332 --------- 1368 ----- 1368
    Grécia ------- 1500 --------- 1425 ----- 1425
    Islândia ------ 1650 --------- 1650 ------ 1720

    (Em 2006, um professor do secundário português tinha de passar 586 horas/ano lectivo na escola. A um sueco exigia-se 1360 horas!)

    O estatuto da carreira docente, de 1990 (governo do PROFESSOR Cavaco Silva), consagrou um conjunto de benesses que acumula «experiência» e anos de serviço, tendo os professores substanciais reduções no horário de trabalho, combinando com as funções que exerçam (exemplo: direcção de turma; tomar conta da biblioteca;...) ou por leccionarem «níveis mais avançados» (no secundário), um professor com 20 anos de experiência (uns 45 anos de idade) teria um horário de 15horas semanal.
    Se estiver há muito colocado na mesma escola, o professor pode evocar a antiguidade para escolher os horários que mais lhe convenham.
    E quanto à progressão na carreira, até à Maria Leonor Rodrigues, bastavam uns relatórios de «actividades» e uns cursos de formação (até em CULINÁRIA serviam!) para assegurar a passagem de escalão.
    Ficou famoso o caso de uma professora que esteve de baixa durante 3 anos e que, durante esse período, subiu 2 escalões!

    Apesar de tudo, o PROFESSOR Silva não é o único culpado. Outros, como a PROFESSORA Ana Benavente (secr. Estado de 1995-2005, pelo PS), também têm culpa deste regabofe.

    E porque é que a EDUCAÇÃO é tão importante para Portugal? É que METADE do crescimento do PIB nos 10 anos de 1990-2000 se deveu ao aumento das habilitações médias dos trabalhadores portugueses! E este processo (de aumento das qualificações) não deve parar.
    (as empresas que empregavam trabalhadores pouco qualificados -textéis de Vale do Ave, etc.- têm vindo a fechar umas após outras).

    Colocado por: j cardosoConheço alguns professores do secundário com 25 anos de carreira, nenhum deles tem um horário de 12 horas, nenhum deles ganha 3000 Euros.
    A sério?
    Pois TODOS os que eu conheço com cerca de 55 anos reformaram-se quando fizeram 30 anos de carreira, e o vencimento nos últimos anos era precisamente esse. :-)
  7.  # 629

    Vencimento bruto. O vencimento líquido de topo de carreira é pouco mais de 2000€.
  8.  # 630

    Colocado por: J.FernandesVencimento bruto. O vencimento líquido de topo de carreira é pouco mais de 2000€.

    E o que é que interessa o «líquido»?!??

    O que aqui interessa é quanto é que o trabalhador custa à entidade patronal. Isto é, A NÓS TODOS.

    (se o trabalhador for muito doente, ou deficiente, e tiver um montão de despesas dedutíveis, os 27,5% - ou mais - que são retidos de IRS são-lhe devolvidos!)

    Além disso, é sobre o «bruto» que é calculada a pensão de reforma!
  9.  # 631

    Boas,

    Colocado por: j cardosoConheço alguns professores do secundário com 25 anos de carreira, nenhum deles tem um horário de 12 horas, nenhum deles ganha 3000 Euros.


    Andas muito mal relacionado!
    (eu também)

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  10.  # 632

    Em vez de se estar a criticar os Professores que são das classes profissionais pelas quais tenho o maior respeito e que merecem bem o que ganham, deviam era de estar contra o CT que entrou em vigor e que esse sim desrespeita quem trabalha.

    http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/08/04/270-mineiros-protestam-contra-reducao-de-valor-do-trabalho-suplementar-nas-minas-da-panasqueira
  11.  # 633

    Boas,

    Colocado por: jpvngos Professores que são das classes profissionais pelas quais tenho o maior respeito e que merecem bem o que ganham


    Há de tudo, mas não tenho bem essa opinião ...


    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista
  12.  # 634

    Sei bem o que é a vida de um professor. E digo-te que quem trabalha com dedicação e acredito serem a maioria merece cada tostão que ganha.
  13.  # 635

    Colocado por: jpvngdeviam era de estar contra o CT que entrou em vigor e que esse sim desrespeita quem trabalha.

    O CT só peca numa coisa, continua a não liberalizar verdadeiramente a relação trabalhador - patrão. Não permite a liberdade contratual que acho que deveria existir.
  14.  # 636

    Colocado por: jpvngSei bem o que é a vida de um professor. E digo-te que quem trabalha com dedicação e acredito serem a maioria merece cada tostão que ganha.

    O curioso é serem precisamente os professores - os que são realmente bons! - quem acha exactamente o contrário: que «a maioria» não merece um tostão do que ganha.
    E neste momento há cerca de 10% dos professores, QUINZE MIL, que fazem precisamente "ZERO" (horário zero) para justificarem o que ganham - e que nos custam quase QUINHENTOS MILHÕES de Euros (0,3% do PIB) por ano.

    Como já escrevi em cima, os professores são tão MEDÍOCRES como a generalidade dos portugueses. Por isso é que é inconcebível haver 45% deles (uns 70.000!!) que estão nos 2 escalões de topo da carreira.

    E vai ser difícil esquecermos a «guerra» que os professores armaram contra a Mª Lurdes Rodrigues só porque ela pretendeu acabar com o iníquo sistema de «avaliação» dos professores que fazia das subidas de escalão uma mera formalidade.
  15.  # 637

    Colocado por: J.Fernandes
    O CT só peca numa coisa, continua a não liberalizar verdadeiramente a relação trabalhador - patrão. Não permite a liberdade contratual que acho que deveria existir.


    Por causa de gente como você é que estamos assim em Portugal. É o que eu acho. Se calhar a verdadeira liberdade contratual é colocar as pessoas a trabalhar mesmo que seja só para pão e agua.
  16.  # 638

    Já percebemos que o Luís tem um alvo preferencial de animosidade: os professores. Claro que não é nada de pessoal, e etc, mas "os professores" (grupo homogeneizado, assim à semelhança dos "empresários da construção civil", "advogados" ou "comerciantes de fruta em mercados e feiras") constituem uma espécie de mal maior do país, cujos recursos financeiros são sugados por uma classe profissional de parasitas.


    Colocado por: Luis K. W.Em 2006, um professor do secundário português tinha de passar 586 horas/ano lectivo na escola


    Colocado por: Luis K. W.O estatuto da carreira docente, de 1990 (governo do PROFESSOR Cavaco Silva)


    Colocado por: Luis K. W.Graças a isto, mais de 90% do orçamento do Min. Educação (em 2002, durante o mandato de David Justino) estavam concentrados no pagamento de ordenados dos professores (dos quais 300 milhões para HORÁRIOS ZERO).


    Estamos em 2012.
    Se a minha avó não tivesse morrido ainda hoje era viva, portanto, seria um pouco mais útil (e honesto) falar da situação dos professores hoje, Agosto de 2012, não em 1990, 2002 ou 2006. Nos últimos anos houve reduções remuneratórias, perda de subsídios, congelamento de progressões (das automáticas, mas também das outras, por mérito), e um novo estatuto da carreira docente (em 2010).

    O novo estatuto da carreira docente altera tudo quando foi dito sobre requisitos para a progressão (que não existirão nos próximos anos, mas ainda assim...), tempo de permanência na escola, carga letiva, etc, o que me leva a agradecer a súmula histórica que o Luís fez aqui para o pessoal do fórum, mas realmente pouco esclarece sobre a situação dos professores...em 2012.

    Colocado por: Luis K. W.é inconcebível haver 45% deles (uns 70.000!!) que estão nos 2 escalões de topo da carreira.


    É inconcebível porque é mentira. Os últimos dados que encontrei são de 2009 e estão, por isso, desatualizados (muitos professores no topo da carreira se reformaram desde 2009, como é evidente). No entanto, mesmo esses dados desmentem categoricamente o absurdo número avançado pelo Luís.

    http://www.arlindovsky.net/wp-content/uploads/2009/12/nov09-docentes.pdf

    Colocado por: Luis K. W.O curioso é serem precisamente os professores - os que são realmente bons! - quem acha exactamente o contrário: que «a maioria» não merece um tostão do que ganha.


    Experimente ir por uma semana - uma semaninha apenas - para uma escola secundária lecionar. Pode ser uma escola "normal", nem é preciso ser uma, digamos, num chamado "bairro problemático". É tão fácil falar do que não se sabe, não é? Ou avaliar a realidade pelas pessoas que circulam no nosso círculo de amigos e conhecidos, as tais que se reformaram com 55 anos e 30 anos de serviço (eram, foram uns privilegiados, sem dúvida). A "maioria" esforça-se e trabalha e dá o seu melhor. Há os medíocres. Há os maus. E os muito maus. Como os empresários da construção civil, os advogados ou os comerciantes de fruta nos mercados e feiras.

    Colocado por: Luis K. W.E porque é que a EDUCAÇÃO é tão importante para Portugal? É que METADE do crescimento do PIB nos 10 anos de 1990-2000 se deveu ao aumento das habilitações médias dos trabalhadores portugueses! E este processo (de aumento das qualificações) não deve parar.


    Deve andar distraído, Luís. Todas as medidas que têm sido tomadas na educação apontam para um crescente elitismo na educação, a degradação do ensino público e o agravar do peso das desigualdades sociais no sucesso escolar.

    Claro que sou professora e por isso não sou imparcial. Também não sou imparcial quando se trata de defender a imagem pública de outros trabalhadores ou de lamentar a perda de direitos, a precariedade laboral ou a diminuição dos vencimentos. Em última análise, esta sanha contra os professores (e os FP e, geral) que se generalizou na sociedade portuguesa entristece-me por isso: não é altura de escolher melhor o alvo das pedras que se atiram?
    E estamos em 2012, Luís. Deixe lá o passado, já passou. Pode sempre alegrar-se com os milhares de professores com 10, 15 ou 20 de serviço que vão cair no desemprego... (cuidado com as canas que caírem...)
  17.  # 639

    Boas,

    Colocado por: becasJá percebemos que o Luís tem um alvo preferencial de animosidade: os professores.


    É que nem quero imaginar os "castigos corporais" que o Luis K. W. sofreu às mãos dos terríveis professores ...

    Divirtam-se,
    João Dias e seu gato psicanalista

    PS: há estudos que comprovam a relação de aplicação de "castigos corporais" a crianças e (a diminuição d) o QI.
  18.  # 640

    Colocado por: jpvngPor causa de gente como você é que estamos assim em Portugal. É o que eu acho. Se calhar a verdadeira liberdade contratual é colocar as pessoas a trabalhar mesmo que seja só para pão e agua.

    Se todos fossem gente como eu, se calhar não diziam disparates como você diz, armado que está em defensor da classe trabalhadora. Se todos tivessem as experiências que eu já tive como empregado em várias empresas e depois como empregador, saberiam o dano que empregados que apenas estão interessados em receber o salário ao fim do mês e não fazer um ca...lho, causam à empresa e a vantagem que há em pô-los na rua com a maior rapidez possível.

    Não é concerteza por causa de pessoas como eu que o país está assim, para sua informação dou emprego a algumas pessoas e não diminui empregados nos últimos anos. Mas se para manter a empresa e alguns empregos, tiver que despedir alguns outros, não vou hesitar um segundo. Entre menos empregados e o fecho de portas, a escolha parece-me óbvia.
 
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