Colocado por: danobrega"Só"... :-)
Colocado por: danobregapenalizado no IRS
Colocado por: danobregaEnfim, é uma baralhada desnecessária, a meu ver.
Colocado por: danobregaQue a sorte esteja connosco, porque razão parece faltar.
O "não há alternativa".
Enquanto a frase "não há alternativa" se aplicava apenas à austeridade em geral, a frase era sensata e suscitava uma aquiescência triste, mas cordata. Não era um irritante, mas uma inevitabilidade, que pessoas racionais sabiam não poder ser contornada. "Não havia alternativa."
Depois a frase começou a azedar. Primeiro, havia quem dissesse que "não havia alternativa" com ar feliz, como quem diz, portaram-se mal, "viveram acima das vossas posses" e por isso precisam de um tratamento drástico de "austeridade". Não o Estado, não o Governo, não os políticos, não os bancos, não as pessoas imprevidentes e gastadoras, mas "todos". Ora quando chegou ao "todos", a frase tornava-se injusta, e quando se tornou habitual como um instrumento discursivo na política, começou e bem a irritar todos aqueles que sabiam não fazer parte desses "todos".
O moralismo, aliado ao paternalismo, começou a fazer estragos na "inevitabilidade". Porque uma coisa era ter de passar mal uns tempos para consertar um país, que fora muito estragado pelas governações mais recentes, outra é ter de ouvir uma reprimenda moral associada a medidas que são apresentadas como se fossem punições, palmadas no aluno malcomportado que não fez "o trabalho de casa". Diga-se de passagem que a história adolescente do "trabalho de casa" é também um pequeno irritante.
Hoje o "não há alternativa" é usado para blindar das críticas as políticas do Governo, fazendo esquecer que elas são opções entre várias "alternativas". Se não houvesse "alternativas", não precisávamos de um governo para coisa nenhuma, bastava um comité de técnicos para aplicar uma "ciência" incontestável. Não é assim e por isso a questão da qualidade da governação vem ao de cima cada vez mais, com resultados pouco brilhantes.
Por isso, estar sempre a ouvir que "não há alternativas" à medida A ou B, faz-nos lembrar o cemitério de medidas para as quais não havia "alternativa" e que ficaram pelo caminho. Por exemplo: a meia hora suplementar diária. Já chega de "inevitabilidades" que irritam
Como já todos perceberam o J. Fernandes é que sabe a verdadeira opinião dos empresários portugueses - parece que faziam fila à porta de uma marisqueira na esperança de serem ouvidos por ele enquanto apreciavam um copo de branco fresco. Ou isso ou foi a Maia que lhe sussurrou a verdade escondida entre as cartas do Tarot. Há gente assim: quando a verdade não lhes agrada atiram-se ao trabalho e fabricam a sua própria realidade. Deve ser a isto que chamam empreendedorismo.
Colocado por: francisco2Certo ou errado?
Colocado por: danobregaMas se começa com "argumentos" tão radicais como "até um cego vê" não há discussão possível. :\
Colocado por: danobregaque não quer dizer que não piore ainda mais se não mexeres na variável custo de trabalho.
Colocado por: danobregaAi, lá estás tu a colar bocados. Explica-te...
Colocado por: danobregaQueres que te explique melhor a relação custo trabalho <-> taxa de desemprego?
Colocado por: danobregaJá me declarei incompetente para tal.
Colocado por: oxelfeR (RIP)mas desprezas que a solução que implementas pode estar directamente ligada a algumas variáveis que levam as coisas a piorar.
O estudo feito por LA-C e colegas sobre a TSU parece não considerar 3 pontos fundamentais da proposta do PM:
1. O crédito fiscal;
2. O ajuste que tem que ser feito ao IRS para assegurar que o corte no salário líquido é feito no mesmo valor percentual que o corte no salário bruto. Os 7% têm que ser no bruto e no líquido para simular o corte de um salário líquido ;
3. O efeito de uma medida alternativa que tenha a mesma receita e que respeite a decisão do TC.
Tanto o ponto 1 como o 3 parecem-me relevantes para as conclusões. O 1 baixa o custo da medida para o sector privado e o 3 aumenta o custo de uma eventual opção alternativa. Ponto 2 faz subir o salário líquido efectivamente recebido, o que pode alterar pelo menos um dos cenários. No entanto só fiLz uma leitura muito na diagonal e pode-me ter escapado alguma coisa.
Colocado por: danobregaE não se trata de crença, a não ser que aches que os cientistas são crentes. Eu acredito que é assim, porque as deduções lógicas que vejo apontam para tal.
Colocado por: danobregaRepara que até o estudo económico que prevê que vai haver desemprego reconhece a relação directa.
Colocado por: danobregaNaquele caso concreto argumentam que vai haver empresários a aumentar os salários de maneira a que o salário liquido fique igual, aumentando o custo de trabalho e consequentemente o desemprego. Parece-me um pressuposto imbecil achar que os empresários vão aumentar tão significativamente os salários numa altura de recessão, mas não me admira que aconteça pontualmente.
Colocado por: luisvv3. O efeito de uma medida alternativa que tenha a mesma receita e que respeite a decisão do TC.
O que não me consegues explicar (mas é lerdice minha e não tua) é porque te queixas que o estado nos trata como caixa ATM e ao mesmo tempo defendes os aumentos de impostos (quer dizer, defendes a baixa para alguns).
Então andam a chagar-nos a cabeça que vivemos acima das nossas possibilidades, que deveríamos poupar mais, etc, etc e tal, e depois com uma grande lata ainda nos dizem que a culpa é nossa de as coisas não funcionarem porque poupamos e não compramos automóveis.