Colocado por: jpvngvocê é mesmo inocente..acha então que o recado foi só para as FA?
Mitologia orçamental
Há vários mitos em torno do OE para 2013. Um deles é o de que não se deve equacionar a sua fiscalização preventiva.
Ora esta possibilidade é perfeitamente pacifica. Não há, sequer, um problema de prazos, e o PS escusava de ter ajudado a essa mistificação. Aliás, se existem reservas quanto à constitucionalidade das soluções, quanto mais cedo forem avaliadas melhor.
Também não virá mal ao Mundo se o nosso Tribunal decidir por uma ou mais inconstitucionalidades. A ‘troika' sabe o que é respeitar uma Constituição. O problema não é a ‘troika' com que se ameaça amiúde.
A proposta de OE viola o contrato social vigente. É isto que assusta o País, e até o CDS e mesmo boa parte do PSD.
Ora o contrato social enforma, desde logo, a Constituição. Este orçamento tem, por isso, um risco de inconstitucionalidade inédito.
Há a questão fiscal, em que a progressividade do IRS se degrada, sendo menos afectados os que ganham mais do que 160.000€/ano do que os que ganham 8.000€/ano.
Depois, temos uma cada vez mais desequilibrada taxação do trabalho por oposição ao capital e à propriedade.
Já para não falar nos cortes violentos na área dos apoios sociais, saúde e educação. Tudo matéria com protecção constitucional, e que não pode ter cortes sem fim à vista.
Este PSD, não o esqueçamos, começou com um projecto de revisão constitucional radical, filho de um neoliberalismo original que é defendido no Terreiro do Paço e em S. Bento, e em mais lado nenhum.
No OE para 2013 é exactamente esse o objectivo, mesmo sem alterar a constituição. Basta ouvir o ministro das Finanças falar na necessidade de resolver o desvio entre os impostos que estamos a pagar e os serviços públicos que esperamos ou primeiro-ministro e a sua "refundação" do Memorando.
A questão do OE não é o equílibrio das contas, para o qual em nada contribui. É o criarem-se condições para implementar subrepticiamente uma linha ideológica. Não perceber isto é não perceber nada.
Em defesa de Relvas
Nas jornadas parlamentares, Miguel Relvas voltou a ser o centro das atenções. Tudo o que foi dito pelos seus colegas e por ele próprio serviu para achincalhar o homem. Teixeira da Cruz disse que os políticos tinham de ser um exemplo. Toca a fazer pouco do ministro. Nuno Crato falou de rigor e exigência. Tudo a humilhar o licenciado em ciência política. O próprio disse que a sua vida é transparente, recomeça o tiro ao Relvas. Há uma remodelação, agitam-se as damas ofendidas porque o ministro não faz companhia aos secretários de Estado. Confesso que me começa a cansar. Há uma diferença entre a crítica política e a perseguição.
Sim, os políticos devem ser um exemplo. Sim, como disse o senhor ministro, ele é um exemplo de transparência. É ou não Miguel Relvas um livro aberto para os portugueses? De quantos políticos se pode fazer um retrato tão cristalino? De quantos podemos falar, sem receio de cometer uma injustiça, sobre os seus valores éticos e a sua conduta? Fossem todos os políticos como Miguel Relvas e nunca mais um português poderia dizer que comprou gato por lebre.
Sim, está chegado o tempo de, na Universidade, haver rigor e exigência. Mas o que soubemos a semana passada sobre o curso de Miguel Relvas? Que teve equivalência a três cadeiras que não existiam. E ficam desagradados? Preferiam que fosse a cadeiras existentes? Há ou não há, por parte de Relvas, uma vontade de proteger o bom nome da Academia? Ter equivalência ao que não existe não é o mesmo que não ter nada? Ser doutor em coisa nenhuma, quando não se estudou, é ou não é uma demonstração de rigor?
Há um ambiente pesado no governo. Nota-se que aquela gente anda abatida. Apenas três exceções: Vítor Gaspar, que se está a transformar num maratonista do sound bite; Santos Pereira, que, como uma criança, continua a brincar no meio de um velório; e Miguel Relvas, a quem a simplicidade de espírito protege de todas as tormentas. Quando lhe falaram de remodelação, sorriu com a despreocupação de quem, mesmo devendo, nada teme. Claro que o podem remodelar, disse ele mostrando os dentes de satisfação. Ele sabe que será o último a sair. Que os vai a enterrar a todos. Que ainda muita privatização passará pela sua secretária até que volte à vida civil. Sabe que, faça o que fizer, nada o fará tremer. Um governo tão fragilizado, precisa ou não de alguém que tenha esta autoconfiança?
O País tomou Miguel Relvas de ponta. Por todo lado há gente que o manda estudar. Relvas não precisa. É catedrático na escola da vida. O que este país precisava era de um Relvas em cada esquina. A vender rolexes fanados e saúde política.
Colocado por: oxelfeR (RIP)Gaspar meteu-nos numa trapalhada!
Colocado por: danobregaJá nós não tivemos qualquer responsabilidade no problema. A trapalhada é toda da responsabilidade do Gaspar, esse malandro.
Colocado por: oxelfeR (RIP)
Claro que é!
Querias culpar quem?
Colocado por: ErdnaxelaO gato! lol
Colocado por: marco1ele e muitos ainda pensam que isto se trata de apertar o cinto, não é verdade, muitos já tem as vidas devastadas, jamais se tornarão a erguer, foram aniquilados e o o seu futuro e sobrevivência será sempre só assegurado por caridade.
Colocado por: oxelfeR (RIP)estão vivos
Pelo que Portugal deve apresentar à Europa, "de uma forma credível", um programa de longo prazo "em que eles também percebam que têm alguma coisa a ganhar", porque "ir de mão estendida a dizer ajudem-nos, isso não vai a lado nenhum. Ficaremos como a Grécia e essa opção rejeito", sublinhou.
Colocado por: danobregaEsta parte também é interessante
Colocado por: oxelfeR (RIP)Boas,
Ulrich: "O país aguenta mais austeridade?...ai aguenta, aguenta!"
O presidente executivo do BPI deu assim exemplos da situação da Grécia em que o desemprego "já está em 23,8%" e chegará aos 25,4% no próximo ano. Apesar disso, "os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos".
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=587217
Divirtam-se,
João Dias e seu gato psicanalista
Colocado por: oxelfeR (RIP)Eu a pensar que "estes" tinham o tal plano a longo prazo ...
Colocado por: jpvngSinceramente isto é repugnante demais.
Colocado por: danobregaPlano a longo prazo... cada um tem o seu. O problema é que o longo prazo troca-lhes as voltas. Por exemplo, andaram a fazer investimentos "à bruta" para criar condições de no longo prazo haver crescimento económico. UPS...
É a redução da existência a um sistema binário, ou se está vivo ou se está morto, e enquanto se está vivo está tudo bem.
ele e muitos ainda pensam que isto se trata de apertar o cinto, não é verdade, muitos já tem as vidas devastadas, jamais se tornarão a erguer, foram aniquilados e o o seu futuro e sobrevivência será sempre só assegurado por caridade.