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  1.  # 61


    Antes de chamar socialista a qualquer um que tome medidas com as quais não concorda veja exactamente o que é o socialismo.
    Convém também que tenha presente que essas intervenções que salvaram os bancos foram defendidas por muitos que se consideram liberais, conservadores e de direita.



    http://lei-natural.blogspot.pt/2010/01/as-origens-do-estado-moderno.html
    Eis algumas medidas avançadas por Karl Marx no Manifesto Comunista para fundar o socialismo:
    «2. A heavy progressive or graduated income tax. (...)
    5. Centralisation of credit in the hands of the State, by means of a national bank with State capital and an exclusive monopoly.
    6. Centralisation of the means of communication and transport in the hands of the State.(...)
    10. Free education for all children in public schools. (...)» (p. 53, 54)
  2.  # 62

  3.  # 63

    .
  4.  # 64

    Ai... outra vez. Os descontos que fizeram ou não na prática são completamente irrelevantes no cálculo da reforma que recebem. Só servem para saber em que proporções distribuir o bolo que se conseguir arranjar.(..)
    É muito simples, a realidade obriga a que exista um equilíbrio entre os que produzem um excedente, e os que por uma razão ou outra não produzem e recebem parte desse excedente. E o excedente de hoje pode não ter nada a ver com o de amanhã. De facto, adivinha-se que não será.


    Mas o ponto não é esse, é apenas que a generalidade das pessoas crê numa relação entre descontos que fez (quem já não ouviu "descontei toda a vida para ter uma reforma de X euros"?) e a reforma a julga ter direito.
  5.  # 65

    ó luisvv

    segundo as suas contas essa pessoa tem direito a quê?? não esquecer que o que descontou tambem rendeu juros ( ou teoricamente deveria visto ser uma poupança) ou não??
  6.  # 66

    Colocado por: j cardosoÉ natural e não é nenhuma novidade, já no tempo da outra senhora Salazar e apoiantes apelidavam praticamente todos os opositores de comunistas. Ouvi dizer que em Cuba é parecido, chamam reaccionários capitalistas a todos os opositores por pouco ou nada capitalistas que sejam. Como vê a cegueira e a ignorância é partilhada por várias ideologias, pode considerar-se bem acompanhado

    A diferença é que eu não quero que os socialistas ou comunistas sejam presos ou mortos, quero apenas que não consigam pôr em prática as suas ideias de economia e sociedade.
  7.  # 67

    Colocado por: luisvvMas o ponto não é esse [...] a generalidade das pessoas crê numa relação entre descontos que fez [...] e a reforma a julga ter direito


    Precisamente o que tentei explicar. Não existe essa relação.

    Colocado por: marco1segundo as suas contas essa pessoa tem direito a quê?? não esquecer que o que descontou tambem rendeu juros ( ou teoricamente deveria visto ser uma poupança) ou não??


    Ó marco, até a ideia de que alguém que receba a reforma deve ter descontado o equivalente é bacoca. As reformas são um sistema de seguro, uns pagam, nem todos recebem. É mesmo assim. A sustentabilidade do sistema não pode ser vista analisando um individuo.

    Mais uma vez, os descontos que se fazem para a reforma, são para a reforma dos outros.
  8.  # 68

    http://mises.org.pt/posts/artigos/mises-e-hoppe-duas-definicoes-de-socialismo-4/

    algumas particularidades históricas são de facto curiosas: apesar da grande maioria dos seus proponentes modernos não ter como objectivo final uma socialização total, as propostas sociais-democratas originais não só tinham como objectivo a nacionalização dos meios de produção e a destruição do sistema capitalista através de reformas graduais, como tiveram em Marx e no seu Manifesto Comunista o seu mais famoso e articulado proponente (embora Marx tenha mudado de ideias sobre a estratégia posteriormente). Mas quantas das propostas práticas que Marx aconselhava no seu Manifesto podem ser, e são, subscritas pelos partidos modernos de esquerda e direita (cujo objectivo não é o comunismo)? E quantas delas não fazem já parte do status quo das democracias? [12]

    Embora aquilo que se convencionou chamar Comunismo (ou seja, a forma extrema de socialismo) tenha praticamente acabado no mundo moderno, os estados social-democratas de hoje cumprem, na totalidade ou parcialmente, quase todas as recomendações de Marx no Manifesto Comunista.

    Um dos desenvolvimentos mais importantes do socialismo no mundo ocidental, foi o abandono total da ideia de nacionalizar os meios de produção que se seguiu ao fim da experiência soviética. O abandono significa implicitamente também o abandono de duas das ideias marxistas mais entranhadas no imaginário popular: a de que o comunismo é mais produtivo que o capitalismo e, subsequentemente, que as classes mais pobres estão condenadas a ficar permanentemente mais pobres pelo sistema de propriedade privada nos meios de produção. Chegados a este ponto, os ideais socialistas abandonaram todas as pretensões de científicidade e racionalização de produção. O método capitalista foi reconhecido como o melhor meio de gerar riqueza, e a ênfase tornou-se, por um lado, numa “regulação dos excessos” e na posterior e progressiva redistribuição da riqueza gerada. Depois de mais de um século de teorias inconsequentes extraídas do “segundo Marx” (o de O Capital), os próprios partidos marxistas ocidentais adoptaram uma posição muito mais próxima do socialismo pré-marxiano (e do Marx do Manifesto), que se refere sobretudo à igualdade de rendimento, à garantia de condições de trabalho e de uma “social safety net” e não ao controlo dos meios de produção por parte da sociedade pela mão do Estado. Por outras palavras, aquilo que caracterizou os esforços socialistas radicais durante um século foi subitamente rejeitado e substituído por uma forma mais musculada de social-democracia. Os meios de produção devem pois ficar em mãos privadas, excepto em áreas consideradas “de serviço público”, que diferem de teórico para teórico, mas que no essencial distinguem-se apenas em grau de prévios socialistas radicais para sociais-democratas, conservadores, democratas cristãos, monárquicos constitucionalistas e neoliberais, e devem na sua mundividência ao imaginário do Manifesto Comunista – como foi notado acima.

    Torna-se, pois, claro que a definição Hoppeana de socialismo permite-nos entender este novo desenvolvimento dos movimentos anticapitalistas bem melhor do que a definição Miseseana. Poucos são os que pretendem um retorno ao Marx de O Capital, à inevitabilidade do socialismo entendido como a nacionalização dos meios de produção e à própria ideia da desejabilidade da concentração dos meios produtivos nas mãos exclusivas do Estado – e estes vivem tão fora do mundo que são apenas encontrados no mundo académico e constituem uma caricatura de si mesmos. Por outras palavras, o socialismo que Mises demoliu e que constituiu a principal das suas preocupações é uma criatura do passado – devido, também, à sua brilhante demolição – mas para todos os efeitos morta para sempre.

    O problema de hoje é sobretudo de redistribuição massiva de riqueza da parte de quem a produz para grupos de interesses, é uma questão de tributação e de atribuição de privilégios pela parte do Estado – ou seja, é sobretudo um problema de institucionalização da violência contra os direitos de propriedade dos proprietários, não de nacionalização dos meios de produção, de “racionalidade económica” ou de planeamento central per se. O problema é agravado sobretudo porque as ideias, mesmo que em algumas instâncias consideradas excessivas, são consideradas legítimas – e enquanto, por exemplo, a Igreja se bateu sempre contra as forças ateias comunistas, no presente é a primeira a juntar-se ao coro da redistribuição (coro que, aliás, em grande parte originou pela sua concepção errada do liberalismo e do sistema de produção capitalista, e na condenação velada dos ricos que de alguma forma pode ser lida com facilidade nas palavras dos Evangelhos).

    Hoppe, ao fazer apenas uma distinção de grau, não de natureza, oferece-nos uma visão mais cínica e mais definida deste movimento que domina o ideário da maioria no mundo moderno. E embora a nacionalização dos meios de produção em si esteja tão longe das cabeças social-democratas de hoje como a liberalização absoluta, a verdade é que os efeitos (não só económicos, mas sociais e morais) nocivos da redistribuição são um factor que ameaça a própria sobrevivência da divisão do trabalho e do mercado, ou seja – da civilização. Daí que a definição Hoppeana sirva para mais claramente analisar os perigos desta forma perniciosa de socialismo.
  9.  # 69

    Colocado por: danobregaMais uma vez, os descontos que se fazem para a reforma,são para a reforma dos outros.

    E quem ainda tem 10 ou 20 anos de descontos pode contar com uma reforma simbólica de meia dúzia de euros.

    Acabe-se com a falácia que é o sistema de pensões e reformas públicos. Dê-se a responsabilidade e o direito de cada um optar por aplicar o dinheiro que paga todos os meses à S.S. conforme lhe apetecer.
  10.  # 70

    Colocado por: J.FernandesDê-se a responsabilidade e o direito de cada um optar por aplicar o dinheiro que paga todos os meses à S.S. conforme lhe apetecer.


    Não consegues, agora a responsabilidade está montada. Terias de condenar os reformados todos à miséria.
  11.  # 71

    Colocado por: danobregaNão consegues, agora a responsabilidade está montada. Terias de condenar os reformados todos à miséria.

    Todos os que se reformarem daqui a uns anos (não sei quantos) estão condenados à miséria, se isto se mantiver como está.
  12.  # 72

    ó luisvv segundo as suas contas essa pessoa tem direito a quê??


    Não são "as minhas contas". É o funcionamento básico do sistema: o trabalhador de hoje, chamemos-lhe Marco, por exemplo, desconta X sobre o seu trabalho para garantir uma reforma. Acontece que o dinheiro que lhe está a ser descontado é utilizado para ir pagando as reformas de hoje. O compromisso teórico é de que no futuro outros farão o mesmo para pagar a reforma do Marco.
    Ora, é fácil de perceber que isto é um verdadeiro esquema de Dona Branca: só funciona enquanto os que vão entrando de novo no sistema conseguirem suportar o esforço. Há um equilíbrio muito frágil, entre o número de reformados, o número de activos a descontar, os valores dos descontos e os valores das reformas. Ah, e não esquecer o aumento da esperança média de vida, com o inerente aumento da despesa..
    Em resumo, o trabalhador que desconta hoje terá direito ao que os trabalhadores do futuro conseguirem pagar.

    não esquecer que o que descontou tambem rendeu juros ( ou teoricamente deveria visto ser uma poupança) ou não??


    Juros? Com a excepção notável de um fundo de reserva da segurança social, cujo objectivo (ainda não atingido) é daqui a não sei quanto tempo ter acumulado poupança para pagar uns meses de reformas (repare: meses..), o guito entra e sai imediatamente..
  13.  # 73

    Colocado por: luisvvMas o ponto não é esse, é apenas que a generalidade das pessoas crê numa relação entre descontos que fez (quem já não ouviu "descontei toda a vida para ter uma reforma de X euros"?) e a reforma a julga ter direito.

    Eu acho que a generalidade das pessoas crê numa relação entre o último ordenado que teve e a reforma a que julga ter direito.

    Colocado por: luisvvAh, e não esquecer o aumento da esperança média de vida, com o inerente aumento da despesa..

    Deixo uma questão: Será justo aumentarmos a esperança média de vida, artificialmente? Isso não terá custos insuportáveis para a sociedade?
  14.  # 74

    Eu acho que a generalidade das pessoas crê numa relação entre o último ordenado que teve e a reforma a que julga ter direito.

    Isso já foi verdade, em tempos.

    Deixo uma questão: Será justo aumentarmos a esperança média de vida, artificialmente? Isso não terá custos insuportáveis para a sociedade?


    Aí está a inverter a ordem das coisas: o aumento da esperança de vida é perfeitamente natural e resulta da melhoria de condições de vida. A natureza do esquema piramidal da segurança social é outro problema...
  15.  # 75

    a não existência de um estado não implica que esses problemas não existam, ou seja "e implica igualmente um afastamento da ordem natural, não-parasítica, que resultaria de um sistema de pura propriedade privada (capitalismo e liberalismo)." já não é verdade.

    O problema é existir demasiado poder nas mãos de poucos, de tal maneira que consigam influenciar de uma ou outra maneira as decisões que uma pessoa queira tomar sobre a sua propriedade, e isto já é admitindo que existe possibilidade de obter propriedade.

    Por exemplo, num "sistema de pura propriedade privada", se eu for o legitimo (seja lá o que isso for) dono dos meios de produção de sectores estratégicos, como a energia, alguns dos problemas gerados são parecidos com os da existência de um estado. Queres energia? Pagas o tributo que eu decidir.

    Aliás, nada impede um "sistema de pura propriedade privada" de evoluir para um sistema feudal, onde uma família, aos poucos, se vai apoderando "legitimamente" de toda a propriedade. Isto é tão verdade que se vê a acontecer nos dias de hoje.


    O danobrega supõe que seria possível, num SPPP, criar um monopólio..
  16.  # 76

    Colocado por: luisvvO danobrega supõe que seria possível, num SPPP, criar um monopólio..


    Sim, suponho. Não é?
  17.  # 77

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    • luisvv
    • 4 outubro 2012 editado

     # 78

    Sim, suponho. Não é?


    Conhece algum monopólio que não seja criado e mantido por meio do Estado?
  18.  # 79

    Tenho visto ao longo de 38 anos e não tenho gostado.

    38 anos de socialismo em Portugal? Faço ideia do horror que terá passado, ser governado por perigosos socialistas como o Mário Soares, Durão Barroso e Cavaco Silva entre outros. Já agora, sob o domínio Salazar também tínhamos um estado forte e interventivo. Salazar, esse perigoso socialista.
    Sorte a sua que o ridículo não mata.

    A diferença é que eu não quero que os socialistas ou comunistas sejam presos ou mortos

    Mesmo não sendo socialista ou comunista já fico mais descansado. E daí não sei se deva ficar, ao que parece o guru do liberalismo Milton Friedman e sus muchachos não se importaram muito com isso no Chile.
  19.  # 80

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