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  1.  # 121

    Claro que sim. Mas acredito que é mais provável lançar/aceitar mais impostos para salvar um sistema público de seg. social do que um privado. Por isso prefiro contribuir para um sistema público eventualmente complementado (por opção) com um sistema privado.


    O seu pensamento está um bocado viciado: um sistema público está pressionado pela necessidade de dar aos seus beneficiários o que se entende por justo. O privado apenas tem a obrigação de dar o que se comprometeu, sendo certo que há um maior risco percebido pelo cliente. O sistema público tem a "vantagem" aparente de poder captar mais recursos coercivamente (que se torna numa desvantagem porque ao captar mais recursos hoje está a diminuir o potencial de geração de recursos no futuro).
  2.  # 122

    Colocado por: luisvvFora do Estado, como manter um monopólio?


    Compras ou esmagas a concorrência. Há muitas maneiras.

    Colocado por: luisvvE se fosse só de 100.000 para 1, já seria aceitável? E 95.000/1 ?


    O número aceitável é aquele que não provoque uma revolta de quem tem 1, ou mesmo zero. Para isso existem outros factores determinantes, não é só a diferença.

    Colocado por: luisvvSe alguém tem interesse em adquirir um determinado bem, porque não? Para adquirir quantidade significativa de determinado bem terá que a trocar por algum outro bem, provavelmente dinheiro. Esse dinheiro será aplicado por quem vende no uso que mais lhe aprouver. Uns fá-lo-iam melhor, outros pior, mas daí não vem mal ao mundo.


    O mal que vem ao mundo é que uns são melhores a jogar o jogo, seja ele qual for, e a tirar proveitos para lá do que o sistema foi desenhado. E para uns terem, outros não têm. Mas digamos que concordamos que não vem mal ao mundo quando alguém, por fruto do seu trabalho, consegue arrecadar um milhão de vezes mais que qualquer outro. É justo, consegui-o porque "produziu". As outras pessoas reconhecem-lhe o direito. No entanto os herdeiros do trono construido já não fizeram nada para merecer tal património. E assim temos uma espécie de regime feudal.

    Há valores mais altos que a propriedade privada. A igualdade de oportunidade é um deles. E digamos que alguém que começa a vida com 14.568 km² de propriedade tem uma "ligeira" vantagem sobre quem começa sem nada.

    Para corrigir este problema, concordarias que o património de alguém passasse para o "commons" na morte do seu proprietário, e que para evitar abusos, qualquer pessoa tivesse o direito de oferecer mais um cêntimo que outro para se sobrepor ao direito de aquisição de determinada propriedade (direito de preferência)?

    Não concordas porque o pensas que o direito à propriedade privada é um direito natural, quando não é. É apenas um direito social. E como tal só existe enquanto a sociedade to reconhecer. Digamos que não vejo nenhuma vantagem da sociedade reconhecer o direito a um indivíduo ter exageradamente mais que o resto da sociedade toda.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oxelfeR (RIP)
    • mog
    • 4 outubro 2012

     # 123



    O seu pensamento está um bocado viciado: um sistema público está pressionado pela necessidade de dar aos seus beneficiários o que se entende por justo. O privado apenas tem a obrigação de dar o que se comprometeu, sendo certo que há um maior risco percebido pelo cliente. O sistema público tem a "vantagem" aparente de poder captar mais recursos coercivamente (que se torna numa desvantagem porque ao captar mais recursos hoje está a diminuir o potencial de geração de recursos no futuro).


    Exactamente. Por isso acho que apesar do risco (que existe, claro), este sempre é menor num sistema público do que num privado. Para além que no público, ao contrário de no privado, existe uma componente importante (e que no fundo é a razão da sua criação) que tem a ver com o princípio da solidariedade. Esse princípio é sempre seguido da forma mais justa, impedindo "chico espertismos"? Não, de todo. Por isso acho que deve haver um esforço permanente de aperfeiçoamento. Mas isto, claro é outra questão que não releva para a questão inicial, ou seja, saber se deve continar a ser obrigatório (ou se deveria ser facultativo) descontar para um sistema público. Eu, acho que sim.
  3.  # 124

    Compras ou esmagas a concorrência. Há muitas maneiras.

    E como passaria o custo de esmagar a concorrência para o cliente? E como mantém a concorrência de fora do mercado? (há exemplos conhecidos de tentativas de tal quimera..)

    A não ser por meio legislativo, só lhe resta uma forma: produzir produtos que os outros queiram, em condições que outros queiram. O ganho de um hipotético monopolista tenderá a ser sempre limitado pela ameaça de concorrência.
    Claro que no âmbito dos poderes estatais, pode estabelecer normas e regulamentos que dificultam a entrada de novos agentes.Pode também proibir as "importações", ou desencorajá-las de forma mais suave e aparentemente benigna: taxando-as.

    O número aceitável é aquele que não provoque uma revolta de quem tem 1, ou mesmo zero. Para isso existem outros factores determinantes, não é só a diferença.


    O mal que vem ao mundo é que uns são melhores a jogar o jogo, seja ele qual for, e a tirar proveitos para lá do que o sistema foi desenhado. E para uns terem, outros não têm. Mas digamos que concordamos que não vem mal ao mundo quando alguém, por fruto do seu trabalho, consegue arrecadar um milhão de vezes mais que qualquer outro. É justo, consegui-o porque "produziu". As outras pessoas reconhecem-lhe o direito. No entanto os herdeiros do trono construido, já não fizeram nada para merecer tal património. E assim temos uma espécie de regime feudal.

    Mas faz parte da natureza humana e é um dos mais poderosos incentivos à evolução: proporcionar as melhores condições aos nossos. Os herdeiros, não tendo feito nada para isso, terão grosso modo duas hipóteses: ou estão à altura e mantém o património, ou não estão e dissipam-no.

    Há valores mais altos que a propriedade privada. A igualdade de oportunidade é um deles. E digamos que alguém que começa a vida com 14.568 km² de propriedade tem uma "ligeira" vantagem sobre quem começa sem nada.


    Para corrigir este problema, concordarias que o património de alguém passasse para o "commons" na morte do seu proprietário, e que para evitar abusos, qualquer pessoa tivesse o direito de oferecer mais um cêntimo que outro para se sobrepor ao direito de aquisição de determinada propriedade (direito de preferência).
    Não concordas porque o pensas que o direito à propriedade privada é um direito natural, quando não é. É apenas um direito social. E como tal só existe enquanto a sociedade to reconhecer. Digamos que não vejo nenhuma vantagem da sociedade reconhecer o direito a um indivíduo ter exageradamente mais que o resto da sociedade toda.

    Aqui, discordamos. A propriedade é indissociável da propriedade do próprio corpo humano (a propósito: Hoppe funda a defesa da propriedade privada de uma forma muito curiosa, n'a Ética da Argumentação).
    • mog
    • 4 outubro 2012

     # 125

    Aparentemente (e digo aparentemente porque isto de tirar conclusões a partir de notícias dos jornais é o que se sabe...), boas notícias: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=582481
  4.  # 126

    Colocado por: luisvvO ganho de um hipotético monopolista tenderá a ser sempre limitado pela ameaça de concorrência.


    E como crias concorrência quando o custo de arranque é impossível de pagar? Isso é muito bonito quando criar concorrência é simples, rápido, e barato. Cria lá do nada uma concorrência à Intel. Boa sorte. Nos dias de hoje há capacidade produtiva instalada com que não vais conseguir concorrer, ponto final.

    Colocado por: luisvvOs herdeiros, não tendo feito nada para isso, terão grosso modo duas hipóteses: ou estão à altura e mantém o património, ou não estão e dissipam-no.


    Que sorte a dos herdeiros... Discordo que devam ter esse direito. Concordar é aceitar algo parecido com monarquia. Mas pronto, mais uma vez o problema são os exageros.

    É um bocado difícil de dissipar tanto terreno. Podes ir vendendo umas árvores, elas crescem outra vez. E são tantas que até podes ir comprando mais terreno. É o tal dinheiro gera dinheiro, e infelizmente quem não gera poupança nunca vai ter dinheiro a gerar dinheiro. Culpa deles, que são uns morcões.

    O Bill Gates, neste momento, farta-se de trabalhar. E não é que continua a ganhar uns trocos e a ver o seu património aumentar? Sem fazer nada... giro.

    Colocado por: luisvvAqui, discordamos. A propriedade é indissociável da propriedade do próprio corpo humano


    Pronto. O teu corpo é propriedade privada "natural" e é fácil concordarmos que tens direito a ele, logo toda a propriedade privada goza do mesmo direito. Não entendo a associação.
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  5.  # 127

    Colocado por: mogAparentemente (e digo aparentemente porque isto de tirar conclusões a partir de notícias dos jornais é o que se sabe...), boas notícias:


    A redução agora acordada traduz-se na retirada desta subconcessão de lanços ainda não iniciados, como sejam as variante de Odiáxere, de Olhão, de Luz de Tavira e à EN2 entre Faro e S. Brás de Alportel.


    Ou seja, conseguiram cortar porque não vão construir algumas estradas planeadas?

    Por outro lado, regressarão à esfera de actuação da EP, a 1 de Janeiro de 2014, um conjunto de estradas que havia integrado a subconcessão para efeitos de conservação e manutenção, num total de cerca de 93 quilómetros


    E equacionaram quanto é que a EP vai gastar em manutenção? Ou fica debaixo do tapete?


    Onde é que estão as tais renegociações de contratos imorais e coiso e tal?!
    • mog
    • 4 outubro 2012

     # 128

    danobrega,

    Quanto às renegociações de contratos imorais ainda contino à espera. Sentado, claro!

    Quanto ao resto, negociar a não construção de troços (que pelos vistos estavam contratados) permite poupar dinheiro. Imagino que o custo de mantenção directa por parte da EP seja inferior ao custo de gestão pela concessionária. Se assim não for, então a história das PPP's rodoviárias que ultimamente nos têm contado está muito mal contada.
  6.  # 129

  7.  # 130


    Pronto. O teu corpo é propriedade privada "natural" e é fácil concordarmos que tens direito a ele, logo toda a propriedade privada goza do mesmo direito. Não entendo a associação.


    Aqui temos uma espécie de analise da lógica :

    http://www.anti-state.com/article.php?article_id=312
    Estas pessoas agradeceram este comentário: danobrega
  8.  # 131

    Outro "ignorante" como eu que vê socialismo em todo o lado:

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=582315
  9.  # 132

    .
  10.  # 133

    Outro "ignorante" como eu que vê socialismo em todo o lado:

    Pronto, estou convencido; se o João Duque diz isso quem sou eu para contrariar tal eminência?

    Agora fiquei indeciso. É bom de ver que usando esse tipo de "contorcionismo" sou bem capaz de afirmar e justificar que o J. Fernandes é leninista ou mesmo nazi. Vou decidir qual vai ser. Tem preferência?
  11.  # 134

    .
  12.  # 135

    No entanto os herdeiros do trono construido, já não fizeram nada para merecer tal património. E assim temos uma espécie de regime feudal.

    Colocado por: luisvv Mas faz parte da natureza humana e é um dos mais poderosos incentivos à evolução: proporcionar as melhores condições aos nossos. Os herdeiros, não tendo feito nada para isso, terão grosso modo duas hipóteses: ou estão à altura e mantém o património, ou não estão e dissipam-no.

    NESTE assunto em particular, estou de acordo com o luisvv, e gostaria que todos fôssemos um bocado mais «monárquicos» (danobrega dixit). :-)

    O actual marquês de fronteira (Fernando Mascarenhas) escreveu em 2003 um «Sermão ao meu sucessor» em que fala da importância de preservar e aumentar o património que os nossos antepassados nos deixaram, e transmiti-lo aos descendentes.

    Se todos trabalhássemos para deixar aos nossos filhos um maior património (património não só financeiro e imobiliário, mas também de formação profissional, cultural, cívica e moral) que os nossos pais nos deixaram, seria muito melhor para todos.
    Para a vida dos nossos filhos e para nós, na velhice.

    Infelizmente, costumo ouvir muito mais histórias de herdeiros que dissiparam património familiar, do que dos que o fizeram crescer (e não me refiro, obviamente, aos descendentes do José Mª Espírito Santo Silva, do Henrique de Sommer, do Lima Mayer, do Ant José de Melo, do José Pinto Basto, do Alfredo da Silva, dos Albuquerque d'Orey, do Antº Ferreira Roquete, etc.).


    O que me dizem do seguinte exemplo?
    (dados com valores actuais/actualizados)
    O meu avô, falecido há 30 anos, amealhou um determinado património imobiliário (sobretudo apartamentos arrendados em Lisboa). Quando morreu os VÁRIOS filhos/as mantiveram esta parte da herança indivisa.
    Nestes 30 anos venderam-se uns apartamentos, valorizaram-se outros, e adquiriram-se fracções que ampliaram a carteira de imóveis arrendados do património familiar COMUM o que, no conjunto, permitiu - em valores actuais - mais que quadruplicar (x4,1) o rendimento «imobiliário» da família.

    (nota: com o crescimento da família - faleceram os mais velhos (5), mas nasceram muitos (15) - o rendimento per capita pouco mais que duplicou (x2,05)).
  13.  # 136

    Colocado por: danobregahttp://www.freewoodpost.com/2012/04/18/ann-romney-why-should-women-be-paid-equal-to-men/
    Não consigo parar de rir.

    O site chama-se : "news that's ALMOST reliable". :-)

    Mas com os republicanos de hoje em dia (Bush-filho e companhia), sei lá!
    Se calhar ela até disse pior!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: danobrega
  14.  # 137

    Luis KW,
    Essa sua visão da herança, do legado patrimonial e cultural, que partilho integralmente, fez-me lembrar algo que li há uns tempos de um "progressista" de esquerda que achava que um dos meios para se conseguir a verdadeira igualdade entre cidadãos era taxar as heranças a 100%, de forma a, supostamente, distribuí-la equitativamente por todos os cidadãos do Estado.

    Não lhe passou pela cabeça sequer, que deixar património para os filhos é um dos mais fortes incentivos que leva as pessoas a criar riqueza e poupança, e que se não fosse possível deixar nada para os descendentes, as pessoas gastariam o seu dinheiro em tudo e mais alguma coisa em vez de o deixaram desperdiçar em impostos.
    Concordam com este comentário: aquapego, mog
  15.  # 138

    Colocado por: Luis K. W.O site chama-se : "news that's ALMOST reliable". :-)


    Mais uma cebola, fui apanhado. Era exagerado demais para ser verdade.
  16.  # 139

    Colocado por: Luis K. W.O actual marquês de fronteira (Fernando Mascarenhas) escreveu em 2003 um «Sermão ao meu sucessor» em que fala da importância de preservar e aumentar o património que os nossos antepassados nos deixaram, e transmiti-lo aos descendentes.


    Não conheço o texto, mas se estiver a falar de um contexto global, em que devíamos deixar um mundo melhor aos nossos filhos como um todo, concordo.

    Já não posso concordar que alguém tenha o direito a catorze mil quilómetros quadrados de terra porque é filho de A ou B. É um critério tão aleatório como outro qualquer. E contra mim falo, se quer saber. :-P

    Mas mais uma vez, o problema não é a herança da propriedade privada, nem é a propriedade privada em si, que tem muitas vantagens reconhecida por quase todos, o problema são os exageros.
  17.  # 140

    Colocado por: J.FernandesNão lhe passou pela cabeça sequer, que deixar património para os filhos é um dos mais fortes incentivos


    Não Fernandes, mas passa-me pela cabeça que uma lei que taxasse 100% de uma herança era impossível de aplicar. Pensar nela é apenas um exercício teórico inserido no contexto que estávamos a discutir, quantidade exagerada de propriedade privada nas mãos de uma pessoa.

    A pessoa que mais propriedade tem neste momento, e que faz tudo para a conseguir deixar aos filhos, é a Rainha de Inglaterra. O exemplo que eu dei é apenas o maior "bloco" cujos donos conseguiram adquirir jogando o mais recente jogo, o capitalismo. A Rainha jogou outro, a monarquia.

    Na prática as pessoas estão-se a borrifar para que o Luís, o Fernandes ou o Danobrega tenham uma dúzia de imóveis, desde que tenham onde estar sem que para isso tenham de sentir que são escravos de alguém.
    Concordam com este comentário: j cardoso
    Estas pessoas agradeceram este comentário: oxelfeR (RIP)
 
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