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  1. Colocado por: PeSilvae eu apenas gostava de saber o que é isso da classe média.


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_m%C3%A9dia

    Colocado por: PeSilvaQuer dizer que no fundo a "brincadeira" continua a mesma ...


    Não, a brincadeira é outra. Se olhar para outros indicadores eles estão diferentes. Acontece que se reduzir o rendimento disponível das pessoas e criar instabilidade e incerteza vai obrigatoriamente haver uma reconfiguração da economia e uma retracção no consumo. De qualquer maneira penso que já se devia ter cortado despesa, e mais do que o que se está a cortar agora, há muito tempo.
  2. Quer dizer que no fundo a "brincadeira" continua a mesma ...


    Quer dizer que em 2011 foi utilizada uma receita extraordinária, que em 2012 já não estava disponível. Em 2012, o défice (uma das várias versões) ficou pelos 6,4% do PIB.
  3. Colocado por: danobrega

    Queria dizer com isto, e de diversas maneiras (é tudo a mesma coisa):

    - Que a dívida do estado não devia aumentar.
    - Que o estado não devia financiar a sua estrutura através de dívida.
    - Que a totalidade das receitas "próprias" do estado, devia chegar para as despesas.

    O pedromdf tem crédito a habitação? Imagine que ganha 1000€ líquidos por mês, mas gasta 1200€ (dos quais 300 são gestão da dívida). Todos os meses tem de pedir à sua mãe pai e avô 200€ (a troika, vá), para conseguir viver.

    a) Equilibrar as contas é arranjar maneira de gastar apenas 1000€. Isso não quer dizer que pagou o crédito à habitação nem o que pagou o que deve à sua família, apenas que conseguiu equilibrar as contas para não gastar mais do que o que ganha. É gastar tanto quanto ganha. Pode ter dívida, mas tem de encaixar a sua gestão como uma despesa normal. O somatório das despesas não pode ultrapassar a receita.

    b) Pagar as dívidas é arranjar uma maneira de de um momento para o outro pagar o crédito à habitação e as dívidas familiares.


    Ora se a) pode ser possível com alguns sacrifícios, b) é impossível. O pedromdf não produz num ano o suficiente para pagar tudo o que deve, mesmo admitindo que conseguia sobreviver sem gastar 1€.


    O exemplo pode até servir como exercício de raciocínio, mas não é aplicável. Vejamos, se eu tivesse o tal crédito à habitação ou outro qualquer teria sempre sido analisado em função das minha reais capacidades de endividamento, e arcava com as minhas responsabilidades se acaso tivesse alguma incapacidade de o realizar.

    Aqui é completamente diferente, estou a ser responsabilizado por algo em que não me comprometi, pagando pela má gestão de outros e pelos desvios e corrupções com as quais nada tive a ver, nem eu nem a maioria dos que estão a pagar. Com a agravante de que os responsáveis tomam decisões que me impedem até de cumprir os meus compromissos para lhes satisfazer as suas necessidades, criando àqueles a quem exigem o pagamento situações de desemprego que os impedem de viver. Para além daqueles que ainda conseguem ter emprego verem os seus ordenados reduzidos a cerca de 1/3 do que eram há bem pouco.

    Daí o seu exemplo não passar de um exercício completamente desligado da realidade.

    O que é uma verdade quase certa é que nem as suas filhas conseguirão pagar a dívida e talvez nem as suas netas.
  4. O exemplo pode até servir como exercício de raciocínio, mas não é aplicável. Vejamos, se eu tivesse o tal crédito à habitação ou outro qualquer teria sempre sido analisado em função das minha reais capacidades de endividamento, e arcava com as minhas responsabilidades se acaso tivesse alguma incapacidade de o realizar.


    É aplicável, sim. O Estado deu-lhe durante anos bens e servicos que foram pagos com divida. Sem a divida, você:
    A) já pagava mais impostos ha muito tempo;
    B) nao tinha muitos dos servicos do Estado que tem agora;

    E escusa de fantasiar: a despesa do estado com ordenados, pensões e juros ( excluindo todas as outras despesas) é superior ao total de impostos cobrados.
    Concordam com este comentário: fernandoR
  5. http://www.publico.pt/economia/noticia/fundador-do-euro-pede-fim-da-moeda-unica-para-deixar-o-sul-recuperar-1593476

    o que é preciso é acabar com estes neo. Mas para isto é preciso mudar. Muito curioso a informação que este link tem. da que pensar.
  6. Colocado por: jpvnghttp://www.publico.pt/economia/noticia/fundador-do-euro-pede-fim-da-moeda-unica-para-deixar-o-sul-recuperar-1593476

    o que é preciso é acabar com estes neo. Mas para isto é preciso mudar. Muito curioso a informação que este link tem. da que pensar.


    Por cá também se fazem estes actos de contrição. Quem cria os monstros vem passados anos arrepender-se e achar que quem manda agora deve acabar com eles.
    É com estes balões de ensaio que lixam as cobaias que nós somos nas mãos dos corruptos (leia-se políticos).
  7. Pode um homem sozinho dar cabo de um país?


    «Pode, se o deixarem à solta: é o que Vítor Gaspar está há quase dois anos a tentar fazer a Portugal. Ele dará cabo do país e não deixará pedra sobre pedra se não for urgentemente dispensado e mandado regressar à nave dos loucos de onde se evadiu. (...)

    Gaspar não sabe sair do desastre em que nos meteu e, como um timoneiro de uma nave em rota de perdição, ele já não vê nem passageiros nem carga, ou empregos e vidas a salvar: prefere que o navio se afunde com todos e ele ao leme. Sem sobreviventes nem testemunhas. (...)

    Sim, incompetência: porque o mais extraordinário de tudo é pensar que Vítor Gaspar impôs ao país uma política de austeridade suicida que o conduziu a uma das maiores recessões da sua história e sem fim à vista e, em troca, não conseguiu as duas [coisas] que ele e os demais profetas da sua laia de fanáticos juravam ir alcançar sobre as ruínas do país: nem fez a reforma do estado nem controlou o crescimento da dívida pública – pelo contrário, perdeu-lhe o controlo. (...)

    É assim que Vítor Gaspar governa o país, perante a aquiescência do primeiro-ministro e a cumplicidade do Presidente da república. Eles sustentam que tudo fará sentido e valerá a pena no dia em que Portugal regressar aos mercados. Não é um sonho, é um delírio: quanto mais o PIB cai mais sobe a dívida pública, calculada em percentagem do PIB. (...)

    Mesmo com um Governo italiano arrastando ainda e uma vez mais o fantoche de Berlusconi, mesmo com uma França chefiada pelo triste Hollande ou uma Espanha chefiada pelo incapaz Rajoy, mesmo com a Grécia de Samaras, a Europa do sul está finalmente a mover-se, por instinto de sobrevivência. Sem perder tempo, Lette foi direito à origem do mal: a Berlim e a Bruxelas. Ele não fará abalar Angela Merkel nas suas convicções e interesses próprios e não conseguirá também fazer com que Durão Barroso deixe de oscilar conforme o vento, até ficar tonto. Mas, se conseguir unir o sul e juntar-lhe outros povos acorrentados pelos credores e condenados à miséria, enquanto o norte prospera sobre a ruína alheia, de duas uma: ou a Europa se reconstrói como uma livre associação de Estados livres ou implode às mãos da Alemanha. Qualquer das soluções é melhor do que esta morte lenta a que nos condenaram. (...)

    É claro que nada disto dá que pensar a Vítor Gaspar, que vem de outro planeta e para lá caminha, nem a Passos Coelho, que estremece de horror só de pensar que alguém possa desafiar a autoridade da sua padroeira alemã. Nisso também tivemos azar: calhou-nos o pior país para viver esta crise. Mas este Governo vai rebentar, tem de rebentar. Porque a resposta à pergunta feita acima é não. Não, um homem sozinho não pode dar cabo de um país com quase nove séculos de história.»

    (by Miguel Sousa Tavares in Expresso)
  8. Estava a ler o texto e logo ao segundo parágrafo a duvida era apenas: Daniel Oliveira ou mst? Um dos dois tinha que ser...
  9. Colocado por: luisvvEstava a ler o texto e logo ao segundo parágrafo a duvida era apenas: Daniel Oliveira ou mst? Um dos dois tinha que ser...


    Ou não ...

    Manuela Ferreira Leite: as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo conduzem a “um verdadeiro desastre”
    Bagão Felix: Gaspar é o eucalipto deste Governo
    Nogueira Leite: Vítor Gaspar “está muito longe da realidade”


    E de um secretário de estado:
    "A decisão do Ministro das Finanças de congelar as despesas mostra que, de facto, ele, embora não viva cá, deve estar de partida para outro lugar. Desejo-lhe boa viagem."
    "o país continua a funcionar apesar do governo!"
  10. O máximo que lhe pode acontecer é ser demitido ou demitir-se. E deixa os destroços impunemente ...
  11. Colocado por: pedromdfO máximo que lhe pode acontecer é ser demitido ou demitir-se. E deixa os destroços impunemente ...


    Mas acham mesmo que "os destroços" são obra de um ministro das finanças? Ele herdou uma situação sem destroços, e aplicou uma solução que criou muitos destroços quando havia outra que não produziria um que fosse.

    É isso?
  12. Mas acham mesmo que "os destroços" são obra de um ministro das finanças? Ele herdou uma situação sem destroços, e aplicou uma solução que criou muitos destroços quando havia outra que não produziria um que fosse.
    É isso?


    É tão fácil cair nesse buraco...

    O culpado é evidentemente o Gaspar. Basta ele querer, e o dinheiro para financiar o Estado aparece - e não é com impostos, porque os impostos são maus e doem muito.
    E basta "fazer voz grossa" à troika e à Alemanha, que eles encolhem logo a cauda e mandam para cá malas de dinheiro para nos emprestar, porque a "austeridade" é insuportável, e depois não lhes podemos pagar. Se eles querem receber o que nos emprestaram, basta que nos emprestem mais, para nós podermos ir gastando e acumulando mais dívida. Como é que eles não percebem que se o Estado passar a consumir só de acordo com o que recebe (ou a receber de acordo com o que gasta) rebentamos com a economia?
    Não sei como é que a Merkel ainda não percebeu isto, deve ser burra. Ela nunca deve ter ouvido os nossos comentadores a explicarem tão bem a coisa...
  13. Ilusões ...
    - uns pensam que se podia continuar como até 2011
    - outros pensam que algo mudou de 2011 para cá
    curiosamente, ambos estão enganados.
    Políticos e economistas devem antes ser chamados de ilusionistas ...
  14. É clássico, os criminosos e seus advogados acham sempre que as suas vítimas é que são culpadas. Na política, ou é porque votámos, ou é porque não votámos, ou porque votámos nuns corruptos em vez de votarmos nos outros corruptos. Enfim!

    Ontem o Santana Lopes teve uma frase lapidar: "A mentira política devia ser criminalizada". Vejam só a desfaçatez!
  15. O que acontecerá aos países falidos sem qualquer hipóteses de pagar as suas dívidas? Serão divididos entre a Alemanha, França e Reino Unido? Quem quererá ficar connosco?
  16. Esta ...
    Manuela Ferreira Leite: as políticas que estão a ser seguidas pelo executivo conduzem a “um verdadeiro desastre”


    e este..
    Bagão Felix: Gaspar é o eucalipto deste Governo

    desceram bastante na minha consideração ultimamente.
    MFL fez recentemente um comentário logo replicado por tudo o que era comentador, encantador: depois do chumbo do TC, disse que não era nenhum drama, porque os 1200ME equivaliam a 1% do Orçamento, e que qualquer um de nós seria capaz de resolver facilmente um problema dessa proporção nos nossos orçamentos. Ora, além de corresponder ao dobro, quase 2% do OE, isto parece entrar em conflito com a ideia de que cortar o quádruplo em 3 anos já é "impossível", "um massacre", ou "um verdadeiro desastre".

    Destes,
    Nogueira Leite: Vítor Gaspar “está muito longe da realidade”

    trata-se de uma frase forte quando descontextualizada, e que lida na entrevista assume um sentido diferente.

    Esta, enfim...
    E de um secretário de estado:
    "A decisão do Ministro das Finanças de congelar as despesas mostra que, de facto, ele, embora não viva cá, deve estar de partida para outro lugar. Desejo-lhe boa viagem."
    "o país continua a funcionar apesar do governo!"
  17. O culpado é evidentemente o Gaspar. Basta ele querer, e o dinheiro para financiar o Estado aparece

    Quem lê o Luís fica até a pensar que o ministro das finanças não tem responsabilidade nenhuma na actual situação. Como se não tivesse falhado todas as previsões, como se as consequências das políticas por que optou não estivessem a léguas do pretendido e defendido por ele, como se não tivesse falhado todos os objectivos que ele próprio definiu. A verdade é que ele falhou em toda a linha e na minha terra isso chama-se incompetência. Tomando um exemplo caro ao Luís, se ele falhasse assim numa empresa privada já estava no olho da rua com o labéu de incompetente - e merecidamente.
    O Luís tenta confundir o antes com o depois: se é verdade que o Gaspar não tem responsabilidades até entrar para o governo também é verdade que enquanto ministro tem pesadas responsabilidades - as maiores - no fracasso desta política.
    Concordam com este comentário: Alice Gonçalves, becas, pedromdf
    • mog
    • 9 maio 2013
    Há uns anos atrás ouvi um senhor chamado Carlos Magno dizer que em Portugal os bons ministros são os ex-ministros. Mais recentemente, ouvi alguém dizer (não me recordo quem), em tom de brincadeira, que ser ex-ministro não é curriculo, é cadastro.
    É muito curiosa a forma como olhamos para ex governantes, ou pessoas que de algum modo tiveram um papel na gestão da coisa pública. Enquanto em funções, são odiados por quase todos. O que se dizia de MFL enquanto ministra da Educação e, mais tarde, das Finanças? O que se dizia de Bagão Félix? O que se dizia de Nogueira Leite enquanto esteve na CGD? O que se dizia de Correia de Campos, o vilão que fazia nascer criancinhas nas ambulâncias e que depois passou visto como um dos melhores que por lá passaram? O que se dizia de Maria de Lurdes Rodrigues, a tal que afinal não queria destruir a escola pública?
    Está encontrada a fórmula para que os cargos desempenhados não sejam "cadastro", basta criticar o governo em funções, seja ele qual for.
    Desculpem o desabafo fora do tópico...
    Concordam com este comentário: FD
  18. Colocado por: pedromdfO que acontecerá aos países falidos sem qualquer hipóteses de pagar as suas dívidas? Serão divididos entre a Alemanha, França e Reino Unido? Quem quererá ficar connosco?


    Há exemplos na história, o nosso será um novo exemplo. Se perdermos a credibilidade com o exterior e passar a ser substancialmente mais difícil importar bens, não vai ser bonito. Diria que um dos maiores problemas será a energia. Declarar-mo-nos falidos é uma solução, mas não podem esperar que não apareçam "destroços" por causa disso.

    Colocado por: j cardosose é verdade que o Gaspar não tem responsabilidades até entrar para o governo também é verdade que enquanto ministro tem pesadas responsabilidades - as maiores - no fracasso desta política.


    O Min. Gaspar é certamente o responsável pelas políticas que decide e em parte pelas suas consequências, quem seria? Quanto a ser responsável por falhar as previsões, a falha é essa mesma, falhou nas previsões. A questão será saber que outras medidas poderiam ter produzido melhores resultados, e resultados sustentáveis. E já agora o que é isso de "melhores resultados", e melhores para quem. Se soubéssemos isso teríamos mais confiança no que fazer no futuro.

    Mas enquanto uns podem achar que as consequências das medidas tomadas são terríveis e "criadoras de destroços", outros podem as ver como "infelizmente de natureza inevitável", assim como as suas consequências. E assim:

    Colocado por: j cardosoA verdade é que ele falhou em toda a linha


    Posso discordar desta afirmação.

    Falhou tanto quanto os que achavam que o problema de pagar a dívida que se ia contraindo seria resolvido magicamente com o crescimento no futuro. As suas previsões falharam em toda a linha, e as consequências estão ai.
  19. Posso discordar desta afirmação.

    Pode, claro que pode, pode negar o que quiser. Não é por isso que deixa de ser verdade que ele falhou estrondosamente nos resultados que previa - as previsões feitas são públicas e estão ao dispor de qualquer um que as queira ver.

    Falhou tanto quanto os que achavam que ..

    Só pode dizer isso quem está de má fé, a não ser que seja adivinho. Pois se essas políticas não foram testadas como pretende afirmar que falharam? Já os resultados da política do ministro estão à vista - mas só para quem não se recusa a ver e não tenho a certeza que seja o seu caso
 
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