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  1.  # 1

    Boa tarde,

    Vou iniciar o projecto para a minha primeira casa e nao percebo nada de construçao.

    Falaram me que podia construir em betao ou tijolo, o que é mais aconselhavel e quais sao as diferenças entre um e outro?

    Disseram me que a construçao em betao é mais cara mas demora metade do tempo a construir. Como tempo é dinheiro...compensa?


    Obrigada!
  2.  # 2

    Já falou disso com o seu arquitecto/projectista/engenheiro?

    Vai ficar bem mais esclarecida
  3.  # 3

    Sim falei com o meu primo que é o arquitecto da obra mas nao aprofundamos ainda muito este assunto.

    Por isso queria saber algumas opinioes.
  4.  # 4

    Cara Sofia

    Na construção tradicional, normalmente as casas não são feitas só de tijolos ou só de betão.
    É utilizada uma mistura dos dois. O betão serve para a casa se manter de pé e os tijolo como
    fechamento dos vãos. Ou seja o betão são os ossos e o tijolo a pele.

    Existem no entanto outras soluções construtivas, mas talvez fosse necessário mais algumas bases
    junto do seu arquitecto para se poder fazer alguma discussão mais aprofundada sobre estas outras
    opções.

    Cumprimentos e boa sorte

    Nuno Nunes
  5.  # 5

    sim eu sei que na tradicional construção as casas sao efectuadas de uma maneira mista em que são usados o betao na estrutura e o tijolo no enchimento de paredes. essa seria a solução tradicional, mas no entanto, tem se começado cada vez mais a usar a estrutura e o enchimento de paredes, pelo menos as exteriores, em betão, utilizando se assim a tecnica chamada, penso eu de paredes e lajes em betao maciço. a minha pergunta vai neste sentido, o k ficaria mais em conta, se a estrutura tradicional ou esta em que todas as apredes exteriores e lajes seriam em betao maciço e as paredes interiores em tijolo furado ou pladur.

    em anexo como imagem segue um exemplo do que poderia ser a estrutura em betao, para mais facil eu me fazer compreender, pois nao tenho muita experiencia nisto como ja disse.

    cumprimentos e obrigado.
      DSC02495.JPG
  6.  # 6

    Colocado por: Sofia Albuquerqueo k ficaria mais em conta, se a estrutura tradicional ou esta em que todas as apredes exteriores e lajes seriam em betao maciço e as paredes interiores em tijolo furado ou pladur.

    Uma estrutura com paredes em betão, é muito mais cara que a tradicional, razão pela qual se constrói com paredes em tijolo.

    Um m2 de paredes em betão custa cerca de 50€, enquanto uma de tijolo custa 10€. Se considerarmos uma relação de 1 por 1 (m2 de parede exterior por m2 de construção), numa moradia de 250m2, teria uma diferença de 10.000€. teria ainda de considerar um sobre custo para as aberturas de roços e aditivos para aplicação de rebocos e estuques.

    è uma técnica aconselhada para préfabricação e ainda assim, com limitações, porque a préfabricação não permite inventar muito na disposição das paredes. Além disso, ainda existe o problema das gaiolas de Farady, do qual tenho pouco ou nenhuma informação
  7.  # 7

    ... ou quando temos em projecto, paredes em betão à vista... de resto é contra producente.
  8.  # 8

    Colocado por: PauloCorreia

    teria ainda de considerar um sobre custo para as aberturas de roços e aditivos para aplicação de rebocos e estuques.


    Eu não recomendo minimamente a abertura de roços em paredes de betão, o ideal será sempre a colocação de um pano de tijolo pelo interior ou então a execução de uma parede em pladur, o que ainda encarece mais a obra.

    Temos ainda que é muito mais morosa a execução de uma parede de betão.


    è uma técnica aconselhada para préfabricação e ainda assim, com limitações, porque a préfabricação não permite inventar muito na disposição das paredes. Além disso, ainda existe o problema das gaiolas de Farady, do qual tenho pouco ou nenhuma informação


    Eu pensava que as gaiolas de Faraday eram uma coisa boa !!!

    Cumprimentos

    Nuno Nunes
  9.  # 9

    sim por acaso a moradia tera a volta de 250 m2, a abertura de roços naop sera um problema, ja k por detras da parede exterior de betão levara sempre uma em tijolo ou pladur, fazendo a parede dupla, rebocos e estuques terao de ser sempre aplicados, em ambas as soluções. a minha pergunta consiste agora no seguinte. será que essa diferença de preço vale a pena? ja me disseram k as casas em betão, para alem de serem mais solidas, sao tambem mais faceis de climatizar e é menos provavel a existencia de rachadelas e infiltrações, visto a casa se tornar num monobloco. será assim?
  10.  # 10

    claro k levaria um pano de parede por dentro das de betao do pouco que sei isso ainda compreendo dai k os roços nao serao grande problema. disseram me k com as cofragens adequadas a parede de betao nao demoraria muita ser construida, seria sim com cofragens tradicionais.... certo?
  11.  # 11

    Colocado por: Sofia Albuquerqueserá que essa diferença de preço vale a pena?


    Normalmente não, é por isso que se utiliza pouco

    ja me disseram k as casas em betão, para alem de serem mais solidas,


    Sim pelo que os bunkers são feitos em betão, mas se não estiver à espera que caia um avião em cima não deve necessitar

    sao tambem mais faceis de climatizar


    Pelo que compreendi irá por o isolamento pelo interior da parede pelo que não terá nenhuma influencia visto este "anular" tudo o que poderia ganhar por ter uma inércia maior. Se além disso colocar pladur pelo interior ainda fica com um pior comportamento que numa habitação tradicional.
    Nota: Este tema dá origem a muita conversa pelo que não se baseie apenas nisto para decidir, o melhor até será esquecer este argumento porque gera confusão.

    e é menos provavel a existencia de rachadelas e infiltrações, visto a casa se tornar num monobloco. será assim?


    É realmente menos provável a existência de rachadelas, mas podem aparecer. O pior é que no exterior pode estar rachado na zona da sala e no interior ir aparecer humidade na zona da cozinha.

    Cumprimentos

    Nuno Nunes
  12.  # 12

    ok obrigado posso resumir entao resumir isto tudo na conclusao k mais valera a pena optar pelo metodo de construção tradicional. assim pouparei mais dinheiro certo?


    obrigado
  13.  # 13

    Em relacao a foto publicada mais atras....

    Sim senhor que obra bem feita, ve se logo a qualidade do construtor...
    •  
      alv
    • 7 janeiro 2009

     # 14

    Nuno Nunes:
    "...irá por o isolamento pelo interior da parede pelo que não terá nenhuma influencia visto este "anular" tudo o que poderia ganhar por ter uma inércia maior. Se além disso colocar pladur pelo interior ainda fica com um pior comportamento que numa habitação tradicional.
    Nota: Este tema dá origem a muita conversa pelo que não se baseie apenas nisto para decidir, o melhor até será esquecer este argumento porque gera confusão."
    Pois cá vai a confusão:
    Como pode afirmar uma coisa destas sem fazer "contas"? Eu sei que essa é a informação que é passada aos PQ durante as acções de formação, mas nada mais errado.
    Na realidade o rccte valoriza as casa com isolamento pelo exterior, ou seja as casas com inércia porque quanto maior inércia mais se pode "aproveitar" os ganhos internos brutos através fo factor de utilização. O que o rccte não diz, porque para dizer isso só casa a casa e só fazendo contas, muita conta, é que embora de verão regulamentarmente haja um maior consumo de energia para arrefecer uma casa sem inércia térmica - a tal isolada pelo interior em pladur -de inverno, também regulamentarmente, poupa-se muito mais energia para a aquecer a mesma casa se ele tiver inércia fraca em oposição á energia que se gastará se ela tiver inércia forte. Isto o RCCTE não diz, só as contas.
    Se quiserem ter o incómodo de para a mesma casa sem alterar nada senão o tipo de construção para que passe de inércia forte,a média e fraca chegarão á conclusão que o saldo entre uma e outra é enorme, isto é, comparando uma mesma casa com inércia forte com outra fraca o saldo entre a energia que se poupa de inverno e a energia que se gasta a mais de verão é enorme e é exactamente o contrário do que se afirma no post anterior. Questões de contas que nem sempre são fáceis de fazer, mas como as faço todos os dias, porque todos os dias tenho de provar isto a alguém, já estou habituado. Como já estou habituado a ter de rebater a afirmação também errada de que uma casa com um óptimo sistema de construção de todo o interior fica mais cara que a construção tradicional. Mesmo que custasse o mesmo, não consideram que o conforto e a economia de energia durante o funcionamento da casa não serão também valores a ter em consideração? Mais uma vez contas, Mas se de energia temos por aqui PQ, dos custos também temos orçamentistas.
    "Fassam" parte.
  14.  # 15

    Caro ALV
    Já saí da faculdade há muito tempo.
    Lá, na Bélgica, tínhamos todos os anos cadeiras de termodinâmica, mas confesso que sempre fui melhor em hidráulica (não, não é a meter água! É que a "bíblia" do Armando Lencastre e o LNEC, obligent).
    Lá para o fim do curso aplicávamos o que tínhamos aprendido sobre trocas de calor, etc., à construção, e ao cálculo do isolamento térmico de edifícios.

    A minha "cultura geral" (isto é, aquilo de que muito vagamente me lembro) diz-me que o isolamento térmico é independente da ordem dos factores (no caso de uma parede dupla, tanto faz ter um pano de tijolo de 7 por fora e um de 11 por dentro como o contrário).

    Aquilo que (penso que) aprendi é que se houver uma diferença de temperatura de, por exemplo, 10ºC entre o exterior e o interior, tanto faz ter o tijolo de 11 por fora como ter o tijolo de 7 (ou, neste caso, ter o betão por fora e pladur por dentro ou o contrário - se não houvesse o problema da chuva) que o TEMPO que levaria o interior a atingir a temperatura do exterior seria o mesmo, independentemente de a temperatura exterior ser 10ºC superior ou inferior.

    Por isso não estou lá muito de acordo com isso de o consumo de energia ser superior num caso no Inverno, mas inferior no Verão. Uma casa que seja uma "peneira" no Inverno também o é no Verão.

    Estou enganado?
    Luis
  15.  # 16

    Caro alv

    Tal como eu tive o cuidado de afirmar logo este tema é complexo e não pode ser explicado de madeira simples a quem não entende do assunto, pelo que aconselhei a Sofia a esquecer este assunto. Eu não quis dizer mal das construções de inércia fraca quis apenas dizer que se o isolamento é colocado pelo interior da zona de grande inércia (visto o argumento apresentado pela Sofia ser que esta era boa) a inercia não serve para nada.

    A minha opinião em relação ao assunto é que se uma casa não tiver inércia ela não acumula energia, mas no entanto custa muito menos a aquecer e a arrefecer pelo que se é bom ou não depende dos hábitos de quem utiliza. Se uma casa estiver sempre habitada talvez seja aconselhável ter inércia forte porque vamos à rua durante 5 horas, voltamos e a temperatura está semelhante. No entanto se estivermos fora um fim de semana necessitamos de um dia inteiro para a meter à temperatura desejada, enquanto que numa casa de baixa inércia talvez baste uma hora. Volto a dizer que tudo tem vantagens e desvantagens.

    O que realmente faz falta para "fazer as contas" é uma publicação do LNEC que existia há algum tempo atrás que tinha umas tabelas que para cada tipo de parede tinha o desfasamento entre a altura em que esta recebia a energia e em que a libertava. Tinhamos paredes com 12 horas de desfasamento.

    Agora parece que a inércia apenas serve para teóricos e na prática ninguém a utiliza realmente para nada.

    Cumprimentos

    Nuno Nunes
  16.  # 17

    Caro Nuno Nunes
    A ver se o entendo.
    Suponho que uma casa com pouca inércia térmica será tipo um cubo de vidro, enquanto que com grande inércia se assemelharia a um bunker com paredes de betão.

    No primeiro caso, a temperatura interior, por muita energia que gaste a aquecer ou arrefer o interior, tenderá sempre a ser idêntica à do exterior.

    No segundo caso, a temperatura interior manter-se-à durante mais tempo. Neste caso necessitará de menos energia de aquecimento (ou arrefecimento) para a mantermos mais tempo à temperatura ideal.

    Isto é independente de o valor exterior ser mais alto (Verão) ou mais baixo (Inverno) que a temperatura interior, não é verdade?

    O problema poderá ser quando temos um calor abrasador de dia, e um frio de gelar à noite (tipo, 40ºC de diferença, coisa quase impossível em Portugal).
    Se o desfasamento (tempo teórico que a temperatura exterior leva a atravessar as paredes) for de 24 horas, no pico do calor de um determinado dia, estamos a apanhar dentro de casa com o calor exterior do dia anterior que entretanto atravessou as paredes.

    Há uns anos apanhei uma cobertura com isolamento térmico de que o proprietário (um cidadão alemão) se queixava que «não isólavá nadá».
    Fiz umas contas e o tempo teórico de atravessamento da placa era de 23 ou 24horas. Isto é, o tempo de atravessamento da cobertura do pico do calor do dia x, coincidia com o pico de calor do dia x+1.
    Eu sei que é teoria, mas mandei TIRAR 1 das 2 placas de roofmate do telhado (não me lembro das espessuras, mas penso que tinham 4cm ou 5cm) e o dono da casa achou que ficou muito melhor.
    Se não tivesse sido comigo, eu juro que não acreditava!

    Luis
  17.  # 18

    Colocado por: Luis K. W.Caro Nuno Nunes
    A ver se o entendo.
    Suponho que uma casa com pouca inércia térmica será tipo um cubo de vidro, enquanto que com grande inércia se assemelharia a um bunker com paredes de betão.

    Há a tendência de achar que o vidro perde muito calor. Vamos assumir que o isolamento de ambas é igual, apenas mudemos a inércia. O isolamento do cubo de vidro é igual ao bunker.


    No primeiro caso, a temperatura interior, por muita energia que gaste a aquecer ou arrefer o interior, tenderá sempre a ser idêntica à do exterior.

    No segundo caso, a temperatura interior manter-se-à durante mais tempo. Neste caso necessitará de menos energia de aquecimento (ou arrefecimento) para a mantermos mais tempo à temperatura ideal.

    Não é a minha opinião.
    Caso 1 - (Cubo de Vidro) Chego a casa depois de um dia de trabalho e tenho uma temperatura pouco diferente da do exterior. Ligo o AC de 2 KW de potência e ao fim de 30 minutos tenho a temperatura ideal dentro de casa (isto porque tenho pouca massa a roubar calor). Saio para jantar 2 horas (desligo o AC), volto e tenho uma temperatura semelhante ao exterior (esta parte é exagerada).

    Caso 2 - (Bunker) Chego a casa depois de um fim de semana fora e tenho uma temperatura semelhante ao exterior. Ligo o AC de 2 KW e ao fim de 18 horas tenho a temperatura ideal dentro de casa (bolas, 18 horas é muito, tenho de gastar mais dinheiro e colocar um sistema de 20 KW). Saio para jantar 2 horas (desligo o AC), volto e a temperatura está igual a quando saí.

    Se em ambos os casos quisermos manter uma temperatura constante interior de 25º o que gastamos em energia é igual, visto que estamos a assumir que o isolamento também o é. O que é diferente é o comportamento.


    O problema poderá ser quando temos um calor abrasador de dia, e um frio de gelar à noite (tipo, 40ºC de diferença, coisa quase impossível em Portugal).
    Se o desfasamento (tempo teórico que a temperatura exterior leva a atravessar as paredes) for de 24 horas, no pico do calor de um determinado dia, estamos a apanhar dentro de casa com o calor exterior do dia anterior que entretanto atravessou as paredes.


    O ideal talvez fosse ter uma construção cuja inércia permitisse um desfasamento de 12 horas. E aí nem necessitava de isolamento. Mas o que queremos hoje em dia é criar o nosso próprio clima sem estar sujeito a nada do exterior.

    Agora, eu não sou especialista e isto é a minha simples opinião.

    Cumprimentos

    Nuno Nunes
 
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