Face ao conjunto de incertezas que me assola de momento, e tendo conhecimento deste fórum que tanta ajuda me deu no momento de me aventurar na construção da minha casa, decidi vir aqui expor o meu caso na expectativa de poder contar com os vossos contributos para um tema aqui tantas vezes debatido.
Indo directo ao assunto, a construção da minha casa foi tipo "chave na mão" com uma execepção, a impermeabilização das coberturas e terraços. Sendo uma casa de estilo moderno com telhado plano, e estando o meu empreiteiro vocacionado para a aplicação, nestes casos, de soluções de cola líquida, optei por ficar eu com a procura de uma solução alternativa.
Após alguns orçamentos de várias marcas (Intemper, imperalum, etc..), acabei por escolher a imperalum que me recomendou determinado aplicador.
O trabalho consistiu na impermeabilização de uma cobertura ( do primeiro andar) com formecimento e assentamento de lajetas térmicas e na impermeabilização de terraço do primeiro andar, mas neste caso sendo uma área acessível optei pelo assentamento de piso cerâmico. O aplicador recomendou que se fizesse primeiro uma betomilha com ligeira pendente e só depois veio aplicar a tela asfáltica. Mais tarde o empreiteiro voltou a colocar betomilha por cima e assentou o cerâmico. Nos remates colocou pedra a fazer as cantarias, onde mais tarde assentou o gradeamento.
Ao final de alguns meses e das primeiras chuvadas, na cobertura da casa está tudo impecável mas no terraço o resultado é uma fissura no reboco e pintura da lage, a uns 3 a 5 cm abaixo das cantarias em toda a sua extensão.
Para melhor compreensão envio este esquema que desenhei:
O problema é que destas fissuras sai água carregada de salitre que me está a manchar paredes e tudo por onde passa, ficando a casa com um aspecto envelhecido quando tem apenas uns meses de uso. O meu empreiteiro só me diz que se eu tivesse optado pela cola líquida que tinha poupado muito dinheiro e que agora não estava com problemas. Segundo ele a cola líquida era aplicada subindo a pedra da cantaria e assim não permitindo que a água tivesse de encontrar caminho por baixo da cantaria e assim furar a parede (reboco e pintura). O aplicador diz-me que avisou o empreiteiro que teria de ter sido construido um murete periférico para dar alguma altura e para que a tela asfáltica pudesse acompanhar esse murete.
A questão é que estou sem saber o que fazer, e gostaria de saber de que forma é que em circunstâncias normais esta a aplicação deve ser feita, se com ou sem murete, com ou sem tubos de escoamento de água...
As fissuras são só por baixo da pedra ou existe tb na face superior na zona de transição do cerâmico para a pedra? Esse é um terraço sem muretes e só com uma parede numa das laterais certo? Nessa parede a tela subiu na parede? Nas outras faces a tela desceu na parede?
As fissuras são só por baixo da pedra, embora as juntas do cerâmico e do cerâmico com a pedra estão todas a levantar. A junta saí inteira!
è sem muretes e com parede numa das laterais, correcto. Na parede a tela subiu uns centimetros, mas nas outras faces não. Aliás, segundo creio a tela ( como está na ilustração) ficou a uns 5 cm do final da lage.
Não tem qualquer fundamento o argumento do seu empreiteiro pois como era de esperar estamos perante uma má execução. As responsabilidades neste caso são repartidas pela empresa que executou a impremeabilização, a empresa que executou o assentamento dos cerâmicos e o Director de fiscalização que aprovou estes trabalhos.
O curioso é que, no rés do chão, em alpendres, assentou-se o mesmo piso, com a mesma cola de fixação, e as juntas estão impecáveis, pelo que o motivo tem de estar associado à impermeabilização.
Aproveito para juntar duas fotos que mostram o salitre a subir ao cerâmico e a dar cabo das juntas.
A questão é que se forem tapadas a água terá de sair por algum lado. O piso cerâmico não é impermeável, pelo que a água passa por ele, depois pela betomilha, até encontrar a tela asfáltica. quando encontra a tela asfáltica, dado que esta assum uma ligeira pendente, a água é conduzida para o exterior do terraço, mas encontra o rebocco pela frente, pelo que a unica solução é abrir caminho e partir... Parece-me que é isto que está a acontecer. Não sei que alternativas existem...
A água deve ser tratada com respeito mas tb com pulso firme. O que aconteceu aqui é que foram cometidos uma série de erros sucessivos que agora resultaram nisso
mas então o que se sugere para o futuro ??? o plano é giro , fica bom... por vezes sai caro porque é mal executado , como ficamos ??? quem vai pagar ????