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  1.  # 221

    Colocado por: FDEm França, por exemplo, já se fala em cobrar uma taxa de 1% sobre dispositivos electrónicos para financiar a cultura...

    Em França taxa-se muito e acerta-se pouco.
    Concordam com este comentário: alexp
    • mog
    • 17 maio 2013

     # 222

    Colocado por: PeSilva

    Não é de difícil resolução:
    O estado que cobre, como qualquer outra entidade, os serviços que presta (e já agora que não os imponha).
    Quem quiser ser solidário com aqueles que não podem pagar os serviços do estado que os paguem a dobrar ou que façam contribuições voluntárias.
    É assim tão difícil?


    Não, não é nada difícil. Mas assim, não faz sentido que o Estado preste este ou aquele serviço: quem quiser um serviço que o pague, ponto final.
    Claro que isto está muito bem enquanto eu puder pagar, quando eu não puder... olhe, azar! Esperamos pela solidariedade voluntária.
  2.  # 223

    Colocado por: mogNão, não é nada difícil. Mas assim, não faz sentido que o Estado preste este ou aquele serviço: quem quiser um serviço que o pague, ponto final.


    Exactamente.

    Colocado por: mogClaro que isto está muito bem enquanto eu puder pagar, quando eu não puder... olhe, azar! Esperamos pela solidariedade voluntária.


    E qual é o problema?
    Pelo que diz:
    Colocado por: mogÉ o bem/mal de vivermos em democracia, em que de alguma forma podemos decidir, em maioria, o destino a dar aos nossos impostos.


    , a maioria está disposta a fazer solidariedade voluntária.
  3.  # 224

    Colocado por: NeonO danobrega que faliu e caiu na miséria (diabo seja cego surdo e mudo)....Dado que o que advem do estado será superior ou equilibrado relativamente aquilo que lhe é tirado...obviamente é a favor do sistema


    É óbvio. O que não é óbvio é quererem, como disse anteriormente, chamar a roubar os outros "um direito" e nem sequer admitirem que é um principio errado. O acto de tirar a um para dar a outro, legitimado pela maioria e imposto à força, não é diferente do acto em que uma só pessoa a roube no meio da rua para dar de comer aos filhos.

    Colocado por: J.FernandesIsto para dizer que o destino da escravatura, nomeadamente a sua abolição, nunca esteve na mão dos próprios, dependeu no fundo, da vontade maioritária da população.


    É óbvio... Dai dizer que nunca iria acontecer os 1% safarem-se apenas por "vontade própria".
    • eu
    • 17 maio 2013

     # 225

    Colocado por: danobregaEstão a ver, com tanta gente de acordo é muito simples. Juntam-se e pagam a investigação na área que acham tão importante

    Mas já é isso que acontece atualmente: os Países (não é só Portugal), como comunidade de pessoas, consideram que é importante financiar a investigação científica (e muitas outras coisas) e fazem-o com dinheiro dos impostos.
  4.  # 226

    Por vezes, há projectos que nenhuma empresa financiaria, pela incerteza dos resultados.


    O mundo não é a preto e branco. Há muitos projectos de resultados incertos financiados por empresas. A generalidade dos investimentos comporta risco e incerteza. A extracção de petróleo é um exemplo, a farmacêutica idem, os exemplos são infindáveis.

    E além disso, temos muitas outras instituições não estatais que financiam investigação. Em Portugal, tem 2 bons exemplos: Gulbenkian e Champallimaud.

    E já pensou que os impostos que essas empresas vão pagar podem ser dezenas ou centenas de vezes superiores ao valor que os contribuintes pagaram?


    E já pensou que os impostos que os contribuintes pagaram correspondem a dinheiro que deixa de ser utilizado noutros fins?

    a investigação nas artes, nas humanidades, nas ciências sociais? Só há lugar nas sociedades ditas desenvolvidas para o que gera lucro?

    As actividades não lucrativas também existem. Não precisam é de ser financiadas coercivamente. Não há em Portugal instituição mais prestigiada que esta...
  5.  # 227

    Colocado por: eu
    Mas já é isso que acontece atualmente: os Países (não é só Portugal), como comunidade de pessoas, consideram que é importante financiar a investigação científica (e muitas outras coisas) e fazem-o com dinheiro dos impostos.


    Ai considero? Não, não considero. Quando puder deixar de pagar essa parte avisem.
    •  
      FD
    • 17 maio 2013

     # 228

    Colocado por: danobregaO que é "a cultura"? Nunca mais daqui saiamos.

    Dentro do contexto do tópico só me consigo lembrar do João César Monteiro e do filme "Branca de Neve"...
    • eu
    • 17 maio 2013

     # 229

    Colocado por: danobregaO acto de tirar a um para dar a outro, legitimado pela maioria e imposto à força, não é diferente do acto em que uma só pessoa a roube no meio da rua para dar de comer aos filhos.

    Existem várias diferenças fundamentais:
    -O roubo no meio da rua é arbitrário e não é legitimado por regras definidas pela maioria;
    -O roubo no meio da rua é inesperado e o "roubado" pouco pode fazer para o evitar;
    -Você cidadão de um País, tem a possibilidade de não pagar impostos:
    -recusando-se a trabalhar;
    -mudando para uma zona sem impostos;
  6.  # 230

    Danobrega

    acho que nasceu fora de tempo, o seu perfil era indicado para ai á uns duzentos e tal anos atras ser um daqueles europeus que rumou á america do norte e formou um novo pais.
    • mog
    • 17 maio 2013

     # 231

    PeSilva, peço desculpa mas há algo que não entendei (será certamente erro meu...)

    Solidariedade "voluntária" é quando eu, de livre vontade, decido dar algo. Por exemplo, sei de um vizinho doente e dou-lhe dinheiro para ir à farmácia. Mas isso não invalida outra coisa, chame-lhe por exemplo "solidariedade forçada", eu que eu, através dos meus impostos, contribuo para comparticipar os medicamentos do meu vizinho. Eu depreendi, do seu post que citei, que é contra a segunda modalidade...Ora, eu sou a favor, porque não quero um país em que a sobrevivência de um ser humano depende exclusivamente do voluntarismo de terceiros. Falei da saúde, como poderia falar de muitas outras coisas, claro.
    Concordam com este comentário: eu, becas
    • eu
    • 17 maio 2013

     # 232

    Colocado por: danobregaAi considero? Não, não considero. Quando puder deixar de pagar essa parte avisem.

    Lá está, você continua a confundir vontades individuais com vontades coletivas. Em comunidades com milhões de pessoas, é impossível tomar decisões com base em unanimidades.

    Vão existir sempre minorias que não concordam com qualquer decisão que seja tomada. Até num pequeno condomínio com dezenas de pessoas isso acontece!
    Concordam com este comentário: two-rok
    • mog
    • 17 maio 2013

     # 233

    Colocado por: FD
    Dentro do contexto do tópico só me consigo lembrar do João César Monteiro e do filme "Branca de Neve"...


    LOL! Só mesmo o FD para me tirar deste estado "futebolístico-depressivo" duradouro:)
  7.  # 234

    A investigação na área das artes, humanidades, etc. pode não se traduzir numa receita imediata, vendável, mas contribui, no mínimo, para o progresso da civilização. E isso tem valor, incluindo económico. Um exemplo: investigação na áreas das ciências da educação, que pode conduzir a novos paradigmas, novas pedagogias, uma escola melhor, técnicos e empresários melhores...Não fossem os trabalhos desenvolvidos nesta áreas, e provavelmente ainda tínhamos uma escola do tempo do arroz de quinze.


    Portanto, acha que ninguém estaria disposto a investigar uma coisa dessas, não era? Mau indício..

    Mas se calhar era só questão de quem o faz estar disposto a absorver menos recursos dos outros..

    se eu acho que não devemos alocar recursos públicos em determinada despesa, há que fazer campanha nesse sentido, procurando convencer a comunidade do nosso ponto de vista.

    Aí colocamo-nos numa posição engraçada: os pontos de vista passam a valer tanto quanto o nº de apoiantes.
  8.  # 235

    Não, não é nada difícil. Mas assim, não faz sentido que o Estado preste este ou aquele serviço: quem quiser um serviço que o pague, ponto final.
    Claro que isto está muito bem enquanto eu puder pagar, quando eu não puder... olhe, azar! Esperamos pela solidariedade voluntária.


    Claro. Existe algum outro tipo de solidariedade não voluntária?
    É que eu não vejo grande dificuldade nisto: tendo em conta a generalizada aceitação e até devoção pelo papel do Estado, sou obrigado a concluir que todos estão prontos a contribuir para os fins que ele prossegue. Não vejo qual a dificuldade de tornar os seus serviços de adesão e pagamento voluntário. Certamente haveria uma adesão extraordinária, e todos poderiam continuar a beneficiar dos serviços que pretendem. Repare que nem precisaria de escolher serviço a serviço, pode simplesmente pedir: "quero pagar o pacote todo", provavelmente até teria um desconto.
    • eu
    • 17 maio 2013

     # 236

    Colocado por: luisvvAí colocamo-nos numa posição engraçada: os pontos de vista passam a valer tanto quanto o nº de apoiantes.

    A isso chama-se sistema democrático. Ainda não foi inventado nenhum sistema melhor...

    Colocado por: luisvvPortanto, acha que ninguém estaria disposto a investigar uma coisa dessas, não era? Mau indício..

    Em Portugal, além de duas fundações privadas de dois tipos muito ricos, provavelmente mais ninguém financiaria investigação fundamental.
  9.  # 237

    -O roubo no meio da rua é arbitrário e não é legitimado por regras definidas pela maioria;
    -
    Roubo é roubo. Ser executado em grupo não é atenuante, é agravante. Ser repetido também é agravante.

    -O roubo no meio da rua é inesperado e o "roubado" pouco pode fazer para o evitar;

    O imposto também.

    -Você cidadão de um País, tem a possibilidade de não pagar impostos: -recusando-se a trabalhar; -mudando para uma zona sem impostos;

    Você, transeunte numa rua escura, tem possibilidade de não ser roubado:
    a) não tendo nada para roubar.
    b) não passando na rua escura.

    Ridículo, não é?
  10.  # 238

    Mas isso não invalida outra coisa, chame-lhe por exemplo "solidariedade forçada", eu que eu, através dos meus impostos, contribuo para comparticipar os medicamentos do meu vizinho. Eu depreendi, do seu post que citei, que é contra a segunda modalidade...Ora, eu sou a favor, porque não quero um país em que a sobrevivência de um ser humano depende exclusivamente do voluntarismo de terceiros.


    Dito de outra forma, você é a favor de um país onde você pode dispor do trabalho de uns para acudir a outros.
  11.  # 239

    Lá está, você continua a confundir vontades individuais com vontades coletivas. Em comunidades com milhões de pessoas, é impossível tomar decisões com base em unanimidades.

    Não há tal coisa como "vontade colectiva". Há milhões de vontades individuais.

    Vão existir sempre minorias que não concordam com qualquer decisão que seja tomada. Até num pequeno condomínio com dezenas de pessoas isso acontece!

    Naturalmente que sim. Daí não decorre que devam ser forçadas.
    • mog
    • 17 maio 2013

     # 240

    Portanto, acha que ninguém estaria disposto a investigar uma coisa dessas, não era? Mau indício..

    Mas se calhar era só questão de quem o faz estar disposto a absorver menos recursos dos outros.


    Aí colocamo-nos numa posição engraçada: os pontos de vista passam a valer tanto quanto o nº de apoiantes.


    Sejamos claros: se eu fosse, por exemplo, empresário, estaria disponível para investir em investigação que trouxesse frutos à minha empresa. Ponto. A não ser, claro, numa óptica de mecenas. Há países com uma enorme tradição de I&D por parte das empresas naquilo que são os seus interesses particulares (e legítimos), mas onde se faz investigação noutras áreas à custa dos impostos.
    Quanto à absorção de menos recursos, convenhamos quem quem é contra este tipo de investigação acha que cada euro aí gasto é um desperdício, por isso não será por aí.

    A verdade nua e crua é essa: um ponto de vista só é levado à prática quando há um número significativo de apoiantes. A não ser, claro, que se trate de algo que não afecte terceiros: eu não preciso de votos/apoios para levar a cabo a decisão de deixar/começar a fumar; mas se eu quiser alterar a lei que limita o fumo em locais públicos então a coisa é diferente.
 
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