as pessoas nem sequer querem pensar no assunto com seriedade e sem a pala da ideologia.
Colocado por: j cardosoPois é, este gente que se atreve a pensar de maneira diferente do danobrega ... cambada de comunas - sem seriedade, ainda por cima. Valha-nos S. Danobrega, o iluminado, o único que encara estas questões com seriedade e sem palas.
qualquer pessoa que se coloque numa posição irredutível com o argumento que se tem de pagar seja o que for para garantir um qualquer serviço de saúde, não está a ser séria.
Ideologia, como estar agarrado a uma ideia de forma intransigente.
Posto nesses termos ainda não vi ninguém defender essa posição.
Colocado por: j cardosoPosto nesses termos ainda não vi ninguém defender essa posição.
No dia em que o Governo decidir o racionamento de um medicamento ou de uma terapia, será aberta mais uma fissura no SNS, quebrando o princípio da igualdade e da solidariedade entre os portugueses, garantido pela Constituição da República Portuguesa.
Qual a autoridade moral do Estado para cortar naquilo que é essencial à vida e à dignidade humana ? Um Governo que seja complacente com esta proposta não só será o coveiro de umas das maiores conquistas da democracia, como não deixará de ser o responsável pela degradação da qualidade de vida e de saúde dos cidadãos.
Colocado por: j cardosoTenho para mim que ideologia é uma coisa
Colocado por: j cardosoPosto nesses termos ainda não vi ninguém defender essa posição.
Esta é a ética da vida dos nossos tempos. Não está em causa o sofrimento do doente e o prolongamento da vida para lá da vontade do ser humano, que debates em torno da eutanásia, por exemplo, levantam. Está em causa o custo financeiro da vida. O dever de solidariedade para com os outros, na ética eugenista para onde o pensamento neoliberal mais violento inevitavelmente nos leva, não se traduz na ajuda aos indivíduos mais frágeis, mas na obrigação de não ser um peso para a comunidade.
Este é o corolário lógico da defesa de que a vida não tem preço.
Isso segundo a lógica do seu pensamento. Sendo o meu diferente, até nas premissas, considero-me perfeitamente capaz de chegar a um corolário diferente.
Colocado por: simplesAqueles que dizem que os doentes são caros e que são financiados pela generalidade, não se podem esquecer que esses "velhos inúteis" por norma contribuiram durante largos anos para pagar os tratamentos de outros e por isso acabam apenas de usufruir de um sistema que eles próprios financiaram durante muito tempo.
Se hoje em dia o dinheiro não chega é porque há cada vez mais "liberais" que em vez de produzir, leia-se trabalhar, querem apenas explorar terceiros para acumular fortunas sem contrapartida real. Esses são os verdadeiros parasitas dos nossos tempos (e não os velhinhos que precisam de tratamento hospitalar!).
Aqueles que dizem que os doentes são caros e que são financiados pela generalidade, não se podem esquecer que esses "velhos inúteis" por norma contribuiram durante largos anos para pagar os tratamentos de outros e por isso acabam apenas de usufruir de um sistema que eles próprios financiaram durante muito tempo.
Colocado por: Rui A. B.Em 2006, tinha eu 24 anos, foi diagnosticado ao meu pai um tumor cerebral cujo nome não vale a pena aprofundar. Foi submetido a um tratamento de quimio, cirurgia e radioterapia e todos os tratamentos foram pagos pelo SNS. O caso era demasiado grave mas havia alguma, pouca, probabilidade de cura. Algum tempo passado e descobri por exemplo que cada sessão de radioterapia, feita num centro privado, custava cerca de 400/500€, a dose de quimioterapia para 5 dias custava cerca de 3000€, sendo que ele fez tratamentos durante meses. Infelizmente, em 2007, o meu pai acabou mesmo por partir. No período em que lutou contra a doença teve tempo para estar a 100% com a família e amigos, para fazer coisas que gostava, tempo esse que não teria tido caso não fosse submetido aos tratamentos. Posto isto, queria fazer a pergunta, como o tratamento ficou extremamente caro, acham que não devia ter sido tratado? Deviam, sob o lema da racionalidade, ter deixado o meu pai morrer sem tentar?
Colocado por: Rui A. B.Em 2006, tinha eu 24 anos, foi diagnosticado ao meu pai um tumor cerebral cujo nome não vale a pena aprofundar. Foi submetido a um tratamento de quimio, cirurgia e radioterapia e todos os tratamentos foram pagos pelo SNS. O caso era demasiado grave mas havia alguma, pouca, probabilidade de cura. Algum tempo passado e descobri por exemplo que cada sessão de radioterapia, feita num centro privado, custava cerca de 400/500€, a dose de quimioterapia para 5 dias custava cerca de 3000€, sendo que ele fez tratamentos durante meses. Infelizmente, em 2007, o meu pai acabou mesmo por partir. No período em que lutou contra a doença teve tempo para estar a 100% com a família e amigos, para fazer coisas que gostava, tempo esse que não teria tido caso não fosse submetido aos tratamentos. Posto isto, queria fazer a pergunta, como o tratamento ficou extremamente caro, acham que não devia ter sido tratado? Deviam, sob o lema da racionalidade, ter deixado o meu pai morrer sem tentar?
Colocado por: danobregaA realidade é dura de roer Neon.
O que cada individuo faz ou deixa de fazer é da sua inteira responsabilidade e mérito. O que se está a discutir é aobrigaçãode se ajudar o próximoindependentemente do que for necessário pagar.
Essa obrigação a existir, como me parece fácil de entender, não se pode sujeitar a um qualquer subconjunto de humanos.
O exemplo que lhe dei é um exemplo limite que sim, destrói o argumento "a vida não tem preço, e devemos pagar tudo para prolongar a vida de uma pessoa independente dele".
Agora se não se importa, pode vir comigo para o raio que me parta. Bebemos lá um chá e discutimos o assunto.
Colocado por: luisvvÉ verdade. Mas mesmo assim, tendo em conta que continua a empregar recursos noutros usos, que não o de salvar vidas, o argumento mantém-se.
Colocado por: luisvvÉ o argumento levado ao extremo: perante a balela de que o direito à vida não tem preço,resta salientar que todos os dias esse preço é evidenciado.
Não precisamos de ir mais longe: o SNS absorve apenas uma parte do OE, que por sua vez absorve apenas metade da riqueza produzida. Porquê só isso, e não mais?